Pare! Não se aproxime escrita por Apiolho
Notas iniciais do capítulo
Boa tarde lindos leitores! *-*
Queria agradecer a Senhorita Foxface, Ney Gremory, Paradise, Le, hans, Sparkly Dark Angel e Drama Queen. Muito obrigada mesmo, alegrou-me muito seus reviews.
ESTOU NO DÉCIMO CAPÍTULO E TEM MAIS DE CINQUENTA COMENTÁRIOS, OBRIGADA GENTE!
Obrigada também a Senhorita Foxface, Paradise, Naty, hans, Giovana, Greicy, Matheus Voygar, White, Neli, Mme Radioactif e Rafitia por favoritarem a fanfic. E Mme Radioactif, Senhorita Foxface, Ana Bittencourt, Ana Carolina e Srta Grimm por acompanhar a minha história. Não deu de colocar seus nomes antes por conta do tempo, mas agradeço e fico feliz por terem feito isso.
Espero que gostem, fiz para vocês.
Capítulo dez
Uma psicóloga mais louca que a paciente
“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.”
(Fernando Pessoa)
Já era quase uma hora da manhã e eu não conseguia dormir, meu nariz doía e eu tive de tomar um remédio para que ele parasse de me incomodar. Por sorte apaguei pelo resto da noite, só acordando quando o despertador tocou.
Tinha avisado a Dona Diná que iria no psicólogo e só ia chegar perto do meu turno na loja. Para isso tive de arrumar algumas coisas. Em minha mochila tive de colocar:
a) Uniforme do trabalho;
b) Escova de dentes;
c) Creme dental;
d) 2 pacotes de chiclete;
e) Lancheira com dois sanduiches;
f) Dinheiro para o almoço.
O resto foram o que todos tem de levar, cadernos, apostilas e o penal cheio. Novamente eu e minha mãe não nos comunicamos e eu fui mais cedo para ajudar a organizar a biblioteca.
Minha pasta estava pesada, mas eu sabia que era por conta dos itens extras e não um tijolo como na outra semana. Passei pelo corredor e as três me pararam rapidamente.
– Ele foi conversar comigo, mas nem ligou para mim por causa do seu show no terraço. Espero que o convença, senão sofrerá as consequências. – declarou.
Simplesmente me afastei, mesmo com seu protesto, e corri para a sala, sentando ao lado do Henry, que já me esperava do lado da parede.
– Bom dia Amy. – cumprimentou.
Tentei o ignorar, mas logo me virei ao me lembrar do que ocorreu mais cedo. Eu infelizmente teria de tocar no assunto novamente.
– Contaram-me que nem falou direito com a Megan ontem. Você prometeu que ia dar uma chance a ela, espero que hoje cumpra o que disse. – a expressão séria.
– Tenho que cuidar de ti. – respondeu simplesmente.
O que eu fiz para merecer isso?
– Me deixa em paz chiclete! – esbravejei.
Depois disso eu me virei para o lado contrário e fiquei fitando o chão. Não o ouvi porque não queria e fingi estar escutando alguma música, cantarolando-a em um volume quase zero.
– Nagel, vem no quadro responder a terceira questão e pare de ficar secando a Amélia. – berrou o professor.
Eu simplesmente abaixei a minha cabeça e a encostei na mesa. Meu rosto ficou corado por perceber que era a terceira vez que falavam meu nome nessa sala em tom repreendedor em uma semana.
Notei um mexer de cadeira, passos e um afago no meu cabelo. Levantei-me rapidamente e fiquei prestando atenção no que Henry faria. Estava com a apostila na mão e um sorriso presunçoso no rosto. Então acertou com precisão, tão rápido ele fez que eu desconfiei. Acho que estava certa disso.
E foi neste instante que notei que o meu material não se encontrava embaixo da carteira, pois o galã de quinta categoria tinha pegado para resolver a pergunta. Quando voltou, fazendo uma careta para tentar me manipular, só faltei rosnar para ele.
– Obrigado Amélia. – falou ao devolver o livro.
Não acredito que ele pegou algo meu!
– Eu não quero você mexendo nas minhas coisas. – esbravejei.
– Pensei que você fosse mais inteligente. – declarou.
Como assim? Essa frase citada por ele me deixou mesmo intrigada.
– Por que diz isso? – estava curiosa também.
– Os professores passam um relatório para o diretor sobre o nosso contrato, se verem que houve alguma melhora em mim durante esse mês ele te dá o dinheiro, senão o contrato será dado como nulo nesse período. – respondeu.
– O quê? – estava perplexa.
– Acho que tem alguém que não leu o acordo. – em divertimento.
– Não sabia disso, acho que devo ter pulado essa parte. – sussurrei.
Isso foi uma ideia inteligente, e tanto.
– Amy, você não leu e pronto. Pode confessar. – riu.
– Pare de me chamar de Amy, não te dei o direito de me apelidar. E eu li sim, só não prestei muita atenção. – esbravejei.
– Mas Amy é tão lindo! – exclamou.
– Para você é Amélia. – gritei.
Então após isso não escutei mais nada e mal o olhei, querendo entender o que o professor dizia. Já estávamos na outra aula. Logo o intervalo chegou e eu corri para que o Henry não pudesse me seguir. Fui novamente no terraço, entretanto sendo parada pelo segurança.
– Por favor, eu tenho de me esconder. – comecei.
– Não, você vai novamente tentar pular daquele prédio. – me repreendeu.
– Pode ficar comigo se quiser, apenas irei lanchar aqui. – confessei.
Ele parou do meu lado no banco e ficou me cuidando. Peguei um sanduiche e dei o outro para ele, degustando o alimento em silêncio. Apesar de ter cara de mal, parecia ser uma pessoa boa.
– De quem está fugindo? – perguntou, parecendo curioso.
Resolvi depois de um tempo contar. Ele era funcionário e adulto, provavelmente não contaria a ninguém.
– De um garoto. – disse simplesmente.
– Por que? – insistiu.
– É que uma guria quer falar com ele e não quero ficar junto para não atrapalhar. – confessei.
Ele então olhou para o mim e se assustou um pouco.
– E o que ocorreu com seu rosto? – parecia preocupado.
Engoli em seco.
– Cai. – menti.
Então logo o intervalo passou e eu fui de forma discreta, com meu moletom preto e o capuz na cabeça não me perceberam. Abaixei a cabeça e consegui chegar até a minha sala. Sem pegadinhas ou algo a mais escrito, o que me deixou aliviada.
– Amy, onde estava? – questionou Nagel ao chegar, parecia ter corrido até aqui.
– Já disse para não me chamar assim. – limitei.
– Então... onde estava Amélia Ortiz? – repetiu.
– Na biblioteca. E você ficou com a Megan? – estava curiosa.
Dependia de uma resposta positiva.
– Sim, vamos sair hoje à tarde. Está satisfeita com isso? – parecia um pouco irritado.
– Claro. – aliviada demais.
Respondi algumas perguntas dos professoras e o sinal da saída tocou. Fui para a frente da sala de sessão. E fiquei esperando por um tempo
– Boa tarde querida! – gritou.
Estava com um vestido muito curto e uma jaqueta por cima, seu batom estava borrada e sua face cheia de maquiagem. Loira de olhos castanhos.
– Boa tarde. – o meu tom era baixo.
Eram 11h35.
– Desculpa a demora, é que o meu namorado não me deixava vir. Mas qual é o seu problema? Vi que foi indicação da enfermeira. – sussurrou.
– É que dizem que eu tenho tendências suicidas... – comecei a explicar mostrando meus hematomas e o corte.
– Provavelmente é por um menino não? Ele contou a todos que você é mau de cama? – curiosa.
– Não, eu... – fui novamente cortada.
– Então é por que beijou um garoto comprometido e a garota viu e te bateu? – questionou ao apontar para meu rosto.
– Eu não quero me matar, esse é o problema. – esbravejei por falta de paciência.
– Com essa roupa você já parece a morte. Tem que colocar roupas mais coloridas, Amélia. – caçoou.
– Meu look não é o importante aqui! – exclamei.
– Sim, é claro que é. Se quiser te empresto uma mini saia e até posso te maquiar. – rebatei.
– Eu não quero usar nada seu. – sussurrei.
– Você gosta de um garoto então? – perguntou de repente.
– Não, eu odeio os homens e todos dessa escola. – confessei.
– Você por acaso é assexuada ou lésbica? – que mulher louca!
– Eu quero que você me ajude a não apanhar mais, e não ficar colocando mais dúvidas na minha cabeça ou me humilhar ao proferir essas palavras. – respondi.
– Então na próxima sessão falamos sobre isso. Já são 12h20. – sussurrou e me chutou para fora da sala.
Um menino logo entrou e eu vi pela janela que eles começaram a se pegar. Caraca! Essa psicóloga é a mais vadia e pirada que eu já conheci. Ela deveria estar em um manicômio agora. Sai antes que eu novamente visse uma cena de sexo na escola.
Fui para o restaurante perto do meu trabalho e notei que Henry e Megan passavam do lado de fora de mãos dadas. Ele parecia entediado enquanto a outra jogava charme nele e fala sobre algo de maneira animada. Provavelmente sobre a cor de esmalte que estava usando.
Comi em silêncio e pensando no sofrimento do Nagel, deve ser ruim mesmo conviver com alguém fútil como a Queen. Depois de terminar o almoço, dando R$4,30 no total, fui escovar os dentes e ir para a loja de discos. E ao abrir recebi como primeiros clientes os dois pombinhos.
– O que deseja? – sem vontade e olhando para baixo.
– Tem um CD da Anitta? – comentou com desdém.
Fui lá e mostrei o que tinha no estoque e ela o pegou, pagando rapidamente. Quando estavam saindo Henry ficou e pediu para que a outra esperasse lá fora.
– Trabalhq aqui? – perguntou.
Não acredito que nem aqui vou ter paz.
– Não, sou um holograma que se auto-explodira em seis segundos. – ironizei.
– Amélia, esse é o Henry? – Dona Diná.
É agora que eu me lasco.
– Sou eu sim, Senhora. Ela falou de mim? – questionou ao piscar para mim.
– Sim, mas ele é muito mais lindo do que você descreveu querida. – pareceu se divertir com minha situação.
Tragam-me um buraco para eu me enterrar.
– Então você me acha bonito Amy? – perguntou.
Tentei abrir a boca para dizer algo, mas nada saiu.
– Amor, eu quero ir no shopping ainda. – berrou Megan do lado de fora.
E então ele se foi e foi a primeiro que agradeci a minha inimiga por me ajudar, mesmo que indiretamente.
– Ele é perfeito, Amélia. E até já te apelidou, que fofo. – minha chefe.
Anotação – loja de discos: Minha empregadora é uma romântica insaciável.
– Além de estar comprometido, não me importo com ele. – sussurrei em vergonha.
– E então por que está fazendo um gorro para presenteá-lo? – fazendo uma careta.
Pegou-me, nem eu sei o motivo.
– Não está na hora de arrumar a casa não? – mudei de assunto.
Ela parou de perguntar e eu fiquei aliviada. Esse dia foi cheio e muito cansativo. Fui para a casa, ficando feliz pelo Henry não estar me esperando na frente. Podendo então ir à academia, jantar e fazer as atividades em silêncio.
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E ai? O que acharam?
Aguardem: Logo terá POV do Henry.
Por favor, mandem-me reviews com sua opinião e podem até fazer criticas, má ou ruins, não se acanhem. E, claro, quem quiser recomendar minha fanfic será muito bem vinda e ficarei super feliz também. Por favor galeeeera linda. *-*
A imagem não é minha e desculpe se tiver erros de português.
Beijos e obrigada.