Insanity escrita por Petrova


Capítulo 9
Embry's Bar


Notas iniciais do capítulo

hello guysssss
estou de volta, como prometido, está aqui o capitulo que posto nas quarta-feira, e neste momento estou escrevendo a sequência dele, que irá terminar numa festinha básica com muitas polemicas, talvez, não sei
quantos team trey eu tenho aqui?
e team landom???
me respondammmmmmm, no proximo capitulo posto foto de figurino pra ajudar, beeeijos e boa leitura



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*leia sempre a nota acima*

Embry's Bar

Era apenas eu e Landom, não havia Trey ou sua nova namorada que eu desconhecia. Estávamos finalmente livres. Eu podia sentir a maciez do seu cabelo outra vez, do seu perfume indiscutível ou sua mão viajar pela minha pele. Landom parecia me mostrar sempre um pedacinho do paraíso. Enquanto eu me acorrentava em seus braços e esperava para sentir seus lábios, um barulho distante passou por nós. Alguém reproduzia o meu nome distante, tão distante que eu mal me importava, mas aos poucos o som foi se intensificando e tirando de mim Landom.

– Bella. Bella.

Eu acordei. Tinhas os olhos redondos de Candice perto do meu rosto e suas mãos balançavam delicadamente meus ombros para me despertar. Abri bem os olhos e ergui a cabeça um pouco perdida.

– Você vai perder o horário das refeições se continuar nessa cama. – ela tinha um sorriso debochado nos lábios e se afastava para colocar sua bolsa em cima da cama.

Então não passava de um sonho. Eu nunca estive nos braços de Landom. Mas tinha estado na minha cama noite passada. Ergui-me ligeiramente e comecei a olhar pelo cômodo como se não fosse possível perceber que só havia o meu rastro e o de Candice.

– Noite ruim? – Can me perguntou preocupada. – Pesadelo?

Passei a mão pela região da nuca e tentei espantar a dor nas costas.

– Pesadelo. – murmurei. – Eu vou só tomar banho e escovar os dentes.

– Tudo bem. Eu espero.

Saí lentamente da cama e segui com a toalha até o banheiro, não pude evitar não olhar para o tapete onde uma parte da noite foi minha cama. Estava tudo no seu devido lugar, como se aquela noite nem tivesse existido. Eu não pude ter imaginado tudo aquilo.

Em alguns minutos eu já estava pronta e com as dores na coluna dissipadas, o que um banho gelado não fazia. Puxei minha bolsa com o material e segui com Candice, cuja esperava do lado de fora com America e Sierra. Troquei olhares estranhos com America, ela sabia que me devia algumas explicações e tive a certeza que as respostas estão bem próximas.

Tate, Paul e Kayle já se apossavam da nossa mesa como sempre, estavam animados e falavam sobre temas diversos, eles tinham sido educados e pegados nossos cafés sem que precisássemos fazer algum tipo de esforço. Agradeci mentalmente por isso. Relaxei na minha cadeira e comi em silencio, respondia apenas quando se dirigiam a palavra até mim, enquanto eu não conseguia matar minha curiosidade. Ele estaria aqui?

Espreitei cada canto daquele refeitório, mas nenhum sinal do Landom, o que me deixava ainda mais frustrada. Tinha sido realmente um sonho? Um sonho estupidamente real?

Eu deveria estar ficando louca.

Quando o horário terminou, Kayle, America e eu nos despedimos do restante e seguimos o caminho para a nossa aula juntos. Parecia que só Kayle falava, America e eu ficávamos quietas ouvindo, mas parecendo não estar aqui realmente. Não se tratava apenas de mim, parecia que alguém também tinha os pensamentos sobrecarregados.

A aula finalmente começou, pude mudar os rumos dos meus pensamentos para as explicações já que os testes começariam no fim dessa semana. Nós estávamos estudando estatiscas e economia, tudo que se resumia a numero eu repudiava, mas era um assunto que eu não podia ignorar, valeria ponto e isso me deixava ainda mais angustiada.

Quando a aula chegou ao fim e Kayle seguiu caminho porque sua aula era diferente da nossa, America e eu ficamos no mesmo silencio cortante. Eu não queria que isso acontecesse, não queria que ela se sentisse obrigada a me dizer nada, só precisava de sua confiança e eu acreditaria nela mesmo com todas as acusações superficiais de Allison.

– America. America, espere! – eu a chamei na saída.

Ela ficou surpresa comigo.

– Nós precisamos conversar.

Ela ficou nervosa de repente.

– Temos aulas agora, na hora do intervalo seria melhor. – ela tentou desviar, mas eu a impedi.

– America eu não quero saber dos seus segredos, não quero saber do seu passado ou sobre o que você e Allison passaram, isso não me importa. Eu só quero poder falar com você novamente sem que você me olhe como se eu estivesse tentando descobrir algo.

Ela encolheu os ombros e me encarou.

– Desculpe, Bells. Desculpe. – então ela me abraçou fortemente. – Não é algo que eu me orgulhe

– Você não precisa me contar. – disse com o rosto no seu ombro.

– Mas eu quero. – ela se afastou um pouco e segurou meu pulso fracamente. – Vamos pro pátio.

Nós seguimos rapidamente até o enorme campo que unia os prédios da universidade. Hoje o dia estava mais ensolarado e ridiculamente bonito que o normal enquanto muita gente se sentava no gramado com livros abertos e com grupos de amigos.

America e eu escolhemos bancos de pedra para nos sentar.

– Você sabe que não precisa me contar, Am. Eu não quero invadir seu passado com a Golden por causa de uma confusão que nos metemos.

– É por isso que eu quero contar. Você me defendeu mesmo com as acusações dela. Por isso que fiquei sem saber o que falar quando eu te via. – ela estreitou o rosto.

– Eu a defenderia de qualquer coisa.

Ela sorriu para mim feliz por ter ouvido isso.

– Antes de eu conhecer o Paul, eu conheci outros caras sabe, no colegial.

Meu estomago esfriou. De repente eu percebi que eu não queria mais saber, que era algo pessoal dela e ela não precisava me contar.

– Trey estava no ultimo ano do colégio, Allison e eu fazíamos o segundo ano e disputávamos essa coisa de líder de torcida que é até um pouco clichê e idiota. – ele deu de ombros. – Algumas semanas para o fim do ano, teve o baile de formandos e eu sabia que Allison queria ir com o Trey porque todo mundo sabia do amor obececado que ela nutria por ele. Mas naquela semana ele me convidou. Não ela. Achei o jeito perfeito para me vingar.

Estremeci. Eu já podia saber o final da história.

– Você e o Trey dividiram uma noite juntos. Ele foi para a faculdade logo depois. – eu completei.

Ela suspirou.

– Não era só sobre minha vingança interior com a Allison, porque no fim eu também gostava dele. Então ele não me ligou, foi embora do hotel, deixou tudo pago e se mudou para a universidade. Allison no ultimo do colegial começou a namorar o Trey e eu me sentia mais usada ainda. Então eu me aproximei do Paul, éramos da mesma sala e eu lembro que ele sempre competiu com o Trey nos esportes. Temos ódios diferentes, mas mútuos, dele.

– A cada dia que passa, sinto mais nojo dele. – murmurei, segurando o braço de America e lhe puxando para um abraço. – Obrigada por confiar em mim.

– Eu precisava falar isso com alguém. – ela sussurrou e me abraçou forte.

Nós ficamos quietas no abraço por um minuto longo e mesmo que eu estivesse tão tranqüila como America sobre confiarmos uma na outra, um pensamento martelou na minha cabeça.

– Ah, merda, estamos atrasadas para a aula do Sr. Agirre. – resmunguei me afastando ao lembrar.

America riu.

– Vamos dar a desculpa da TPM, Sr. Agirre se embola todo.

Peguei minha bolsa e saí ao lado de America em disparada até a nossa sala. Por sorte, o Sr. Agirre parece ter engolido aquela desculpa esfarrapada e nos deixado entrar. Allison ficou nos mutilando com o olhar até chegarmos as nossos lugares. Nesse momento senti falta do Kayle e seu dedo do meio. Ri em segredo ao lembrar disso.

As próximas aulas parecem ter passado mais ligeiro do que eu pensara, o horário já estava apertado e tínhamos alguns minutos para nos locomover até o refeitório.

– Vou só deixar minha bolsa. – eu avisei me distanciando do grupo e correndo até o andar feminino.

Tate estava planejando uma saída a noite antes de todos ficarmos ocupados com os testes e os estudos por isso eu tinha que voltar o mais rápido possível para escolher o lugar. Abri desajeitada a porta do meu quarto e entrei. Estava como tinha deixado antes. Coloquei minha bolsa em cima da cama junto com meu casaco e desviei para sair, lembrando que havia deixado as chaves da livraria no bolso do lado do casaco. Eu não queria voltar de novo para pegar quando eu estivesse com horário livre, por isso era melhor fazer tudo logo agora. Puxei a bolsa e desajeitei acidentalmente alguns dos meus porta-retratos. Havia um bilhete dobrado entre eles que me chamou a atenção. Ele não estava ali antes, não que eu me lembre.

Sentei na beirada da cama e comecei a ler:

*caso não entendam muito bem, deixarei o texto nas notas finais*

Um arrepio passou pelo meu corpo me despertando. Era apenas o vento entrando pela janela. Então não tinha sido um sonho, aquilo realmente aconteceu. E ele não lembrava de nada? Eu ainda tinha a chance de concertar tudo. Guardei o bilhete no bolso traseiro da minha calça e segui o mais depressa para fora do quarto fechando a porta atrás de mim. Com os pensamentos a solta, sem perceber por onde andava ou sem ter muita clareza sobre ele me peguei esbarrando em Trey McComery.

– Ei, Bella. – ele sorriu amigavelmente.

Meu estômago repulsou esse sorriso.

– Estava mesmo querendo falar com você. – ele disse sem perceber minhas expressões. – Amanhã vai ter uma festa, sabe, em uma dessas casas grandes de universitários, então pensei em te avisar, você e seus amigos podem ir.

Abri os olhos e tentei visualizar essa situação. Ele estava mesmo me convidando para uma festa? Sim, estava, e não parecia ter sequer a integridade de não perceber o quanto eu estava perplexa com isso. Ele deveria saber que tudo que eu menos queria era sair com ele numa festa.

– Vou pensar no assunto Trey. – murmurei segurando minha ira.

– Ótimo. Espero que vá.

– Ok. Estou meio atrasada, até mais. – e saí o mais depressa de perto dele.

Tudo que eu via era America no olhar seco dele. Tudo se reluzia a isso. Eu tinha nojo disso, tinha náuseas ao lembrar do que ele pode ter feito a America e isso me fazia o repudiar mais do que o normal.

Minha ultima parada foi no refeitório e parecia que eu estava alguns minutos mais do que atrasada.

– Eu conheço um lugar ótimo. – Paul disse com a mão sobre o ombro da America.

Eu me sentei no lugar de sempre.

– Embry’s Bar. – ele completou.

– Eu já fui nesse. – Tate comentou de boca cheia e Candice lhe empurrou os ombros. – O que é?

– Limpa aqui, Tate. – Sierra apontou para o canto da boca.

Ele deu de ombros e continuou mastigando.

– O que eu perdi?

– Estamos decidimos para onde vamos. – America me respondeu animadamente.

– Eu queria um cinema antes. – Kayle disse.

– Um cinema seria legal. – supus.

– E depois vamos para o Embry’s Bar?

– Sim, Paul. – America disse depositando um beijo no seu queixo.

– Então está definido. – Sierra disse por fim.

– Vamos passar na livraria e pegar você e a Can. – Kayle se virou para mim. – Tate, America e Paul vão no jipe, eu levo Can, Bella e Sierra.

– Está combinado. – eu disse antes de me levantar. – Vou enfrentar a fila.

Algumas horas mais tarde, como prometido, Kayle tinha vindo nos buscar juntamente com Sierra que tinha algumas aula na semana a tarde. Candice estava falando com a Sr. Brittson enquanto eu ajeitava os últimos detalhes para fechar a loja. Can tinha me feito companhia a tarde inteira por isso não consegui evitar de lhe contar sobre o que acontecera na noite passada e tudo que ela pode dizer foi: ele dormiu com você, Bella?

Essa tinha sido a primeira vez que eu tinha dormido com um homem. Mesmo com sentidos diferentes que essa palavra pode trazer. Mas era verdade. E novamente era sobre Landom Bale.

– Por que você não nos contou antes? – Sierra resmungou de braços apertados no carro.

– Por acaso eu ia contar no refeitório? “É o seguinte gente, Landom apareceu bêbado no meu quarto e dormiu na minha cama depois de confessar que tinha voltado com sua namorada, mas gosta de mim.” Tipo isso?

Kayle riu.

– Não desse jeito, mas seria um começo. – ele completou.

– Achei que esse fosse o momento certo.

– Depois do bilhete qualquer momento seria certo. – Sierra continuou resmungando.

Eu a ignorei para sairmos do carro. A primeira parada era o cinema que Kayle fez questão de irmos. Tate estava na porta comprando as entradas, dessa vez ele optou por uma blusa de gola V cinza e calcas baixas azul. Paul e America estavam encostados logo ao lado esperando. Paul tinha um estilo esportivo, sempre de tênis, blusas largas e calças folgadas. America vestia uma calça jeans preta e uma blusa branca sem manga com Marilyn Monroe estampada.

– Qual o filme? – perguntei tendo já me livrado do carro.

Sierra optou por um vestido rodado de alças finas enquanto eu e Candice ficamos com a calça jeans azul básica, ela usava uma blusa de mangas curtas branca e eu uma azul marinho.

– Alguma comedia romântica. Para variar não é Kayle?

Ele sorriu e balançou seus cabelos sedosos.

– Não tinha nada com gays então... – ele deu de ombros.

Tate voltou logo em seguida com os ingressos e os dividiu entre nós.

– O que vamos pedir? – Sierra segurou eu braço e eu o de Candice enquanto entrávamos os sete na área livre.

– Três potes de pipoca. – Tate respondeu.

– Salgadinhos.

– Quero algo doce. – comentei.

– Talvez chocolates. E refrigerantes. – Kayle se inclinou sobre o balcão analisando as opções.

– Vou guardar os lugares. – Paul comentou e seguiu ao lado de America.

– Eles vão se pegar isso sim. – Can sussurrou perto de mim e rimos.

– Duas barras de chocolates, três potes grandes de pipoca... – Kayle continuou sem perceber nossos sussurros.

– Aquele dois sacos de batata. – apontei para uma das prateleiras.

– E refrigerante para sete pessoas. – Kayle completou.

Esperamos alguns minutos até recebermos nosso pedido e pagar logo em seguida. Não estava totalmente cheio, mas ainda sim parece que Paul achou dificuldade para achar um lugar para que ficássemos próximos.

O filme estava perto de começar quando nos aconchegamos. Sierra estava ao meu lado esquerdo e Kayle no direito, na ponta. Tate ficava perto de Candice ao lado de Paul e na outra extremidade America.

– Se eu chorar... Shh! – Kayle se virou para mim e sussurrou.

Um pouco mais da metade do filme, já tínhamos devorados todos os vestígios de alimento que havíamos comprado e eu queria saber como ainda iríamos para um bar e jantar. O filme terminou as oito horas e quinze minutos, a noite parecia estonteante e ainda comentávamos sobre o filme. Tate reclamou trajeto inteiro que percorremos até nossos carros sobre o casal principal antes de nos separar. Paul foi na frente mostrando o caminho.

Alguns minutos depois avistei um edifício pequeno com uma placa externa contendo Embry’s Bar escrito. Tinha algumas cadeiras de madeira pela calçada e uma vidraça de vidro dividia o lado externo com o interno. Depois de estacionarmos seguimos para as mesas de fora. Em poucos segundos, um garçom apareceu com um bloco branco nas mãos, demorou um pouco para decidir o que cada um queria porque na maior parte do tempo Candice e Tate discutiam sobre o que iriam escolher. Finalmente o garçom saiu já impaciente conosco e com as anotações feitas.

– Você é indecisa, Candice. – Tate rebateu.

– E você gosta de implicar.

Revirei os olhos e em alguns segundos a discussão se dissipou.

– Vocês estão sabendo da outra festa de formandos? – Kayle disse de repente.

– Outra? – Sierra perguntou animadamente. – Nós precisamos ir.

– Será amanhã. Não é um pouco em cima? – agradeci mentalmente por Can dizer isso.

Eu não queria ir, estava tentando evitar qualquer idéia de aceitar esse convite e não estava certa de que podia dizer exatamente os motivos. Que no fundo era o Trey McComery.

– O que você acha, Bells? – e todos se viraram para mim.

– Ah, eu não sei. Não tenho tanta certeza – circulei meus dedos pela mesa tentando parecer tranqüila.

– Também não tenho. – America concordou comigo.

– Nós precisamos ir. Por favor. – Sierra implorou depois da resposta de America.

Sierra tinha os olhos sobre mim e eu sabia que não tinha como escapar disso.

– Vocês decidem. – comentei, tentando pensar numa maneira de colocar meu corpo fora.

Antes que voltassem a me perguntar, eu resolvi intervir.

– Ah, droga, eles esqueceram as bebidas. – eu disse de repente. – Volto num segundo.

Achei que era a única maneira de me safar daquela conversa. Levantei-me depressa e atravessei o outro lado passando por alguns mesas e chegando na porta de entrada. Aqui estava um pouco mais cheio do que estava na área externa. Tentei procurar o garçom que tinha nos atendidos, mas só fui percebê-lo do outro lado d balcão alguns segundos depois. Caminhei até lá e pensei no pedido.

– Bella? – alguém me chamou.

Desconcentrada, tentei procurar a pessoa que me reconhecia e a percebi alguns metros depois de mim, do outro lado do balcão sentado com uma expressão muito tensa.

– Landom? – eu disse surpresa quando me aproximei.

Ele estava incrivelmente lindo. Vestia uma blusa preta que lhe marcava o físico e uma calça levi’s preto. O cabelo estava propositalmente despenteado e apesar do que eu achava sobre ele, Landom tinha olheiras e uma expressão não muito amigável. Embora ainda sim ficasse estupidamente atraente.

– Você veio sozinha?

– Ah, não. – enfiei os dedos dentro do bolso. – Estou com meus amigos. Viemos do cinema.

Por um segundo, ele parecia nervoso.

– E você?

– Eu? – engoliu secamente. – Não completamente. Respondi a um convite.

Minha pele esfriou com a sua hesitação. Eu não pude parar de pensar na tal de Amanda. Se isso fosse verdade, de que ele estava parado aqui sozinho no bar esperando por ela, não havia motivos para eu ficar aqui.

– Então nos vemos no campus. – falei desviando dele.

– Espere, Bella. – ele me chamou.

Mal me mexi, estava perto dele como antes.

– Nós precisamos conversar. – ele me disse. – Você leu o bilhete?

Senti meu bolso traseiro mais pesado que o normal. O que eu diria depois disso? Que sim eu tinha lido e esperava ansiosamente que tivesse uma nova chance com ele? Claro que isso não ia acontecer, porque já estava obvio que Landom tinha seguido em frente, que tinha me descartado. Eu era uma opção entre varias, era descartável, e assim ele o fez. Me descartou.

– Bilhete? – repeti indecisa.

– Eu deixei no seu quarto, hm, um bilhete.

Franzi a testa. Eu já sabia que eu havia perdido essa e não queria que ele sentisse pena de mim por criar esperanças.

– Eu não sei... Candice fez uma bagunça no quarto, logo depois uma faxina. Se eu não vi, ela pode ter jogado fora. Sinto muito. Era importante?

Ele engoliu com dificuldade e pude reparar que ele estava tentando não parecer decepcionado.

– Você se lembra do que conversamos noite passada? – ele me perguntou quase esperançosamente. – Você se lembra do que eu disse?

– Você não?

– Eu só queria saber se eu disse algo... hm... diferente. Alguma declaração que você não esperava.

Isso queria dizer que ele não se lembrava? Era por isso que tinha me escrito aquele bilhete? Para tentar lembrar de tudo que ele havia dito? É como se para ele aquela noite nunca tivesse existido, que ele nunca tinha mostrado tanto interesse por mim, que não estivesse triste com a idéia de eu não gostar dele como ele esperava. A dor me machucou no peito.

– Não. Nada. Você me apareceu bêbado, me contou que tinha bebido um pouco e se sentou no meu tapete. Você apagou logo depois. – eu menti e isso doía demasiadamente em meu peito.

Landom ficou quieto por um segundo, sua expressão não estava tão diferente do que eu esperava. Tenso, nervoso, decepcionado. E eu não sabia por qual motivo, se afinal, ele tinha me descartado completamente.

Antes que eu pudesse me mover, uma moça de cabelo preto apareceu na porta do bar e estava procurando por alguém. Pela sua aparência, poderia ser muito bem a Amanda de quem Landom falava. Ela espreitou para esse lado do bar e um pouco hesitante começou a andar na nossa direção.

– Acho que seu convite chegou. – sussurrei para ele, acarretando seu olhar mirado em mim. – Adeus, Landom.

Virei as costas e comecei a sair. Minha garganta ardia, eu estava prestes a chorar e tudo que eu podia fazer era segurar o choro por um desconhecido que havia acabado de partir meu coração


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Notas finais do capítulo

ENTÃO O QUE ACHARAM? POR MISERICÓRDIA COMENTEMMM
aqui o texto:
*Não sei como explicar isso. Mas eu dormi na sua cama. E quando acordei você estava desconfortavelmente deitada no chão. Acho que não deve ter percebido quando a coloquei na cama de volta. Estou um pouco confuso e acordei cedo o suficiente para a sua amiga não me pegar no quarto. Preciso falar com você sobre o que houve.*