Never forget. That's a promise! escrita por Skyves, Kaory


Capítulo 2
Despedaçada


Notas iniciais do capítulo

Oiiii gente o/ gomen ;-; eu fiquei mais de um mês sem postar. ~criatividade mandou lembranças~ mas I return o/ espero que gostem.
Como devem ter percebido, agora temos uma co- autora, é essa dieva da Kaory *u*
Ok? Ok. Então, boa leitura o/ leiam as notas finais.



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Ah, já sei!

– M-me desculpe Ken! Gomen, gomen! Preciso ir mesmo. Eu prometo que volto quando puder. Mas me prometa também que nunca vai me esquecer.

– C-claro Le... Eu prometo sempre me lembrar de quem eu amo.

– O-ok.....

Então fizemos aquela promessa do dedo mindinho. E vocês devem estar pensando: "Qual a idade mental deles pra fazer isso?" Bom, a resposta é simples, preferimos manter nossa inocência, do que ser igual ao povo das saliências. Falei pouco mas filosofei bonito.

Continuando.... Depois que fizemos a promessa do dedo mindinho, dei um beijo em sua bochecha e fui em direção a porta. Chegando lá, a abri e disse:

–Tchau Ken! Mande lembranças para a Barbie.

– Haha muito engraçado Le.

– Claro né, eu sou hilária.

– Nem se acha.

– Claro que não. Então... tchau, nos veremos brevemente.

– Tchau tortuguita.

E eu sai porta a fora. Eu falei que meu apelido é tortuguita? Não? Bom, então, meu apelido é tortuguita por causa daquelas tartaruguinhas de chocolate, porque eu sou meio viciada nelas entende? Não? Ah, então tá.

Eu cheguei em casa, peguei minhas malas e liguei para o táxi passar na minha casa em 10 minutos. Enquanto isso fui descendo as escadas e me lembrando de tudo que já passei naquela casa.

– Filha, venha se despedir do seu pai!

Minha mãe gritou do andar lá de cima. Ela tinha cabelos ruivos, olhos verde água e pele um pouco clara. Seus cabelos estavam presos em um coque bagunçado. Ela estava simplesmente linda com o seu vestido azul bebê.

– Pronto mãe! Só estava... an.... me despedindo da casa...

– Ok, sem problemas. Afinal, você viveu tantos anos aqui...

– Sim... bom, vim me despedir do meu pai e de você antes que o táxi chegue. -disse com uma expressão triste no rosto- Bom... Tchau pai -disse enquanto lhe dava um beijo na bochecha- espero te ver de novo em breve.

– Também espero Lelliy. Lelliy Julie Schreave... Você será famosa, e com grandes poderes, vem grandes responsabilidades. Espero que por mais que aconteçam perdas, por mais que você se magoe, ou qualquer coisa que aconteça, espero que se lembre...

– Estaremos sempre com você. -minha mãe completou a frase- Talvez não fisicamente, mas aqui, no seu coração. -ela disse colocando a mão no mesmo.

– Obrigada mãe, obrigada pai... -eu disse com os olhos marejados- eu sempre me lembrarei de vocês. Virei visita-los sempre que possível.

Fui em direção a porta, e a abri. O táxi já havia chegado, e Ken estava em frente a porta segurando um ursinho. Assim que me viu, veio em minha direção e entregou o mesmo.

– Nunca se esqueça -ele pediu.

– Nunca -assenti.

Seres humanos são assim, fazemos promessas e puf! Alguns dias depois já nos esquecemos delas.

Mas eu me lembraria daquilo para sempre. Nunca, nunca me esqueceria. Esse era nosso lema "Never Forget", nunca se esqueça.

Olhei para trás, minha mãe e meu pai lado a lado, meu pai com seus cabelos loiros e seus olhos cinzas um pouco ofuscados pela idade. De repente me lembrei de que ficaria muito tempo sem vê-los, queria chorar mais, mas não podia. Acenei com a mão. Ken estava sentado de cabeça baixa no jardim de sua casa, parecia chorar... Não queria abandona-lo, mas era preciso. Entrei no táxi, fechei a porta e saímos fincados para o aeroporto. Afinal, se eu não me apressasse, me atrasaria para o voo.

Chegamos ao aeroporto e o motorista me ajudou a tirar as malas do porta- malas. Peguei- as, paguei o taxista e entrei no aeroporto. Entrei na fila, assinei meu passaporte, e fui em direção ao portão que levava ao avião que eu iria pegar. Cheguei lá e fui direto para o avião. Assento 25.... achei facilmente. Como já tinha colocado as malas grandes naquelas coisas que as levam para dentro do avião, fiquei apenas com uma mochila com algumas comidas e meu celular para levar comigo. Tirei meu celular e o ursinho que Ken me deu de dentro da mochila.Alguns fios dos meus cabelo estavam caídos sobre o meu rosto, cobrindo um dos meus olhos. Eu estava chorando... E abraçava o ursinho na esperança de que o mesmo aliviasse minha dor. - Never Forget -repetia para eu mesma.

Até que perto da hora de decolagem, um garoto ruivo sentou- se ao meu lado e disse:

– Oi ruivinha!

– Oi. -eu disse com certa frieza enquanto enxugava as lágrimas que insistiam em rolar pelo meu rosto.

Aliás... eu me descrevi? Não? Bem, eu sou ruiva, tenho heterocromia, um dos meus olhos é azul e o outro verde. Normalmente usava meu cabelo igual aqueles emos, pois não gostava que ficassem me encarando -o que acontecia constantemente graças aos meus olhos multicolores-, eu possuo uma pele pálida, igual aquelas pessoas super brancas que parecem que estão fazendo cosplay de folha sulfite.

– O que foi? Não se lembra do seu priminho aqui?

– Me desculpe, mas não....

– Nossa.. me senti ofendido. Mas... ok... – o garoto disse decepcionado.- vou te ajudar a se lembrar.

– Tá.....

– Eu sou o Matthew, seu primo de segundo grau. Meus pais pediram para eu ir para a França com você, para garantir que chegaria em segurança lá.

– Seu nome não me é estranho...

– Então você está se lembrando.... Lembra- se daquela casa da árvore que construímos antes de você ir para o internato?

– Casa da árvore... Sim lembro!

–Isso, isso!!!

– Matt!!! Quanto tempo!!!

– Eu digo o mesmo. E bom... eu vou ficar com você na casa da tia Aghata durante 1 mês ok? Só pra garantir que você realmente ficará bem.

– Ok... mas só um mês? Veja bem... eu não gosto de ficar sozinha e.. bom, a tia Aghata quase nunca fica em casa...

–Eu bem que gostaria de ficar ,mas não posso, desculpe.

–Ok...

– Bom... o que você tá escutando aí?

– Ah, a música de abertura da segunda temporada do anime Death Note.

– S-sério?! Eu sou muito fã de anime!! Principalmente Death Note. Passa o fone pra cá tampinha!

– Eiii!! Tampinha não né?! Vocês que são altos demais. - eu disse isso, mas na verdade, pensei: "Eii!! Tampinha não né? Vocês que inventam de competir com as girafas e depois ficam chamando os outros de baixinha." mas eu me "segurei" para não falar isso... Depois pensei em falar: "Vocês ficam brincando de fazer cosplay de girafa e depois não quer mais parar. Assim também não brinco."

– Tanto faz. Passa logo o outro fone.

– Okay, okay. Toma. -disse enquanto entregava um lado do fone para ele- Feliz?

– Siim!! Agora coloca a música do começo.

– Tá, espera um pouquinho. -coloquei a música do começo- Pronto. Passamos alguns segundos escutando a música até que chega no refrão e começamos a cantar que nem doidos:

– uatassazapomissumissuatassazapo!

Tá, isso foi o nosso inglês, e... bom, ele não é bom. Enquanto cantávamos os outros passageiros ficaram nos olhando, meio que estranhando. " Estranhando minha maluquez, misturada com minha lucidez. Vou ficar, ficar com certeza maluco beleza"

Depois de um tempo pararam de nos encarar e se prepararam para a decolagem do avião. Nós fingimos que éramos normais durante um tempo, colocamos nossos cintos e ficamos quietos. Até que o Matthew decidiu cantar a abertura da primeira temporada de Death Note. E lá vamos nós...

Hirogaru yami no naka kawashiatta kakumei no chigiri
Aishita yue ni mebaeta aku no hana

E como sou uma boa prima comecei a cantar também. Mentira, eu não tava conseguindo me segurar mesmo. Precisava cantar.

Kore kara saki otozureru de arou subete o
Dare ni mo jamasaseru wake ni wa ikanai kara

Ficamos cantando até a música acabar, mas do nada surge uma aeromoça de Nárnia e fala:

– Boa tarde senhorita, vocês poderiam ficar quietos por favor? Os outros passageiros estão se sentindo incomodados.

Me virei para os outros passageiros e disse:

– Vocês estão se sentindo incomodados? -eles assentiram- Então, os incomodados que se mudem! - Coloquei meu fone de novo e voltei a cantar.

– Senhorita, isso não é modo de se portar em um avião, os passageiros estão se sentindo ofendidos com seu comentário.

Tirei meu fone, olhei para trás novamente, e falei:

– Vocês estão se sentindo ofendidos? -mais uma vez eles assentiram- então, parem de escutar a conversa dos outros!

Quem se sente ofendida assim sou eu. Que coisa feia, escutando a conversa dos outros.

– Vão cuidar das suas pacatas e medíocres vidas fúteis! -gritou o Matt.

Eu fiquei abismada com uma coisa, desde quando ele sabia palavras difíceis?

– Ei! Só eu posso falar palavras difíceis nessa merda! Você compreendeu?

– Que seja tampinha! -ele disse e colocou um dos fones no ouvido novamente.

– Ai nossa! Ele ficou boladinho! Ele me ignorou...

Filho de uma mãe, ele vai se ver comigo depois.

– Vocês podem ficar quietos? -ignorada com sucesso. – Que shit! VOCÊS PODEM CALAR A MERDA DESSAS BOCAS?

– Desculpe aeromoça, mas me senti ofendida com o seu comentário. Fique sabendo que vou processar essa companhia! -eu disse na esperança de irritá-la.

– Um minuto, já volto.- Ela saiu e foi em direção a cabine do piloto.

A aeromoça voltou e veio na nossa direção.

– Por favor me sigam.

– Por que?

– Apenas me sigam.

– Ferrou! -disse o Matt

– Ferrou! - eu disse afirmando a ideia.

Já estávamos pensando que eles iam nos jogar do avião, a sei lá quantos metros de altura. Mas não foi isso que aconteceu. Aconteceu uma coisa muito boa, nós fomos para a primeira classe.

–Matt! Matt! MATT!! -disse enquanto cutucava ele

– Eu?! Oi?! Que foi?!

– Aquela ali não é a Avril L.?

Sim... mas é melhor deixá–la em paz para não sermos expulsos de novo.

Okay... - só que não.Sai correndo que nem doida- Avriiiil!!! - ela me olhou com uma cara de: "Mas what?"- me dá um autógrafo please? -claro que eu falei tudo em inglês né.... Eu estendi meu bloco de notas e ela autografou e ainda me deu um cd dela autografado. - Oh!!!! Obrigada, muito obrigada!!

– Mocinha, você pode ir se sentar naquele lugar vago ao lado daquele rapaz por favor? - a aeromoça da primeira classe apontou para o Matt.... Cá entre nós, acho ela bem mais simpática do que a outra.

– Claro moça. Já estou indo. Tchau Avril.

Fui para o meu lugar ao lado do Matt, e fiquei escutando musica com o meu fone. Depois de um tempo acordei com alguém me chamando e estava sentindo um peso em cima da minha cabeça. Quando consegui acordar completamente percebi uma aeromoça na nossa frente.

– Mocinha, mocinho, acordem, o avião já pousou.

– Aii!! -disse me espreguiçando- Obrigada moça.

Ela respondeu com um "Não há de que". Logo percebi que o peso acima da minha cabeça era o Matthew. Ah, agora ele vai ver.

– ACOOOOORDAAAAAAA!!!

– Calma, calma!! Já acordei.

– Que bom, porque já pousamos. Pega a sua mala e vamos.

– Tá.

Pegamos nossas malas e descemos do avião. Assim que chegamos na saída/entrada do aeroporto avistamos nossa tia Aghata dentro do seu carro.

– Quando foi que nossa tia ficou "moderninha"?

– Hahahahahaha!!! Boa pergunta!

Chegamos no carro, cumprimentamos nossa tia, guardamos nossas malas no porta- malas e entramos no carro.

– Lelliy!!! Matthew!! A quanto tempo não vejo vocês! Que surpresa!

– Quanto tempo né tia? -disse enquanto sorria.

– Sei que você sentiu minha falta tia. Aquela casa sem eu é sem vida e sem luz. - o Matt disse.

Eu olhei para ele com cara de: "Mas what? "

– Nem se acha né?

– Eu? Claro que não!

– Ainda bem porque... -ele me interrompeu.

– Eu não me acho. Eu me tenho certeza.

– Vixe, olha lá, tá se achando a última bolacha recheada do pacote. Fique sabendo, que elas são sempre as mais feinhas, porque sempre veem quebradas.

Ele me olhou pelo canto dos olhos com um olhar assassino. Nossa tia apenas ria da situação.

Andamos alguns poucos minutos de carro e logo chegamos a casa da tia Agatha, e uau! Como era grande! Era meio que uma mansão! Eu e Matt nos olhamos assim que entramos na garagem, e depois olhamos para tia. Ela percebeu e disse:

– Tá, podem ir olhar a casa, mas não façam bagunça!

Saímos correndo em disparada para dentro da casa. E puxa, ainda bem que eu e Matt estávamos correndo na mesma direção, porque aquela casa era tão grande que nós poderíamos nos perder.

Cheguei em frente a um quarto com uma de suas paredes preta, e outra roxa. Mas que quarto divo gente! Entrei no quarto e vi algumas fotos minhas e roupas dentro do guarda- roupas. Será que esse quarto é meu?

Estava totalmente entretida no quarto, até que...

– Lelliy! Vejo que já achou o seu quarto. Gostou dele?

– Não tia -eu disse e ela fez uma cara de decepção.- Eu AMEI esse quarto!!!!

– Hahahahaha, que susto. Pensei que você não tinha gostado. Ainda bem que consegui te agradar. Agora vou ver o quarto do seu primo e... - o telefone começou a tocar.- Espere aqui só um pouquinho, vou atender o telefone.

– Okay.

Comecei a admirar o tamanho da estante que tinha no meu quarto, e a quantidade de livros infanto-juvenil que a mesma possuía. Logo achei um dos meus livros favoritos...

– Harry Potter! Harry Potter!!

– Nossa. Que empolgação -disse o Matt enquanto entrava no meu quarto. - quarto legal tampinha!

– É, legal mesmo. O seu também tem coisas que você gosta?

–O meu? Claro que tem. Eu morava aqui dois anos atrás esqueceu?

– Sim, esqueci.

Lelliy!!! Telefone pra você! -minha tia gritou lá de baixo.

–Já estou indo tia!! -gritei e desci as escadas correndo. Assim que cheguei ela me entregou o telefone.- Alô?

– Lelliy?

– Sim, quem fala?

– Aqui é o Ken! Eu queria te falar uma coisa...

– O-o que? - eu disse já sabendo o que ele ia falar. Mas não podia ser isso.

– Eu vou para a escola militar. - eu sabia que era isso.. coitado, ele nunca quis ir para a escola militar.- E por mais que eu queira te visitar, não vou poder. Terei que fazer no mínimo dois anos de escola militar para ir para França. P- por mais difícil que seja, não poderei falar com você também. Apenas liguei para me despedir. T- tchau.

– T- tchau.

Despedaçada. Essa palavra me definia. Kentin era meu único amigo no mundo, e agora eu perderia o contato com ele durante dois longos anos. Não. Isso era o que eu menos queria, mas sabia que um dia aconteceria....

"Espero que ele fique bem. Espero...." -eu pensava enquanto subia as escadas correndo.

Cheguei no meu quarto, me joguei na cama e comecei a chorar. Eu não aguentaria. Não sem poder falar com o Ken. Tudo menos isso! De tanto chorar acabei adormecendo... Amanhã seria um longo dia.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? >< mereço coments? favoritações?
Comentários me motivam a postar mais rápido pessoas c:
obrigada ^^ e até a próxima o/
Kissus~Kissus da Lelly



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