A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 11
A vingança de Lawren: não se preocupe Carrie, baratas não são comestíveis.


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOOOi

Gente, obrigada pelos comments. Já estamos com 69 comentários (hum, 69 é? :3). Então, esse capítulo ficou bem longo, mas acho que vai valer a pena. Sim, o Daniel vai ser chato para uns, lindo para outros no fim do capítulo. Sim, eu estou dizendo que ela vai sim ser odiado por algumas leitoras (não sei porque, mas acho que a Mel vai ficar brava com o loirinho), mas capítulo que vem eles vão estar de bem novamente, okay? Obrigada por tudo, amo vocês. Beeeeeeeijos! (Gente, meu aniversário é nessa semana, se alguém quiser me dar um presente, uma recomendação seria perfeita :3) Xoxo



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Os Slytherins se encaminharam calmamente para o grande salão, conversando sobre coisas monótonas, como “o quanto o sorvete de Hogwarts era bom”. A ruiva se permitiu a alguns sorrisos, mas não dera nenhuma risada e muito menos comentara sobre o assunto. Gostava muito de tudo que eles falavam, mas sua cabeça estava aérea. Mesmo depois do fato da aula de adivinhação, ela não poderia simplesmente ignorar o que vira. Não queria que os dois garotos a perguntassem sobre isso, porque, o que vira não fora legal.

Não chegara a ver o rosto da pessoa, mas sabia que era loiro. Recusava-se a pensar que era algum dos meninos ao seu lado, porque as risadas animadas a faziam simplesmente ignorar esse fato: eles não podiam morrer. Eram fortes, não eram?

E havia outro fato: Voldemort. Onde estava ele? O profeta simplesmente difamava seu irmão, mas não falava nada sobre a volta do Lorde das Trevas. O que eles esperavam? Pessoas mortas, famílias arruinadas, umas guerra bruxa... Mais sangue? Sem falar que Minerva falara que ele não sabia sobre a existência dela: como? Se ela tinha a mesma cicatriz que Harry tinha como Voldemort não sabia de sua existência? Se ele estava vivo há mais de ano, muito provavelmente ele deveria ter ido atrás dela. Só deveria haver duas opções: ou ele realmente não se lembrava dela, o que era bem improvável, ou ele já estava tramando algo. Ali, bem escondido entre tantas pessoas. E sinceramente? Ela acreditava bem mais na segunda opção.

– Cabeça de Sol, está tudo bem? Porque tipo... Você está encarando o mesmo ponto há mais de dez minutos. – perguntou Daniel, divertido. A ruiva revirou os olhos, o olhando.

– Não irá parar de me dar apelidos, Barbie de terceiro mundo? – retrucou se servindo de suco.

Já haviam se sentado há um bom tempo, mas ela não estava com muita fome. Então, o que jeito mais simples era pensar, pensar e pensar. Não que ela não pensasse muito: na verdade, era o que mais fazia. Os loiros riram pelo novo apelido, e também se serviram de suco. Quando ia dar uma garfada, uma sombra apareceu atrás de si. A primeira coisa que pensou em fazer, pelos reflexos, era bater. Mas então se lembrou de Daniel, e resolveu primeiramente se virar.

– O que você está fazendo aqui, sua va... – começou Draco, antes mesmo que Lawren pudesse falar, mas esta tapou sua boca com as mãos ágeis, e deu um sorriso.

– Carrie! Que surpresa! Como você está? Está bem? O que houve com o seu braço? – falou docemente, fazendo uma cara confusa. Daniel ia abrir a boca para contestar a Potter, mas esta também fechou sua boca com a outra mão.

– Ah... Oi, Lawrence. – falou baixinho, botando o cabelo castanho atrás das orelhas, tremendo – Eu... Eu... Eu queria lhe pedir desculpas pelo que falei. Com certeza eles já devem ter contado. Eu juro que não queria dizer que você era fraca, era só o momento. Eu queria que reparassem em mim, e o melhor meio foi você. Coisa de criança mimada, eu sei, mas, mesmo assim...

– Shh, não se preocupe Carrie. Eu lhe conheço, sei que nunca faria isso por mal. – sorriu docemente, fazendo a morena suspirar aliviada – Belo vestido. Mas podia jurar que você estava usando um azul.

A McSimmons usava um tomara-que-caia preto, com uma fita prateada na cintura. Um salto preto, e os cabelos estavam em um meio-preso. Usava um colar com um pingente de âncora.

– Ah, sabe como é, tive que trocar. – falou com um sorrisinho.

– Entendo... Por que não se senta? Parece meio... Cansada. – falou a ruiva, no que a morena sentou.

– Mas Lawren, você... – tentou falar Draco, recebendo uma piscadela da Potter. Não demorou muito para entender que era tudo uma atuação.

– Então... Com sede? Temos suco... – pegou a jarra e o copo de Carrie, enquanto esta comia calmamente. Olhou para a morena, concentrada na comida, e tirou dos bolsos das calças, o frasco que roubara do banheiro da enfermaria, antes de tomar banho. Na bula, a frase: “Para transformações de todos os tipos. Cinco gotas.”.

Sorriu, guardando novamente, e oferecendo o suco para a menina, que tomou com gosto. “Isso beba. Antes que você se engasgue. Porque, você vai, pode ter certeza.”, pensou, olhando para Daniel, e dando um sorriso misterioso, e logo após, afundando o rosto na taça de suco.

***

O dia passara rápido. Ninguém comentara sobre o ocorrido na manhã de aula, e Lawrence nem mesmo queria que comentassem. A conversa do dia continuava na mesma: sobre a existência de outra Potter. Não sobre como ela tinha medo da existência de sangue. E sim sobre a existência dela.

A reunião com Umbridge fora adiada somente com algumas palavras hábeis, como: “cansada”, “mal”, “enjoada” e “dores”. Fora o suficiente para convencer a sapa rosa a marcar para o outro dia, após sua aula. Já eram quatro da tarde, e o período entediante de história começava em dez minutos.

A ruiva e os dois loiros se sentaram na última mesa (já que eram reunidos em trios), onde era mais escuro devido às cortinas que tampavam a porta que levava ao quarto do professor. A sala em que estavam era como um auditório: as classes se agrupavam em espécies de escadas, onde a escada dos Slytherins era a última e “sombria”.

Enquanto Daniel e Draco se ocupavam com um pacote de salgadinhos, botado na mesa dela, já que esta estava no meio dos dois, ela se sentara calmamente. Pegou sua mochila e colocou do lado da cadeira, puxando a garrafa térmica do bolso e colocando sobre a mesa. Abriu a tampa, e deu um gole em seu café que ainda continuava quente: essa, com toda a certeza, era uma das vantagens do mundo bruxo. Antes a garrafinha dela não sustentava o café quente nem por duas horas. Agora, com magia, já passara quase um dia inteiro e ainda estava pelando. Sorriu. Perfeito.

Fechou a tampa novamente e deixou no canto da classe, observando os dois comer o salgadinho. Não comeram a tarde inteira. Então, obviamente, estavam com fome. Deu um sorrisinho de canto, tirando da mochila um caderno de desenhos e um estojo. Era ali que anotava o que precisava saber. Botou o caderno de pé na perna, escorado na classe, e um lápis.

O professor entrou na sala, e começou a falar com a mesma voz sonolenta. Vamos lá, ele era um fantasma! Como ele podia lecionar? O simples fato da voz dele ser cansativa e fantasmagórica faria com que todos os alunos dormissem! Sem falar que a aula ficava mais cansativa ainda porque ele somente falava: não podia anotar coisas no quadro, porque simplesmente não podia carregar coisas.

– A propósito Lawren, a garota do dormitório mencionou sobre o medo que Carrie tem de baratas. Caso queira alguma... Revanche. – a ruiva assentiu, parecendo não se importar muito com a situação.

“Baratas, é? Então baratas serão, McSimmons do meu coração”.

Começou a fazer uns riscos na folha, enquanto Draco anotava o que ouvia e Daniel batucava com o lápis na mesa enquanto olhava para o campo de quadribol. O Malfoy parou de anotar na décima quinta palavra dita pelo professor, e Daniel se pronunciou depois de perceber que acabaria dormindo se não falasse algo.

– Os testes de quadribol começam em duas semanas... – murmurou, mais para si mesmo do que para os outros dois.

– E você vai tentar? – perguntou Lawren, interessada no assunto, ainda desenhando. Os loiros se surpreenderam por ela realmente estar conversando. Tentando continuar um assunto.

– Acho que vou. Para artilheiro. O Draco já é do time, mas mesmo assim, terá que fazer o teste de novo. Correto Draco? – perguntou ao outro, que concordou.

– Mas não quero mais ser apanhador. Se possível, vou tentar para artilheiro também. – completou.

– Acho que vou ir nesse teste. Vou tentar para batedora ou apanhadora. Nem preciso necessariamente passar, mas somente queria ver se tenho talento em vassouras. – falou, começando a desenhar um livro no desenho.

– Nem tente para batedora. O simples fato de ter Potter contra Potter em um jogo contra a Gryffindor vai fazer Marco botar você como apanhadora mesmo sem ter talento algum. O que eu duvido bastante. Quadribol não é nada mais nada menos do que estratégia, observação, velocidade e...

– E roubo. – completou a ruiva, para Draco. Este sorriu.

– É. E roubo.

O bom de sentar no fundo da turma, e ter um professor parcialmente surdo, era que ele nunca notava quando alguém dormia, conversavam, ou simplesmente saía da aula. Ela voltou a encarar o desenho, capturando algumas palavras do professor, como: “guerra”, “duendes” e “sangue”. Estremeceu ao ouvir a última palavra, e começou a desenhar as pernas da pessoa.

O desenho progredia facilmente. Daniel voltara a encarar o campo ao longe, provavelmente pensando se seria bom o suficiente. Havia jogadores perfeitos querendo fazer o teste. Draco, por exemplo. Nunca fora um apanhador realmente bom, mas era muito bom jogando como artilheiro, sabia disso. Gostaria que não tivesse que lutar por uma vaga com ele. Com sorte, os dois passariam e seriam colegas. Draco observava a turma, escrevendo alguma coisa em seu caderno, que com toda a certeza não era conteúdo.

Havia passado quarenta minutos de uma aula com uma hora. O desenho dela já estava quase pronto. Só faltavam duas coisas. O colar de yin-yang, e o rosto do rapaz. Ela sempre tivera muito talento desenhando, talvez porque esse fosse o único modo de poder expressar o que via: não tinha amigos, era um fracasso escrevendo em diários e seus pais estavam pouco se preocupando com ela. Somente aquele caderno, lápis e uma boa dose dupla de observação.

– Foi isso que viu? Na bola de cristal? – murmurou Draco, olhando o desenho. A ruiva concordou dando um toque final ao rosto da garota que se estendia sobre o rapaz – Quem é ele? O ensanguentado. – chamou a atenção de Daniel também, que já olhava o desenho.

– Não sei. Estou tentando descobrir. – falou sem emoção. Não diria que era um rapaz loiro parecido com eles dois – Somente uma pessoa, eu creio. Morta. Não sei a causa. Somente morta. E isso pouco me interessa também. – disse fria, riscando o fundo com algumas outras macas pequenininhas – O que quero saber é sobre isso. – apontou para a faca, o livro e o frasco – Na visão parecia ser importante.

– Sei... Bom, adivinhação é uma matéria muito precisa Lawren. Não podemos nos agarrar a algumas coisas vistas em uma bola de cristal. É necessário estudo para saber se isso foi realmente uma visão, ou algo que você teme ver. Não se preocupe. Seja lá quem for esses dois indivíduos – apontou para p desenho, Daniel. Sem nem mesmo saber que um dos indivíduos era Lawren, e outro poderia ser ele mesmo – Não estão em perigo.

– Não estou preocupada. – bufou. Draco acabou se irritando também. Estava cansado de tanta ingratidão da parte dela.

– Você tenta fingir tanto, e eu simplesmente não consigo lhe entender. Você se preocupa tanto em esconder sua preocupação, seu medo, que acaba deixando isso mais claro que água. – falou o loiro, arrumando os materiais. A Potter deu uma risada divertida.

– Não estou fingindo, Malfoy. Essa sou eu, mais clara que água. Realmente não estou preocupada com o futuro de nenhum dos dois desse desenho. Se morrerem ou viverem, eu não me importo. – falou friamente – A única coisa que me preocupa nessa “visão que pode não ser visão”, é que essa pessoa na maca, não era a única. Hogwarts estava cheia de pessoas como ele – apontou para o garoto do desenho – Todos mortos.

***

Já eram nove horas. Todos os Slytherins se encontravam dentro do salão comunal, conversando paralelamente. Nas poltronas estavam sentados o novo trio de Hogwarts. Draco e Daniel usavam somente calça jeans, tênis e uma camiseta de manga curta, enquanto Lawrence usava os cabelos soltos, uma calça jeans bem clara e meio rasgada nos joelhos, com uma blusa branca de manga curta e um casaco de tricô por cima. O estilo do casaco era interessante, pois não tinha nada para fechar, e era de dois tons diferentes de verde. Um mais escuro e outro mais claro. Junto também com um all star, e o mesmo colar de antes.

Os três conversavam normalmente, ouvindo claramente algumas pessoas comentarem sobre o possível relacionamento entre Draco e Lawren. Esta, somente se divertia com a situação. Até que Carrie entra no salão, totalmente diferente do normal. Para começar, não usava vestido. E estava cabisbaixa. A única coisa que ainda a fazia parece Carrie era as botas com saltos.

A menina usava somente uma calça jeans, uma bota e uma jaqueta bege, de couro. Os cabelos presos em um rabo de cavalo e um colar de batimentos cardíacos. Parecia ter chorado, e estava tremendo um pouco.

– Parece que a vadia sente frio... – sussurrou Draco, sem receber resposta nem de Lawren, nem de Daniel. A ruiva sorriu.

– Hey Carrie! Venha cá, sente-se com nós. – gritou. A morena a olhou, meio timidamente, e caminhou até os três.

– Oi... Acho que vou ter que recusar por hoje Lawren. Estou meio cansada...

– Parece nervosa. Aconteceu alguma coisa? – perguntou Daniel, ao ver a mão da garota tremer.

– Somente frio. – sussurrou.

– Ah, por favor Carrie. Podemos tomar um chocolate quente! Você não queria que voltássemos a ser amigas? Então... Só uma xícara! – perguntou manhosa. A morena sorriu de canto.

– Se for só uma então está bem... – se sentou, enquanto a ruiva ia à mesa de café que tinha no salão comunal, e servia uma xícara para si, e outra para Carrie.

Olhou para trás, percebendo estar sendo observada somente por Daniel. Sorriu vingativa, e tirou o frasco do bolso, pingando cinco gotas na xícara da outra. Deu uma risada, ao mexer junto com açúcar. Não sabia se tinha ou não gosto, então não valia a pena arriscar.

“Então gosta de café, Carrie? Seria uma pena se ele virasse baratas de uma hora para a outra”.

Virou-se, e entregou a xícara para a morena, se sentando entre Daniel e Draco, tomando um gole do seu próprio café. A McSimmons parecia não querer muito tomar café, então teve que ser impulsionada por Lawrence. Levou a xícara na boca, mas tirou na mesma hora para tirar a mecha de cabelo que caíra na sua cara.

– O que colocou na bebida dela? – perguntou o Surrey, meio preocupado com o sorrisinho da Potter.

– Nada. Somente um líquido que a fará beber baratas. – falou, rindo.

– O que? Você é louca? Isso pode a fazer desmaiar ou... – Carrie levou o líquido à boca – Não! Não tome isso, você irá...

Mas era tarde demais. O copo se encheu de baratas e a xícara fora jogada para cima ao mesmo tempo em que Carrie gritava com uma barata em sua boca. Engasgou-se por causa disso, e se não fosse Daniel batendo em suas costas, teria morrido asfixiada. Tremia dos pés a cabeça, encolhida contra o sofá. Chorava.

Lawren e Draco riam, enquanto Daniel verificava se ela estava bem.

– Você é uma estúpida Lawrence! – gritou o loiro, sendo observado por todos. A ruiva fechou o sorriso, o encarando sem entender o motivo da bronca – Ela fez aquilo com você, sim, fez, mas isso não justifica. Isso é se botar ao mesmo patamar. Ser tão inferior quanto. Pessoas assim me enojam, - olhou com repugnância para a Potter, que já sorria divertida.

– Eu... Pensei... Pensei que você... Tinha me perdoado... – sussurrou a morena.

– Claro que perdoei Carrie. Isso só serviu para lhe mostrar, que eu perdoo pessoas quantas vezes for necessário. Mas se eu me canso, vendo falsidade, o que acontece é o que acontece com essa barata – a esmagou, e depois estalou os dedos, fazendo todas as outras explodirem – Você vira pó.

A morena ia se manifestar novamente, mas não pôde. Um grito fora ouvido, vindo do dormitório feminino. Logo depois, um barulho de passos apressados, com salto, e Pansy Parkinson apareceu vermelha e nervosa.

– Amanda Casty está estirada no banheiro. E creio que esteja morta.


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Notas finais do capítulo

E entãããão? Calma, o Daniel vai ser amigo da Lawren, gente. Mais para a metade da fic, eu vou explicar melhor o motivo de ele ser um Slytherin, mesmo sendo tão gentil, amável, querido e corajoso. A história dele vai ser interessante. Devo dizer. Para quem deseja ver os looks: http://www.polyvore.com/lawrence/set?id=119059554&lid=3469689 (indo mais para baixo dá para ver os outros). Beeeeeijos! Comentem!