Insanity escrita por Petrova


Capítulo 3
Não é o Batman!


Notas iniciais do capítulo

Ainda não tenho data para as postagens, acho que vai seguir o mesmo percurso de Dark, todas as quarta-feiras
espero que gostem lindas
e por favooooorrr comentem mais
fico meio desanimada sem novos reviews beijosss e boa leitura



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Não é o Batman!

Não faço idéia de quantas pessoas devem habitar essa universidade, mas há dois refeitórios parecendo a quadra de esportes da minha cidade, e isso seria o suficiente para me perder se America não tivesse guiando Sierra e a mim. Esbarramos em dezenas de pessoas e posso contar nos dedos quais foram simpáticas e entenderam nosso transtorno.

Sierra estava ocupada demais tentando encontrar o gostoso do Trey. Ah, droga, eu disse gostoso mesmo?

– É impossível você encontrá-lo com tanta gente aqui, Sierra. – eu a desencorajo.

Há uma pausa.

– Na verdade, - ela aponta lá para frente. – é bem possível.

Trey está em pé ao lado de sua cadeira rindo com uma turma grande, metade homens que parecem ter saído de algum catálogo de modelos juntamente com as garotas que dividem sua mesa, e lá está Allison sorrindo como se ninguém percebesse que ainda está completamente apaixonada pelo seu ex namorado.

– Ah, tadinha. – a cumplicidade de Sierra é bem falsa. - Eu podia fazer uma piada. Allison Enamorada, mesma coisa de Allison Chutada.

– Quero ver sua coragem falando isso na frente dela. – eu a provoco.

– Eu tenho. – Sierra me encara. – Um tanto depois de confirmar que ela não fala em espanhol, então certamente eu a xingaria.

– Ah, claro, senhorita bilíngüe.

Ela beija superficialmente os ombros e sorri na minha direção.

– Aqui, meninas. – America acena para nós já bem distante, perto de uma mesa com várias cabeças.

America está do lado de um homem alto, másculo e de regata, a pele é morena como a dela e seu cabelo é tão preto quanto o dela, ele sorri para nós gentilmente depois de beijar os lábios de sua namorada. Ao lado deles, há mais três pessoas, um garoto engraçado com gosto terrível para roupas por causa dessa combinação de uma blusa gola v cor verde limão e calça levi’s, cabelo louro e tão branco quanto a alma das patricinhas de bevelery hills. E para minha surpresa, Candice está mordendo o lábio inferior para segurar a risada enquanto seu amigo de cabelo castanho com mechas loiras, com interesse mais aceito para a moda, diz alguma coisa que parece engraçado.

– Caramba, ei garotas! – Candice se levanta e se afasta um pouco para abraçar a mim e a Sierra, antes de nos juntarmos a eles. – Que coincidência bizarra.

– Vocês já se conhecem? – America pergunta.

Sierra e eu damos a volta para sentar no lado vazio de Candice.

– Bella é minha colega de quarto, poxa cara, isso é muito legal.

– Apresenta as damas então. – o garoto de camisa verde limão diz animadamente.

Candice lhe dá um olhar tedioso.

– Este nojento é Tate Waters, ele está fazendo química junto comigo, infelizmente. Estas são Bella e Sierra, de Mountown.

Ergo-me por bem pouco para cumprimentar Tate do outro lado da mesa que beija os nós dos meus dedos e sorri galante. Ele é bonito, se não fosse o mau gosto para se vestir e se arrumar.

– Este é Kayle Fitzgerald. – Candice apresenta o louro com mechas.

Kayle sorrir para mim e quase posso suspirar porque ele tem um belo sorriso sem contar que seu perfume inunda meus sentidos e eu gosto.

– É um prazer. – ele diz depois de nos cumprimentar. – Adiantando que não estou disponível, gatas.

Candice se inclina na minha direção.

– Ele é gay.

– Shh! – Kayle brinca para mim.

Eu fico desapontada, mas dura muito pouco, Kayle parece ser bem cativante.

– E o jogador de basquete mais incrível que a High School North Silsvilly já teve, Paul Evans. – America apresenta seu namorado, depois do esquecimento de Candice.

– E aí meninas? – Paul se apresenta timidamente, acho que encabulado com o elogio de sua namorada.

– Então, como vieram parar aqui?

– Adivinhe Tate? Internet, inscrição, ensino médio concluído, essas coisas. – America lhe dá um chute com a ponta do tênis, mas foi tão mal planejado que encosta muito pouco no seu joelho.

– Já fui a Mountown, é legal lá. – Kayle responde.

– Sério? – eu e Sierra perguntamos ao mesmo tempo. – Aquele fim de mundo não tem nem cinema.

– Na verdade, tem. – eu respondo. – Eles sempre passam um ano depois e ainda escrevem o nome errado.

Eles riem.

– Então vocês estão no lugar certo. – Tate diz. – Que cursos vão fazer? Alguém de química?

– Sierra vai fazer direito não é? – America responde por nós. – E temos Bella como companheira Kayle.

– Porra, sério? Finalmente alguém cúmplice para nossas trapaças America.

America se inclina sobre a mesa.

– Kayle e eu ficamos debochando daquelas patricinhas da turma da Allison, tocamos o terror porque o assunto preferido delas são moda, unhas e maquiagem.

– Aquelas cadelas só devem ter passado por causa de suas famílias. – Kayle responde com mágoa.

– O que quer dizer?

– Ah, Bells, grana, dinheiro. – Sierra compreende por mim. – Achei que isso não teria aqui.

– Infelizmente tem. – Candice mordisca a porta de sua pizza. – Nós temos muita gente aqui com dinheiro que não usa para passar em faculdade, e temos gente com muita grana que usa isso para ter prestigio e para passar em faculdade como eles.

– Pois é, a maioria daquele grupo tem com o que gabar. – Paul diz em nossa direção. – E a maioria ali, agüentamos desde o ensino médio na Silsvilly North.

– Agüentei Allison com essa coisa de líder de torcida e o Paul com essa coisa de Trey ser o melhor jogador. – America cutuca seu sanduíche misto.

– Caramba, já odeio aquela garota. – Sierra olha sem vontade para a mesa deles.

Trey não parece ser o tipo de garoto que esnoba por ter uma família rica, mas eu podia ter certeza que sua ex namorada e seu grupo de amigas certamente devem fazer questão de mostrar a Deus e o mundo o quão poderosas elas podem ser por terem muito dinheiro.

– Hmm, alguém está com fome? – Kayle pergunta em nossa direção quando America começou um assunto com Paul e Tate está implicando com Candice por alguma coisa.

– Eu estou. – disse, levantando as mãos em rendição. – E você Sierra?

– Ah, não, quero dizer, você pode me trazer uma coca somente?

Eu faço que sim na sua direção.

– Eu também estou, vem gata, eu te acompanho. – Kayle se levantou a minha espera.

Empurrei a cadeira e me juntei a ele. Kayle e eu temos a mesma altura, ou seja, por volta dos 1,74, sem contar que ele tem um bom cabelo e veste uma calça desbotada e uma blusa solta branca que revela que Kayle deve freqüentar a academia.

– Caramba, - Kayle se surpreende ao meu lado.

– O quê? – desviamos de algumas mesas e estamos quase chegando perto da fila.

– Trey está olhando para cá. – ele rói a unha. – Quero dizer, para você gata.

– Hã? – eu me viro para trás e me deparo com Trey sorrindo e acenando.

– Mas que diabos... Bella, nossa, Bella ele está sorrindo. – Kayle me diz.

– Eu sei. – digo pasma, mas sorrio e aceno para ele.

Allison percebe e fisga nosso cumprimento. Eu me encolho no meu canto e encaro Kayle.

– Não se aborreça com aquela cadela, Lady Bella. – Kayle me olha tranqüilo, depois volta para a Allison Golden e lhe mostra o dedo do meio.

– Kayle!

– O quê? – ele ri. – Só um pouco de vingança.

– Ela ainda está olhando? – pergunto baixinho perto dele.

Kayle olha para trás rapidamente.

– Não agora. – ele diz. – Não faça essa cara, não deixe essa cadela te aborrecer Bella.

– Meio impossível, - suspiro. – não sou dessas que gosta de atenção.

– Nestas circunstâncias que é impossível, parece que Trey McComery escolheu você. – Kayle olha disfarçadamente para trás. – Allison está olhando de novo.

– Ora, então pare de olhar.

Kayle ri e finalmente chegamos na fila. Ele começa um assunto interessante sobre o curso de jornalismo até que paramos nessa coisa toda dele ser gay, levou um longo segundo para que ele confiasse a mim que foi difícil para seus pais a descoberta e a aceitação, que normalmente ele só tem maior contato com a mãe.

– Papai Fitzgerald é das antigas, acho até que ele está levando isso melhor do que eu esperava. Quando eu ligo, ele me atende, falamos poucas coisas, mas ainda sim nos falamos. Ele me ligou quando passei para jornalismo, isso foi uma vitoria para mim.

Eu fico feliz por ele.

– E no meu caso, - começo. – meu pai está noivo, e essa coisa toda ainda acho que a minha mãe não superou.

– Sério?

– Aham. – eu digo. – Eu acho que ela ainda o ama e sei que meu pai também.

– Eles devem estar magoados, por isso não assumem. – Kayle diz.

– Pode ser...

Nossa fila finalmente anda e quando me movo, fisgo a imagem de um homem caminhando tranquilamente, não faço idéia do por quê que ele chama a minha atenção, mas fico curiosa a seu respeito.

– Quem é ele?

Ele? – Kayle se pergunta confuso, até que repara onde exatamente estou olhando. – Ah, ele! É Bale, Landom Bale.

– Do tipo que deve ser apresentado como James Bond?

– Não, do tipo que pode ser confundido como o Batman. – nós seguimos com o olhar o trajeto do homem. – Eu lhe apresento o sósia de Christian Bale, o Bruce Wayne.

Landom escolhe uma mesa e senta. Seu cabelo é negro e curto num liso perfeito, cai para o lado propositalmente e enquanto sorri, seus lábios finos me lembram sem perceber realmente Christian Bale.

– Eles são irmãos? Primos? Caramba, o irmão do Batman estuda aqui?

Kayle ri do meu nervosismo.

– Não mulher, eles só são parecidos, exceto pelos olhos, os do Christian são suaves. Menina, Landom tem os olhos mais azuis que já vi em toda a minha vida.

Eu olho na sua direção e sou pega flutuando na idéia de estar frente a frente com ele. Eu já assisti o Batman, e confesso que sou fã tanto quanto do filme quanto do ator de Bruce Wayne, eu podia estar pirando aqui por ter a sorte de estar olhando para o Christian, digo, Landom. Suspiro mais algumas vezes e me dou o prazer de olhar pela ultima vez. Nossos olhos se encontram e meu coração perde a tranqüilidade, desvio logo em seguida.

– Ele me olhou. – eu digo ao Kayle.

– Ele quem?

– O Landom. – suspiro. - Porra Kayle, o Batman acabou de trocar olhares comigo.

E Kayle ri junto comigo.


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