A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 10
Amigos? Amigos.


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOi! AMores lindos, divos, gatos, fofos, gostosos, caramelos, cupcakes... outros apelidos fofos... Gente, muito obrigada por TODOS os comentários. Vocês são muito divos! É sério. Então, esse capítulo ficou meio (muito) clichê, mas é só nesse. Nãos e preocupem amantes de Lawrence, ela não vai mudar a personalidade dela. Só vai ser um pouco mais... divertida? Continuará sendo a ironia em pessoa, não se preocupem! Então, espero recomendações, favoritos, comentários etc... SPOILER DO PRÓXIMO CAP:

Nome: A vingança de Lawren: não se preocupe Carrie, baratas (não) são comestíveis.

Enredo: o título já fala tudo, não fala?

Beeeeeeijos! Xoxo



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Draco olhou para a morena, que dava uma risada, sendo acompanhada de alguns. Respirou fundo, tentando contar até dez. Mas ao olhar para o corpo de Lawrence nos braços do melhor amigo, as lágrimas manchando seu rosto, os cabelos bagunçados, ele se sentiu mal. Mas o que o fez ficar descontrolado foi olhar seu braço ensanguentado, e a mancha de sangue na bochecha da Potter.

Levantou-se com raiva, se apoiando nos cacos de vidro para se levantar, e tendo mais alguns cortes na mão. Virou-se, pegou a varinha e foi até a McSimmons, que arregalou os olhos ao ser empurrada no chão. Apontou a varinha para ela, mas não pronunciou nenhum feitiço. Em vez disso, falou.

– Fraca? Fraca? Essa garota que você chamou de fraca, é uma das garotas mais fortes que pude conhecer em um dia. Eu precisei de apenas algumas horas para saber que o passado dela não foi o mais fácil. E isso a fez mais forte. Ela não precisa de um nariz empinado e um vestido que faz os seios saltarem para fora para ser bonita. Ela não precisa ser uma pervertida para chamar atenção. Ela não precisa de uma voz mesquinha para falar o que pensa. Você se aproveita de uma situação quando ela não pode se defender, para usar suas armas. Mas para falar a verdade, duvido que você tenha coragem para falar isso quando ela estivesse acordada. Covarde. É o que você é. E todos que riram aqui, falo as mesmas palavras. Todos têm medos! Atire a primeira pedra quem não tem medo! Longbottom! Você tem medo do professor Snape. Parkinson, você tem medo de perder a sua coleção de saltos. Um medo mesquinho, mas um medo. Potter, seu medo é de ver um de seus amigos mortos. Você é mais idiota que essa aí – apontou para Carrie, que chorava – Você praticamente bateu na sua própria irmã. E não venha dizendo que foi uma espécie de revanche pelo que ela fez, porque lá, ela estava somente se defendendo. E se você encostar mais um dedo em mim, para usar contra ela, você se arrependerá mortalmente. – olhou para a morena novamente – Da próxima vez que você pronunciar uma palavra que seja contra Lawren, quando ela estiver impossibilitada de responder, minha varinha vai se encarregar de tirar esse seu batom vermelho, e botar outro mais natural e bem mais vermelho: sangue.

Virou-se para Daniel, que sorriu dizendo que ele mandara bem. Harry estava sem reação. Carrie tremia. A professora se encontrava em uma espécie de transe. Os dois loiros seguraram à ruiva, e caminharam sem muita dificuldade, com ela para fora. A Potter era incrivelmente leve, e ainda estava desmaiada.

Alguns alunos que se encontravam nos corredores, e que haviam faltado aula, observavam a cena confusos. Andaram até a enfermaria, onde Madame Pomfrey, a olhou apavorada.

– O que houve com a garota e com você? – perguntou para Draco, ao notar o braço. Ele suspirou aliviado, junto com Daniel, quando ela foi colocada em uma cama, e os dois puderam finalmente descansar direito.

– Aula de adivinhação. Ela viu alguma coisa com sangue, jogou a bola de cristal no chão, o empurrou junto e depois de brigar com o Harry, onde somente o Harry estava brigando, ela desmaiou nos meus braços. – falou Daniel, notando o outro loiro ficar muito bravo.

– Sim... Tudo bem. – disse a enfermeira chegando com alguns frascos apressadamente. Mediu a temperatura, deu um remédio que iria fazê-la repousar um pouco.

Cuidou também dos machucados de Draco, que bufou um pouco ao ter que tomar um líquido verde muito doce: “não revire os olhos para mim!”. Passou um líquido ardente dos cortes, e se admirou ao notar que alguns eram bem profundos. Mas o garoto parecia preocupado mesmo era com a garota.

– Ela ficará bem, Sr. Malfoy. Ah... Você é o Sr. Daniel Surrey, não? – ele assentiu – Bom você conhece alguma amiga de Lawrence que poderia ir ao quarto dela e pegar alguma roupa nova? Essa que ela pegou, está manchada de sangue. O que realmente aconteceu naquela sala? O único que tem motivos para estar manchado é você, Sr. Malfoy? Por que ela está assim também?

– Creio que discutiremos sobre isso na diretoria, Madame Pomfrey. É uma longa história. Quanto a alguma amiga, ela só tem a gente. Não tem amigas meninas. Exceto Carrie, mas elas não são amigas. Somente conhecidas. E pode ter certeza, eu não vou encarar a cara daquela estúpida. – respondeu Daniel.

– Bom então um de vocês deverão ir lá e pegar algo para ela vestir. Ela não pode ficar assim. – falou a mulher, se rendendo.

Os dois amigos se olharam, como se perguntassem um ao outro: “então, quem é mais íntimo dela para pegar um sutiã e uma calcinha?”. Reviraram os olhos e riram, perguntando se os dois poderiam ir juntos. A mulher concordou com um olhar meio indeciso, e deu um sorrisinho ao ver os dois saindo apressados.

***

– Que bagunça é essa? – perguntou Draco, ao olhar o dormitório feminino, que no momento se encontrava vazio. Os dois garotos estavam apavorados.

O quarto era simplesmente uma zona. Alguma espécie ainda não descoberta pela ciência, poderia muito bem se criar ali. Era vestido para lá, blusa para cá, salto alto de um lado, cama desarrumada, chapinha em cima delas. Sem falar no odor terrível que se criara no meio de tantos cheiros de diferentes perfumes.

– Elas falam tanto de nós, mas no fundo escondem o que realmente são: desorganizadas. Como elas se acham no meio disso? – falou Daniel pulando uma mala no meio do corredor de camas.

– Como descobrir qual é a cama da ruiva cabeça de fósforo? – sussurrou Malfoy.

– É a do canto. – falou uma voz feminina atrás dos dois.

Ambos se viraram se deparando com uma garota loira escorada na porta, que fora trancada. Ela tinha estatura mediana, sendo uns bons centímetros mais alta que a ruiva e era magra. Os cabelos eram cacheados um pouco abaixo dos ombros e ela usava uma tiara dourada. Tinha os olhos azuis e a pele bem clara. Usava uma blusa peluda, meio bege, com uma calça jeans e uma sapatilha. Nos pescoço, um colar de coração. Ela carregava um copo de isopor, provavelmente com café ou chocolate dentro, e nos lábios um sorriso divertido.

– Desculpe? – perguntou Draco, não entendo o que a outra dissera.

Ela passou pelos dois até o outro lado do quarto, e abriu uma mala, na cama bem do canto.

– Eu disse que a cama dela é essa. Meu nome é Amanda Casty. Sinto se eu perturbei vocês, no momento “poderemos ver as roupas íntimas de Lawren”, mas eu não pude deixar de seguir vocês para a enfermaria. Minha irmã, Carol, também tinha muito medo de sangue, então eu me identifiquei bastante. – ela sorriu, trazendo algumas roupas – Mas ela morreu ano passado, em um acidente de carro. Ela conhecia Lawren. – entregou as roupas para os dois – Aqui tem um moletom, uma calça e as roupas íntimas. Peguei também meias, e se ela quisesse, peguei também uma escova para os cabelos. Vi o estado deles. Diga a ela, que espero que ela melhore logo.

– Você é do quinto também? Nunca te vi por aqui. – perguntou Daniel, sorrindo maravilhado para a loira.

– Não. Tenho dezesseis. Estou no sexto na verdade, mas isso não muda muita coisa. Minha irmã fez coisas ruins para ela. Sinto-me no dever de retribuir com coisas boas. Vou deixar vocês um pouco sozinhos nesse “paraíso” de quarto, mas não comente nada com ela.

Desviou dos dois garotos e agitou a varinha para abrir a porta. Andou calmamente até lá, desviou facilmente de alguns calçados e casacos, e pulou de uma mala. A mesma mala que Daniel pulara. Quando estava com a mão na maçaneta, parou, sob os olhares dos meninos.

– Ah... Bom, caso vocês queiram alguma pequena vingança contra a Carrie vaca McSimmons, talvez seja legal a Lawren saber que ela odeia, do fundo do coração, baratas. Tchau. – disse dando um sorrisinho, e piscando para os dois, que deram uma risada, e se viraram maravilhados para o quarto a sua frente.

***

– Lawren, você acordou! Que maravilha! Como se sente? – falou Daniel, animado, dando um abraço que quase sufocou a ruiva.

– Me... Sinto... Sem ar... – Draco riu com a expressão de Daniel ao ver a Potter mais vermelha que os cabelos, pela falta de ar.

– Saia daí, Surrey! Vai matar a marrentinha antes mesmo de ela poder te dar um golpe estilo Batman! – falou Draco, fazendo Daniel se sentar em uma cadeira, enquanto este se sentava em outra. – E então Lawrence...

– Carry on my wayward son¹! – cantarolou Daniel, recebendo um olhar congelante do Malfoy – Desculpe empolgação.

– Então, Lawren, se sente melhor? –perguntou novamente. A garota respondeu com uma voz séria e sem emoção.

– Tirando o fato de que eu desmaiei na minha primeira aula em Hogwarts, te empurrei junto, chorei, gritei, e fui humilhada pela Carrie, muito provavelmente enquanto estava desmaiada, sim, estou ótima. Sem falar das minhas roupas. Esse cheiro está me matando, e eu não consigo nem olhar para as manchas vermelhas. Tenho que manter o meu olhar assim, alto. – Draco começou a rir, recebendo um olhar cortante da menina.

– Desculpe Lawren, mas eu realmente tenho que rir. Sua situação está muito engraçada. – ela se permitiu a um sorriso de canto ao perceber que realmente estava em uma roubada. – Olhe, nós trouxemos roupas novas para você. Não fazemos a mínima ideia do que tem aí, foi uma menina que arrumou.

– Menina? Que menina?

– Amanda Casty. Do sexto. Pelo visto ela lhe conhece, Lawren. Ela falou que a irmã dela lhe conhecia. – se pronunciou Daniel.

– Amanda Casty? Irmã de Carol Casty? A Carol era minha... Bom... Não amiga. Ela era mais uma conhecida para mim. – gaguejou a ruiva. Levantou-se com um pouco de tontura, e pegou as roupas em cima do criado-mudo do lado da cama. Entrou no banheiro e se trancou.

A roupa se baseava em um moletom verde água, escrito “Selfié”, jeans escuros e meio rasgados, all star branco e uma correntinha dourada. Após botar essa roupa, tremendo um pouco ao tirar a outra e tomando banho, vendo sangue escorrer pelo chão, ela penteou os cabelos ruivos em um rabo-de-cavalo. Suspirou e se olhou. Tudo bem, nada mal. Sobrevivera. A cicatriz em sua nuca ardia um pouco, mas estava tudo bem.

Abriu a porta, saindo. Vira somente Daniel dentro da sala, e estranhou a falta de Draco.

– Onde está a Barbie? – perguntou bem mais relaxada e calma. Ele sorriu.

– Teve que sair. Problemas com Dumbledore. Minerva apareceu aqui para manda-lo para a diretoria. Deveria ter visto o que ele fez para lhe defender. Não duvido que amanhã a Carrie apareça com os braços roxos e arranhados. E Harry então? Ameaçou ele de um jeito que eu nunca vi. Draco só faz isso por quem ele gosta. Ele só fez isso uma vez por mim. Ele te conhece há um dia, e já fez! Ele realmente gosta de você. – sorriu Daniel – Eu teria defendido também, mas acontece que você... Bem... Estava desmaiada no meu colo... – falou, coçando a cabeça. Lawren sorriu verdadeiramente. Condenava-se, pois sabia que estava começando a gostar dos dois. Nunca fora tão aberta com duas pessoas, em um dia só. Isso estava a matando.

Os dois saíram da enfermaria depois de algumas recomendações dadas pela Madame Pomfrey, e foram direto para o almoço. Por onde passava, alguns olhavam e riam. Ninguém estava vendo Draco por perto, então não haveria problema. Lawren acalmava Daniel.

– Como consegue ser tão calma? É sério. Essas pessoas estão falando mal de você, e você nem se importa! – ele argumentou enquanto andavam.

– Você fala como se a opinião deles realmente contribuísse para o que sou. Se eu ouvisse o que as pessoas dizem, eu me chamaria Harry Potter, e não Lawren. – disse, fazendo uma piadinha pela reação do irmão mais cedo. O outro loiro se permitiu a dar uma risada gostosa, mas parou ao ver a menina séria.

– O que foi Lawren?

– Eu não acredito que farei isso, mas... Olhe Daniel. Eu sinto muito pelo que disse para você ontem à noite. Eu... Eu não costumo gostar das pessoas. Pessoas não costumam gostar de mim. Geralmente gostam porque estão interessadas em outras pessoas que eu conheço. E isso é interesse, e não gostar. Mas então, você e Draco chegaram, simplesmente agindo como se eu fosse uma pessoa qualquer, e não uma Potter. Faziam piadinhas, brincavam e me tratavam como uma pessoa, e não um monumento de museu a ser observado. Isso era uma sensação muito estranha. Você me xingou ontem, e eu achei aquilo muito irreal: em toda a minha vida, ninguém teve coragem de me xingar. Somente meu pai. Nem Carrie fazia isso. E você me xingou. Eu tentei ignorar, dizendo aquelas coisas para você. Sempre dera certo. Mas dez minutos depois, você voltou a me tratar como uma amiga de infância. E isso foi como uma facada. Eu me isolo. Mas parece que isso não funciona para nenhum de vocês. Vocês me defenderam, e eu agradeço. Mas eu não sei se eu quero isso de novo, porque no fundo sou egoísta e orgulhosa. Eu não consigo falar obrigada muitas vezes. Então, o que eu queria dizer, é que eu realmente sinto muito. Não foi minha intenção falar aqui... – mas parou de falar ao ser surpreendida por um Surrey a abraçando. Ele estava sorrindo.

– Para quem diz falar pouco, você se enrola demais em explicações. – ele sussurrou – Não se preocupe com aquilo Lawrence. Eu sei que era só uma forma de me fazer parar de falar, porque eu sei o quanto posso ser irritante. E é óbvio que eu sei que você gosta de mim, tudo bem? – ele falou já separado dela, se gabando – Quem não gosta? Sou lindo, perfeito, engraçado, inteligente... Já falei perfeito? Então, depois de tanta enrolação, quer dizer que somos oficialmente amigos? – estendeu a mão.

A ruiva olhou para a mão estendida a sua frente. Cenas de sua vida toda passaram. Tanta decepção por uma palavra tão simples. Amigos. Ela nunca tivera nenhum de verdade. Não teria agora. Não deveria mudar sua personalidade por dois garotos que mal conhecia. Mas quem falou em mudar? Eles gostavam dela assim mesmo. E isso era raro. Eles a entenderam desde o primeiro instante. E mesmo que sua cabeça relutasse a sua mão parecia ter movimentos próprios ao encostar-se à mão dele, e fechar.

– Não pense que poderá fazer algo a mais, como me forçar a fazer algo por sermos amigos. Mas sim, acho que podemos ser... Amigos.

– Agora só falta o Draco. – ele disse. Ela revirou os olhos, ouvindo um grito masculino atrás dos dois, e logo após um loiro aparecendo, pulando nos dois, fazendo-os quase cair no chão.

– Acho que ele não precisa de permissão para se achar meu amigo. A permissão ele dá por si mesmo. – murmurou a ruiva, voltando a sua face original, fria e séria. Mas no fundo, bem no fundinho, existia um pequeno, mas singelo sorriso em seus lábios.

Carry on my wayward son¹: música tema das temporadas de Supernatural, uma série americana. Costuma tocar todo fim de temporada, ou começo. Como os personagens principais, Dean e Sam, são de Lawrence, Kansas, essa música foi usada na fic por causa do nome da Potter: Lawrence.


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Notas finais do capítulo

E entããããão? Looks: http://www.polyvore.com/cgi/collection?id=3469689&.locale=pt-br

Beeeeeijos ;)