Insanity escrita por Petrova


Capítulo 4
Grande Erro


Notas iniciais do capítulo

Finaaaalmente
vou fazer a mesma coisa que fiz com Dark, vou postar um por semana porque tá dificil escrever e adiantar os capitulos, estou nas ultimas provas e não posso falhar porque já tô no terceiro e já levei muitas brigadas dos meus pais :(((
enfimmm
o link da maquiagem para vocês verem *http://4.bp.blogspot.com/-2KAHCoDi9CA/UyiuLs_RKYI/AAAAAAAACIE/mVew_O32D4s/s1600/large+(75).jpg
tá aí capitulo fresquinho para vocês. Boa leitura



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Grande Erro

O Sr. Agirre pediu a apresentação de todos os alunos na sua nova turma, senti minha pele esfriar só por ter que dizer meu nome em alto e bom som na frente de Allison e as gêmeas que não escondiam que certamente estavam fofocando ao meu respeito. America e Kayle ficaram comigo todo o tempo, ainda pude ri com eles principalmente quando o melhor passa-tempo deles eram caçoar de Allison e sua dupla de cadelas – palavras do Kayle.

Depois desse principio de catástrofe no meu primeiro dia na turma de jornalismo, a semana passou como um avião, não consegui guardar muitas coisas. Sierra e America ficavam quase o tempo todo no meu quarto e o de Candice, normalmente America trazia chocolate quente durante a noite e nos sentávamos no tapete vermelho para nos conhecer, como as bizarrices que eu e Sierra fazíamos juntas em Mountown, como daquela vez que a turma de futebol nos convidou para uma festa após a vitória do time, cuja qual havia sido a primeira vez que Scott e eu tínhamos ficado, o que na verdade foi um conjunto de erros, eu havia bebido tanto naquela noite que não voltei para casa porque não me lembrava do caminho, Scott acabou nos levando para a casa de Sierra.

Contei a elas sobre meu relacionamento com o Scott, America fez o mesmo com o Paul. Parecia ser um trabalho fácil falar sobre minha vida pessoal com elas porque na verdade Candice e America eram tão divertidas e legais ao ponto de você sentir confiança mesmo na primeira semana.

– Sr. Aguirre me odeia. – America se espreguiça no tapete. – Ele me chamou a atenção por causa do meu trabalho sobre Imperialismo. Ele me deu B-.

– Caramba, eu sei quem é ele, eu tenho medo só de olhá-lo por aqueles óculos fundo. – Sierra comenta.

– Em compensação, ele deu A- para Lady Bella, garota, o que você faz?

– Eu? – eu me encolho. – Nada. Gosto do Sr. Aguirre.

– Sorte a sua, porque parece que ele vai com a sua cara. – America me olha. – Eu também não o odeio, gosto de arrogância dele, ele nunca babou Allison e suas cadelas.

– A cada dia que passa, odeio ainda mais ela. – resmunguei um pouco antes de entrarmos em outro assunto.

No dia seguinte, meu primeiro final de semana em Silsvilly, Sierra ficou de conhecer as melhores lojas da cidade com America enquanto Kayle me ajudava a encontrar um emprego. Candice estava fazendo um trabalho pesado na biblioteca sobre alguma coisa de química quântica, enquanto Tate estava se divertindo na casa de campo do Paul, uma mistura de piscina e muito basquete. America decidiu acompanhar Sierra já que eles voltariam para a cidade no entardecer.

– Não tem nada por aqui. – resmunguei.

– Temos balconista, babá e garçonete. – Kayle leu os anúncios no jornal.

– Eu sei que eu não devia escolher, mas não quero passar meu horário livre servindo bebida para as pessoas, sendo escrava de mulheres em lojas ou limpando baba de criança.

– Então mujer, teremos que ir mais afundo. – Kayle imitou o espanhol de Sierra.

Convivência muda muita coisa.

– Ah não, não hoje, daqui a pouco Paul e Tate chegam, e certamente vão querer sair para algum lugar, não quero meus pés cheios de bolhas.

– Você que manda, Lady Bella. – Kayle colocou o braço por volta dos meus ombros e caminhamos até seu carro prata da Volkswagen.

– Vamos voltar para o campus? – perguntei, trincando o cinto de segurança em volta de mim.

– Ahm, não, prometi carona para a Candice, vamos dar uma passada na biblioteca.

Kayle engata a marcha e manobra o carro na direção certa. Vasculhos os CDs que ele tem no carro e vejo que Kayle possui uma coleção da Madonna, eu preciso ouvir isso.

– Ela é como minha Deusa interior. – ele me diz. – Se eu gostasse de mulher, ou pegaria a Madonna, ou você Lady Bella.

Eu ruborizo com seu comentário.

– Você poderia se esforçar então.

Ele pisca para mim.

– Eu sei sobre meu charme, todas me querem... – ele pausa e a primeira musica da Madonna, Holiday, começa a tocar.

A livraria não é tão longe e nem tão grande como eu pensara que fosse. Ela ficava poucos metros de onde eu e Sierra lanchamos com nossos pais no nosso primeiro dia na cidade, ela tem um letreiro simples com o nome Open Page desenhado nela, é de dois andares e tem vidraças largas e compridas distribuídas pelos andares. A pintura lembra tijolos falsos, tem um tapete Bem-Vindo na entrada e uma central de ar quando entramos.

– A livraria é da família da Candice. – Kayle revela.

Eu olho pela decoração e me remete a um museu minúsculo, mas incrivelmente belo. Perto da entrada tem um balcão no formato de L com potes para doações, cardenetas, cabeças dançantes e acessórios diversos. A um quadro pregado na parede, quero dizer, há muitos que revela as recomendações que a livraria ganhou com os anos, mas o central de fundo branco tem uma mensagem escrita feita por Antoine de Saint-Exupéry:

O futuro não é um lugar onde estamos indo, mas um lugar que estamos criando. O caminho para ele não é encontrado, mas construído, e o ato de fazê-lo muda tanto o realizador quanto o destino.

Uma senhora de cabelos escuros na altura do ombro está lendo uma papelada quando ainda não nos nota, ela tem óculos levemente arredondados nas bordas bem abaixo do dorso do nariz e parece realmente prestar atenção na sua leitura, é graças a Kayle que ela desperta, ele acidentalmente esbarra num homem de papelão avisando sobre algum curso grátis na cidade. Eu finjo uma tosse para não rir.

– Boa tarde, Kayle. – a mulher o reconhece e está sorrindo como se ele não tivesse acabado de quase tentar estragar sua decoração.

– Boa tarde Sra. Brittson. – ele a cumprimenta timidamente desajeitado. – Esta é Bella Boehm, ela é nova na cidade.

Eu me aproximo e a cumprimento.

– Seja bem-vinda, estudam na mesma universidade?

A Sra. Brittson é um pouco diferente de Candice, exceto pelos os olhos, castanhos e redondos.

– Aham, da mesma turma de jornalismo. – Kayle responde por mim.

– Ah, isso é ótimo, tenho certeza que você vai gostar daqui, Bella.

– Obrigada, Sra. Brittson.

Kayle estende os braços pelo balcão e se espreguiça.

– Onde está nossa querida Candice?

– Hmm, acho que na sessão de química. – ela franze o cenho. – Ela está lá há quase duas horas.

Kayle faz um sinal de consentimento com a cabeça.

– Nós vamos dar um pulo até lá.

Eu sigo atrás de Kayle pelas enormes prateleiras de livros, passando de sessão em sessão, até chegar no segundo andar. Um conjunto de mesas separam as sessões de Q, R, S, T, U com as restantes e por lá, nós vemos um cabelo laranja enrolado num cóqui mal feito e estressante, Candice está quase se enterrando nos livros quando nos vê.

– Até que fim. – ela murmura. – Vieram me ajudar? – ela sorri angelicalmente.

Kayle se senta ao meu lado como um gato preguiçoso.

– Viemos te resgatar, filha, você está horrível.

Candice vê seu reflexo pela tela do seu celular.

– O que uma água no corpo e uma saída com os amigos não resolva. – eu digo.

Candice desata os nós do cabelo e o solta até tocar os ombros.

– Nada melhor, realmente.

– Então vamos mujer, daqui a pouco America e Sierra aparecem em estado de falência.

– Elas ainda estão fazendo compras? – ela pergunta como se fosse algo surpreendente.

– Sierra vai estourar o cartão de crédito antes mesmo de completar uma semana de feito. – resmungo, apoiando meu queixo entre as mãos.

– Não sei o que meu pai faria se eu estourasse o cartão de emergência com roupas. – Kayle diz. – Acho que ele me mataria de vez.

– Eu nem tenho todo esse dinheiro. – Candice lamenta.

– No meu caso, meu pai faria questão de que eu o fizesse.

Eles me encaram.

– Caramba, seu pai por acaso é algum mafioso? – Kayle brinca.

Eu ruborizo, não gosto de falar sobre a quantidade de dinheiro que meu pai tem.

– Não, com certeza não, ele só é dono de uma empresa. – eu digo superficialmente.

– Isso já é alguma coisa. – Candice responde.

No mesmo segundo, meu celular começa a tocar uma musica da Britney avisando ser o toque de Sierra. Rapidamente atendo.

– Onde está?

– Na livraria com Kayle e Candice. – digo, recebendo os olhares de todos.

– Ótimo. Agora corram para o apê da America porque hoje temos uma festa para ir.

– Quê? Que festa?

Kayle rapidamente se inclina para perto de mim.

– Vamos logo Bells, nada de perguntas, eu e America estamos terminando de fazer umas comprinhas básicas, Kayle leva vocês. Beijos Bells. – e desliga.

– O que ela disse? – Candice pergunta curiosa.

– Vai ter festa? Onde? Como não fui avisado? Que diabos está acontecendo neste mundo? – ele dramatiza.

– Para suas perguntas Kayle, eu não sei, e para a sua Candice, Sierra nos mandou para a o apartamento de America urgente.

Quinze minutos mais tarde, estamos caminhando pelo gigante e escandaloso apartamento de America com três quartos. A vista é ainda mais exuberante, eu consigo ver centenas de prédios daqui e por longe nossa universidade. A cozinha é o único cômodo que parece normal, do tipo pequeno, tem um balcão que fecha até a entrada com uma mesa de vidro na qual minha mãe se mataria para ter. A sala é estupidamente linda, uma TV que mais parece uma tela de cinema atrás de uma janela de vidro com cortinas pesadas na cor marrom, um sofá no formato de L e um carpete cinza.

– Era dos meus pais antes de eu nascer, depois nos mudamos para Jacksonvilly e na minha decisão de ir para a faculdade, eles reformaram, ficou mais bonito e mais caro do que valeria a uns vinte anos atrás.

– Realmente. – eu digo ainda em transe.

– Por Deus, Sierra, onde estava a sua prudência ao comprar tudo isso? – Kayle estava estirado no sofá junto com o restante das sacolas.

– Não me deixe pior do que já estou. – ela resmunga. – Ah, Bella, liguei pro seu pai, disse que você precisava de umas roupas e ele liberou o cartão.

Eu quase tropeço da cozinha até a sala.

– Sierra! Por que você fez isso? Você sabe que não gosto de pedir nada ao meu pai.

Ela se encolheu timidamente no seu canto.

– Eu sabia da sua resposta se perguntasse, dios mío Bella, seu pai não é um monstro.

Kayle se aproximou de mim e tocou meus ombros.

– Não fique brava com Sierra, Lady Bella, são só roupas, você mesmo disse que seu pai adoraria que você usasse mais dos cartões.

Eu suspiro tendo paciência.

– Tudo bem... Só me avise dá próxima vez. – eu digo olhando para Sierra.

Ela rapidamente fica feliz e vem na minha direção, me abraçando.

– Comprei um conjunto lindo para você usar hoje.

– Falando em hoje, como isso aconteceu? – me sentei ao lado de Candice no sofá.

– Gabe me avisou que vai haver uma festa de formandos. Uma turma de veteranos vai fazer a despedida e está convidando todo mundo, nada melhor do que nos infiltrar com os rostos antigos e conhecer pessoas. – America me explica, trazendo uma jarra de suco para a sala.

– Tudo bem, este é o grande segredo, mas por que estamos todos aqui? – eu pergunto.

– Eu trouxe presentinhos extras, é claro.

– Não acredito que você gastou seu precioso dinheiro comigo America? – Kayle cantarola animado.

Na verdade, America havia gasto seu dinheiro com todos nós.

Paul e Tate chegaram por volta das nove horas da noite, ambos limpos e arrumados. Enquanto Kayle tentava subir meu vestido, America e Sierra brigavam pelo espelho de maquiagem. Candice estava tranqüila enquanto secava seu cabelo ruivo com o secador e se decidia qual dos sapatos usaria com seu vestido tomara-que-caia preto brilhoso.

Sierra tinha me comprado um vestido vermelho sangue na altura da curva das minhas coxas, e quando Kayle subiu o zíper e pude ver o resultado, quase tropeço de pavor. As mangas vão até os cotovelos, o decote no busto é curto, porém vai se abrindo até o pescoço formando um V escandaloso nas costas até a desenvoltura da minha clavícula. Eu me sinto quase nua, principalmente pela forma como ele gruda no meu corpo.

Sierra optou por um vestido champanhe de alças finas, como se fosse seda e certamente não gruda no seu corpo como o meu faz. Seu cabelo castanho cai em ondas por suas costas nuas em contraste com seus brincos dourados. Ela veste um scarpim nude. America usa um vestido preto parecido com o meu, exceto pelo decote, este é com mangas curtas e ao invés de ousar nas costas, ela ousa nos seios. Seu cabelo preto e encaracolado está posto de lado sob seu ombro e ela está abotoando seu salto alto estilo gladiadora preto.

Kayle já estava pronto a quase dez minutos e se ofereceu a me ajudar quando eu estava enlouquecendo com as opções de vestidos que eu tinha. Ele estava de calça caqui e uma blusa preta com gola V deixando a mostra seus músculos leves, sem contar que estava como sempre bem perfumado.

Candice lhe passou a prancha para que ele pudesse enrolar as pontas do meu cabelo louro liso absoluto. As ondas caíam levemente pelas minhas costas, na maioria das vezes, nunca noto meu cabelo porque estou sempre prendendo-o em um rabo-de-cavalo, mas desta vez ele está quase do mesmo tamanho das madeixas morenas de America.

Com a *maquiagem* eu me cuido sozinha, uso apenas pó para tampar algumas imperfeições e uso uma sombra no tom marrom claro que realça a cor azul dos meus olhos juntamente com o delineador. Levanto meus cílios e passo a mascara cuidadosamente sem manchar a minha pele, quando termino, Candice passa seu batom vermelho cor de sangue para mim. Com o dedo, vou ajustando a cor pelos meus lábios carnudos até que fica perfeito. Estou pronta.

O relógio bate onze e meia.

– Dios o mio. – Sierra e Kayle trocam o mesmo vocábulo.

– Temos uma alma sedutora esta noite. – Candice brinca, enquanto envergonhadamente me aproximo dela para ajudá-la com seu cabelo.

Já pronta, ajusto meu scarpim preto nos pés, me perfumo e saímos juntos para a sala. Tate e Paul aparecem segurando uma caixa leve nas mãos.

America e Paul trocam um beijo rápido enquanto Tate olha para mim descaradamente da mesma forma com Sierra e Candice.

– O que estão na caixa? – eu pergunto com curiosidade.

– É mesmo. – America se afasta só um pouco do abraço do seu namorado. – O que é?

– Shane me avisou agora pouco, mudança de planos, parece que a festa vai ser com mascaras.

Eu fico boquiaberta. Além de estar dentro de um vestido escandaloso, eu ainda vou numa festa cuja qual não poderei reconhecer ninguém... Com mascara.

Isso parece se tratar de um grande erro.


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Notas finais do capítulo

e aí, gostaram?