O Décimo Primeiro Portão escrita por Leo Valdez


Capítulo 6
O Castelo de Éolo, o Deus do Vento


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



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POV Jessica
O que eu fiz? O que fiz para merecer isso meus Deuses!? Beleza que eu coloquei fogo uma vez na casa de Afrodite. Ta certo... Duas. Ta beleza que eu coloquei sal no café do meu irmão umas quinhentas vezes e uma cobra de plástico embaixo do lençol, mas eu não mereço aturar tudo isso! A dorminhoca filha de Hipnos, que ainda não decorei o nome, sumiu! Podia estar comendo um belo hambúrguer com fritas ao invés de procurar um ser que deve estar dormindo em um banco de praça ou encantada com uma loja de colchões! E nem é a melhor parte, a melhor é que tenho que procurar com o "senhor filho da Deusa da sabedoria" e blá blá blá. Ele é ridículo! Fica dando uma de "sei a resposta para tudo", mas não sabe a resposta para "onde está a filha de Hipnos!". Bem que ele podia saber a resposta de algo útil.
Bufei.
–Porque não para com isso?
–Parar com o que, Gustav!? -Perguntei já claramente irritada.
–De ficar bufando aí que nem um búfalo morrendo.
–Ah! Claro! Qual o problema!? Você e sua sabedoria criaram uma lei que me proíbe de bufar, é isso?
–Não sua petulante! Só acho extremamente desnecessário fazer ruídos desagradáveis com a boca se temos uma missão importante a cumprir.
–E o que isso me impede!? To procurando a semideusa não estou!?
–Não, não está! Ela está procurando Brandon!?
Brandon olhava no décimo quinto banco de praça desde que começamos a procurar. Ele levantou a cabeça para responder.
–Não, ela não está procurando.
–Há! -Disse vitorioso.
–Como é que é!?
–Mas você também não está procurando Gustav. Nenhum dos dois está. Ficam aí brincando feito crianças.
–Ele me tira do sério, Brandon! Fala sério? Você não o acha irritante!?
–Muito!
–Ei!
–Há! -Sorri.
–Mas não irritante o suficiente para atrapalhar nosso trabalho de procurar a Emi. Ignore-o.
–Como? Se ele fica aí com essa cara irritante me irritando bem aqui ao lado!?
–E como posso ignorá-la se só a cara dela me tira do sério?
–Não olhe para ela. -Disse Brandon cansado. Não era a primeira, muito menos a segunda, vez que ele apartava uma briga nossa no mesmo minuto.
Bufei. Apressei o passo e passei de Gustav Green para ficar o mais longe possível desse ser irritante. Não faço ideia do porque deu não gostar dele, só sei que o odeio. Na primeira vez que o vi, assim que o acampamento foi posto abaixo, o achei um galã. Lindo. Com o cabelo preto e pele clara. Cheguei a suspirar. Mas depois... Me subiu uma raiva dele. "Eu sei a resposta disso" ou então "eu tenho um plano!" ou ainda "vamos fazer do meu jeito, minha sabedoria nos guiará!" E blá blá blá. Raiva. Só o que tenho agora.
–Tem alguma loja de colchão por aqui por perto? -Perguntei.
–Tu jura que a gente sabe. Claro, porque a gente vem sempre em Scotland! -Disse sarcástico o Green.
–Só perguntei ta? Não custa nada seu arrogante!
–Olha, chega! Estou de saco cheio de vocês! Não consigo dar dois passos sem ouvir vocês se atacando! Qual é?
–Ela começou.
–EU comecei? VOCÊ começou!
–CHEGA! Eu vou ter um treco se continuar mais dois segundos com vocês.
–O que vai fazer Brandon? -Ele foi andando sem olhar para trás. -Brandon! Brandon Walker! Volta aqui! -Gritei.
–Não! Só quando aparem de serem ridículos um com o outro. Vou achar a Emi e trazê-la de volta. Com ou sem vocês. -Brandon foi se afastando sem olhar para trás.
–Viu o que você fez?
Senti meu rosto arder de raiva. Quem ele pensa que é para ME culpar? Virei lentamente e ele estava com uma pose de machão que só me fez ficar com mais raiva ainda.
–Como é que é? -Disse devagar.
–Você ouviu. Não está surda espero. A culpa foi SUA.
–MINHA culpa!?
–É.
–Ora seu...! -Pulei no pescoço dele e comecei a apertar. -Repete isso! Quero ver se tem coragem!
Ele tentava segurar meu pulsos mas eles estavam bem fechados em sua bela garganta. Num giro, Gustav ficou por cima de mim e conseguiu segurar meus braços acima da cabeça.
–Coragem? -Disse ofegante jogando o cabelo para trás para que saísse dos seus olhos. -A culpa foi SUA.
Senti o peso de Gustav em cima de mim e o ar deixando meus pulmões. Fechei os olhos tentando colocar o restante da minha força para tirá-lo de cima de mim, então senti o peso cedendo.
–Eu fico fora... Alguns minutos e... Vocês se matam!? -Abri os olhos e vi Brandon segurando Gustav longe de mim.
Tossi e respirei fundo tentando recuperar o ar que me foi tomado. Gustav masageava o pescoço onde havia marcas dos meus dedos onde o havia sufocado.
–Ela me atacou! Me sufocou!
–Ele quase me mata sem ar... Cof Cof Cof -Tentei rebater.
–É o seguinte, isso se faz com crianças birrentas, mas parece que esse é o caso.
–Que é? Vai nos por de castigo!? -Perguntou Gustav.
–Mais ou menos. Você senta aqui. -Disse sentando o Green perto de onde eu estava. -E você... Senta bem aqui. -Disse me arrastando para que sentasse de frente para o Gustav, esse cruzou os braços.
–Que é? Vai me fazer ficar olhando para ELA?
–Acertou.
–Como é!?-Quase gritei.
–Vocês vão ficar sentados aí e persir desculpas um ao outro.
–Só isso? -Disse Gustav. -Desculpa. Posso ir agora!?
–Não é assim! Peça desculpa olhando para ela e diga algo que gosta nela. -Soltei um risinho. -Isso serve para você também mocinha. -Fechei a cara e Gustav sorriu.
Fiquei olhando para outro canto qualquer e encarando uma borboleta que passava por ali por perto e a vi sentar em uma flor amarela.
–Desculpe, Jessica.
–O que? -Perguntei.
–Desculpe ter... Te culpado e ter xingado você algumas vezes. -Ele olhou para Brandon e o mesmo sorriu aprovando.
–Tudo bem... Desculpe, Gustav, por ter estrangulado você.
–Muito bem. -Bateu palmas o filho de Ares. -Agora os elogios.
–Não podemos pular essa parte!?
–Agora Gustav!
–Ta bom! Primeiro as damas...
–Tosco... -Brandon me olhou censurando-me. -Os olhos.
–O que tem os olhos dele, Jessica. Tem que falar o porque e olhando para ele.
–Os olhos, porque... -Olhei para ele. -Porque me prendem.
–Como assim... Meus olhos te prendem!?
–Eu também não sei... Só... Eu não paro de olhar para eles, me alucinam. Sua vez. -Disse ajeitando o cabelo tentando inutilmente esconder o rubor na bochecha.
–O que eu gosto em você...? A boca. É... A boca.
–Minha... Boca!?
–É. Não me faça dizer o porque...
–Eu disse o porque dos olhos. Quero saber. Porque minha boca?
–Porque... Argh! Porque... São irresistíveis. Isso mesmo. Pronto falei!
–Viram!? Não é tão difícil assim se aturarem! Agora levantem! Vamos procurar a Emi.
Levantei pensando nas palavras do Gustav. Não. Eu o odeio. Isso não vai mudar.
–Só pelo que dissemos a pouco. Não quer dizer que eu te odeie menos.
–O mesmo para mim. Continuo te achando irritante.
–Você que é petulante!
–Dissimulada!
–Atrevido!
–Burra!
–Sabichão!
–Reprimida!
–Esnobe!
–DRAGÃO! -Gritou Brandon.
–É! Dragão! Dragão!?!?
Olhamos para cima e vimos as assas negras e uma mulher montada nele.
–Semideuses! Acho que vocês terão que vir comigo.
–Não mesmo!
O filho de Ares sacou a espada e tentou golpear o monstro voador, porém o bicho foi mais rápido e, com a cauda, golpeou o tórax de Brandon o arremedando contra uma árvore o deixando desacordado.
–Terão que vir comigo por bem... Ou por mal. Seu amiguinho ali escolheu o lado mais difícil...
POV Lucy

Andávamos em silêncio, mas eu não sabia ficar um minuto sem vê-lo. Eu e Kenon estávamos encarregados de falar com meu pai, Éolo, portanto, seguíamos rumo a montanha mais alta de Scotland para saber informações sobre o desaparecimento de todos aqueles Deuses. Eu e Kenon... Aqueles olhos me deixam tonta! E aquele boca... Sou apaixonada por Kenon Foster desde sempre. Chegamos mais ou menos juntos e eu já caia por ele. As minhas irmãs dizem que é normal uma garota se apaixonar pelos filhos de Apolo, a beleza deles alucina qualquer uma, porém, todas que começam gostando deles, param depois de um tempo, eu não, eu continuo gostando dele.
–Olha Lucy! Maçãs!
–Onde?
–Ali olha! Mais em cima da montanha. -Segui seu dedo e vi uma macieira carregada, senti água na boca.
–Que tal uma paradinha? -Sugeriu.
–Não podemos... Temos que ir até meu pai.
–Tudo bem... Mas antes, vamos colher algumas e ir comendo no caminho.
–Kenon! -Ri.
–Só estou com fome, vem! -Ele pegou minha mão e me guiou até a macieira.
–Eu subo!
Aproximei-me da árvore e comecei a escala-la. Já estava a alguns metros do chão quando olhei para baixo e não vi Kenon em lugar algum.
–Kenon! Kenon! -Gritei. -Kenon Foxter! Onde você está? Kenon!
Comecei a ficar preocupada e comecei a descer. Já estava ficando nervosa com as possibilidades dele ter sido capturado ou... Morto. Desci já nervosa e acabei pondo meu pé de mal jeito e escorreguei.
–Aaaaaah!
–Te peguei!
Eu não havia caído. Senti braços ao redor de mim e não ousei abrir os olhos.
–Abre os olhos Lucy.
–Não!
–Lucy...
–Não! E se for uma medusa e me transformar em pedra!?
–Sou só eu.
–Não pode ser o Kenon. Ele tinha sumido. -Disse confiante.
–Apareci.
Abri os olhos lentamente e encarei os olhos azuis de Kenon. Abaixei um pouco o olhos e vi sua boca em um sorriso triunfante.
–Kenon! É você mesmo! -Agarrei seu pescoço num abraço e senti seu aroma inebriante entrar por minhas narinas. Ele ficou tenso, peguei-o de surpresa. -Onde você estava!? Eu fiquei com medo. -Admite o encarando.
–Eu vi uma lebre ali nos arbustos aí eu fui dar uma olhada. Lembrei que nunca tinha visto uma lebre de perto. -Sorriu.
–VOCÊ ME DEIXOU SOZINHA PARA VER UMA... Pêra, você disse lebre!?
–Uhum.
–Onde!? Eu quero ver também!- Pulei dos seus braços e ele mostrou os arbustos à nossa esquerda.- Vem! Onde você viu?
–Ele é tão lindo Lucy, você aí adorar! Vamos!
Corremos mata adentro e no caminho Kenon deu um pulo e pegou uma maçã, dando-a para mim em seguida. Corei com o ato.
–Lá está ela! -Vi os pelos brancos e o rabinho felpudo correndo para o norte. -Está fugindo!
–Vamos! -Ele me puxou encorajando-me a correr para alcançar a lebre.
–Kenon! -Vi uma casa por cima das árvores e nós corríamos com tudo para cima dela. -Kenon! Achamos! Achamos a casa do meu... Aii! -Bati a cabeça em um vidro e cai de bunda no chão.
–Lucy, você está bem!?
–E-Estou. Eu acho...
–Ah... Ufa! Pensei que sua cabeça fosse rachar com a força que você bateu na porta! -Começou a gargalhar de mim enquanto eu tentava levantar.
–Ta certo! Chega! -Dei uma olhada ao redor. -Parece que chegamos na casa do meu pai. -Sorri.
–Falta só achá-lo. Será que aqui tem um quarto com brinquedos!? -Disse entrando na grande casa.
Quando a porta de vidro se abriu, um vento gelado carregado de neve nos atingiu. Olhei para cima abraçando meu corpo e vi que nevava do teto, porém não havia nuvens. Havia bonecos de neve e um forte de cada lado, no canto do aposento havia escrito "Aposento de inverno" e um armário com roupas de frio pendiam abaixo.
–Está pensando o mesmo que eu!? -Perguntei.
–Guerra de bolas de neve! -Ele gritou.
Corremos rindo na direção das roupas de frio e as vestimos. Fui para o forte com a bandeirola vermelha e Kenon com o forte azul. Peguei várias bolas de neve e quando levantei para ver onde ele estava recebi uma bola na cara! Dei uma cambalhota para trás cuspindo neve e ouvindo as risadas do meu rival. Levantei depressa e arremessei quantas bolas consegui e parei para olhar o que havia conseguido. Kenon estava com o corpo coberto de bolas de neve e não se via seus pés. Comecei a rir desesperadamente. Ele levantou e lançou mais bolas e eu também. Minha munição acabou, então eu corri.
–Você não pode fugir de mim!
–Claro que eu posso! -Ri desviando das bolas que ele lançava.
Perto de uma porta amarela havia um pinheiro, então resolvi me esconder ali. Respirei fundo e coloquei o rosto para fora do tronco para olhar ao redor. Não o vi. Franzi as sobrancelhas.
–Onde ele está...?
–Bem aqui!
Senti braços me levantando pela cintura e uma risada que eu sabia pertencer a Kenon. Ele me jogou no chão e rolamos para perto da porta amarela. Tentei me desvencilhar de seus braços e correr, nessa hora a porta amarela abriu e ambos olhamos seu interior. Havia uma placa escrito "Aposento de verão".
Kenon levantou de cima de mim me possibilitando levantar. Limpei a neve do casaco e o tirei jogando-o em qualquer lugar ali perto, vi o casaco de Kenon seguir o meu e entramos no aposento seguinte. Pisamos na areia fofa e vimos um "mar" à esquerda e coqueiros à direita. As ondas do mar batiam na areia fazendo um som maravilhoso. Eu nunca havia visto o mar. Deve ser algo bem parecido com isso.
–Será que é de verdade!? -Perguntei olhando Kenon que olhava tudo abobadado.
–Não sei... Vamos descobrir.
Ele chegou perto das ondas, retirou os sapatos e entrou. A água bateu em se corpo molhando sua blusa branca a deixando colada em seu corpo. Ele jogou água nos cabelos loiros e me olhou. Eu o olhava com cara de boba apaixonada e não me importo.
–Parece bem real para mim. -Riu. -Vem.
–Entrar aí!? Mas eu não sei nadar...
–Claro. Vem pra cá comigo. Eu não vou deixar você se afogar. Prometo.
Sorri e tirei os sapatos indo em sua direção. Ele riu vendo-me aproximar-me dele. Entrei devagar e senti as ondas quebrarem em minhas pernas e brisa balançar meus cabelos, olhei para cima e havia um candelabro de luz que imitava o sol. A temperatura ali era igual a uma praia deserta nos trópicos. Kenon jogou água em mim tirando-me de meus devaneios.
–Ei!
–Vice não olha para mim! Está olhado agora? -Fiz que sim com a caneça.-Certo. Fiu Fiu!
–Mas o que!? -Ri.
–Você está linda se é que não ficou claro com os assobios.-Ele riu e bagunçou o cabelo. Senti meu rosto quente e ajeitei o cabelo.
–O-Obrigada. -Sorri.
Kenon saiu da água e sentou na areia. Sai atrás dele e sentei-me ao seu lado.
–O que a gente veio fazer aqui mesmo? -Perguntou olhando-me nos olhos. O ar dos meus pulmões foram embora.
–N-Não lembro... Viemos resolver alguma coisa com o meu pai... Ou algo assim.
–Acho que pode esperar...
Kenon chegou mais perto e colocou uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha, pegando no meu rosto em seguida e trazendo para mais perto do dele. Fechei os olhos.
–Intrusos! Como isso é possível!?
Kenon levantou depressa e me puxou para que levantasse também. Vimos o Deus Éolo parado em frente a uma porta marrom.
–Oi? -Tentou Kenon.
–Oi o que garoto!? Como chegaram aqui? Como viram esse lugar!?
–Pai... Sou eu... Lucy Wendill.
–Lucy? -Ele chegou mais perto de mim. Sorriu e me abraçou. -Lucy! A quanto anos! Como você cresceu querida! -Sorri. Era bom conhecer finalmente meu pai. Notei que meus olhos eram iguais aos dele assim como a cor do meu cabelo. -O que veio fazer aqui?
–Viemos pedir ajuda papai. O acampamento foi atacado e transformado em um campo de concentração de semideuses. -Disse triste.
–Fiquei sabendo. Soube também que uma de minhas ninfas abriu o bico para um filho de Afrodite. Pode explicar isso garoto?
–Senhor... É que nós...
–Nós precisamos de ajuda pai. Não importa os meios que usamos para chegar aqui, o que importa ê que precisamos de ajuda.
Ele pareceu pensar um pouco e acenou para que o seguíssemos. Passamos pelos Aposentos de Outono e Primavera que eram os próximos. Eu e Kenon fizemos o trajeto em silêncio mas notei um sorriso nos lábios de Kenon Foxter.
Chegamos a uma parte da casa onde o teto estava com uma cúpula aberta em círculo. Meu pai perto uns botões e uma luz nos fez levitar. Segurei a mão de Kenon por instinto e o vi sorrir para mim apertando minha mão na dele. Chegamos ao segundo andar, era uma sala aconchegante com várias TVs que Passavam canais diferentes em cada uma.
–Então... O que querem de mim, filha e filho de Apolo?
–Queremos saber como salvar o Olimpo, como libertar os Deuses. -Disse Kenon.
–Porque eu ajudaria? Os "grandes" sabem cuidar do próprio nariz. -Disse sentando em um trono esquisito.
–Mas pai... Eles precisam de ajuda. Sabemos que foram trancafiados em outra dimensão. Nada mais. Precisamos salvá-los! Você não entende...? -Supliquei.
Ele me olhou de cima a baixo e coçou o queixo pensativo. Chamou uma aura e pediu um copo de suco de limão. Quando ela trouxe ele bebericou o suco e voltou a nos olhar.
–Existem 12 portões, que foram criados para poder ter acesso a essas dimensões. Crio que os Deuses foram trancafiados no Portão 11, que é guardado por Deméter. Porém já soube que ela também foi capturada. Os únicos com acesso ao Décimo Primeiro Portão é Deméter ou algum de seus descendentes.
–Por isso querem o Ikaro... -Presumiu o filho de Apolo.
–Onde ficam esses 12 Portões?
–Não sei. -Deu de ombros.
–Como não sabe!? -Irritou-se Kenon. -Você nos diz isso tudo e não sabe onde fica!?
–Nunca me disseram e eu também nunca perguntei. Agora vão. Seus amigos precisam de ajuda.
–Ajuda!? -Perguntei cautelosa.
–Parece que vocês não sabem ser discretos nem se infiltrar com os mortais. Tem uma coisa... Grande, trás deles.
–Pai, ajude-os!
–Não. Essa briga não é minha filha. Lamento. Espero que se torne a carteira que tanto almeja e venha juntar-se a mim.
–Como sabe que eu...
–EU sou Éolo! Eu sei de tudo! Agora vão!
Acenei e acompanhei Kenon até a saída da casa de meu pai. Andamos em silêncio descendo o monte. Estava preocupada com nossos amigos. Principalmente com Ikaro, ele é a peça mais importante desse jogo.
–Cuidado! -Meu corpo foi arremessado para o lado por Kenon e vi uma bola de fogo atingí-lo nas costelas.
–Kenon! Não! Kenon! -Corri até ele e coloquei sua cabeça inerte em cima da minha coxa. Ele sangrava onde a bola de fogo o havia atingido. Procurei a origem do disparo e a vi. -Samantha Parker! -Cuspi o nome.
–Eu mesma queridinha. Agora vocês vem comigo semideuses imundos!

Continua...


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Notas finais do capítulo

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