Pare! Não se aproxime escrita por Apiolho


Capítulo 17
17 - Quinta-feira que mais parecia halloween


Notas iniciais do capítulo

Boa madrugada lindérrimos leitores! *-*

1 de abril - dia da mentira. E "Pare! Não se aproxime" faz um mês de aniversário hoje!

Quero agradecer para todas as pessoas que comentaram e acompanharam, principalmente a Drama Queen, gih, Maíza Souza, Senhorita Foxface, Sparkly Dark Angel, Melanie Dixon Winchester, Ney Gremory, LuhLerman, Rani, Raene Melo e hans por comentar no anterior. Mesmo, sempre me animam com ele. São muito importantes para mim.

E onde estão meus outros leitores? Apareçam, não se acanhem, serão muito bem vindos pela titia apiolho. awiuhaui

Espero que gostem, fiz para vocês.



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Capítulo dezessete

Quinta-feira que mais parecia halloween

“Será que você vai saber o quanto penso em você com o meu coração?”

(Renato Russo)

Despertei mais cansada do que dormi, a dor se alastrava pelo meu corpo por ter aumentado um pouco a intensidade dos meus exercícios depois de dias sem pisar na academia, e por conta de estar machucada fiquei desacostumada. Peguei o moletom de bigode branco, calça do uniforme – mesmo não sendo obrigatório vesti-la – e o tênis surrado com quadradinhos vermelho e branco.

Fiz o coque no caminho para o ônibus e prendi com a caneta reserva. Passei pelo corredor e quando faltavam 9 minutos para as aulas começarem aproximadamente vi algo que me deixou chocada ao entrar no toalete.

Thalia estava desmaiada, meio que sentada, e com alguns hematomas espalhados pelo corpo. Seu rosto um pouco ensanguentado e estava mais pálida que o normal. Sai correndo e fui até a enfermaria avisar sobre o que ocorreu.

– Tem uma menina desacordada no banheiro. – praticamente gritei.

Ela pode até ter me batido, humilhado e feito horrores comigo, mas não poderia deixa-la morrer. É omissão de socorro. E isso é crime.

– Vem comigo para me mostrar onde é. – declarou ao passar pela porta.

– Está bem. - confirmei em desespero.

No meio do caminho viu o segurança, que nos seguiu ao falarmos sobre o que tinha acontecido. Ao chegar no local ele a pegou no colo e a levou para a maca mais próxima da sala, podendo então ser liberada para ir a aula. Sentei-me na carteira que ficava de frente para o armário e fiquei lendo um pouco a apostila e rabiscando no caderno.

E de repente passos apressados fizeram-me me distrair.

– Eu falei algo constrangedor quando te telefonei Amy? – questionou.

Foi a primeira frase dita ao entrar, sem o costumeiro “bom dia”.

– Por quê? – fiz-me de desentendida.

– É que tem uma ligação realizada para a sua casa perto das 2h de quarta. – declarou.

– Não lembra o que disse? – perguntei sem vontade.

– Praticamente acordei com amnésia sobre o que fiz no dia anterior. Comentei alguma coisa que tenha te magoado? – parecia um pouco preocupado.

– Apenas perguntou se eu iria na sua casa no sábado. – menti.

Se esqueceu é porque não era importante. Então deixei para lá.

– E você vai? – olhou-me em expectativa.

– Por acaso tenho escolha? – rebati.

– Não. - respondeu aos risos.

Seu sorriso pareceu engrandecer e ficar mais brilhante nesse instante.

– Então já sabe a resposta. – um pouco chateada.

Não acredito que daqui dois dias estarei na casa de um garoto. Eu, em todos meus dezesseis anos, nunca imaginei frequentar a residência de alguém da escola. Meu plano sempre foi estudar, trabalhar, se formar na graduação desejada e crescer economicamente.

– Não falei nada que tenha causado vergonha mesmo? – insistiu.

– Já disse que não! – como sempre a minha paciência sumiu.

– Mas... – tentou continuar.

– Vai se sentar que o professor chegou. – praticamente mandei.

– Eu já te avisei que o bom humor ligou dizendo que está com saudades? – comentou ao ir na sua carteira.

– Sim. – afirmei para que parasse de falar.

Depois disso nem prestei atenção mais nele, ouvindo o que o homem falava na frente da classe. E quando notei tinham passado três aulas e a hora do intervalo havia chegado.

– Não vai ficar comigo hoje? – questionou ao me parar.

– Estarei ocupada. – falei rapidamente e consegui me despistar dele.

Subi as escadas e fui para o terraço, ficando aliviada por não precisar dar mais explicações ao de olhos azuis. A Jully estava lá e me encarou minuciosamente ao me ver.

– Qual seu telefone? – questionou.

– Para que você quer? – meio rude.

– Para quando eu tiver algo urgente para falar te ligar. – explicou.

– É xxxxxxxx. – finalmente dei.

Depois disso ficamos em silêncio até que terminasse de anotar no celular e ela se levantou rapidamente ao me olhar dos pés à cabeça, parecendo me analisar de maneira detalhada.

– Eu conheço o que tem no pescoço. É um chupão? – parecia horrorizada.

Que droga! E eu pensando que não perceberiam, porque estava quase sumindo.

– Por que acha que é uma marca desse tipo? – sussurrei pela vergonha.

– Mas não é qualquer uma, o formato é diferente dos demais, e até acho que são daquelas que demoram para sarar. Por acaso foi uma pessoa alta, de cabelos castanhos escuros e maravilhoso que cravou os lábios nele? – questionou.

Falando assim até parece que foi um vampiro que me mordeu.

– Pode falar quem acha que é, não me importo. – rolei os olhos.

– O Henry Nagel? – questionou de maneira ansiosa.

– Por acaso aconteceu algo com vocês para achar que foi ele Jully? – perguntei sem responde-la realmente.

Seus olhos perderam a vida e seu sorriso sumiu.

– Melhor nem falar sobre isso. – o tom sombrio.

E então sentou-se no banco e ficou olhando para a multidão que se encontrava no pátio. As mãos entrelaçadas no joelho e a expressão continuava melancólica e chateada.

O que será que ocorreu para se comportar desta maneira? Seriam inimigos? Amigos de infância? Sentia amor platônico pelo mulherengo? Chegaram a namorar algum dia e seu coração foi despedaçado por ele?

O segurança chegou neste instante praticamente correndo.

– Ainda bem que aquela menina acordou, mas passamos um sufoco até que isso ocorresse. – declarou simplesmente ao chegar perto de nós.

– Quem? – disse a morena.

– A Thalia desmaiou no banheiro. – respondi simplesmente.

– Acho que é melhor então vermos se está bem não?

E simplesmente me puxou pela mão, só dando de acenar para o homem de farda antes de descer os degraus. Ao chegar embaixo me soltei dela e tentei ir para a minha turma enquanto passava pelo gramado, mas fui parada por Lorena.

– Queremos falar contigo. – urrou.

– O que foi? – questionei em ira.

– Eu sei que foi você, que sempre teve inveja da gente e resolveu machucar a nossa amiga. – esbravejou.

Olhei mais ao fundo que a Megan parecia nervosa, mas ela não. Aquilo era mentira, eu não iria machuca-la ao ponto de precisar ir na enfermaria. E seria muito injusto me culparem na frente de todos sem prova.

– E-eu... – fui cortada brutalmente.

Deu um tapa em meu rosto e pegou em meu cabelo e me empurrou no chão, fazendo com que o coque se desmanchasse. A outra começou a ajuda-la ao perceber que conseguiria escapar e até revidar. Pareciam me acertar com o salto alto, dar unhadas e socos.

– Vou te mostrar o quanto é ruim apanhar, sua antissocial de merda. – gritou uma delas.

Eu não distinguia mais nem as vozes, rostos ou quem me batia. Colocava os braços no rosto para me proteger e nem sabia se conseguiria sair dali tão cedo. Uma multidão se formou ao nosso redor, e a maioria as incentivava e até riam de mim.

Minha raiva foi tão grande que eu cheguei a chorar. Neste momento todos já estavam lá, até mesmo o diretor. Uns seguranças nos seguraram e nos levaram para a direção sem dizer nada.

– O que deu em vocês para se brigaram no meio do pátio? – a voz dura que nem um trovão.

– Esse monstro deixou a Menezes inconsciente de tanto que bateu nela. – disse a Queen.

Que falsa! Mas infelizmente nem eu sabia quem tinha feito isso.

– Isso é verdade Ortiz? – questionou em minha direção.

– Não. – respondi simplesmente me contorcendo de dor.

– Você é a pior pessoa de todas, tenho certeza que foi você a culpada. – declarou a outra.

– É errado ficar humilhando os outros sabia? – limitou o Sr. Clemente.

– Mas só estou falando a verdade. – revidou.

– Saberei quem machucou a aluna depois de verificar as filmagens, mas quanto ao barraco desnecessário que deram as deixarei de castigo. Uma semana de detenção, que ocorrerão depois das aulas por 1h. – decretou.

– Seria inconveniente de sua parte nos colocar na mesma sala, sendo que não nos entendemos. - declarei.

– Já que se acha tão inteligente para me contrariar e se comportar de maneira rebelde esse ano, ficará amanhã de suspensão. E espero que passe na enfermaria antes de ir embora. E enquanto a Megan e a Lorena, apenas terão uma detenção, que será na sexta-feira também. – mudou a punição.

Sabia que não ia demorar tanto para aliviar para elas. Ficamos em silêncio enquanto elas me miravam de maneira mortal, todavia eu correspondia. Era a mestra nisso. Enquanto o Senhor parecido com o Leôncio ficou mexendo no computador.

– O que estão fazendo ainda aqui? Podem ir. – berrou.

Ao sair notei que o Henry estava escorado a parede de maneira nervosa, tanto que parecia concentrado e até sério. Nada daquele sorriso que fazia com que a maioria das garotas ficassem derretidas por ele.

– Que lindo, ficou me esperando para ir embora comigo é? – questionou a popular.

– Não, vim apenas para saber como a Amy está. – devolveu com raiva.

– M-mas... – o Faustão a interrompeu.

– Estou decepcionado contigo, não tem explicação para o que fez Megan. E faça o favor de não me procurar por enquanto. – esbravejou.

Então foi em minha direção e me abraçou pela cintura com delicadeza, no entanto dei um grito pela dor sentida. Levantei minha cabeça e o vi sorrir para mim e se afastar, sempre me olhando de forma intensa.

– Cuidarei de você, eu prometo. – sussurrou perto de mim.

– Não seja um político ao jurar algo que não poderá cumprir. – devolvi sem vontade.

Mal conseguia abrir a boca por conta dos ferimentos.

– E quem disse que eu jogo palavras ao vento? Se eu falo é porque o farei. – convicto.

– Que horas são? – mudei de assunto.

– 11h38. – respondeu com calma.

– Tenho de pegar o ônibus. – me desesperei.

Amy, você está machucada, primeiro iremos na enfermaria para que ela passe algum produto neles, depois eu te levo para a casa e ao trabalho. Já avisei meu pai sobre isso. – tom autoritário.

– Por favor, deixe-me ir embora. Não quero atrapalhar vocês. – a voz chorosa.

Eu sabia que era um estorvo, e que quem ficar ao meu lado sofrerá muito ao tomar as minha dores. É como cometer um suicídio ou ser extremamente masoquista.

– Não tem mais nada o que fazer, a mensagem foi mandada. – declarou.

Tentei andar na frente, mas não consegui por conta da dor. O castanho ao perceber isso me pegou no colo de maneira delicada e terna. Andando pelo corredor comigo em seus braços.

– Está brincando comigo não é? – berrou a Queen.

– Eu falei que não queria mais te ver nesse dia. – comentou no mesmo tom ao se virar.

Tão furioso, de uma forma que nunca o tinha se portar.

– Ela foi a culpada por bater na Thalia. Só colheu o que plantou. – contrariou ao bater um pé no chão.

– Vocês não a deixaram se explicar, eu vi. Nada do que falar fará com que eu me redima contigo. – comentou.

Eu estava em seu colo, mexendo minhas pernas para sair e não ter que a mirar mais. Já que seus olhos estavam me fulminando de uma maneira tão diabólica que me deixava com receio. E sabia que iriam se vingar por estar com o castanho nesse instante.

Simplesmente a ignorou depois disso e me levou para a enfermaria, acompanhando-me enquanto a mulher passava os remédios e me dava um sermão. Após o que ocorreu ele novamente me pegou em seus braços com delicadeza e me carregou até o carro que nos esperava perto do portão da escola.

– Ponha-me no chão que eu não sou um bebê. – reclamei.

Ele riu e me posicionou no banco de trás, colocando o cinto de segurança para me prender. Sentando-se na frente e se admirando no espelho antes de se ajeitar.

– Bom dia Amélia, meu filho fala muito de você. – começou o homem.

– Desejo o mesmo. – devolvi sem tocar no outro assunto.

Os dois se entreolharam neste momento.

– Vamos te esperar para te levar ao trabalho. – o pai ao parar na frente da minha casa.

Corri dentro dos meus limites para dentro dela e coloquei o uniforme, escovei os dentes e coloquei o desodorante. E em poucos minutos já estava dentro do veículo com a ajuda do de olhos azuis. Fomos até a loja de discos em silêncio. E quando fui entrar no porta o Nagel me parou.

– Irei te pegar amanhã para irmos ao colégio. – declarou com a voz rouca.

– Estarei suspensa nesse dia. – rebati.

– Então a partir de segunda irá de carona comigo. – sussurrou ao me abraçar e se afastar antes que eu o respondesse.

Dei de ombros e notei que eram 12h21, dando tempo de almoçar para começar o turno. Sem costurar o gorro dessa vez, até porque é muito mais importante saciar minha fome. Ninguém merece ter de e o encarar praticamente o dia inteiro.

E a cada vez que o tempo passava algo me incomodava, como se uma coisa muito ruim fosse acontecer. Como se estar com a cabeça doendo, braços e pernas machucados e um corte no rosto não fosse o bastante. E também o que a Jully tinha falado no recreio, deixando-me muito curiosa para descobrir a verdade.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?

A imagem não é minha, e desculpem se tiver algum erro de português. Gente do céu, eu acho fotos fofas de meninas de cabelo preto, mas quando coloco não aparece. Por isso as vezes tenho de por uma com cor diferente. :(

Aviso que talvez na quinta, dia que postaria se fosse frequente, não publicarei por conta das provas.

Por favor, podem me mandar opinião sobre o que acharam? Mesmo, sem problemas, falando mal ou bem da fanfic. E quem quiser mandar recomendação que nem as divas da Ney Gremory, Naty, Paradise e hans ficarei super, hiper, ultra, mega feliz também.

Obrigada, beijos e até a próxima.