Rubi - A descarada escrita por Amber Dotto


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :D
Boa leitura e deixem comentários



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/480111/chapter/33

Hospital Presbiteriano de Nova York

– Olá Senhora Ferreira, eu sou o Dr. Winston McIver em que posso lhe ajudar?

– Bom, desde que mudei para Nova York a alguns meses não arrumei um pediatra para os meus filhos, porque não teve necessidade ainda, mas agora eu não sei que fazer e preciso muito de sua ajuda.

– Claro, vamos ver o que ela tem. Qual o nome da bonequinha?

– O nome dela é Elisa Ferreira. E se eu soubesse o que ela tem, não estaria aqui.

– E alguma coisa mudou na rotina de vocês ultimamente? Você percebe que o comportamento dela muda em algumas estações do ano ou em algum lugar?

– Não, será que ainda não entendeu que nada mudou? Minha filha começou a se sentir mal a três dias, ela está chorando demais, está muito agitada e chegou a ter febre. Ela nunca ficou doente desde que nasceu, por isso estou meio apreensiva, ainda mais agora que meu marido não está em casa para me ajudar.

– Vocês se separaram?

– Não. Ele está aqui no hospital. Teve um acidente de carro, e operou a coluna.

– Entendi. E eles são muito ligados afetivamente?

– Claro, Heitor se pudesse ficava o dia inteiro com nossos filhos. Mas todos sabemos que a Elisa é a princesinha dele, já que sempre quis ter uma filha mulher.

– Claro, aposto que ela vai crescer e se tornar uma linda mulher como a mãe.

– Espero que ela tenha o caráter do pai. Já que o meu marido é um homem maravilhoso.

– Você parece muito apaixonada. Têm quantos filhos?

– Perdão, mas não quero falar de minha vida pessoal.

– Desculpe minha indiscrição senhora Ferreira. Sua filha não tem nada demais. – Diz o médico acabando de avaliar a garota.

– Tem certeza? Não quero que nada de ruim aconteça com ela.

– Claro senhora, é apenas um resfriado. Você se assustou atoa Sr. Ferreira. Sua filha é muito nova, e a imunidade dela é mais baixa do que a dos adultos. Estamos no outono, e ela ainda não se adaptou ao clima de Nova York, e vocês vieram do México que é um país tropical. É normal que ela e o seu outro filho fiquem resfriados.

– E o que eu tenho que fazer?

– Vou lhe receitar alguns remédios, e algumas vitaminas. Você deve evitar que ela tome sereno, e quando o dia estiver mais fresco, coloque nela um agasalho.

– Só isso? – Questionou Rubi

– Sim. Faça isso e vai perceber que rapidinho ela vai estar bem. Vou deixar meu cartão com você caso seja necessário me ligar.

– Tudo bem. Muito obrigada Sr. McIver

– Estou apenas fazendo o meu trabalho senhora.

– Será que se eu for até o quarto do meu marido vai ter algum problema pra ela? Ele está no hospital, operou a alguns dias, e está com saudades.

– Não. Pode ir tranquilamente. Não vai haver problema algum.

– Então, bom dia.

Rubi saiu do consultório do Dr. McIver e seguiu pelos corredores do hospital em direção ao quarto de Heitor. Quando entrou, o rapaz ainda dormia, mas ela logo tratou de acorda-lo de forma carinhosa.

– Oi, papai dorminhoco, olha quem veio lhe visitar. – Dizia Rubi sorrindo se referindo Elisa.

– Que surpresa maravilhosa meu amor! Minha princesinha, deixa eu pegar ela um pouco.

– Eu deixo, mas só um pouco Heitor. Você sabe que não pode exagerar por causa da cirurgia não é meu amor?

– Tem apenas alguns dias que estou aqui no hospital mas parece que tem meses. Estou morto de saudades do Henrique também. – Respondeu Heitor acariciando a pequena.

– Você já vai poder ir pra casa amanhã e logo vai poder vê-lo; Imaginei que você estivesse morto de saudade e como eu a levei ao pediatra, aproveitei para dar uma passadinha.

– Ela não melhorou?

– O Dr. McIver disse que é apenas um resfriado, e que logo ela estará bem. Mas me assustei, nunca passei por essas situações. É muito difícil ser mãe.

– Me desculpa por não poder te ajudar meu amor.

– Heitor não é culpa sua. – Disse se aproximando do marido. – Eu sei que você não planejou isso tudo. E está tudo bem, o seu apoio é mais do que suficiente. Tudo o que eu preciso é que você esteja sempre ao meu lado, você é o meu ponto de equilíbrio.

– Obrigada por ser tão compreensiva Rubi, outra mulher talvez já tivesse me abandonado. Mas você está aqui, me dando apoio, e muito. – Disse Heitor. – E você, meu amor trate de ficar boa logo. – Disse se referindo a Elisa e a dando um beijo.

– E eu? Não ganho beijo? – Questionou Rubi sorrindo.

– Quantos você quiser meu amor. – Respondeu Heitor.

– Que tal muitos? – Indagou Rubi.

– Não é uma má ideia.

...

No dia seguinte

Rubi acordou bem cedo e fora tomar banho, queria estar lindíssima para a volta de Heitor. Todos perceberam o quanto ela estava inquieta. Seja pelo modo de agir, falar ou por mal ter tocado em seu café.

Toledo à fez companhia durante o resto da manhã, mas disse que não poderia acompanha-la pois havia marcado um compromisso. Ela então combinou com o amigo que iria buscar o marido e depois falaria com Alessandro, e que era para que ele fingisse que estavam juntos, olhando uma nova sede para a boutique. Por volta de onze horas da manhã, Heitor recebeu alta do hospital, e assim, ele e a esposa voltaram para casa.

– Seja bem-vindo novamente! – Disse Rubi. – Espero que você não me dê outro susto, porque não posso imaginar minha vida sem você. Eu te amo! – prosseguiu o abraçando forte em seguida.

– AI! – Exclamou Heitor quando Rubi o abraçou com força, indicando que havia doído.

– Me perdoa, eu esqueci. Eu não quis te machucar, onde dói?

– É brincadeira meu amor, pode me abraçar o quanto quiser. – Disse rindo e a abraçando com mais força ainda.

– Você é tão sem graça Heitor. – Disse Rubi com cara de brava.

– E você fica linda com essa cara de brava. Aliás você fica linda de qualquer jeito.

– E ainda bem que meu marido é tão lindo quanto eu. Formamos um belo par, não acha?

– Claro meu amor. Qualquer homem daria tudo para ter uma mulher como você ao lado dele.

– Mas eu não me importo com os outros, eu desejo que você me queira sempre ao seu lado.

– Heitor meu filho! – Interviu Dona Elisa na conversa dos dois. – Eu não sabia que vocês já haviam chegado.

– Acabamos de chegar madrinha. – Disse lhe dando um beijo. – Eu já ia lá ver a senhora.

– E você tem certeza que já está bem? – Disse Elisa. – Espero que obedeça a Rubi e comece a se tratar de forma adequada.

– Claro que ele vai fazer tudo o que for necessário. Não é meu amor?

– E eu consigo resistir a algum pedido seu? – Respondeu Heitor.

– Fico tão feliz de ver vocês dois assim, apaixonados.

– Não é paixão Dona Elisa, é amor. Lembra da nossa conversa? – Disse Rubi dando um sorriso.

– Que conversa? – Indagou Heitor?

– Assunto de mulher meu amor. – Respondeu Rubi. – Sua madrinha me ajudou muito.

– Eu também me alegro em finalmente ver vocês duas cheias de segredinhos. Agora, se não for pedir muito, quero ver os meus filhos. – Disse o rapaz.

– Os meninos estão no quarto com o Genaro. A Elisa está dormindo, mas o Henrique está super agitado.

– Eu vou ter que dar uma saidinha. – Disse Rubi.

– Mas eu acabei de chegar, vai me deixar aqui sozinho. – Disse Heitor.

– Eu sei, e prometo que não vou demorar. Quero ficar com você, mas prometi ajudar o Toledo a escolher um prédio comercial para ser a nova sede da sua boutique. Ele decidiu ficar aqui em Nova York. – Exclamou Rubi feliz.

– O Toledo vai se mudar para Nova York? – Questionou Elisa.

– Sim, ele me faz muita falta. Você sabe o quanto o Toledo é importante em minha vida né meu amor?

– Sei sim Rubi. E fico feliz que ele tenha decidido ficar aqui com você.

– Obrigada. Depois conversamos e eu te explico melhor as coisas.

– Tudo bem, mas não demore. – Respondeu Heitor dando-lhe um beijo e indo para o quarto dos filhos. – Eu te amo.

– Também te amo

Hotel Novo Manhattan

– Rubi, entra. – Disse Alessandro surpreso ao abrir a porta do quarto.

– Oi. – Disse de forma seca entrando e sentando na poltrona ao lado da janela.

– Como você está? Mal nos falamos durante esses dias. Fiquei preocupado com você mas achei que não fosse conveniente te procurar.

– Fez bem. Aconteceram várias coisas de uma vez, e pensei que fosse ter um ataque de nervos. Você apareceu de repente na minha vida, minha filha ficou doente, e eu cuidei dela e do Henrique sozinha, além do Heitor estar no hospital.

– Eu lamento não estar ao seu lado quando você mais precisa meu amor. – Disse Alessandro abaixando perto dela. – Mas agora está tudo bem. A Elisa já está melhorando, o Heitor voltou pra casa, e em breve poderemos conversar com ele sobre nossa volta ao México.

– Alessandro, é sobre isso que eu vim falar. Eu... – Dizia Rubi respirando fundo. – Eu lamento, mas não posso voltar com você.

– O quê? Como assim? Rubi por favor, você me prometeu.

– Eu sei que te prometi, mas não posso. Você me conhece como ninguém e sempre procurou me compreender. Tente fazer isso mais uma vez. Nossa história não tem mais sentido. Eu não sou a mesma Rubi. Depois de tudo o que aconteceu em minha vida, percebi que tenho que agir de forma racional e não por impulso. Eu aprendi a amar de verdade Alessandro, a pensar nos outros antes de pensar em mim.

– Então quer dizer que nunca me amou?

– Não é isso que eu quero dizer, te amei muito e você sabe o quanto. Mas era um amor egoísta. Nunca soube valorizar o que você sentia por mim, e preferi trocar o seu amor pelo dinheiro. E nada, nem mesmo a miséria que eu vivia, justifica o que eu fiz com você e com a Maribel. Sempre a odiei porque ela tinha tudo. Mas aprendi com a vida e paguei muito caro por tudo isso. Perdi o carinho das pessoas que mais me amavam, e vivi três anos de puro sofrimento, desejando estar ao seu lado sem poder estar. E tendo um casamento fracassado.

– Eu sei que você cometeu muitos erros no passado. Mas o fato de admitir tudo isso Rubi, faz com que eu te admire muito mais e queira estar contigo.

– As coisas mudaram quando eu fui presa Alessandro. Percebi que tinha ao meu lado um homem muito especial, que não mediu esforços pra me fazer bem, que fez de tudo pra estar ao meu lado. Heitor sempre foi muito carinhoso e por isso eu decidi dar uma a ele. Eu queria muito ama-lo, mas estava com medo de te esquecer, ele tentava me conquistar, tentava resgatar o nosso casamento, mas a minha mente lutava contra isso, contra o amor que ele estava despertando em mim. Só que eu não quero mais lutar contra isso. Eu quero estar com ele, e com meus filhos. Eu amo o Heitor. E não é tarde para que eu possa ser feliz ao lado dele.

– Não Rubi! Eu não posso acreditar. Se você amasse mesmo o Heitor não teria me procurado, não teríamos feito amor.

– Alessandro você sempre vai ter um lugar no meu coração e sempre vou sentir algo muito especial por você. Nunca vou esquecer tudo o que fez por mim, tudo o que fez por minha mãe, e pela minha irmã. E é isso que me deixa confusa... O que sinto por você hoje em dia, ainda é algo muito forte. Mas não passa de carinho, gratidão e afeto. O afeto que sentiria por um amigo, ou por um irmão. Quando vi Heitor, naquela cama de hospital me dei conta do quanto ele é importante pra mim e o quanto eu o quero.

– Eu nem sei o que dizer.

– Diga que não vai me odiar por isso. Eu não planejei que as coisas terminassem assim, e nem sabia como lhe contar o que eu estava sentindo. Mas eu não queria mentir. Você tinha que saber de toda a verdade. Eu estou muito arrependida de todo mal que causei a você e a Maribel. Sei que não posso consertar as coisas, mas quero que você me perdoe, quero que ela me perdoe, porque eu quero ser uma pessoa melhor, quero ser exemplo aos meus filhos. Porque desejo que eles sejam pessoas de bem como o pai.

– E eu estou orgulhoso de você Rubi. – Disse Alessandro lhe dando um beijo na testa.

– Você me perdoa por todo mal que te fiz? – Sussurrou Rubi chorando.

– Eu nunca vou conseguir te odiar Rubi. Você sabe o quanto eu te amo. Eu quero que saiba que não vou desistir de você. – Disse Alessandro. – Eu sei que vou ter que te conquistar novamente, e que isso não vai ser fácil, afinal você não é a mesma de antes, vou ter que te redescobrir, mas farei o possível e o impossível para que você decida ficar ao meu lado.

– Alessandro, qualquer mulher seria louca por alguém como você. Forte, bonito, talentoso e com um coração enorme. Mas...

– Não me negue essa oportunidade. Por favor!

– Tudo bem. Mas não vamos ter nenhum tipo de contato físico.

– Eu vou tentar me controlar. – Respondeu Alessandro sorrindo. – Porque é quase impossível, olhar pra você aqui bem perto de mim e não sentir uma vontade enorme de te beijar.

– Por favor. – Repreendeu Rubi.

– Tudo bem meu amor.

– Eu tenho que ir agora, prometi ao Heitor que não iria demorar e já está ficando tarde. Até mais Alessandro.

– Não esquece que eu te amo. Disse Alessandro vendo a bela sorrir e indo embora em seguida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rubi - A descarada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.