Insanity escrita por Petrova


Capítulo 8
Ele está ou Não está Afim de Você?


Notas iniciais do capítulo

Anjos esse é meu capitulo favorito até agora
tipo ele samba nos outros de salto alto plataforma como mother monster lady gaga diva queen
então
vejo que muitas estão pulando para o time do Landom (que amorzinhos porque a autora é team landom também) entãaaaaao vou colocar umas pedrinhas no caminho para eles ficarem juntos e para as team trey tenho surpresinha que está prevista para o capitulo Maior a Altura, Maior a Queda, muita bebida, muita dança sensual e coisas inesperadas
então
espero que comentem
adoro comentários que parecem textos
conversem comigo



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*leiam a nota acima*

Ele Está ou Não Está Afim de Você?

Tinha perdido a fome quando descobri que Landom tinha estado o tempo todo observando a minha conversa com Trey. E além disso, entendido tudo as avessas sobre a realidade de eu ter estado com Trey depois do refeitório. Quando saímos, Candice, America e Sierra seguiram para nosso quarto depois de nos despedir de Tate e Paul. Kayle ainda veio de penetra e ficou tomando chocolate quente enquanto discutiam sobre mim, Landom e Trey. Não tinha percebido como a noite tinha se virado totalmente para mim.

O dia seguinte não foi tão diferente assim. Acordei para a primeira aula com o Sr. Agirre, que mal entrou e já avisou que teríamos que trabalhar com uma redação jornalística, Kayle e America dividiam o assento ao meu lado. As amigas da Allison cessaram suas conversas assim que receberam o olhar reprovado do Sr. Agirre.

– Escolham os temas livres da apostila extra, espero pela redação até o fim da aula, nada depois disso. Comecem agora.

Ele colocou sua bolsa de couro marrom de péssimo gosto sobre a mesa e se sentou, articulando e nos observando de lá. Destaquei uma folha para redação enquanto folheava as páginas da apostila atrás de algum tema que me interessava, até que Kayle se inclinou para mim.

– Conseguiu falar com Landom? – ele me perguntou em um tom mais baixo.

– Estou ocupada nesse momento.

Ele me olhou por alguns segundos e depois se voltou para a sua cadeira. Parecia inquieto.

– Não ligue por Kayle, ele está com abstinência de homem, então ele espera que você arrume alguém para que ele fique feliz pela sua vida amorosa. – America sussurrou do meu outro lado.

Evitei de rir na frente do Sr. Agirre, fazendo cara feia para America. Ela se encolheu na cadeira e voltou para a sua redação.

– Você nem viu ele? – Kayle retornou na mesma inquietação.

– Não, Kayle, não cheguei nem a vê-lo. – respondi sentindo um nó na minha garganta por lembrar desse detalhe.

Landom tinha sumido desde ontem a noite e isso me deixava frustrada. Não havia nada entre nós dois, e mesmo que eu não gostasse dessa idéia, não havia motivos para ele me ignorar completamente sem querer saber do meu lado da história. Na raiva, quebrei a ponta do meu lápis enquanto escrevia Progresso.

– Ele deve estar ocupado.

– Ou me evitando. – completei.

– Ele é quase um formando, Bella, com certeza ele deve estar ocupado. Tem toda essa burocracia da formatura e ele pode muito bem pegar seu tempo livre sem aula para arrumar um estágio. – America estava próxima demais por isso não precisava falar alto.

– Eu sei que o professor Forward de calculo e matemática estava atrás dele.

– Como soube disso, Kayle? – eu e America o encaramos.

– Sou bem observador. – ele deu de ombros, fingindo escrever sua redação em uma das olhadas do Sr. Agirre. – Além do mais, como um formando de engenharia é normal ele procurar ajuda a um de seus professores.

Mordisquei o lábio enquanto pensava. Landom estava indo embora, e tudo acabaria. Como sempre acabou para mim. Seria mais do que necessário não manter contato, não havia muitas opções para nós dois, eu tinha que superar, mas era difícil. Havia algo nele que eu não queria largar ou esquecer, ou pelo menos ter uma chance de tentar, mas nem isso eu tive.

Quando a aula do Sr. Agirre terminou e tive que apelar bastante para algumas ajudas da apostila sobre meu tema, consegui entregar juntamente com toda a turma que não parecia tão determinada quanto eu. Allison trocou um olhar feroz comigo assim que entregamos ao mesmo tempo nossas redações. O que quer que Landom tenha entendido, Allison estava com o mesmo pensamento. Kayle, America e eu deixamos a sala atrás de nós e fomos para a aula da História do País. Era minha aula favorita porque o Sr. Begerz me instigava a pensar mais e ele era sempre tão divertindo e tão inteligente que se eu pudesse me espelhar em alguém, ele seria meu escolhido.

– Vocês sabem que os testes estão se aproximando, não sabem? – ele desconversou enquanto usávamos nossos notebooks para fazer uma pesquisa que ele havia pedido. – Procurem não faltar nenhuma das provas, isso consequentimente deixa um ponto vermelho na nota de vocês.

Já havia me desconectado daquela aula a algum tempo desde que abri meu notebook. A sala era alta e as cadeiras formavam uma ladeira ingrime como se eu estivesse num teatro. Estava longe demais da atenção das pessoas a esta altura e muito mais ainda do Sr. Begerz. Por isso tornei a digitar Landom Bale nas pesquisas de um site que eu havia encontrado como pesquisa local. Depois de algumas páginas ignoradas, apareceu uma foto dele no site da universidade. Ele tinha o sorriso brilhante e segurava um diploma de matemática, algo como algum concurso que ele tenha se saído muito bem. O Sr. Forward estava do seu lado e tinha o mesmo sorriso, porém este era muito mais paternal, com orgulho. Parecia que Landom era seu aluno favorito. Não era de estranhar, ele tinha um histórico invejável na universidade, conquistas acadêmicas, estágios em empresas famosas da cidade, ele definitivamente era um aluno impecável, eu não podia não ficar feliz por ele. O que queria dizer que mesmo ele saindo daqui em poucas semanas, seu futuro era brilhante o suficiente para que ele consiga qualquer coisa longe daqui. E no fundo não era isso que eu queria.

As pessoas começaram a se erguer ao meu redor e percebi que aula tinha acabado antes mesmo de eu começar minha pesquisa. Fechei meu notebook e ajeitei minhas coisas um pouco desastrada vendo a turma toda desaparecer aos poucos. Infelizmente as proximas aulas eu não iria dividir com Kayle e America, tinhamos cronogramas diferentes, mas sabia que a qualquer momento eles iriam entrar por essa porta, a aula deles aqui era a proxima. Peguei minhas coisas e desci o mais depressa esbarrando na porta com Allison Golden.

– Eu queria falar com você mesmo. – ela disse sem intimidade alguma.

– Co-comigo? – gaguejei com a surpresa.

Ela revirou os olhos e me pegou pelo cotovelo, me levando até o outro lado do corredor.

– É o seguinte Boehm, quero que você se afaste do Trey, ok?

– Como é?

– Você quer que eu desenhe, garota? – ela estava totalmente impaciente com a minha expressão. – Não quero saber o que vocês estão tendo ou se estão apenas se conhecendo, você não vai se aproximar dele.

– Achei que vocês estivessem separados.

– Estamos. – ela murmurou. – Mas iremos voltar, é só questão de tempo e não será você com essa sua cara de novata que irá estragar tudo.

Engoli secamente.

– Não sei do que está falando Allison, não tenho interesse algum pelo Trey.

– Ah, por favor, não se faça de desentendida. Eu vi vocês ontem, a universidade inteira viu. – ele se aproximou intimidadora. – Já estão comentando. Você é só alguém que o Trey vai jogar fora como ele sempre faz com as novatas. Parece uma ideia estupida, mas Trey gosta de ser o primeiro a testar o territorio novo. Mas isso não irá acontecer, entendeu?

Eu só podia estar sonhando. Ou tendo um pesadelo. Todos estavam comentando isso? Que Trey iria me usar como fez com todas as outras? Agora fazia mais sentido Landom não querer olhar na minha cara.

– Quer saber, Allison? Isso não é da sua conta, mas fique tranquila, Trey é totalmente seu.

– É bom que seja Boehm, porque não deixarei barato.

– Isso é uma ameaça? – eu me aproximei com irritação.

– Só estou avisando.

– O que está acontecendo aqui? – America apareceu atrás de mim com Kayle, como eu esperava acontecer.

– O que essa cadela está querendo com você, Bells? – Kayle montou guarda ao meu lado esquerdo e America ao meu lado direito.

– Agora o trio está formado. O gay pavão, a sonsa novata que se faz de mocinha e a perdedora.

America se enfiou na minha frente com muita raiva, a ponto de enfiar a mão nara cara de Allison se eu não tivesse a impedido.

– Você é tão barraqueira, America. Nunca superou o colegial. Cresce. – Allison gritou e isso não ajudava em nada.

– Eu vou quebrar a cara dessa garota.

– America, não, America! – eu segurei seus ombros e a empurrei para trás. – Ela não vale a pena.

Kayle resolveu me ajudar segurando junto comigo America que estava tentando se acalmar enquanto Allison assumia uma pose de rainha, com as mãos na cintura como se ela tivesse ganhado alguma coisa.

– Você não tem aula Allison? Suma daqui. – eu me aproximei tentando mandá-la embora, as pessoas estavam começando a se aproximar.

Já tinha uma aglomeração de gente nos observando de dentro da sala do Sr. Begerz.

– Eu ainda não terminei, Boehm. – ela gritou para mim, mas depois se acalmou e se aproximou. – Tem muita coisa que eu queria dizer para a America.

– Cala essa sua boca, Allison. – ela gritou atrás de mim.

– Quer que eu relembre do seu passado? – Allison não ligou para o grupo de pessoas que estava se formando. – Você nunca foi melhor do que eu para dizer alguma coisa, todos se lembram do que você fez, vadia.

Kayte tentou segurar America, mas ela se soltou e passou por mim quase acertando o peito de Allison se eu não tivesse pegado-a primeiro.

– Me solte, Bella, me solte.

Eu não fiz nada apenas a segurei mais firme.

– Vai embora Allison, você já teve o que queria.

Ela se aproximou de nós duas.

– Só porque você é notava não quer dizer que você conhece tudo aqui.

– Você está louca, Allison.

– Pode me chamar de louca, mas vocês duas são iguais. Eu não saio transando com qualquer garoto em uma festa.

Abri a boca e me deixei em silencio por um segundo tenso e quase exageradamente longo antes de soltar America e enfiar o tapa na cara de Allison Golden. Alguém gritou lá trás numa animação pertubadora fazendo com que todo mundo começasse a falar alto para chamar a atenção. Allison andou alguns passos para trás e me olhou com os olhos vermelhos.

America segurou meus ombros e esperei que ela estivesse tão perplexa como eu. Eu tinha acabado de bater em Allison Golden e não me sentia melhor que isso, mas para minha surpresa, America parecia se divertir com essa cena.

– Você vai pagar por essa. – Allison gritou.

Antes que ela partisse para cima de mim como prometeu, Sr. Bergez apareceu na porta empurrando todos os alunos e vendo Allison Golden tentando me atacar enquanto America afastava ela da minha cara.

– O que está acontecendo aqui? – ele gritou e todos se silenciaram. – Srta. Boehm, Srta. Golden e Srta. Cattlin, me acompanhem.

Kayle ficou em sinal de pânico enquanto nós três deixávamos ele e a multidão para trás. Eu não estava melhor que Allison, ela ainda tinha alcançado alguns fios do meu cabelo e America tinha o braço marcado pelas unhas dela em toda essa confusão. Esse dia não podia ser pior. Minha segunda semana na universidade e eu já estava sendo chamada pelo conselho.

– Sr. Begerz, Sr. Begerz, você sabe, elas me atacaram. – Allison resmungava enquanto tentava chamar atenção do professor.

– Tudo que vi Srta. Golden foi você arrancando os cabelos da Srta. Boehm, então não se faça de vitima.

Para não tornar tudo mais tenso, procurei não rir da resposta do professor. Allison voltou para trás emburrada e com cara de poucos amigos. Enquanto caminhávamos e recebíamos a atenção de todo mundo, eu tentava ajeitar os fios desgrenhados do meu cabelo, até que pela primeira vez no dia, eu vi Landom. Ele estava sentado sozinho no pátio com os óculos de graus que o deixava sério, mais do que o normal, ele parecia tenso e quando me viu, não ficou melhor do que isso. Ele se levantou rapidamente e me encarou com a expressão de quem está tentando entender o por quê de eu estar com America, Allison e o Sr. Begerz e além disso sendo observada por todos do corredor. Se eu já estava complicada com ele, quando ele soubesse da minha discussão com Allison, ele nunca mais falaria comigo. Eu deixei seu olhar para trás e viramos a esquerda, meu coração apertado.

Eu gostava do Landom, mais do que eu podia dar créditos, tudo nele era convidativo, havia algo nele que eu gostava de ver, de ouvir, de sentir e não precisou receber aquele beijo nem tanto sóbrio na casa de America para perceber isso. Era por essa sensação que eu me sentia mais triste. Eu queria ter tido uma chance com ele.

– Agora entrem, vamos ter que resolver isso com a diretoria da universidade. – Sr. Begerz interrompeu meus pensamentos solitários.

Nós entramos na sala gelada e nos sentamos com expressões de culpa nas cadeiras de couro marrom e confortáveis. O diretor tinha cabelos brancos e um bigode estranho, mas não parecia ser alguem que deveriamos temer mais do que o Sr. Agirre ou Forward.

– Qual a intimação?

– Bem, eu não sei dizer Owen, apenas peguei essas três garotas tendo uma discussão em frente a minha sala. Só pude ouvir múrmuros e outra vez um grito alto.

Owen curvou os braços na mesa e nos observou.

– Alguém quer começar contando?

Allison teria que manter distância de mim enquanto estivéssemos na universidade, o mesmo com America, o que queria dizer que estávamos sem contato uma com a outra. Tinha sido a melhor noticia do dia. Não contamos ao Sr. Owen o que Allison nos tinha dito, mas confessei o tapa, então ele tomou a decisão de o que a Srta. Golden tenha me dito, tinha sido grave o suficiente para ter tido essa ação. Pelo menos ele me entendia.

Voltamos aos nossos horários normais e parecia que ninguém tinha esquecido do show que havíamos dado na porta da sala. Eu só queria me enfiar embaixo de um edredom e ficar ali até estar totalmente formada e sair desse lugar, mas infelizmente eu não podia.

– Dios Mio, Bells, se Tiara descobre você é uma chica morta. – Sierra estava comigo na livraria no meu período da tarde, onde eu tinha liberdade e podia estudar. Ou fofocar.

– Você não comentou nada, não é Sierra?

Ela fez que não.

– Eu queria ter estado naquele momento para mostrar a Allison como as chicas de Mountown brigam de verdade.

Mordisquei meu donuts.

– Pelo menos de tudo isso fiz algo realmente teurapeutico. Meti a mão na cara da Allison.

– Ainda bem. – Sierra completou. – Não acredito que ela acha que Trey transou com você naquela festa.

– E ela ainda falou da America. – murmurei, fechando a cara. – Não sei o que Trey andou dizendo, mas preciso falar com ele. Eu estou ficando cada vez mais afundada nessa história.

– Falando na America, você a viu? Ela sumiu.

Eu olhei para ela.

– Percebi isso também. A Allison falou umas coisas estranhas sobre ela, algo que aconteceu. Preciso conversar com America sobre isso quando formos para o campus.

Sierra não respondeu de volta e Candice apareceu mais atarefada do que nunca. Tinha um molho de chaves na mão, um livro de quimica na outra e o cabelo preso num coqui estressante.

– Problemas no recife, Can? – eu disse com divertimento.

Candice me lembrava um pouco a sereia Ariel por causa dos cabelos ruivos, um pouco mais moderna, mas tinha a mesma delicadeza dos desenhos.

– Problemas em casa, quer dizer. – ela respondeu. – Meus pais vão para a capital essa tarde e só voltarão amanhã de manhã, o que quer dizer que terei que dormir hoje em casa para cuidar do Jonathan, meu irmão mais novo.

– Você quer companhia? – Sierra e eu perguntamos ao mesmo tempo.

– Bem que eu aceitaria, mas está em cima da hora. Eu só passei para avisar mesmo e pedi para você fechar a livraria hoje, tudo bem Bells? Amanhã você me entrega a chave.

Eu fiz que sim com a cabeça.

– Não quer que te levamos para casa? Já está quase anoitecendo mesmo.

Can pensou um pouco antes de responder.

– Tudo bem, é até melhor.

Sierra e eu arrumamos o balcão enquanto Candice ficava de desligar os aparelhos da livraria, uns dez minutos mais tarde, estávamos dentro do carro de Sierra escutando o rádio e falando sobre nossas catástrofes pessoais. A casa de Candice ficava muito mais longe da universidade do que eu pensara e quando finalmente chegamos, nós ficamos fazendo hora no prédio dos Brittison.

O irmão mais novo de Candice deveria ter doze anos, tinha olhos azuis e era ruivo como a irmã. Ele pareceu gostar da idéia de me mostrar toda sua coleção de Harry Potter, o que era bem grande. Enquanto Jonathan parecia se divertir com o nosso programa, Sierra e Candice procuravam um filme interessante na TV enquanto ainda era cedo. Depois de pipocas e refrigerantes além de colocar o Jonathan para jogar vídeo-game, nos sentamos no sofá do apartamento e ficamos assistindo o filme escolhido por Sierra.

O filme estava quase no final quando percebi que já passava das oito horas, mas não nos importamos no começo, trocamos o filme para falar sobre qualquer que viesse mente ou mesmo ficar rindo de algum programa que achávamos ridículo. Mais uma rodada de pipoca e a Sra. Brittison ligou avisando que havia chegado na capital e esperava noticias. Quando o relógio marcava alguns minutos depois das nove horas, eu e Sierra decidimos que era melhor voltar para o campus, normalmente os portões se fecham as dez horas na semana e a casa dos Brittison ficava quase do outro lado da cidade, lado oposto da universidade.

– Fique aqui Jonathan. Volto logo. – Candice avisou da porta para seu irmão.

Nós descemos juntas pelo elevador até a saída.

– Estarei no campus oito horas. – Can avisou quando saímos. – Vou levar Jonathan para a escola e seguirei caminho.

– Então vou te esperar para o café.

– Tudo bem. Obrigada meninas. – ela me abraçou e depois a Sierra.

Nos despedimos.

– Nada de festinha do pijama sem mim. – Candice gritou antes da porta do elevador fechar e o porteiro autorizar nossa saída.

Quase quinze minutos depois, estávamos estacionando o carro de Sierra no estacionamento, ainda tivemos a sorte de usar algumas desculpas com o segurança para autorizar nossa entrada. Chegamos bem a tempo. Sierra e eu caminhamos pelo corredor absolutamente silencioso, não havia ninguém além de nós percorrendo ele a esta hora, a maioria deveria estar nos seus devidos quartos.

– Você não quer dormir comigo e com America? – Sierra perguntou quando paramos na frente da porta do meu quarto.

– Melhor não. – eu disse. – America ainda está me evitando, então é melhor eu só conversar com ela amanhã.

– Tem certeza?

Eu fiz que sim com a cabeça.

– Tudo bem então. Boa noite. – ela me abraçou fortemente.

– Boa noite. – e nos despedimos.

Esperei Sierra chegar até a porta do seu quarto para finalmente entrar no meu. Liguei as luzes. Estava exausta, meus ombros pareciam ter erguidos peso o dia inteiro, minhas costas latejavam e tudo que eu precisava era da minha cama macia e fria. Peguei minha toalha e agradeci por termos banho frio nos banheiros. Saí enrolada na toalha atrás da parte de baixo do meu pijama, short azul marinho e a parte de cima da mesma cor e de alças finas. Apaguei as luzes e me deitei na cama.

Eu devo ter dormido uns cinco minutos. Alguém estava batendo a minha porta. Tateei minha cama e peguei meu celular, passava da onze e meia, certamente eu tinha dormido mais que cinco minutos. Levantei-me às cegas atrás da maçaneta como se eu não tivesse dormido o suficiente e abri. Um corpo despencou para dentro do meu quarto e caiu alguns centímetros depois em cima do meu tapete.

– Oh, merda. – Landom gemeu com a cara pressionada no chão.

Entre fechar a porta ou ficar parada e pasma com essa situação preferi fechar a porta e ainda continuar pasma.

– O que você está fazendo aqui? – me ajoelhei do lado de Landom virando seu corpo para cima.

– Eu queria conversar. – ele me encarou com os olhos vermelhos.

Ele cheirava a álcool. Muito.

– Não acha que é um pouco tarde? – eu disse, me sentando no chão. – Você está bêbado.

– E puto também. – ele tentou sentar.

Segurei seus ombros para que ele não pendesse para frente.

– Obrigado. – ele disse meio embriagado.

– Então, o que você queria falar?

– Eu queria falar com você. Estou muito puto, muito puto mesmo.

– Eu já percebi isso Landom. Você está puto, mas com quem?

Ele passou os dedos pelo cabelo meio desengonçado. Mesmo que ele estivesse completamente bêbado e com olhos vermelhos, ele ainda continuava estupidamente lindo e sexy.

– Com você. Ah, Bella, por que você mentiu para mim?

Eu fiquei boquiaberta.

– Eu não menti.

Ele balançou a cabeça para um lado para o outro.

– Eu vi você com a Allison hoje. E você sabe, - ele deu uma pausa lenta. – ela é caída pelo babaca do Trey. E ela estava brigando com você.

– Não tem nada entre eu e o Trey.

– Eu vi. – ele me encarou. – Você abraçou ele. Então me peguei pensando se eu tinha atrapalhado alguma coisa entre vocês dois aquela noite ao invés de estar ajudando.

– Pensou errado. Claro que estava me ajudando, se não fosse por você, Landom, não sei o que poderia ter acontecido. – eu disse com a pele quente.

– Tem certeza disso? – ele me olhou um pouco tonto. – Seja sincera comigo.

– Eu serei.

Ele entortou um pouco o corpo e tentou se aproximar.

– Você já beijou ele?

Meu coração se apertou dentro do peito e eu não soube responder.

– Você correspondeu?

Senti meu estomago embrulhar, se eu dissesse a verdade iria parecer que eu estivesse realmente tendo sentimentos pelo Trey. Mas não era.

– Ok, você já me respondeu. – ele suspirou pesadamente com a expressão tensa.

– Mas não é nesse sentido que está pensando.

– E não? De repente você desperta o ciúmes da Allison, ouço todo mundo comentando e não é o mesmo sentido? – ele balança o corpo desajeitado. – Não minta para mim, posso não estar sóbrio completamente, mas consigo raciocinar.

Enfiei minha cabeça entre minhas mãos e quase senti vontade de gritar.

– Eu bebi. Um pouco. Só um pouco – ele fez gesto com as mãos.

Ergui para vê-lo.

– Por mim?

– Não diretamente. – ele gaguejou e soluçou.

Nós ficamos em silencio por um período, sentindo todo o peso daquela frustração. Eu me sentia completamente suja por algo que eu não tinha feito.

– Eu encontrei minha ex namorada hoje. Agora a noite.

– O quê? – eu pisquei atônita com a sua forma de romper o silencio.

– Nós conversamos e...

– Não preciso saber disso Landom, se você estava com raiva de mim, viesse até mim.

– Eu estava mesmo. – ele entortou a cabeça. – Eu estou triste. E puto.

– Por mim ou pela sua namorada?

– Pelas duas.

– Eu não estou entendendo nada.

– Eu voltei com ela. Voltei com a Amanda. Mas não gosto dela. – ele sorriu tristemente. – Eu gosto de você.

Landom pendeu para frente como se fosse me beijar até que parou com o rosto no meu colo, desacordado. Não tive tempo para processar nada, eu tinha Landom nos meus braços bêbado e tinha acabado de dizer que gostava de mim. Eu não sabia se ficava feliz por isso ou gritava por saber que ele tinha voltado com a sua namorada porque ele achava que eu estava com Trey.

Segurei firme seus ombros e o coloquei sentado, os olhos fechados e a boca levemente aberta. Ele não roncava. Levantei-me rapidamente e segurei os ombros dele com toda força que eu podia, tentando arrastá-lo para cima da minha cama, era o máximo que eu podia fazer. Depois de inúmeras tentativas frustradas Landom Bale estava deitado na minha cama e dormia profundamente. Apaguei as luzes e deslizei ao lado da cama no chão. Eu fiquei olhando para ele por longos minutos, tentando entender o que eu estava sentindo nesse momento.

– Eu acho que gosto de você também. – sussurrei sem conseguir esconder o sorriso nos lábios.

Eu queria ele, queria poder beijá-lo, queria ficar com ele, só não sabia como fazer isso de agora em diante.


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Notas finais do capítulo

o que acharam????