Amanhecia em Cinnabar, eram 08h00min da manhã, mas, diferente dos dias anteriores, estava um dia nublado, com uma chuva fina e gelada, um dia não muito bom para se viajar de navio... Mas o tempo não desanimava a garota de olhos escarlates, que já se preparava para embarcar no navio S.S.Anne, que a cada ano vinha até Cinnabar, justamente na época da entrega de Pokémon’s, para levar os treinadores à cidade onde se inicia as jornadas dos treinadores Pokémon’s, a cidade de Pallet. Katsumi era a primeira da casa acordada, mas, enquanto se arrumava no seu “modo furacão”, acordou Lily, Daisuke e até a Vulpix, Lily lia o jornal e tomava uma xícara de café no sofá, Daisuke estava sentado no sofá com uma expressão de sono, e Vulpix bocejava, todos apenas observando a “garota furacão”. Depois de um tempo, Daisuke também foi arrumar suas coisas, pois o navio partiria as 10h00min da manhã, e Lily, foi colocar comida na tigela de Vulpix que esperava sentada a frente da mesma, esperando sua ração Pokémon. Katsumi já havia terminado de se arrumar, ela usava o cabelo preso em um rabo de cavalo alto com uma fita vermelha, usava uma regata preta, e o casaco preto com capuz, que carrega para todo canto e ainda mais neste dia que ameaçava chover, uma calça jeans preta, e uma bota preta, usava seu cinto preto qual continha sua bainha, com sua espada, e lugares para colocar seis pokebolas, qual um já estava ocupado com a pokebola de Vulpix, carregava sua mochila que continha algumas pokebolas, comida Pokémon, roupas, pasta de dentes e escova, sua Pokédex, uma garrafa d’água bem grande, medicamentos como potions, folhas da planta para fazer a pasta para curar ferimentos principalmente, seu porta insígnias, e seu cartão de treinador, dentre outras coisa. Daisuke terminava de se arrumar, colocando sua mochila nas costas, ele usava uma blusa branca, uma calça jeans clara, seu casaco marrom e usava um tênis preto com detalhes em azul, e usava também um cinto que continha duas bainhas que guardavam suas adagas, e também havia seis lugares para pokébolas, o qual um já era ocupado pela pokebola de seu Growlithe, sua mochila, que era preta com azul, continha também roupas, medicamentos, pokebolas recém-compradas, uma garrafa d’água, pasta de dentes e escova, e seu porta insígnias azul, com o símbolo de duas adagas formando um “x”, sua Pokédex, seu cartão de treinador, dentre outras coisas. Daisuke soltava Growlithe de sua pokebola, para ele se alimentar na sua tigela Pokémon igualmente a Vulpix. Enquanto os Pokemon’s comiam, Katsumi e Daisuke se despediam de Lily.
– Bom, depois que você for embora, essa casa vai ficar arrumada demais para o meu gosto. – Disse Lily se referindo à garota e seu estado furacão; o qual fazia a maior bagunça na casa; e soltando uma leve risadinha depois sendo acompanhada por Katsumi e Daisuke.
– E eu vou sentir falta dos seus sermões. – Disse Katsumi se referindo aos sermões que a mãe dava depois da bagunça, com um sorrisinho.
– Ah, e se cuida, me liga através dos computadores dos Centros Pokémon das cidades, pra eu saber se está tudo bem com você, pois do jeito que é desastrada... – Disse Lily encarando a filha séria.
– Pode deixar mãe. – Disse a garota enquanto dava um sorrisinho torto.
– Eh, sem querer estragar o momento mãe e filha... Mas, a gente tem que ir, já são 09h30min e... – Disse Daisuke, mas para de falar ao receber um olhar mortal de Lily e de Katsumi. “Agora acredito no ditado: Tá a mãe, tá a filha...”
Katsumi terminava de se despedir de sua mãe, Daisuke perguntava para seu Growlithe se ele gostaria de ir andando, na pokebola, ou que ele fosse carregado, e, como o Pokémon não era bobo, escolheu ser carregado. Katsumi pegava sua Vulpix no colo, e ela e Daisuke corriam em direção ao porto qual o S.S.Anne se encontrava.
...
Katsumi e Daisuke já se encontravam dentro do S.S.Anne, seguindo sua viagem, rumo a Pallet, a parte de 1ª classe do navio era realmente bem luxuosa, não era atoa que a passagem em tal classe era bem cara, Buffet à vontade, música no salão principal, quartos bem grandes, Katsumi agradeceu por seu quarto ser no início dos corredores, em um lugar fácil de achar, assim não se perderia nos corredores do enorme S.S.Anne, e Daisuke ficou no quarto ao lado. Os dois se encontravam no salão do navio, conversando, enquanto Vulpix e Growlithe brincavam , corriam pra lá e para cá no enorme salão, particularmente vazio na opinião dos dois, o que eles estranharam até verem pessoas indo a uma única direção, a qual, por curiosidade, resolveram ver também o motivo de tanta atenção, chegando a determinado local, avistaram um grande tumulto em uma ponta do navio, se espreitando entre as pessoas do tumulto Katsumi e Daisuke veem o motivo do tumulto, eles já haviam guardado seus Pokémon’s nas pokebolas, afinal não seria muito recomendado andar com Pokémon’s no meio daquela multidão, o motivo de tudo aquilo era um Charmander, qual atacava com Ember’s funcionários do navio que saiam correndo após perderem a luta que tinham com o Pokémon. O Pokémon tinha muito habilidade, mas uma pergunta que rondava a cabeça de Katsumi era por que ele atacava as pessoas no navio? Ele parecia ser um Pokémon selvagem, como ele entrou no navio? Mas ela simplesmente parou de pensar, após ver três funcionários libertarem três Pokémon’s para ir contra o Charmander, os três atacando ao mesmo tempo, um Zubat com Swift, um Pidgey com Gust, e um Rattata com Hyper Fang, antes dos ataques atingirem o Pokémon, Katsumi pulou da multidão para frente do Pokémon, tirou sua espada da bainha, defendeu o Swift do Zubat com sua espada, o Gust do Pidgey com sua espada também, mas ela mesma foi acertada pelo Hyper Fang do Rattata, na perna, mas mesmo assim manteu-se de pé, firme, na frente do Pokémon, defendendo o Pokémon, que apenas estava com uma expressão confusa e surpresa, e a multidão apenas cochichava.
– Por quê estão atacando esse Pokémon? – Perguntou Katsumi para os funcionários do navio.
– Ele simplesmente chegou irritado no navio, atacando a um passageiro! – Disse um dos funcionários.
– E vocês por algum acaso tentaram saber o motivo desse Pokémon ter atacado, ou apenas saem atacando o Pokémon sem saber o motivo dele?! Um Pokémon não atacaria alguém assim, sem motivo algum! – Depois da garota de olhos escarlates ter dito isso, toda a multidão; que havia parado de cochichar; voltou a praticar tal ação, enquanto os funcionários apenas soltaram um suspiro, retornaram seus Pokémon’s, e fizeram sinal para que Katsumi os seguissem, Katsumi o fez, e o Charmander a seguia, juntamente com Daisuke. Ao chegarem a uma sala e entrar na mesma, os funcionários fizeram menção para que eles se sentassem em um sofá que havia lá, enquanto eles se sentavam em outro, no lado oposto.
– Bom... Você tem um ponto. Não sabemos o motivo de ele ter atacado... – Disse uma funcionária.
– Vocês sabem o nome do passageiro que ele atacou? Ele deve ter tido um motivo para atacar logo esse passageiro primeiramente... – Disse a garota de olhos escarlates, a funcionária concordou, mexendo no computador que continha em uma mesinha a frente dos sofás.
– Rodrigo Hamming, 30 anos, é tudo isso que consta aqui na ficha dele. – Disse a funcionária enquanto mostrava a imagem do homem para Katsumi
– Certo, vamos investigar isso, é claro, se o capitão do navio permitir. – Katsumi disse.
– Provavelmente ele vai permitir, parece que esse Pokémon se aquietou agora, é muito melhor isso do que ele fazendo aquela cena toda. – O terceiro funcionário finalmente se pronunciou.
...
O capitão do navio havia permitido a investigação, Charmander seguia Katsumi, que, com Daisuke procuravam o homem, depois de certo tempo, o acham no salão de música, ele falava ao telefone, provavelmente escolherá aquele salão pois assim poderia falar no telefone sem que ninguém escutasse sua conversa, depois dele terminar a conversa, guardou o celular no bolso, e saiu do salão, Katsumi e Daisuke o seguiam silenciosamente. Ele parou em frente às escadas que davam a parte de bagagens grandes que eram carregadas no navio, ele olhou para os lados, para se certificar se estava sendo seguido, Katsumi e Daisuke se esconderam na parte de virada da parede, não possibilitando vê-los, o homem desceu as escadas, Katsumi e Daisuke o seguiam a uma distancia segura, escondendo-se entre as caixas qual continha bagagens, Charmander parecia inquieto, o homem parou em frente a uma caixa coberta por um pano, o retirou e abriu a caixa, bem grande, e dentro dela, era possível ver um Charmeleon preso em um tipo de gaiola, desacordado. Nessa hora Charmander teria corrido em direção do Charmeleon, se não fosse parado por Katsumi, que apenas virou-se para Daisuke e deu um sinal para ele. Logo em seguida Daisuke saiu em outra direção, e Katsumi deu uma volta nas caixas, ficando na caixa a frente do Charmeleon, logo em seguida saindo de trás dela, e revelando ao homem, que ela estava ali.
– Olha lá... Parece que aquele Charmander tinha realmente motivo para atacar o senhor... - Disse ela com um sorriso no rosto, o homem com a surpresa, virou e saiu correndo em direção as escadas, para fugir, mas ao chegar perto dela, se depara com Daisuke saindo de trás de uma das caixas, o plano de Katsumi era que eles cercassem o homem, ela o ‘assustasse’, assim dizendo, e fazendo-o correr para as escadas, onde Daisuke aguardava, o homem ficou lá parado sem saber o que fazer. E logo depois, foi atingido por algo na parte de trás da cabeça, a espada de Katsumi, o fazendo desmaiar.
– Sinceramente, não sei quantas vezes já nocauteou as pessoas... - Disse Daisuke, recebendo como resposta um sorrisinho ‘vitorioso’ por parte de Katsumi, que havia nocauteado mais uma pessoa.
...
Eles descobriram que o homem era da Equipe Rocket, e estaria sendo mantido pela policial do navio até que o navio desembarcasse, ele estava tentando fazer trafico de Pokémon’s, aquele Charmeleon, era a mãe do Charmander. Katsumi e Daisuke observavam a Charmeleon e o filhote, o Charmander olhou para Katsumi e depois voltou a “falar” com sua mãe, na língua que apenas os Pokémon’s sabem e é um mistério para as pessoas, e depois da Charmeleon “falar” com seu filhote, o mesmo correu em direção de Katsumi, dando um sorriso se mostrando contente e apontando para a pokebola de Katsumi e depois para a pokebola de Vulpix, Katsumi entendeu.
– Você que batalhar comigo? – Perguntou Katsumi, Charmander acenou que “sim” com a cabeça e Katsumi sorriu. – Certo! – Disse ela tirando a Vulpix de sua pokebola e a sua Pokédex da sua mochila, para checar os ataques da sua Vulpix e dos dados dela.
Vulpix ♀ ( Referindo-se a Vulpix de Katsumi )
Vulpix é um Pokémon do tipo raposa. Ela tem uma chama dentro do seu corpo que nunca se apaga, consegue controlar tão bem o fogo que é capaz de criar tufos flutuantes de chamas. Quando a temperatura exterior aumenta, Vulpix solta chamas de sua boca para evitar seu corpo de superaquecer. Na natureza, Vulpix vai fingir lesão para escapar de predadores mais poderosos.
Ataques :
Flamethrower
Quick Attack
Will o’Wisp
Faint Attack
Habilidade especial: Flash Fire
Logo em seguida ela aponta a Pokédex para o Charmander.
Charmander ♂
Charmander é um Pokémon Réptil bipede. Uma chama queima na ponta da cauda desse Pokémon desde seu nascimento. A chama pode ser usada como um indicador de saúde e humor deste Pokémon, queimando brilhantemente quando o Pokémon é forte, fraca quando ele está esgotado, oscilando quando se esta feliz, e fortemente quando ele fica enfurecido. Se a chama de Charmander se apagar, ele morre.
Ataques:
Scratch
Ember
Smokescreen
Dragon Rage
Habilidade especial: Blaze
Depois de ver as informações, Katsumi deu a primeira ordem para sua Vulpix. Ela não teria que lutar, já que o Pokémon seria selvagem, treinadores Pokémon só lutam se há outro treinador Pokémon.
– Certo! Vulpix, use Quick Attack! – Disse para sua Vulpix, ela já entendeu o comando completamente pela sua treinadora, afinal, treinador e Pokémon tem uma ligação muito forte, e usou Quick Attack, indo na direção de Charmander, de frente, que iria usar um Scratch. – Pule! – Disse a garota quando a Vulpix já estava bem perto do adversário, e a mesma obedeceu, deu um salto um tanto quanto alto, indo parar atrás do Pokémon, e antes que ele se virasse. – Faint Attack, Vulpix! – Disse, e a Pokémon o fez, atacando o Charmander, que recuou alguns passos pela força do ataque, mas que logo em seguida soltou um Smokescreen, impossibilitando tanto Katsumi quanto Vulpix de vê-lo, e antes que Vulpix percebesse, foi acertada por um Dragon Rage, se levantando logo em seguida. – Vulpix, Will o’Wisp! – Vulpix fez várias chamas azuis; por conta de suas chamas serem azuis, diferentes das outras Vulpix; flutuantes aparecerem, ela já sabia o que sua treinadora queria, fez com que as chamas ficassem girando no ar, rapidamente, como se estivesse o purificando, dissipando um pouco da fumaça, e logo em seguida juntando todas as chamas causando uma pequena explosão que dissipou o resto da fumaça. Charmander, agora visível, voltou a tentar atacar com um Scratch. – Desvie e use o Quick Attack! – Disse a garota de olhos escarlates para a Pokémon que o fez, desviou do ataque e acertou o Charmander com um Quick Attack, o mesmo já estava bem enfraquecido por conta dos diversos ataques recebidos, então Katsumi pegou uma pokebola sua lançando-a no Charmander, o mesmo foi “puxado” para dentro da pokebola que balançou repetidas vezes, até que o botão do centro da mesma ficasse verde, confirmando a captura. – Yeahh! – Comemorou Katsumi, logo em seguida pegando sua Vulpix no colo e a afagando. – Você foi muito bem Vulpix! – Em seguida se dirigiu a pokebola no chão, se abaixou e a pegou, liberando o Charmander de dentro dela, que saiu com um sorriso. – Vamos, tenho que usar os remédios em vocês, você também foi muito bem Charmander! – Disse também afagando o Pokémon.
– Nossa, suas habilidades como treinadora são muito boas, o jeito que se livrou do Smokescreen foi incrível! – Disse Daisuke. – Não vejo a hora de batalhar com alguém também! – Disse entusiasmado, seu Growlithe demonstrava o mesmo que seu Treinador.
– Tenho certeza que quando desembarcarmos você vai achar algum Pokémon pra batalhar. – Disse Katsumi com uma risadinha, pela determinação do garoto.
– Ah, é verdade, você ainda não curou seu joelho... - Disse Daisuke, lembrando-se que a garota ainda não havia usado o remédio das folha no machucado na perna que ganhou devido a um Hyper Fang de um Rattata, quando a garota se lembro, soltou um sorrisinho torto. - Bem que sua mãe disse que você é desastrada. - Disse Daisuke soltando um suspiro e Katsumi estufando as bochechas, mas logo se encararam e não aguentando, começaram a rir.
Agora eles estavam mais entusiasmados ainda para chegar a Pallet, e finalmente iniciar verdadeiramente sua jornada Pokémon.
Continua...