O Décimo Primeiro Portão escrita por Leo Valdez


Capítulo 7
Luto pela primeira vez em um hotel de luxo.


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem do capitulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/479554/chapter/7

Sharon POV
Sabe, quando eu disse que tudo estava calmo demais? Como é? Eu nunca disse isso? Ah que bom, por que se algum dia eu falar que minha vida é calma, pode me internar, eu estou maluca.
O Cara estranho começou a me perseguir pelo hotel. Não se importava se os mortais estavam vendo ou não. Lançava raios de gelo congelando tudo a minha volta, enquanto arrastava Ikaro e Mitchell, ainda inconscientes.
Sabia que algum dia aquele momento iria chegar, e eu NUNCA fui boa com lutas. Quando cheguei ao acampamento, meus irmãos nunca me escolhiam para o jogo da bandeira. Diziam que eu era fraca, sem noção, e ia acabar levando o time adversário a vitória. Mas agora, não era um jogo, era oficialmente, UMA LUTA PELA MINHA VIDA.
Os Mortais já corriam para fora do hotel, tomados pelo pânico, gritando que havia uma nevasca, e o teto do hotel estava furado (?), sinceramente acho que esse povo não pensa antes de falar.
– Não pode fugir de mim, Pablo Ramírez, filho de Quione. – Gritou enquanto eu me escondia em baixo de uma das mesas do restaurante. – Sharon Reinald, filha de Hermes. – Sorriu pronunciando meu nome. – Sabe, querida... – Começou andando calmamente sobre as mesas. – Sempre observei você no acampamento... Nós dois sabemos que você não pode me vencer. – Senti meu sangue ferver de ódio. – Que tal se entregar e me poupar de esforço? Talvez em troca eu poupe sua vida. – Começou a rir.
– Tenho uma ideia melhor. – Saí do meu esconderijo, o encarando com um ódio nos olhos. – Você cala essa boca, e se prepara para morrer. – Peguei uma das facas e saquei contra ele, cortando sua bochecha de leve.
– Sua cretina. – Passou a mão sobre o corte, começando a congelar tudo em sua volta.
Pulei sobre as mesas tentando fugir da camada de gelo que tomava o local. Dando um giro no ar, pousei encima do balcão da cozinha. Eu tinha um plano, mas tinha que atraí-lo para onde queria. Comecei a lançar facas contra ele, enquanto continuava pulando as mesas.
– vem me pegar, picolé de pamonha. – Dei língua e ele perdeu o controle.
Embaixo de meus pés, uma grande estaca de gelo se formou, me deixando presa.
– Acabo a brincadeira, garota. – Pablo bufou. – Assim que o Christian der a ordem, eu quero mata-la com minhas próprias mãos. – Me Encarou com raiva.
– E eu assim, que salvar meus amigos, vou me sentir honrada em lhe dar um belo chute nesse seu traseiro congelado. – Sorri irônica e ele ficou ainda mais furioso.
– Sua... – Antes que ele pudesse fazer algo, dei mais um dos fantásticos saltos que só nós, filhos de Hermes conseguíamos dar, saindo da prisão de gelo.
Mais estacas de gelo cresciam no chão, enquanto eu me esquivava facilmente com minha velocidade. Enquanto corria lançava facas em sua direção. Fechei a porta que dava para o restaurante, pondo uma grande estaca de madeira (peguei ela enquanto corria) para travar a porta.
Não sabia onde ele havia deixado Ikaro e Mitchell. Voltei até meu quarto e calcei meus tênis especiais que meu pai, assim que cheguei ao acampamento, havia me dado e logo avancei com máxima velocidade sobrevoando o lugar.
Se Pablo normal já era um animal, imagina ele com raiva? A Simples alteração nas emoções fazia ele congelar tudo sem ter consciência. Eu desviava das estacas de gelo com mais dificuldade, porém ficava mais veloz a cada segundo. EM um momento de distração, colocando uma tamanha força no pé direito, chutei seu rosto o fazendo chocar-se com tudo na parede.
Antes que ele pudesse revidar, comecei a dar socos múltiplos nele no ar, junto com chutes e giros velozes. Tirando minha adaga do bolso, a lancei sobre seu braço fazendo sangrar.
– Acho que não devia ter me subestimado, picolé de pamonha. – Disse pousando no chão e andando em sua direção. – Agora você vai falar... – Segurei na gola de sua camisa, aproximando mais seu rosto. – Onde estão meus amigos, ou terei prazer em fazer um colar com esses seus dentes.
– Acho que você que me subestimou. – Quando percebi, Pablo tocava meu ombro. Quando olhei para meus pés uma camada de gelo crescia sobre meus pés, estavam presos, em uma camada grossa de gelo, não conseguia tirá-los. – Acho que não pode mais fugir de mim, certo? – Sorriu maldoso.
Transformando sua mão em gelo vivo, socou-me o rosto e tudo que vi foi um sorriso no rosto de Pablo, enquanto caía no chão, perdendo a consciência.
– Desculpe... Amigos... – E caí desmaiada.
Tiago POV
– EU AINDA TO COM FOME! – Gritou Bella enquanto Derek e eu havíamos acabado de cravar um espada no coração da Hydra, a fazendo virar pó. – Se eu não comer , eu viro bicho.
– Não da pra virar uma coisa que você já é, né Bella? – Brincou Derek e eu ri.
– Vamos acalmar os ânimos pessoal. – Falei meio hesitante vendo o clima nada amigável entre os dois.
– Escuta aqui garoto bonito. – Bella apontou o dedo para Derek. – Não brinca comigo se não eu te transformo em vinho tinto e vendo pra uma velhas argentinas alcóolatras, capiche? – Falou e Derek sorriu de canto.
– Ah, então me acha bonito? – Sorriu malicioso e Bella urrou.
–Ah, mas eu vou agora mesmo te dar uns tabefes.
Derek e Bella começaram a se encarar com um olhar nada simpático.
– Energia Positiva. – Pronunciei e encarei Bella com um sorriso de orelha a orelha. – Vamos ficar felizes, felicidade.
Bella falou quase que grogue.
– Sim. Como a vida é feliz! – Começou a dar pulinhos batendo palmas. – Vamos amiguinhos, vamos pular e cantar a amizade! Lá lá lá lá lá... – E saiu dando pulinhos para fora do restaurante.
– Olha, eu sei que a Bella é tudo menos normal, mas isso é estranho até pra ela. – Derek apontou para Bellatriz abraçando uma velha, que a atacou com a bengala e saiu resmungando algo como “Esses Hippies”. – O que você fez?
– Isso é um poder dos filhos de Nêmesis. – Contei meio sem graça, não gostava de usar meus poderes com meus amigos.
– Vocês também usam charme? – Perguntou e eu fiz que não com a cabeça.
– Não, nós podemos alterar as emoções das pessoas. – Olhei para Bella que agora dançava num poste. – mas o efeito é meio exagerado. – Sorri sem graça.
– Ta maluco? Consegue fazer ela dançar com um poste? Por Favor, eu te imploro, faz isso mais vezes. – Eu ri também do jeito de Derek. – Acho melhor irmos, temos que encontrar um lugar para ficar.
Eu e Derek começamos a andar pelas ruas de Scotland. Olhei para o céu e várias nuvens negras começaram a espalhar-se pelo céu.
– Parece que vai... – Quando esperava uma chuva forte, pequenos flocos de neve começaram a cair do céu. – Nevar. – Olhei para Bella que dançava enquanto abraçava todo mundo que passava pela calçada.
– Tenho um mal pressentimento sobre isso. – Admitiu Derek, olhando para cima. – Acho que temos que sair daqui. – Assenti vendo o olhar preocupado dele.
– Mas... sem nossos amigos? – Falei assustado. – Não podemos... – Olhei para frente e agora Bella tirava uma foto com um mendigo. – Acho bom tirar o efeito...
– Tirar? Eu tava pensando em aumentar um pouco mais! – Falou o filho de Apolo e eu ri alto. – Sabe Tiago, pra um filho da Deusa da Vingança até que você tem um astral bem pra cima. – Observou e eu encarei o chão.
– Eu apenas acho que sorrir é melhor que chorar. – Sorri forçado. – Esse é meu lema.
Sentimos o chão tremer embaixo dos nossos pés. Bella acabou caindo no papelão que o mendigo (que ela havia tirado foto e até postado no Instagram) dormia.
– Não mande monstros fazerem trabalho de semideuses. – Uma voz masculina e nada confortante sussurrou em meus ouvidos. – Derek Phillips, Tiago Garcia e Bellatriz Black. – Um Garoto de mais ou menos a minha idade surgiu em minha frente. – Sou Nathan Benk, filho de Quione, peço que me acompanhem, por favor. – Nos saudou de forma educada. –
– E se não fizermos isso? – Perguntou Derek levantando e sacando seu arco e flecha.
– Receio que terei que leva-los a força. – Sorriu de canto e a neve começou a cair com mais fúria do céu. Olhei preocupado para Bellatriz que cantava os sucessos das bandas de jazz com o seu amigo mendigo.
– Tonight! We are Young! – Os Dois cantavam abraçados.
– Tiago, acho que está na hora de cancelar esse efeito. – Gritou Derek apontando a flecha para Nathan. – Vamos precisar da ajuda dela. – Admitiu mirando no inimigo.
– Ok. – Tentei chegar perto dela, mas Nathan ficou em minha frente.
– Sinto muito meu caro, mas receio que não será possível. – Disse educado. – Seria injustiça três contra um. – Sorriu de canto.
– Derek!- Gritei. Desviando da flecha que ia em direção a Nathan, que a pegou com a mão e a quebrou. – Presumo que seja minha vez. – Senti um vento congelante passar por minha pele, atingindo Bella em cheio que se tornou uma grande semideusa congelada. – Faltam dois.
Nathan tentou me congelar, mas consegui desviar, e acabou congelando uma mulher q passava por ali. Comecei a correr enquanto Nathan tentava me atingir com seus raios congelantes.
– Tiago! Faz alguma coisa! Luta! – Gritou Derek lançando outra flecha, o que não foi muito útil.
– Eu não posso! – Gritei desviando de mais um raio de gelo.
– E por que não?! - Perguntou Derek, escalando o cano de uma das casas e atirando do teto.
– Você não entende, eu não posso!
Derek bufou.
Usando minha telepatia consegui me comunicar com Derek, sempre desviando dos lindos raios de gelo. Em menos de dez minutos a praça principal de Scotland parecia uma grande escultura de gelo.
“Por que não usa seu poder de luz?” – Perguntei a Derek.
“Só consigo quando o sol está em seu auge no céu.” – Contou e fiquei pensativo.
Não tinha escolha, tinha que usar meus poderes para atacar. Corri na direção de Nathan que congelava tudo ao seu redor. Ele suava com esforço, porém as gotas de suor acabavam se congelando no caminho, crescendo pequenos cacos de gelo em sua pele.
Se Derek conseguiria ficar mais forte com o Sol, eu poderia cuidar disso. Fechei meus olhos com força para ativar meu poder, quando os abri, estava vermelho sangue. Nathan lançava cacos de gelo em mim e eu apenas os batia com a mão, os tirando de meu caminho.
Comecei a me aproximar mais e mais, Derek estava em choque. Nathan começou a se desesperar, e garras de gelo começaram a agarrar meus pés, e iam quebrando a medida que eu puxava meus pés.
– Sou um filho de Nêmesis. – Falei olhando para Nathan que parecia ter sido petrificado com meu olhar. – Não tolero injustiças. – Nathan caiu no chão, morto de medo. – A Vingança é um prato que se come frio. – O fiz olhar em volta. – E você caprichou na parte do “frio”. – A Face de Nathan começou a envelhecer com o medo. – Equilíbrio Divino. – Ergui as mãos para o céu e as nuvens foram se dissipando totalmente até sobrar apenas o céu azul e o sol brilhando como nunca. – Derek, ATAQUE!
– Flecha Meteoro! – Fazendo o arco e flecha brilhar como a luz do sol, o filho de Apolo lançou a flecha atingindo em cheio o peito de Nathan e logo um meteoro gigante caiu sobre Nathan.
Acabando com Nathan, meus olhos tornaram-se verdes novamente. Olhei para Derek, seus olhos estavam vermelhos, eu o estava controlando, havia perdido o controle de novo. Havia matado mais uma pessoa.
– Não... – Olhei para baixo, o sangue de Nathan escorria pelo chão. – De novo, não... – Me ajoelhei em pânico. Derek havia sido controlado, então caiu desmaiado. Pelo menos não se lembraria de nada, eles nunca lembram.
– Estou tão orgulhosa! – Uma voz feminina atrás de mim me fez tremer a espinha.
Uma Mulher de longos cabelos negros e olho de cor vermelho sangue, caminhava sobre os mortais desacordados pela queda do Meteoro. Havia estacionado sua moto ali perto, e andava com seu moletom preto justo. Os Lábios com um batom vermelho forte, que combinava com os olhos. E nos pés, as clássicas botas pretas.
– Mãe. – Falei o nome a vendo dar um aceno com a mão direita.
– Eu mesma. Como vai o meu filhinho lindo? – Percebi um tom de sarcasmo em seus lábios.
– Foi você não foi? – Apertei meus punhos. – Você estava me controlando.
– Ah não, tenho coisas melhores pra fazer. – Riu, sentando-se sobre o banco da praça (congelado) cruzando as pernas. – Você fez isso por conta própria. Você é um vingador Tiago. Não importa o quanto lute, não fugirá do seu destino.
– O que você quer? – Perguntei gritando.
– Apenas dar um aviso. – Jogou os cabelos para trás. – Eu sempre fico do lado do vencedor. – Encarei o chão com ódio. – E como meu filho. – Pegou de leve e meu rosto me fazendo encara-la. – Você irá trair seus amigos, e juntar-se as tropas de Quione.
– Você só pode estar sonhando se acha que vou fazer isso. – Nêmesis pareceu surpresa por um segundo.
– Você é meu filho, é um vingador. – Disse com fúria na voz. – Irá me vingar, pelo que o conselho dos treze fez comigo.
– Sou seu filho não seu escravo. – Comecei a andar em direção a avenida principal.
– Não lute contra o destino, Tiago. Um dia, irá trair os seus amigos, irá decepcionar aqueles que mais ama. – Gritou enquanto eu parava para ouvi-la, porém sem me virar. – Você é um vingador.
Saí correndo o mais rápido que podia. Nunca suportei minha mãe, ela nunca se importou comigo, nem com meus irmãos. Para ela, éramos apenas servos que tínhamos que fazer o que ela mandasse. Nêmesis era a mais desprezível dos Deuses.
Estava andando calmamente quando senti algo bater em minha cabeça e acabei perdendo a consciência...
Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

comentem.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Décimo Primeiro Portão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.