Pare! Não se aproxime escrita por Apiolho


Capítulo 16
16 - Um telefonema na madrugada


Notas iniciais do capítulo

Hello lindos leitores! *-*

Eu ia postar a tarde ou mais a noitinha de hoje, mas resolvi adiantar por conta de uma belíssima recomendação. Que veio da minha amiga de tempo: hans. Emocionei-me com ela, você sabe. E espero que goste mais e mais da minha fanfic, porque eu adoro quando me presenteiam e me deixam super feliz ao ver isso em minha atualização. QUATRO recomendações, um record, e espero quebrar mais ainda nessa. Muito obrigada.

Quero agradecer também a hans, Senhorita Foxface, Ney Gremory, Rani, Paradise, LuhLerman, Maíza Souza, Melanie Dixon Winchester, gih, Drama Queen, Raene Melo e Sparkly Dark Angel por mandar review, mesmo. Animei-me demais, demais com eles, tanto dos velhos quanto dos novos leitores. São muito importantes para mim.

Não perceberam que ficariam sem a presença do Henry não? Entretanto eu resolvi colocar para que não ficassem com saudades.

Espero que gostem, fiz para vocês.



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Capítulo dezesseis

Um telefonema na madrugada

“A aceitação da dor é o primeiro passo para suportá-la, caso contrário, o pessimismo, a impaciência e a intolerância, poderá transformá-la num fardo além de suas forças.”

(Ivan Teorilang)

Terça-feira, 04 de março.

Estava na sala com a Sophie vendo o filme “Cinderella” pela terceira vez em um mesmo dia, e até as músicas eu já tinha decorado. Não sabia como ela não conseguia enjoar dele, mas eu entendia, porque quando criança incomodava meu pai para que alugasse o mesmo vídeo novamente.

– Por que não namora com ele Méli? É tão lindo, legal, parece um príncipe. – questionou mais uma vez minha meia-irmã de maneira manhosa.

Ficava suspirando em cada palavra dita.

– Como eu posso te explicar... O Henry pode parecer ser o homem mais perfeito do mundo, porém quando tem o que quer some em um passe de mágica. E não podemos nos deixar levar por pessoas assim. Entendeu ? – declarei.

– Igual o mestre dos magos? – questionou em uma careta fofa.

– Isso mesmo. – devolvi.

– Então ele pode aparecer outras vezes não? – parecia curiosa.

– Só para rir por ter feito o que desejava. – comentei.

Eu sabia a fama do Nagel e suas escapadas, sendo que uma delas eu vi com os meus próprios olhos. Aquela cena veio em minha mente com tudo, fazendo-me ficar mais vermelha que um tomate.

– Mas eu quero que o Ry fique contigo! – fez birra, quase chorando.

Na tela estava passando a cena em que a principal deixava os sapatos de cristal na escada. Só que a pequena nem prestava atenção, praticamente se debulhando em lágrimas na minha frente para tentar me convencer.

– Por que está tão chorona assim? – perguntei ao acariciar seu cabelo.

– É que o menino que eu gosto não me quis, e quero que pelo menos você não tenha o mesmo final que o meu. – disse entre soluços.

Parecendo tão adulta e mais experiente que eu falando assim.

– Não se preocupe então por isso, pois não sinto nada por ele para ter meu coração quebrado. E não fique magoada, logo encontrará alguém que corresponda o seu amor. – sussurrei enquanto a abraçava.

– Falou que não ia namorar comigo porque sou muito patricinha. – a voz abafada.

Coitada, tão nova e já sofrendo.

– Se ele não aceitou uma pessoa tão doce e linda como você é porque não te merece. – comentei.

Rapidamente levantou a face e me fitou com os olhos brilhando.

– Sério que me acha fofa e bela? – quis saber.

– Claro que é . – confessei.

Seu sorriso aumentou neste instante, e eu me aproveitando da situação apertei sua bochecha.

– Como a Cinderella? – balbuciou de maneira alegre.

– Você é uma muito linda, até mais do que ela. – confessei.

– Eu sou uma cupido também, e vou juntar vocês dois. – insistiu.

Anotação defeito da meia-irmã: teimosia.

– Onde que aprende tanta coisa em? Posso saber? – falei.

Já que ficou em silêncio comecei a fazer cócegas nela, que gargalhava enquanto se tremelicava toda na tentativa de sair. Seu rosto já estava de um aspecto quase roxo e ela implorava para parar, obedecendo-a ao perceber que começou a tossir.

– F-foi no desenho do Mickey Mouse. – explicou quando recuperou o folego.

Neste instante o vídeo estava acabando.

– Então que tal vermos se tem algo dele na TV? – opinei.

– Só deixa o filme terminar Méli. – revidou enquanto secava as lágrimas.

Tanto causadas pela crise de riso quanto pela tristeza.

– Está bem. – fui convencida.

Quando o castelo se afastou e os créditos começaram a passar eu coloquei em alguma animação que ela gostava, sendo escolhido o do Bob esponja. Já eram 23h45 e notei que a pequena estava sonolenta, por fim acabou adormecendo no sofá.

Não consegui pegá-la por conta das poucas dores ainda sentidas, nos braços, pernas e barriga. Vistoriei o local e notei pipocas espalhadas, e um pouco de brigadeiro no prato que tinha sobrado. Juntei o que estava pelo chão e comecei a comer o doce enquanto lavava a louça.

Deu 0h35 e eu ainda estava beliscando o resto dos alimentos que a Dona Diná tinha feito para mim. Como a torta de frango, que foi empurrada para o estomago com a ajuda do suco de uva. Quando era 1h23 eu me encontrava adiantando algumas atividades escolares.

Depois disso peguei um cobertor felpudo e cobri a minha meia-irmã. E foi neste momento que o telefone soou, fazendo-me correr para que ela não acordasse.

E eu pensava em três hipóteses nesse momento:

a) A Samara só conseguiu me ligar alertando dos sete dias agora por conta da sua vasta lista de vítimas.

b) O padrasto me avisando sobre algo importante.

c) Henry-pegador-Nagel.

Quem disse a primeira opção faça o favor de se tampar bem à noite, porque provavelmente acredita muito em entes de filmes de terror. O segundo não foi com toda a certeza, porque provavelmente neste momento estão fazendo coisas proibidas no quarto. Restando, infelizmente, a última.

– Alô. – comecei.

– Amy... é você? – parecia atordoado e até confuso.

– Foi engano. – disse na esperança de que desligasse.

– É sim, reconheço sua voz. – sussurrou.

“Com quem tá falando?” Uma voz masculina gritou.

– Então por que perguntou idiota? – sem paciência.

– Só para saber o que ia falar. E fiquei triste por ter mentido para mim. – declarou aos risos.

– Qual o motivo de para telefonar para a minha casa a essa hora? – esbravejei.

– É que estão falando que existe formula amor e eu que não. Então resolvi saber o que você entende sobre esse assunto. Tem? – a cada frase estou achando mais que está bêbado.

Deu para ouvir as gargalhadas ao fundo.

– Claro que não. Se é só isso vou desligar. – irritada.

– Mas é que todos ficaram cantando: Ainda encontro a fórmula do amor. Só que até hoje eu tinha certeza que não existia. – disse em um tom rouco.

E pareciam rir mais alto ainda depois de ouvirem isso.

– É uma música do Kid Abelha Henry! – exclamei.

– Sabe que pode haver sim? – contrariou.

– Por que mudou de ideia de repente? – meu cansaço era tão intenso que nem raiva sentia mais.

Escutei passos e um silêncio de minutos se formando.

– É que eu te acho tão fofa que você só pode ter me encantado com algo para pensar isso de ti. – confessou.

– Para de me chamar de meiga, eu não sou deste jeito. E nem bruxa para lançar alguma magia em sua direção, mas se fosse já teria te transformado em um galo. – rebati com rudez.

– É sim, quanto está com sua irmã ou fica distraída se mostra uma pessoa diferente, doce, gentil e generosa. Principalmente quanto está com a loirinha. E eu gosto muito quando se comporta desta maneira, tanto que nem imagina. – praticamente sussurrou em meu ouvido, mas o tom afetado por conta do algo.

– Tchau. – balbuciei pelo susto que sua frase me causou.

– Não fuja... – nem ouvi o resto porque coloquei o aparelho no gancho.

Eu praticamente não dormi depois dessa, ficando rolando pela cama com o Sinistro em minhas mãos. A última frase ficou rondando na minha mente. Ele não é indiferente em relação a mim então? Em que sentido se referia ao dizer a palavra gostar?

Só que estava bêbado quando me disse isso. E ao constatar disso outra coisa pesou: Seria verdadeira a teoria de que quanto estão assim desabafam o que pensam? Ou não?

Certamente adormeci e despertei com isso em mente e passei o dia de ressaca do carnaval com a , minha meia-irmã insistente. Fiz um pudim de leite condensado e lasanha de queijo com presunto picado com suco de guaraná. No final da tarde minha mãe chegou com o namorado.

– Amélia, por acaso você deu muito doce para ela? – rosnou ao ver que a garota parecia elétrica.

– Só uma sobremesa, mas nada de chocolate. – sussurrei.

– Espero que não esteja mentido, se não vai se ver comigo. – rebateu.

– Está bem. – devolvi.

– Se despeça da sua irmã. – berrou.

Fui em direção a ela e a mirei de forma carinhosa, fazendo-a me abraçar de maneira apertada enquanto afagava meu cabelo. Como eu tinha feito no dia anterior quando estava triste.

– Adeus Méli, eu te amo. – disse de forma fofa ao me dar um beijo na bochecha.

– Eu também pequena. – correspondi.

Era tão meiga que não tinha como não ser legal com ela.

– Até amanhã. – falou minha mãe e abriu a porta.

Então foram embora e me deixaram sozinha na residência, com meu sofá, um bolo na geladeira e vários canais para serem apreciados. Mas não, eu preferi ir à academia e continuar meus treinos solitários. No outro dia começaria tudo novamente, aula, trabalho e rotina desanimadora.

Fiz uma janta básica e praticamente me afoguei de tanto beber o resto do suco de melancia. Ao ir para o quarto uma surpresa me esperava, já que a loirinha havia escrito um bilhete para mim em um papel.

“Espero passar mais dias contigo Méli, porque eu amo você e sua comida.

P.S.: Fique com o Ry, por favor.

P.S 2.: Comi o chocolate que estava na sua gaveta.

– Sophie”

Claro que ela escreveu um pouco errado por ter aprendido há poucos anos, entretanto sempre deixava algum recado para mim antes de ir para a sua casa. E fazia isso por saber o quanto me alegrava. Meus pensamentos foram atormentados por esse momento, em que confessou que havia pegado o meu doce, e o que passei na madrugada de terça para quarta.

Feriado um pouco confuso não?


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?

Imagem não é minha e desculpe se tiver algum erro.

Mandem-me comentários opinando sobre o que acharam desse? E quem quiser enviar recomendação como as divas da Ney Gremory, Naty, Paradise e hans fizeram ficarei super, hiper, ultra, mega alegre também. *-*

Beijos e até a próxima.