*Narração autora ON*

Daniel já estava farto! Seus amigos só sabiam falar daquela floresta boba! Então ele disse para si mesmo: – Cara já to cheio disso, agora mesmo eu vou pra essa florestinha de meia tigela!

Pegou as chaves do carro, e uma lanterna. Saiu rapidamente de casa, pois queria matar a curiosidade... no caminho sentiu que estava sendo observado, mas não ligou... ele achava que aquilo só contribuía ainda mais para “dar um clima”. Chegando lá, pegou a lanterna e começou a explorar o lugar, lá tinha um cheiro podre, que ele não sabia de que era... tava tão ruim que ele pensou: “Floresta do Suicídio, eu hein... isso aqui devia se chamar Esgoto do Suicídio!”

Continuou andando, até que viu um casal no chão, a mulher estava desmaiada, quase morta e agonizando... mas ainda tinha pulso, o homem também agonizava... mas conseguiu falar: – Nós nos amávamos, mas as famílias não aceitaram... então resolvemos morrer juntos... nos ajude, por favor...

Daniel fez que sim com a cabeça, e levou os dois para o carro, que não estava muito longe, acelerou e foi a mais de 100km para o primeiro hospital que encontrou, o casal foi levado para uma sala, cada um numa maca, mas de mãos dadas. Eles realmente se amavam.

Depois...

– E aí doutor, como eles estão?

– Antes me responda: onde você achou essas pessoas?

– Na floresta do suicídio... hã... porque?

– Porque, eles parecem estar mortos há mais de 6 horas...

Daniel ficou confuso, depois entrou em choque. O médico trouxe um copo d’água para ele, e o deixou com uma enfermeira. Ele acabou dormindo no hospital.

No dia seguinte...

Daniel acorda sozinho, ele deduziu que ela saiu para resolver alguma coisa, e então reparou que tinha um bilhete ao seu lado:

“Daniel, obrigado por nos ajudar... morremos, mas morremos juntos, e agora temos a real certeza de que somos almas gêmeas... sei que está assustado, nem nós sabemos direito o que aconteceu,mas gostaríamos de dizer: Obrigado por nos salvar!

Jake e Kelly”

Daniel quase teve um treco nessa hora, mas se deu conta de que estava fora de perigo, e que nunca mais ia ser tão curioso assim. Tudo teve um final feliz mas poderia ter sido ao contrário... guardou o bilhete e foi embora, pensando com um sorriso de orelha a orelha: “Isso sim é amor verdadeiro!”

*Narração autora OFF*