A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 13
Draco Malfoy: um bruxo em meio aos trouxas.


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOi! Gente, tem leitora nova! Callie, muito obrigada pelo seu comentário e eu realmente espero que se anime e escreva essa sua fic. Se começar, não esqueça de avisar! Vou ser uma das leitoras, pode ter certeza! Mudando de assunto: nossa gente, senti a falta de muitas pessoas que comentavam e não estão mais comentando: a Kep, a Nikki, a Trop, a Mel. Nossa, a da Mel eu fiquei realmente pra baixo, porque eu to sempre tão acostumada com os comentários de motivação e a animação dela, e ela não comentou. Não sei se você se decepcionou com algo na fic, Mel, mas qualquer coisa avise! A mesma coisa com todas que deixaram de comentar: Kep, Nikki, Trop... To sentindo mó falta de vocês, sabia? Realmente, tava atualizando a página toda a hora para ver se tinha algum comentário de vocês...
Aos que comentaram: muuuuuuito obrigaaaaada! Continuem a comentar! Gente, eu costumo postar de dois em dois dias, mas sábado, sendo meu aniversário, não sei se vou conseguir. Então, domingo ou segunda, vai vir! Beeeeeeijos! Bom cap! A nossa Lawren voltou! Voltou! Voltou!

Spoiler do próximo:

Nome: Os testes de quadribol: entre artilheiros e batedores, sempre haverá um apanhador.

Xoxo



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Harry sorriu, dando uma risada fraca. Passou as mãos pelos cabelos bagunçados, enquanto ainda tentava criar coragem para falar algo que prestasse. Para que não fosse humilhado novamente pela própria irmã. É. Ele finalmente aceitara o fato, graças a sua grande amiga, Hermione.

– Olá, Lawrence. – ele olhou para a outra novamente – Sou Harry Potter. Mas acho que isso não é novidade para você. – e ficou sério novamente. A ruiva olhou para o lago de novo, que estava com uma camada fina de gelo. Atirou uma pedra, fazendo uma pequena rachadura.

– É. – disse sem emoção – Não é. O que você quer, Potter? – falou fria, se tocando de que estava sendo muito simpática com ele. “Controle suas emoções, Lawren”. Era somente nisso que pensava. E era somente isso que obedecia.

O menino pareceu surpreso pela súbita mudança de comportamento da menina, e arregalou os olhos. Ficou meio frio também, não entendendo como alguém como ela podia ser uma Slytherin. Como alguém como ela podia ser uma Potter. Soltou o ar pelas narinas, meio nervoso.

– A verdade. – ele disse, direto. Ela sorriu.

– A verdade? Pois bem. Não sei muito mais do que você. Mas tudo bem: nós nascemos, somos gêmeos, você é famoso, e eu não. Voldemort tentou lhe matar, mas acabou me achando. O feitiço dele ricocheteou provavelmente, e foi em mim também. Acabou pegando na minha nuca, aqui. – disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, e mostrando a cicatriz – Fomos separados. Vivi o tempo todo em Boston, e esse ano me contaram que eu era uma bruxa e que logo seria famosa. Louco, não acha? – falou irônica.

– Pare de brincar com essa história, como se fosse somente isso. – ele disse severo, não entendo o motivo de Lawren agir assim.

– Mas é isso. É somente isso para mim. – falou friamente – Para você pode ser muito mais do que isso, mas para mim, é somente mais uma história para criança dormir. Provavelmente, se Voldemort não tivesse voltado, eu ficaria escondida para sempre. Essa é a verdade. E sabe o que mais é a verdade, Harry? – olhou para ele, que parecia com raiva – Você defende essa vidinha miserável que levava o tempo inteiro, porque no fundo sabe que ela melhorou. Sabe que teve tempos bem melhores que os meus. Você reclama tanto dessa família, porque sim, eu sei sobre isso. Reclama tanto, e nem pensa que poderia haver casos piores, como o meu. E é por isso que você defende essa vida estúpida. Venerado no mundo bruxo: desprezado por três pessoas em casa. Qual é o melhor? Simplesmente se nega ao fato real: nossos pais nunca se importaram realmente.

– Cale a boca! – ele falou, descontrolado. A ruiva sorriu. Atingira o ponto fraco. A cabeça. Quando falou que a cabeça era o ponto mais fraco dele, não quis dizer o físico. Quis dizer emocionalmente. Ele podia ser manipulado facilmente, com simples palavras. – Você fala como se soubesse de tudo! Pois bem, você não sabe! Nossos pais morreram por nós! Eles se importavam, sim! – a ruiva riu.

– Nossos pais? Tsc, tsc, tsc... Seus pais. Eu não tenho pais. Eu tenho pessoas que simplesmente ignoraram a minha existência. – Harry pareceu relaxar.

– Então esse é o seu problema? – ele perguntou calmo, deixando a Potter confusa. Ele deveria ter ficado com um olhar raivoso, e não com um olhar de... Pena? Aquilo era pena em seus olhos? – O seu problema é o fato de todos saberem que eu existo, e você não? Não é meio óbvio que isso foi somente para lhe proteger? – ela se recusou a baixar a cabeça, mas sabia que Harry descobrira o seu segredo.

– Sabe qual é o meu problema? Todos quererem adivinhar o que sinto. – ela falou calmamente, e com um olhar desafiador – Meu amor: eu não tenho sentimentos. Sou tão dura quanto uma pedra. – estufou o peito, e empinou o nariz, para mostrar que sim, estava correta.

– Tão dura quanto uma pedra? – Harry pegou uma pedra no chão, e bateu na árvore, quebrando-a em duas partes – Bom. A não ser que sua pedra seja realmente resistente como um diamante, pedras quebram também. – ele se levantou, se permitindo a bagunçar os cabelos dela – Não precisa me explicar mais nada. – ele riu – Já consegui entender. É perceptível que eu nasci primeiro, porque a minha mente é bem mais formada que a sua. - ele olhou para ela, que ficara vermelha de raiva – Lembrando, caçulinha, que diamantes quebram também. – ele riu e saiu andando.

Quando chegava mais perto da porta do castelo, sendo observado por vários alunos que voltavam da aula de Herbologia, ou simplesmente aproveitavam a neve, ele ouviu um grito nervoso, e uma garota descontrolada correndo atrás dele.

– HARRY POTTER! – gritou, fazendo este se virar – Só para deixar bem claro para a sua pessoa! – ela disse com raiva – Não venha tentando me chamar de caçulinha, porque sim, eu vou provar que sou mais velha!

– Ah, então o simples fato de pensar que pode ser mais nova que eu, lhe faz ficar angustiada? É bom saber disso... – ele sorriu maroto. Alguns alunos observavam a cena achando que ia dar uma briga devido a grande vermelhidão do rosto da menina.

– Eu não estou angustiada! – ela deixou de ficar vermelha de uma hora para a outra, e cruzou os braços, fazendo uma expressão calma e desafiadora – Somente estou falando a verdade: sou mais velha e ponto. – o irmão se aproximou do rosto dela, sussurrando nos seus ouvidos.

– No dia em que não precisar ficar na ponta dos pés pra falar comigo e sua estatura for maior que a estatura de uma garota de dez anos, você pode falar alguma coisa. – e riu. Ela o olhou com descrença, e então sorrindo, se aproximando igualmente e sussurrando.

– No dia em que você não precisar de ajuda para lutar comigo, e seu punho for mais forte que o punho de um garoto de dez anos, você pode falar alguma coisa. – ele a olhou, chocado. Na mira. Ela sorriu e arqueou a sobrancelha – Ah, e só mais uma coisa. Só porque o seu cabelo é bagunçado, não precisa bagunçar o meu, maninho. – e empurrou o outro no chão, ouvindo as vaias atrás de si, e pessoas virem ajudar o Potter enquanto a ruiva entrava no colégio.

***

– A escola simplesmente não para de falar do seu chilique com o Harry. – falou Daniel, se jogando no sofá ao lado da ruiva, que lia um livro.

Ela simplesmente levantou os olhos por cima das páginas, olhou para Daniel com pouco interesse, e voltou a ler. Não mudou a postura, e nem mesmo se deu ao trabalho de falar. Draco, que já estava ao lado dela há um bom tempo, decidiu se manifestar.

– Creio que ela está pouco se importando com as fofocas. – ele sussurrou – Comentei a mesma coisa com ela, e ela fez a mesma coisa comigo.

– Draco, eu estou do seu lado. Não sussurre como se eu não fosse ouvir. – ela comentou, virando a página, e voltando a se concentrar no livro.

Os loiros deram uma risada, e foram para as poltronas, ficando na frente da lareira, e encarando Lawrence, que parecia não se importar muito com os olhares da espécie: “queremos conversar, poderia, por favor, fechar o livro?”. Os dois já estavam ficando meio impacientes, quando ela finalmente suspirou, fechou o livro, ajeitou a postura e encarou os dois.

– Pois bem, o que querem? – perguntou sem emoção para os dois curiosos.

– Ora, queremos conversar com você. Sobre qualquer coisa. – falou Daniel. Ela olhou para os dois descrentes.

– Pois bem... Qualquer coisa. Comecem o assunto então. Farei o possível para responder tudo de uma forma agradável e interativa, para que vocês dois se sintam acomodados e em um ambiente para amigos e colegas, onde podemos gargalhar de forma formal, sem chamar muita atenção para o nosso grupo de amigos felizes e inseparáveis. – falou irônica – Se liguem. A gente não pode simplesmente conversar sobre qualquer coisa, como se estivéssemos em um ambiente normal. Que é o que todos estão fazendo: fingindo que nada aconteceu. Um insulto para a memória da pobre garota. – falou, já abrindo o livro novamente.

– Eu ainda não entendi porque está tão comovida. Nem a conhecia. – falou Draco. Ela suspirou, e com os olhos ainda no livro, falou calmamente e sem um pingo de emoção na voz.

– Não é questão de estar comovida. Somente respeito. Acho que nas regras inexistentes da Slytherin, não consta o fato que todos devem respeitar a memória de alguém. Não a conhecia, Draco. Mas tenho plena consciência de que ela tinha amigos, e que está sim, fazendo falta para algumas pessoas. Não existe regra que diz que todos devem tratar isso como nada. Só porque ela é uma Slytherin, não quer dizer que Gryffindor deve rir. Não é comover-se. É respeitar. Somente. – virou a página.

O salão comunal ficou em silêncio. Eram 17h00min e todas as aulas haviam sido suspensas. Havia somente um pequeno grupo de jovens bem no canto, fazendo o tema, e dando alguns olhares curiosos para Lawren. Um até arriscou assobiar um “fiu, fiu”, mas foi completamente ignorado. Os amigos riram, mas ficaram em um silêncio estranho novamente.

Depois de uns cinco minutos de silêncio, Lawren fechou o livro bruscamente, e deu um sorrisinho para os dois amigos que se assustaram com o barulho. Colocou o livro no canto, com o marcador na metade, e cruzou as pernas em índio. Encolheu-se no moletom, e soltou um bocejo.

– Eu estava lendo o Profeta esses dias. – falou o Daniel – Seu pai deu uma entrevista sobre o Potter. Muito interessante, mas insignificante. Com todo o respeito.

– Eu sei. – Draco riu – Como se fosse mudar em alguma coisa a situação do testa rachada. Ele continuará sendo zombado por todos. O depoimento dele só irá agravar duas polegadas a situação. – deu um sorrisinho. Lawren deu um olhar confuso.

– Draco. Se você é de uma família que reprime tanto os trouxas – comentou Lawren – Me baseando no depoimento da semana passada... O que você estava fazendo em um café deles? – perguntou, somente naquele momento notando.

Draco era de uma família que menosprezava de todas as formas os filhos de não bruxos. Como filho do herdeiro dos Malfoy, Draco deveria ter sido educado bem longe deles. Então o que ele estava fazendo em uma região onde havia somente grupos deles?

– Assunto particular. – ele olhou de canto para o grupinho do fundo, que ouvia tudo atento. Lawren sorriu.

– O problema são eles? – o loiro assentiu – Resolvo em dois segundos. – se levantou e andou até o grupinho. Não tinha autoridade de monitor, então tinha que agir rápido. – Hey! – falou, simpática para os garotos que deveriam ter doze ou treze anos, e que coraram – Provas? – eles assentiram, envergonhados – Ah, devem estar assustados. Astronomia? – assentiram – Realmente, é muito complicado. – lamentou – mas, cá entre nós, estão com dificuldade? – sussurrou perto deles, que assentiram imediatamente – Ouvi falar que atrás da casa do Hagrid, o guarda-caças, tem um grupinho vendendo os gabaritos. Cobram somente um galeão. – ela deu três galeões para os três – Vão rápido, que eles fecharão as “vendas” em meia hora. – o grupinho se levantou gaguejando e agradecendo a Lawren, que deu um sorriso vingativo ao os ver correrem para a porta. Mas antes de saírem, gritou – Viu! – olharam – Não quero ver nenhum de vocês comentando que eu contei isso. Prometem que ficarão calados? – os três assentiram – Se vocês quebrarem a promessa, irão morrer. Sabem as regras, não sabem? – eles assentiram – Podem ir. – deu um sorrisinho e os três saíram. Fechou a boca e voltou a sua poltrona.

– Como... Como fez aquilo? – gaguejou Daniel, rindo.

– Babacas, são. Estão indo direto para um grupo de professores que estão controlando quem quer cola ou não. Ouvi isso quando estava vindo para cá. – ela riu – Isso é somente pela cantada. – os loiros riram – Mas então, Draco, quer nos contar, por favor? – disse seriamente.

– Meu pai acha que tem algum grupo de pessoas tentando se defender , convencendo pessoas a irem contra o ministério. Ele ouviu falar que naquela noite haveria um encontro entre o Moody e o Weasley. Eu deveria ouvir o que eles estavam tramando, para ele contar ao ministério. Obviamente eu não iria fazer aquilo. Fui para lá, mas saí assim que percebi o Olho-Tonto. Aquele cara pode ver a espionagem de longe, e ele é um auror de grande porte. Não queria me arriscar. – sussurrou, com medo que alguém ouvisse – Mas o principal motivo é que... Por favor, não comente isso com ninguém. Mancharia minha reputação para sempre. – ela revirou os olhos – Eu não concordo com o ministério. Estou do lado do Potter, porque simplesmente sei que ele está de volta. Voldemort. Você já deve ter ouvido falar que os Malfoy tem uma aliança com o lado negro desde o meu bisavô. Por trás disso tudo, eu sei o que poucos sabem. O Profeta Diário, o Ministério da magia e algumas família já formam um exército contra o mundo bruxo. Não digo todo o ministério ou o profeta: somente parte, sendo manipulada. Minha família está entre os seguidores. Eu sei que toda informação que eu passar, será levada direto ao ouvidos dele. E eu não quero que isso aconteça. Então, naquela noite em que eu lhe vi, eu tinha uma informação fresquinha: uma menina que queria se vingar de Harry Potter acima de tudo. Meu pai adoraria saber disso. Mas eu menti. Disse que não sabia de nada. Recebi xingões e mais xingões, mas eu sabia que estava fazendo o certo. A Umbridge? É uma que já está aliada e o ministro não sabe. Finge que não sabe de nada. Não demorará muito, e isso virará uma catástrofe. Se esse tal grupo do bem não agir logo, iremos ter uma guerra. Pode ter certeza. E nessa guerra, eu não faço ideia de quem vai ganhar.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Por favor, comentem, recomendem, compartilhem, favoritem! Espero ter de voltas as leitoras que eu aprecio tanto! É sério meninas, qualquer coisa que vocês estão se sentindo incomodadas (talvez a doçura repentina da Lawren, ou sei lá), é só falar. O caso da doçura eu já resolvi! Ela vai voltar a ser a mesma! Bom gente, é isso! Xoxo!