The Last Flame of Fire escrita por Bea


Capítulo 20
Capítulo 20 - Remembering? - Part. 3


Notas iniciais do capítulo

Hey o/. O capítulo ficou realmente imenso, mas infelizmente eu não poderia dividir, senão ficariam 4 partes que são focadas no passado do Daisuke. Mas pelo menos ai tudo já é explicado, então, vários mistérios já foram riscados da listinha.
Espero que gostem e desculpem qualquer erro.



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– Nós... Vamos nos mudar novamente... Dessa vez para Hoenn...

Daisuke não sabia se havia escutado certo ou não. Se mudar novamente? Quando ele finalmente havia se encaixado e até mesmo feito uma amiga? Isso era muito injusto. Sua mãe poderia não ter se encaixado, mas era muito egoísmo por parte dela de simplesmente resolver se mudar novamente, até mesmo sem avisar seu filho.

– Filho, o quê foi? – Perguntou Maria, Daisuke estava com a cabeça abaixada e em completo silêncio. – Eu sei que é difícil pra você, mas nós vamos encontrar outro lug... – Dizia para seu filho como uma forma de consolo, até ser interrompida pelo garoto.

– Outro lugar?! – Exclamou o garoto, claramente irritado. Maria pôde ver um lampejo de raiva no olhar de Daisuke. – É egoísmo seu se mudar de novo só porque você não se encaixou, se você não achou seu lugar não quer dizer que eu não achei o meu! Eu estou cansado dessa vida! Não aguento mais ficar sempre me mudando!

– Daisuke, calma, tudo vai ficar bem, não estou fazendo isso por mim, estou fazendo por você. – Maria continuava com uma expressão calma, mas uma leve preocupação sobre seu filho era evidente.

– Você sempre que vai ficar tudo bem! Mas não vai! – O garoto fez uma pausa e depois disse raivoso.

– Daisuke! Chega dessa discussão, se eu disse que temos que nos mudar é porque temos mesmo! – Disse a mulher, agora demonstrando mais autoridade.

– Você acha que sempre está certa, mas não, não está! Por isso... – Daisuke fez uma pausa e havia abaixado a cabeça novamente. – Por isso que eu preferia o meu pai! Quando ele estava aqui não tínhamos nenhum desses problemas! E porque eu tive que ser filho logo de você?! Uma antiga assassina da Equipe Rocket! – Depois de dizer isso o garoto saiu de perto da mãe - que estava parada em choque com as palavras do filho - e foi em direção da porta, correndo, mesmo que de modo atrapalhado por causa de sua perna que estava machucada. A mulher tentou ir atrás do garoto e o perseguiu até chegar a uma avenida, uma bem movimentada, após isso a mulher parou e ficou lá, estática, como em choque, mas logo depois tomou uma expressão preocupada pelo seu filho.

Daisuke passava esbarrando por várias pessoas, ele se espremia para passar entre as várias pessoas da avenida. Ele só queria acabar com aquilo, aquele ciclo sem fim, ele queria iniciar um novo ciclo, uma simples vida monótona, ele queria ter amigos, estudar, coisas simples, será que era pedir demais?

O garoto diminuiu a velocidade assim que percebeu que sua mãe não estava mais o seguindo. Mesmo que ele se mudasse, ele apenas queria pensar um pouco. Por quê? Por que sua vida tinha que ser assim? Ele nunca havia pedido por uma vida assim.

Daisuke continuava andando, mergulhado em pensamentos, e assim não viu que alguém o chamava. Apenas continuava andando. A pessoa o havia chamado três vezes, e como não recebeu resposta se aproximou do garoto e deu um tapa leve na cabeça do garoto, o trazendo de volta para a realidade.

– Daisuke! Responda quando te chamam! Falta de educação, viu. – Disse Katsumi, emburrada. Ela vestia as mesmas roupas que usava na escola, mas um colar que ela deixava dentro da blusa, agora estava completamente visível, para fora da blusa. – O quê você está fazendo andando aqui sozinho? – A garota perguntou.

– Mas você também está sozinha... – Retrucou Daisuke.

– Errado! Eu vim com minha mãe. – A garota apontou para uma mulher, sentada em um banco, de cabelo loiro, que sorriu e acenou para o garoto, que respondeu também com um aceno.

– O que você está fazendo aqui? – Perguntou o garoto, curioso.

– Estamos em uma das avenidas mais movimentadas de Cinnabar, e isso claramente com um motivo, é um lugar com muitas lojas, eu e minha mãe viemos comprar algumas coisas. Mas e você? E ainda não me respondeu se veio sozinho ou não.

– Bem, eu... São algumas coisas de família... Com a minha mãe e... – Katsumi fez um sinal para que ele esperasse, correu até sua mãe e falou algo com ela, que argumentava algo com sua filha, mas depois de um tempo suspirou derrotada e concordou com algo. Katsumi voltou novamente.

– Pronto, eu não queria ficar parada, então, como eu conheço bastante esse lugar ela me deixou dar uma volta, mas sem ir muito longe. – A garota disse e começou a andar, acompanhada por Daisuke.

– Bom, eu acho que posso te contar... É que eu estou sempre me mudando, ou porque eu não me encaixo ou porque minha mãe não se encaixa... Mas quando eu finalmente faço uma amiga finalmente acho meu lugar, ela me diz que vamos nos mudar de novo! Isso é muito egoísmo da parte dela, só porque ela não está se dando bem não quer dizer que comigo seja o mesmo. E ela ainda diz que faz isso pro meu bem. – Katsumi prestava atenção em tudo, e quando Daisuke parou de falar, ela começou a falar, olhando para frente, com as mãos dentro do casaco vermelho.

– Olha, eu nunca fui a melhor pessoa com conselhos... – A garota fez uma pausa. – Na verdade eu sou péssima nisso, acho que porque eu nunca recebi muito conselhos mesmo... Mas tanto faz... Uma coisa que eu sei é que quando uma mãe fala que algo é por causa de seu filho, é porque é realmente, e acho que se fosse ela que não tivesse se encaixado, ela chegaria a aguentar por você... Se esse não fosse o caso... Egoísmo da parte dela? Pelo que você me falou, pensa um pouco nisso aqui comigo... Se vocês já se mudaram muitas vezes, já devem ter tido vezes que ela se encaixou, né? – Daisuke confirmou com a cabeça. – Então se ela se encaixou, o motivo dela ter se mudado seria porque você não se encaixou. Se ela fez isso por você, custaria você fazer por ela? – Katsumi terminou de falar e Daisuke começou a pensar até que finalmente concordou com Katsumi. – Mas você que é filho dela, você que se decide no que vai fazer... Mas esse assunto está muito triste, vem, tem muitas coisas legais por aqui que acho que vão te alegrar um pouco! – Disse Katsumi, já sorrindo, que saiu correndo em direção de várias lojas.

Os dois viram várias coisas incríveis, até mesmo uma apresentação de Pokémon’s na praça, e várias coisas legais nas lojas, até que uma coisa chamou a atenção de Daisuke era uma pequena barraca com várias pedras, brilhante e com símbolos nelas. A placa na barraca dizia: “Pedras de evolução grátis.”. Grande parte das pedras já havia sido levada, mas Daisuke se aproximou da barraca, seguido de Katsumi e esticou o braço para pegar uma das pedras, se era de graça, então ele poderia pegar. Ele pegou uma pedra vermelha com o símbolo de uma chama, pelo que ele já havia estudado, era uma pedra do fogo, e ela evoluía alguns Pokémon’s de fogo. Ele percebeu que Katsumi olhava curiosa e com interesse para a pedra, Daisuke esticou o braço novamente, pegando a última pedra que havia na barraca, outra pedra do fogo. Katsumi mantinha uma expressão confusa até que Daisuke estendeu uma das pedras do fogo para Katsumi.

– Pra você. – O garoto estava com o rosto virado para o lado e envergonhado. – Ai nós dois vamos ter uma...

– Mas pra que isso? – Perguntou Katsumi, pegando a pedra e olhando-a confusa.

– Como você é minha primeira amiga, e como eu estou sempre me mudando... Se crescermos e eu me mudar novamente, quando nos encontrarmos, vamos nos reconhecer pelas pedras... – Daisuke tentava criar algo, primeiramente ele só havia dado a pedra, porque... Porque... “Ah, tanto faz...” Katsumi deu uma leve risada.

– Mas existem várias pedras do fogo, temos que deixar alguma diferença das outras... – A garota pensou por um segundo. – Ah! Já sei! – A garota pegou uma pedra com uma ponta afiada no chão, pegou a pedra de Daisuke e escreveu - Ou pelo menos tentou. - seu nome, depois, devolvendo-a para Daisuke. – Agora você escreve seu nome na minha pedra, a letra vai ser nossa e vamos reconhecer, vamos saber que já nos conhecemos! – Katsumi sorriu e entregou a sua pedra do fogo para Daisuke, que fez o mesmo que a garota, depois devolvendo o objeto.

Katsumi guardou a pedra no seu bolso do casaco, e Daisuke fez o mesmo, guardando a sua no seu casaco. Eles continuaram andando por um tempo, até que já eram quase quatro horas da tarde.

– Eu acho que você deveria voltar pra sua casa, sua mãe deve estar preocupada... – Disse Katsumi, sorrindo levemente para Daisuke.

Daisuke acompanhou Katsumi até que ela chegasse a sua mãe, Lily até mesmo ofereceu levar Daisuke, mas o garoto recusou, mesmo com a insistência da mulher. Assim que já podia ver sua casa começou a refletir.

O que ele diria? Afinal, sua mãe poderia não estar cem por cento certa, mas ele também não estava... Bom, ele se desculparia e torceria para que sua mãe o perdoasse pelo que ele tinha dito. O garoto realmente se arrependia, havia dito aquilo sem parar para pensar em tudo. Um ato impensado.

Daisuke parou na frente de sua porta e se surpreendeu já que a porta estava destrancada. Ele entrou na casa e viu tudo completamente bagunçado, as caixas de mudança completamente abertas e reviradas. Ele se apressou e foi em direção de cada cômodo, para procurar sua mãe, afinal, ela não estava na sala. O garoto olhou na sala, cozinha, quarto, todos os lugares, e até mesmo saiu da casa e foi ao quintal da casa, porém, nem sinal de sua mãe. Cada hora a preocupação aumentava. O quê havia acontecido. O garoto correu para dentro e trancou a porta. Ele estava com medo, onde estava sua mãe? Não, não poderia ter acontecido nada com ela. Ele implorava para que nada de mal tivesse acontecido com ela. Ele resolveu - Mesmo que tremendo e nervoso. - olhar cada cômodo mais uma vez, e foi ao que estava mais bagunçado, o quarto. Vasculhava minunciosamente cada coisa, alguma pista, qualquer coisa! E em baixo de uma caixa pequena, uma das poucas fechadas, ele encontrou uma carta, aparentemente escrita às pressas. Algumas partes foram escritas às presas e Daisuke não conseguiu ler.

‘Daisuke, meu filho...

Se você voltou e encontrou a carta, primeiramente quero me desculpar, sei que deve estar assustado, mas fique calmo, não posso te dizer se no momento que está lendo isso eu estou bem ou não, mas eu vou lutar até o final, afinal, ainda tenho que cuidar de você! Não posso te deixar sozinho! Mas eu posso acabar ficando um tempo longe de você, mas _ão _e _ro_ure, eu juro que se você me desobedecer eu vou te dar uma lição quando eu voltar! Sei que deve ter ficado irritado comigo, mas quando eu disse que a mudança era para o seu bem, eu juro por tudo que é mais sagrado, que era verdade. É que mesmo que desde um tempo, alguns caras maus estão tentando me ferir, mas de um modo pior que um machucado. Eles querem me tirar o que me é mais precioso, você. Não posso prolongar essa carta muito mais, quero que pegue a caixa que estava em cima dessa carta e pegue o conteúdo, pode se assustar com o que tem lá dentro, mas fique tranquilo, apenas guarde a outra carta lá dentro e a leia assim que tiver 10 anos, e pegue o conteúdo e use para se _ro__ger das pessoas más que tentarem te pegar, não deixe! Nesse tempo fique na casa de alguém que você confia. Lembre-se, cu__ad_ com aqueles com o ‘R’ como seu símbolo, e não se esqueça...

Eu te amo, meu filho.

Maria Waizu.’

O quê? O quê realmente estava acontecendo? Como assim sua mãe ia ficar longe por um tempo? Daisuke não conseguia entender nada. A casa toda bagunçada, sua mãe desapareceu sem mais nem menos. Se essas pessoas fizeram algo para sua mãe, eles iriam pagar... O garoto abriu a pequena caixa e realmente, como sua mãe imaginava, ficou um pouco assustado com o conteúdo. Eram duas adagas, com lâminas aparentemente fortes e resistentes, com detalhes em azul meia-noite e suas bainhas com um cinto para as armas, que se ajustava. E na caixa também havia outra carta, em um envelope, e Daisuke resolveu obedecer a sua mãe e deixa-la para ler apenas com dez anos. O garoto pegou algumas coisas que achou que seriam necessárias e colocou tudo em uma mochila. Alguma coisa para comer, uma garrafa da água, entre muitos outros objetos, colocou o cinto e equipou as bainhas com as adagas no mesmo, uma em cada lado, e dessa vez agradeceu por seu casaco ser grande e poder esconder as armas.

Daisuke saiu novamente da casa, levando a chave consigo e trancando a porta, e apertando com uma mão o cachecol que usava, o qual havia ganhado de sua mãe. E começou a andar pela cidade em busca de sua mãe.

...

A neve caia do céu, as ruas estavam desérticas e o garoto já se sentia cansado, o fraco sol começava a se pôr no horizonte e o garoto não havia pregado os olhos a noite toda, a procura de alguma pista, qualquer, já estava cansado e queria simplesmente voltar e dormir... Mas ele não podia, ele iria encontrar sua mãe. Já havia se passado praticamente um dia inteiro que desde que ele saiu de sua casa correndo após brigar com sua mãe, conversou com Katsumi e andou na ‘Avenida do Comércio’. O garoto suspirou, ele queria pelo menos uma pista.

“Por favor, só uma coisinha...” Daisuke andava lentamente até que alguém o parou. Um homem de 20 anos com cabelo em um tom de cobre-claro, usava uma camisa social branca comprida com uma calça jeans preta e sapatos marrons. O mais estranho era que o homem usava óculos escuros mesmo que não fizesse sol, o que não permitia ver os seus olhos.

– O que um garoto faz sozinho na rua a essa hora? – Disse o homem, inexpressivo. – Procura algo garoto?

Daisuke não poderia simplesmente dizer tudo para um estranho qualquer, mas era sua chance de talvez conseguir alguma informação, então diria uma parte apenas.

– Eu procuro pela Equipe Rocket, sei que pode não dar informação nenhuma por eu ser apenas um garoto, mas, por favor... – Disse Daisuke, o homem continuava inexpressivo.

– A Equipe Rocket tem um pequeno quartel na floresta do leste da cidade, até mesmo a polícia sabe disso, mas se meter com eles é perigo, eu o aconselharia a não ir... – Daisuke simplesmente ignorou a segunda parte e agradeceu a informação até que quando já estava a alguns metros de distancia do homem, ele disse mais alguma coisa para Daisuke, quando o mesmo estava de costas. – Você é Daisuke Waizu e procura sua mãe, não é?

– Como voc... – Daisuke havia se virado para perguntar como ele sabia disso, mas o homem havia simplesmente desaparecido.

Daisuke simplesmente ignorou, suspirou e seguiu ao leste da cidade, ele passaria novamente pela ‘avenida do comércio’, a mesma que havia ido com Katsumi. Assim que passava ao lado de um beco na avenida - Ainda não tão movimentada, pelo horário. - ele sentiu uma pequena dor na sua cabeça, mas resolveu ignorar, seguiu em frente e finalmente avistou a floresta.

“Estranho, a avenida parecia ser maior antes, já cheguei ao fim dela...” Continuou á adentrar a floresta e depois de não tanto tempo já pôde ver o quartel da Equipe Rocket, já começava a anoitecer. Ele foi lentamente em direção do lugar, com a mão perto da bainha da sua adaga do lado direito. Ele foi em direção a porta do quartel e começou a escutar barulhos, se aproximou da porta e começou a prestar atenção no que acontecia.

– Vocês sabem que assim não vão me atingir realmente... – Era a voz de sua mãe, Maria! – E nunca vão pegar meu filho... – A mulher falava com dificuldade, como se já tivesse sido atacada várias vezes. – Desistam, eu não vou contar onde está o livro... – Pelo som aparentemente a mulher havia sido atingida novamente, Daisuke estava desesperado, estavam batendo na sua mãe, ele tinha que fazer algo! Daisuke pegou a sua adaga direita rapidamente, mas ao fazer isso com desespero acabou batendo a lâmina da adaga na porta do lugar, causando o som de algo sendo arranhado e torceu para que ignorassem.

– Você não pensa? Prefere morrer e sofrer a entregar aonde escondeu a porcaria do livro?! – Disse um homem, bravo.

– Acalme-se. – Disse outro homem, com um tom bem autoritário e o outro se calou no mesmo instante. – Ela vai dizer... Pois temos um visitante. – Os passos se aproximavam da porta e ela foi aberta bruscamente, Daisuke cambaleou e quase caiu para trás, mas conseguiu permanecer em pé.

Á sua frente estava um homem com um terno cinza e um... ‘R’, a carta de sua mãe citava algo como ter talvez cuidado com esse símbolo? Pessoas boas, eles não eram, e Daisuke tinha certeza disso. Enquanto Daisuke pensava o homem começou a se aproximar e Daisuke apenas percebeu que o homem se aproximava assim que restava apenas um metro de distância entre eles. O homem tentou aproximar a mão de Daisuke, o garoto entrou em desespero, pegou sua adaga e rapidamente fez um corte na barriga do homem. Tudo havia acontecido tão rápido, muito sangue, e logo depois o homem caia no chão, já sem vida. Daisuke estava assustado com sua própria ação, mas ficou mais assustado ainda assim que sua visão começou a ficar mais distorcida até que o que ele via não era mais um quartel, era uma casa normal, olhou para o homem no chão, e em sua roupa não havia nenhum ‘R’. Daisuke estava mais do que assustado, o que estava acontecendo? Daisuke olhou para dentro da casa e viu, de relance, uma garota e uma mulher, que ele conhecia... Ele claramente conhecia. Katsumi e Lily, Katsumi quando viu que o homem havia caído, arregalou os olhos, que começaram a lacrimejar.

– Pai! – A garota gritou e correu em direção do homem já sem vida no chão, quando ela estava perto, Daisuke continuava paralisado, apenas com a adaga ensanguentada na mão e não percebeu quando alguém colocou algo no chão perto do homem, um papel com algo escrito, e o puxou dali. Quando Daisuke prestou atenção em quem era ele viu um Rocket, aquele com o símbolo de um ‘R’ em suas roupas. Olhou de volta para onde estava o corpo do homem e viu Katsumi e Lily chorando desesperadamente sobre o corpo do homem.

Daisuke tentava se soltar da pessoa, mas não conseguia, o homem apenas o soltou assim que já estavam bem distante do local, só então Daisuke notou um Pokémon acompanhando o homem, um Zoroark.

– Mas o quê...? – O garoto apenas expressava confusão e medo.

– Garoto, o que você acabou de fazer foi matar uma pessoa, eu era o encarregado de fazer com que fizesse você matar alguém, mas nosso alvo não era o homem, mas sim a garotinha, tudo que tinha visto antes, foi uma ilusão de Zoroark. E sabemos que você é Daisuke Waizu e procura sua mãe. – Disse o homem, simplesmente. Ele aparentava ter por volta de 40 anos e usava o traje da Equipe Rocket.

– Então, você está querendo dizer que... – Daisuke ainda tentava compreender o momento.

– Isso mesmo, você matou uma pessoa inocente.

– Mas porque iriam querer matar uma garotinha, e porque eu pra fazer isso?! – Disse Daisuke, ainda assustado, mas levemente irritado.

– A garota não é simplesmente uma garotinha, sabemos que a conhece, mas a questão, ela ainda o conhece? – Tudo que o homem dizia apenas confundia Daisuke mais ainda. – E o porquê de você ter sido escolhido? Porque o nosso líder achou conveniente ao momento, e a propósito... Nos, a Equipe Rocket estamos mantendo sua mãe presa, então, apenas me siga e tudo será mais explicado pelo nosso líder.

...

Daisuke finalmente via agora o quartel da Equipe Rocket, subterrâneo, nas paredes placas de metal e vários corredores, depois de passar por muitos corredores o homem finalmente o deixou em uma sala. Nessa sala aparentemente estava o líder da Equipe Rocket.

– Daisuke, não é? Eu sou Giovanni, sei que deve estar confuso. Vamos por partes, primeiro, estamos mantendo sua mãe presa, então faça o que eu disser. – Disse Giovanni.

– Como posso saber que é minha mãe real? – Perguntou Daisuke, indignado.

– Sabia que duvidaria. – Giovanni pegou um controle, apertou um botão e uma tela se ligou atrás dele, mostrando a mãe de Daisuke, Maria, presa a uma cadeira, com alguns machucados. – Se não fazer o que dissermos, ela sofrerá. Segunda parte, te escolhemos pois era conveniente, já poderíamos manipulá-lo e também precisávamos tentar novamente acabar com aquela garota, então simplesmente aproveitamos a chance, infelizmente falhou e quem morreu foi o pai da garota, que você matou. – Giovanni dizia tudo isso com um a expressão séria, e sem expressar emoções. Daisuke não acreditava no que ouvia. – Sua mãe já foi da Equipe Rocket e podemos dizer que ela sumiu com algo que precisamos, um livro, conseguimos fazê-la contar aonde ele se encontra, mas apenas aqueles com o mesmo sangue que ela podem conseguir o livro, então você será treinado e nos obedecerá, no momento será mandando e treinará na sua antiga casa, com a ajuda de um dos meus Rocket’s, mas depois virá para o quartel, apenas não ficará aqui agora pois seria suspeito a mãe e filho desaparecendo juntos. Continuará a ter aulas, porém particulares, e não fará amizades para que não corra risco de que você abra a boca. É apenas isso que precisa saber no momento. – O homem havia se levantado e se dirigia a uma porta do fundo. – Não se esqueça de que qualquer erro... Já imagina o que acontecerá com sua mãe.

Giovanni saiu da sala e Daisuke ainda não acreditava em tudo aquilo, só poderia ser um sonho, não? Uma briga com sua mãe se tornou nisso. Mas... Ele teria que obedecer as ordens de Giovanni, não queria que nada acontecesse com a sua mãe...

... Mais ou menos 5 anos depois...

Daisuke treinava no quartel da Equipe Rocket, havia completado 10 anos e continuava sendo obrigado a servir a Equipe Rocket, e era um assassino da mesma, como sua mãe era, e já não expressava mais tantos sentimentos assim. Porém, finalmente iria poder ver a carta que sua mãe havia deixado para ele, o restringindo a ler apenas assim que tivesse dez anos. Assim que terminou seu treino se dirigiu a sua casa, não podia fugir da Equipe Rocket por causa de um rastreador, que era proibido de se tirar do pulso e se algo do tipo fosse tentado, a pessoa recebia um poderoso choque. Chegou a sua antiga casa... Parou para pensar que não era feliz com a vida fazendo mudanças por ai... Com certeza se tivesse continuado daquele modo tudo teria sido muito melhor.

Foi ao lugar que guardava a caixa com a carta, ao chegar ao cômodo, abriu a caixa, pegou o envelope, abrindo-o também, e começou a ler a carta.

‘Daisuke...

Se você está lendo está carta, quer dizer que tem 10 anos e que eu ainda não voltei, essa carta é apenas para o caso de se ainda estivermos separados. Pois saiba que se eu ainda não voltei, eu estou morta, e a Equipe Rocket está tentando te usar, fingindo que eu esteja viva. Prevejo que seja isso que eles fariam. Se você desconfia de que eu esteja morta, apenas entre escondido nos arquivos da Equipe Rocket e procure meu nome, terá uma prova concreta. Essa é simplesmente uma carta de despedida, então, quero que saiba que eu sempre te amei, não queria que você tivesse a vida que você teve até agora, me perdoe...

Maria Waizu’

Então... Ela já sabia o que aconteceria?! Não, ela não poderia estar morta... Daisuke não poderia crer nisso, ele passou 5 anos sendo obrigado pela Equipe Rocket a matar pessoas e provavelmente passaria mais se não fosse a carta sendo que sua mãe morreu? Não, isso não poderia ser verdade...

Daisuke saiu correndo em direção do quartel da Equipe Rocket, passar despercebido até os arquivos não foi difícil, havia sido ensinado para isso. Chegando ao local, milhares de documentos, procurou nomes na letra ‘M’, achou Maria e procurou Maria Waizu. Depois de um curto período de tempo encontrando. Abriu o arquivo as presas olhando e confirmando o que não queria. Sua mãe havia morrido, havia sido morta assim que foi pega pelos Rocket’s, aquilo que viu naquele dia, com cinco anos, era apenas mais uma ilusão...

Essa tinha sido a gota da água... Aquele desgraçado do Giovanni iria pagar...

Daisuke foi em direção da sala que estava acontecendo uma reunião de Giovanni e os líderes de outras equipes. Avistou a grande porta que levava a sala da reunião, chegou ao local abrindo a porta bruscamente, trazia o documento consigo.

– O quê você está fazendo garoto! Estamos em uma reunião! – Disse um dos líderes de uma das equipes, que levantou da cadeira para fala com um tom bravo para o garoto. Daisuke apenas lançou um olhar que foi o suficiente para amedronta-lo e faze-lo sentar novamente, Giovanni apenas via tudo, inexpressível.

– Você... Você havia dito que minha mãe estava viva! – Gritou Daisuke ferozmente, mas Giovanni mal se mexeu. “Como assim depois de tudo isso ele não vai nem se mexer?” Daisuke começou a se aproximar de Giovanni, raivoso, no momento estava sem nenhuma arma, já que havia deixado suas adagas na sala de treino.

– Então você descobriu? – Giovanni disse e soltou apenas um suspiro. – Que pena, você tinha futuro como assassino... Assim como sua mãe. – Depois Daisuke apenas expressava raiva no olhar, ele havia ficado muito tempo sem expressar nada, nem piedade, nem raiva, nada, mas agora toda a raiva acumulada havia se juntado. Ele se aproximava cada vez mais. – Rocket’s! – Giovanni apertou um botão e logo um alarme soou, e em breves instantes, vários Rocket’s armados chegaram a sala, os outros lideres de outras equipes foram tirados da sala e o próprio Giovanni simplesmente se levantou e saiu pela porta, Daisuke tentou ir atrás dele, mas foi impedido por um dos quase oito Rocket’s que haviam chegado á sala com Pokémon’s. Um veio para cima dele, com um sabre, Daisuke desviou com facilidade, deu um chute na mão do mesmo o que fez que ele soltasse a espada.

– Pelo menos sejam um pouco justos, oito contra um desarmado? – Disse Daisuke, dando uma risada claramente falsa no final, que só serviu para assustar mais ainda os outros Rocket’s. Na Equipe Rocket ele havia aprendido a não ter piedade, e era assim que seria, cortou, o primeiro, o segundo, o terceiro Rocket que tentou ataca-lo, apenas não atacando os Pokémon’s. Os outros sem, coragem resolveram desistir da luta e foram embora.

Quando Daisuke estava quase passando pela porta que Giovanni havia entrado, ele sente uma onda de choque percorrendo todo seu corpo, o que o fez desmaiar, a onda de choque do rastreador de pulso que todo Rocket tem que usar e que pode ser ativada pela sala de controle, para onde Giovanni havia ido...

Logo depois os Rocket’s, com Pokémon’s psíquicos, ‘trancaram’ a memória de Daisuke, e iriam jogá-lo nas celas. E tudo que Daisuke sabe depois é que ‘conheceu novamente’ Katsumi, não se lembrava de nada do seu passado e antes de acordar e se ajudado por Katsumi, capturou um Growlithe e ia a uma jornada com uma garota que queria vingança. Vingança contra quem mandou matarem seu pai, e pelo próprio assassino do seu pai.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Tenho também que dizer uma coisa, essa fic já está enorme! Esse é o vigésimo capítulo, claro que ela será maior ainda, mas me impressiona o tanto que já escrevi, então para meio que 'comemorar' isso, eu estou tentando fazer uma capa desenhada por mim mesma, original, e também estou fazendo o desenho das armas de cada personagem, e talvez no futuro (Ênfase no talvez.) eu desenhe os personagens também