A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 31
Reações alérgicas ao contrário? Cafeína não é um antídoto!


Notas iniciais do capítulo

Ooooooooooooooooi!

Desculpe não postar ontem, botem a culpa na seleção, que me fez não escrever. Desculpem. Haha. Obrigada pelos comentários, do fundo do meu ♥

* Eu fiquei muito empolgada com esse cap, e espero que gostem, porque tentei usar meu máximo conhecimento na área da medicina para tentar colocar coerência nesse cap.

* Próximo capítulo: A avaliação de Umbdrige: você nunca achará algo contra Snape.

* Espero que gostem, de verdade. Comentem, compartilhem, recomendem, favoritem! Beeeeeijos! Xoxo ♥

***



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– Vocês não estão realmente pensando em desistir, estão? – perguntou Daniel, quando o grupo de seis pessoas se juntou na sala precisa. Hermione, Harry e Ronald pareciam abalados, enquanto o trio Slytherin não estava acreditando no que o Weasley acabara de dizer. Deixar a AD de lado, esquecer tudo que fizeram durante duas semanas, sem descanso.

Lawrence ficou extremamente irritada ao ouvir o que os Gryffindors queriam. Botou as mãos no rosto, e começou a balançar a cabeça negativamente, se recusando a aceitar a ideia. Estava tentando ficar calma. Não ser impulsiva. Eles se encontravam no intervalo entre as aulas de DCAT e poções, onde a professora Umbridge anunciou que as inscrições para a mais nova organização estudantil controlada pelo ministério: a Brigada Inquisitorial.

Se baseava num grupo de alunos da Slytherin. Sim. Só, da Slytherin. As outras casas odiaram tanto a ideia, quanto o sexteto ali encontrado. Com Umbridge de Alta Inquisidora, e a Brigada Inquisitorial na cola deles, somente para descobrir algo ilegal, a situação da AD ficava... Delicada.

Eles estavam numa linha tênue, e nem haviam começado as reuniões ainda. Precisavam ter o maior cuidado para os encontros, e eles ainda não estavam muito firmes, já que não sabiam se iriam realmente vir alunos. Por isso, os Gryffindors decidiram que talvez fosse melhor desistir da ideia.

– Não digam coisas bobas. – falou Lawren calmamente, ainda se controlando – O fato de ter o ministério na nossa cola deixa as coisas muito, mas muito mais instigantes.

– Deixa as coisas muito, mas muito mais perigosas. – falou Harry.

– Mais perigosas que Lord Voldemort? – ela indagou irritadiça, se levantando e olhando para todos. Eles estavam assustados com ela, que havia mantido a si mesma calma, para explodir – Eu me recuso a ouvir algo assim! Olhe aqui, eu não tenho dormido direito nessas últimas duas semanas! Eu passo o dia em função das aulas, provas, temas, AD, das minhas pesquisas para a porcaria de aula de reforço com o Professor Snape e depois, quando vocês acham que eu posso chegar no salão comunal e me deitar, não! Eu uso essa pouca energia que me restou e eu repasso todas os feitiços que sei, tento aprender feitiços novos e tento unir toda a droga de magia que eu mal tenho para andar, para formar uma leve chama azul nos dedos. Eu tenho ido dormir duas, três ou às vezes quatro da manhã para conseguir ler pelo menos cinquenta páginas de um livro. Tenho que aguentar uma sapa velha e rosa, e na primeira tentativa que ela faz para nos derrubar, os “corajosos” do grupo ficam com medo de serem expulsos. Pobrezinhos. Vão. Se. Ferrar. – ela sibilou as três últimas palavras – Ouçam o que eu digo. – se virou, pronta para sair da sala.

– Onde você vai?! – gritou Draco, e ela revirou os olhos.

– Vou ver o professor Snape. Temos aula com ele daqui a exatos... Trinta minutos.

Desejou que a porta da grande sala abrisse, e assim aconteceu. Não havia ninguém no corredor, o que era ótimo. Se topasse com Pansy Parkinson, integrante da BI (brigada inquisitorial), seria capaz de prensá-la na parede, arrancar um de seus olhos e esmaga-lo na frente do outro olho, para ela ver o tamanho de seu ódio. Se com Pansy queria isso, não ousava imaginar como seria a morte de Umbridge. Mas não foi com a professora ou a Slytherin que Lawrence topou, e sim com uma ruiva que esbarrou nela assim que virava o fim do corredor. Por sorte seus reflexos eram ágeis, e a Potter desviou a tempo de ver Gina parando assustada.

– Ah. É você, Lawrence. – deu um sorriso e riu pelas narinas – Pensei que fosse Colin. De novo. – revirou os olhos e a ruiva de olhos verdes voltou a andar – Você conseguiu? – a Weasley indagou, fazendo Lawren parar e a olhar confusa – Você conseguiu convencê-los de que parar com a AD é estupidez? Eu tentei ontem à noite até as minhas cordas vocais ficarem sem voz.

– Não tentou o suficiente pelo visto. – falou a Potter em um tom baixo, olhando a caçula dos Weasleys pelo canto do olho.

Gina poderia jurar ter visto uma espécie de símbolo no seu olho assim que ela fez isso. Algo redondo, preto e branco, no meio da imensidão verde dos olhos da Potter. Se assustou com isso, mas tratou de tirar a ideia da cabeça assim que Lawrence se virou e chegou mais perto, séria. A Weasley prendeu a respiração. Parecia desrespeitoso respirar quando algo que parecia tão superior como a de olhos verdes se aproximava. Mas não desviou o olhar. Então, pôde ver mais uma vez o sinal, com nitidez.

Era definitivamente o símbolo de Yin Yang, muito popular na China, que representava o equilíbrio entre o bem e o mal. Nos olhos de Lawrence, o símbolo ocupava toda íris verde, parecendo praticamente uma lente. Mas ao contrário do que o símbolo geralmente passava, como calma e tranquilidade, aquilo nos olhos da Potter era frustrante e agoniante. Era algo escuro, e a parte branca do símbolo era tão opaca quanto o preto. Era simplesmente doloroso encarar aquilo. Mas como se fosse um imã, os olhos de Gina, por mais que tentassem, não desviavam de forma alguma. Ela estava ficando assustada, e queria gritar, mas seu corpo inteiro parecia ter paralisado. Lawrence Potter deu um sorriso de canto debochado, e calmamente falou cinco palavras:

– Hora de ir embora, Weasley.

E como se estivesse sendo obrigada a fazer isso, a menina deu meia volta com um olhar aéreo, desaparecendo do ponto de vista de Lawrence.

***

– Eu odeio aquela vaca, professor! – falou a ruiva entrando mais uma vez na sala de Snape sem bater na porta, encontrando mais uma vez o professor sentado lendo um livro concentradamente. Este, somente levantou o olhar com as sobrancelhas arqueadas, deu um sorrisinho por trás do livro, e voltou a ler – Como Dumbledore deixou aquilo acontecer? Aquela... Aquela... Sapa rosa com laço! – foi o melhor xingamento que conseguiu achar sem que fosse alguma palavra suja.

Snape suspirou. Sabia que não poderia ignorá-la simplesmente, o que era exatamente o que tinha vontade de fazer. Fechou o livro, se endireitou na cadeira, e olhou para ela com um olhar cansado de quem não dormia há dias. Assim como a garota a sua frente, que tinha simplesmente olheiras do tamanho do mundo abaixo de seus olhos.

– Primeiramente, Srta. Potter, gostaria que você batesse quando vai entrar no meu aposento. Você não sabe o que eu posso estar fazendo aqui dentro na hora de abrir, e não me venha falando de chave, porque eu sei que você não é tosca, e sabe usar um Alohomora. – Lawren encarou o professor maliciosamente.

– Professor... Você... – ela fez um olhar assustado e o professor temeu o que viria a seguir – Você não está pegando a professora Sprout, está? – falou, se lembrando do que Gina falara sobre dar um namorado para a professora de Herbologia, e que o perfeito seria o professor de poções.

– O que? Eu não... Eu não... É óbvio que não, Srta. Potter! Que ideia mais estúpida é essa? – ele bufou enquanto a Slytherin ria com seu humor nada engraçado – Continuando com o que falava... Segundo: o Dumbledore não deixou nada, ele está fazendo isso pela ordem. Terceiro: não chame a Umbridge de vaca, apesar de ser isso que ela é, as paredes têm ouvidos, e eu não quero me meter em encrenca por culpa de um aluno. – ele disse no que a Potter sorriu.

– Eu não sou um aluno. – ela disse, com o nariz empinado – Eu sou a aluna. Pode admitir, professor! Eu sou a preferida, não sou? Você simplesmente me acha brilhante. – ela falou com um sorriso de orelha a orelha.

– Estou desconfiando que você bebeu, e muito, Srta. Potter. Apesar disso, devo admitir sim que dentre todos os meus alunos, você é a que tem o maior potencial. E não posso deixar de contar o fato de que é a minha aluna “particular” e “aliada contra o isolamento mental”. – ele deu um sorrisinho – Mas eu nunca falei nada sobre você ser brilhante.

A ruiva sorriu, se levantando. Calmamente desabotoou os botões de sua capa, sendo observada cautelosamente por Snape. Ele não estava entendendo nada do que estava acontecendo. Por baixo da capa, ela usava o moletom da Slytherin e uma calça jeans. Lawren tirou a capa e começou a sacudi-la, e da vestimenta caiu um papel. Ela recolocou sua capa novamente, juntou o papel do chão e deu um sorriso vitorioso, entregando ao homem a folha.

– Bom. Então é melhor começar a me chamar de brilhante agora mesmo. – ela falou, e o homem abriu o papel.

Tinha uma caligrafia bonita e leve, sem falar que era recente, pois a tinta ainda tinha um cheiro. Severo reconheceu a letra como a de sua aluna, e sabia que muito provavelmente ela havia copiado de um livro. Tinha um textinho de mais ou menos quinze linhas, falando sobre o feitiço e o que ela descobrira. Snape leu tudo boquiaberto. Isso avançava as pesquisas em quase 10%! Era muita coisa.

– Eu dei sorte. – ela falou enquanto o homem lia – Peguei um dos mil livros que não falam absolutamente nada, mas quando puxei ele, outro livrinho caiu junto. E livrinho falava em um parágrafo bastante coisa. Dizia, assim como você está lendo, que eles tinham sim um método para tirar as pessoas do sono, sem precisar enviar outra para seu sub consciente. Mas infelizmente aquele método era pouco eficiente, e curiosamente, a maioria das pessoas que eram atingidas por esse feitiço eram alérgicas a um dos principais ingredientes do antídoto.

– Raiz de asfódelo. – falou Snape, a olhando – É claro! Raiz de asfódelo é incrivelmente eficiente contra a maioria dos venenos, de modo que se o sujeito tivesse alguma intoxicação durante o sono, que é muito possível já que o sujeito está morrendo, raiz de asfódelo trataria de curar isso antes mesmo do homem abrir os olhos. Inteligente... – ele murmurou.

– Exato! – ela disse feliz – Então...

– Olhe, temos aula agora e estamos atrasados dois minutos! – o professor exclamou ao olhar para o relógio – Vamos andando e você continua o que me falava.

Ela assentiu e os dois se dirigiram para porta, que foi trancada assim que saíram.

– Fale baixo. – ele murmurou, e ela balançou a cabeça em afirmação.

– Como estava escrito que a maioria das pessoas era alérgica a raiz de asfódelo, que é algo que quase não provoca reações alérgicas, eu arranjei uma no seu estoque, assim como um bezoar, perdão. – o professor assentiu – E dei para Draco uma poção do sono enquanto ele dormia, para não ter probabilidade alguma de ele acordar, com cuidado para que ele não se engasgasse. Caso algo acontecesse, eu poderia dar o bezoar e tudo ficaria bem, já que bezoar é eficiente contra venenos, tanto quanto uma raiz de asfódelo. O resultado foi incrível. – ela falou, enquanto os dois entraram na sala, fazendo todos os alunos ficarem silenciosos e encarando os dois com confusão no rosto. O professor se direcionou para a mesa, colocando tudo necessário em cima, e se virando para a aluna, que falava murmurando para que ninguém ouvisse.

– O que aconteceu? – ele perguntou.

– Draco é alérgico a raiz de asfódelo, como estava escrito. Então, quando vi o que estava acontecendo com ele, eu dei o bezoar, mas não parecia melhorar nada, mesmo com o bezoar. Eu não tinha a mínima ideia do que eu poderia fazer, e para tentar dar a Draco mais energia enquanto o levasse para a enfermaria, eu dei a ele uma bala de café. – o professor a olhou com indignação.

– Como você foi estúpida de fazer isso? – ele perguntou um pouco alto demais, chamando mais ainda a atenção da sala. Ela riu.

– Eu sei. Eu me dei conta de que o que fizera seria extremamente estúpido. Eu deveria ter dado algo diferente, mas eu não tinha nada além de bala de café. Então foi o que aconteceu. – ela sussurrou – As alergias de Draco pararam assim que eu dei a bala. Eu levei ele para a enfermaria e a Madame Pomfrey disse que ele não tinha nada além de uma grande dose de poção do sono no corpo, misturado com o extremo cansaço. Levei ele para o dormitório e não contei nada para ele. No dia seguinte, tentei de novo a mesma coisa, e deu certo. Tudo me leva a concluir que o feitiço causa algum tipo de confusão na mente, fazendo o sistema nervoso acreditar que...

– É alérgico a certo tipo de substância, mandando as informações pro sistema imunitário. Mas como o corpo nunca teve essa alergia, não tem anticorpos e a alergia se espalha pelo corpo. – concluiu Snape, entrando no raciocínio da garota.

– Exatamente! – ela falou animada, causando mais ainda a curiosidade da turma – O que me leva a crer que o feitiço faz o sistema nervoso acreditar que qualquer tipo de substância que pare um envenenamento ou alergia, causa isso. Exatamente o contrário. Acho que esse feitiço não é nada mais do que uma confusão no nosso cérebro. Todos sabemos que doses exageradas de cafeína pode nos matar, e não nos defender de algo. Então o feitiço faz a gente acreditar que a única coisa eficiente...

– É cafeína. – falou Snape e Lawren assentiu.

– Seja lá quem inventou esse feitiço, foi inteligente. Ninguém em sã consciência pensaria em dar cafeína para alguém que está em um sono profundo. Desmaiado. Isso faria o coração trabalhar rápido demais em um corpo em repouso, provocando um ataque cardíaco. Ninguém daria cafeína, a não ser se tivesse a intenção de matar. – ela concluiu e Snape sorriu.

– Mas ainda não sabemos por que algumas pessoas foram imunes as alergias do bezoar ou de outros ingredientes ante envenenamento ou alérgico. – ele pensou.

– Eu já trabalhei nisso. Sabendo que o feitiço confunde a mente, não daria certo em um corpo que já era alérgico a esse tipo de ingrediente antes do feitiço. Pois mesmo que isso provocasse uma alergia, os anticorpos já estariam a mil trabalhando, para tentar parar uma reação alérgica. Não que sempre fosse dar certo, mas é bem possível.

Snape riu.

– Tudo bem. Eu admito: você é a aluna mais brilhante que já tive. – ele falou alto o suficiente para toda sala ouvir – E você ainda diz que quer ser auror. – falou a última parte para si mesmo, enquanto ela sorria orgulhosa.

Nesse momento bateram na porta.

– Olá, professor Snape. Vim aqui fazer a avaliação das aulas da disciplina de... Poções. – falou a sapa rosa parada na porta, fazendo Lawrence tremer. De raiva.


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Notas finais do capítulo

Me perdoem, mas eu tenho 17 anos e não faço a mínima ideia se anticorpos combatem reações alérgicas. Se não, finjam que eles combatem agora! Beijos!