O Décimo Primeiro Portão escrita por Leo Valdez


Capítulo 5
A Arte do Teleporte


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



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Ikaro POV

Tive que lutar contra toda a minha timidez pra responder aquela pergunta. Mitchell acabou fazendo um ótimo trabalho arrancando a informação das ninfas. Agora estamos tentando resolver outro problema, como atravessar o país até chegar ao Arizona?
– Então senhor sabichão encontramos mais um problema... – Resmungou Jéssica em pé com as mãos na cintura. – Não sei se percebeu mas não vamos conseguir ir até o Arizona a pé!
– Dá pra calar a boca e me deixar pensar! – Gritou Gustav ficando irritado.
– Se tentarmos ir até a estrada pegar um ônibus, com certeza alguém irá perceber. – Avisou Brandon. – Ou seja...
– Pegar algum transporte mortal vai ser um suicídio. – Emi completou o pensamento do filho de Ares.
– Mitchell poderia atrair um piloto de avião pra cá. – Sugeriu embora eu achasse aquela uma ideia muito imbecil.
– Ele está muito fraco, usou toda sua energia para atrair as ninfas. Por serem criaturas mágicas, requerem muito mais energia. – Explicou Jéssica e vi Mitchell sendo levantado por Bella e Derek, ele estava exausto.
– Ótimo, voltamos a estaca zero! – Ironizou Kenon erguendo os braços sem muita animação.
Todos nós ficamos calados, não tínhamos ideia de como chegaríamos até o estado do Arizona, nenhuma de nossas habilidades serviria para chegarmos até lá.
– Eu sei como chegaremos até lá. – Sharon se pronunciou. Não conseguia escutar muito do que ela dizia, acabava me desconcentrando olhando para o rosto perfeito dela. Puxei o capuz do casaco para cima e me distanciei mais dos outros.
– Como?- Perguntou Gustav curioso.
Sharon ficou com o olhar distante, parecia estar se lembrando de algo que não a trazia boas lembranças. Jéssica pôs a mão em se ombro, tentando consolá-la.
– EU sou uma filha de Hermes, Deus dos Carteiros. – Contou Sharon, um coisa de que todos sabíamos.- Mas eu sou diferente dos outros... – Revelou.
– Como assim? – Perguntou Kenon.
– Os Filhos de Hermes são os mais velozes entre os semideuses. Com uma dose certa de treinamento, conseguem correr tão depressa que deixam o tempo mais lento. – Explicou. – Assim, com o tempo parado, podem se locomover até onde querem... E quando o tempo começa a passar novamente, da a entender que eles fazem um teleporte, mas não é o caso. Apenas paramos o tempo por umas frações de minuto. – Revelou e todos ficaram confusos.
– Isso é muito legal Sharon, sério mesmo, mas diz aí o que isso tem a ver? – Questionou Tiago.
– Eu consigo fazer isso, mas eu não paro o tempo. – Gustav aproximou-se mais, acho que já devia ter matado a charada. – Eu realmente consigo me tele transportar, não deixo o tempo parado, eu me tele transporto de verdade.
Todos ali ficaram chocados. Bella parou de beber seu vinho e encarou o chão. Mitchell levantou-se da pedra em que estava sentado e começou a encarar o horizonte. Lucy chegou perto da amiga e a abraçou.
– Quando eu vim para o acampamento... Minha mãe quis me levar... – Sua voz era chorosa. – Mas estávamos sendo perseguidos por monstros e eu a convenci a deixar que eu nos tele portasse. – Já derramava lágrimas e Lucy a abraçou mais forte. – Eu cheguei ao acampamento, mas...
– Sua Mãe... Você não sabe onde ela foi parar, é isso? – Perguntou Gustav e Sharon assentiu.
– Eu não... Quero passar por tudo aquilo novamente. – Admitiu aos prantos. – Não quero mandar algum de vocês para o lugar errado...
– Se acalma. – Bella a encarou com um olhar sério mas mesmo assim compreensivo. – Você era pequena, não teve culpa... Olha pra mim. – Bella pegou em seu rosto e todos observavam sem dar uma palavra. – Todos nós estamos pondo nossos poderes a prova aqui.
– Conseguimos fazer coisas que não acreditávamos que conseguiríamos fazer. – Completou Mitchell. – Meu medo na hora em que falei com as ninfas era enorme, tinha medo de não conseguir... – Segurou nas mãos dela e ela a olhou com os olhos marejados, me deu uma vontade de ir até lá e tentar falar algo, mas só em pensar já sentia meu rosto esquentando. – Chegou a hora de mostrarmos o que sabemos.
– Você vai conseguir. EU sei que vai. – Gustav sorriu e Sharon olhou em volta. Todos sorriam para ela e eu venci minha timidez e fiz que sim com a cabeça.
– Vocês... Confiam realmente em mim? – Perguntou enxugando as lágrimas.
– Claro! Somos todos são amigos aqui, certo? – Perguntou Kenon sorrindo.
– Sim! –Gustav falou.
Nós nos afastamos e deixamos Sharon afastada. Ela fechou os olhos e começou a se concentrar. Erguendo as mãos para o céu.
– Scottland, Arizona. – O Corpo de Sharon começou a desmaterializar como se seu corpo estivesse evaporando.
– Rápido! Toquem no ombro dela! – Gustav gritou.
Bella correu e tocou em seu ombro enquanto Lucy tocava o outro. Kenon segurou em seu braço com força como se estivesse com medo de ser tele portado pra algum lugar nada agradável. Emi agarrou sua cintura enquanto Brandon tocou em seu cotovelo. Gustav e Jéssica seguraram uma em cada mão e Mitchell e eu tocamos as alças de sua mochila. Derek e Tiago seguravam em seus pés que se desmaterializaram e os dois sumiram.
– Concentre-se Sharon! Você consegue! – Gritou Gustav.
Quando abri meus olhos, meu corpo flutuava em um vórtice temporal, como o que Rupert havia usado para mandar a mim e a Bella ao acampamento alguns anos atrás. Tentava mexer meus braços, mas era como se estivessem amarrados... Só podia torcer para que Sharon conseguisse nos tele portar em segurança( e sem nenhum braço ou perna faltando.)
Abri meus olhos quando senti uma brisa boa, mas bem forte, derrubar meu capuz. Quando abri os olhos, todos estávamos em frente a uma placa:
“Scotland, a cidade mais pacata do Arizona”.
Todos nós demos um grito de felicidade. Lucy abraçou Sharon que sorriu tão feliz que senti meu coração dar um mortal.
– Sabia que ia conseguir, amiga. – Lucy e Sharon deram as mãos e começaram a dar pulinhos. Me aproximei de Bella e cochichei em seu ouvido:
– Por que você nunca fez isso com uma amiga sua? – Eu ri e ela me deu um soco. Uma grande parte da minha timidez sumia quando estava com a Bella. Ela era realmente minha melhor amiga.
Entramos na cidade e percebemos que Scottland era uma cidade histórica. Em volta, enormes castelos rodeavam o local, dando um ar medieval ao lugar. Turistas tiravam fotos em frente aos lindos gramados e paisagens, enquanto habitantes comuns seguiam com suas vidas normais. E o fator mais importante. Ventos fortes sopravam, sinal de que Éolo realmente estava ali.
– Por que Éolo quis trazer sua ilha pra cá? – Questionou Tiago.
– Meu Pai acha que a época feudal foi a melhor da humanidade. – Lucy deu de ombros. – Ele adorava esses castelos e esse negócio de reis e rainhas. – Explicou. – Realmente, meu pai está aqui.
– Pra onde agora? – Questionou Jéssica.
– Vamos encontrar o ponto mais alto da cidade e... – Foi interrompida por Bella.
– Ai! Eu to morta de fome! – Resmungou colocando a mão no bolso do meu casaco azul escuro( que Mitchell havia me dado) e tirando um pão. – Que é?
– Bom, acho que a Bella tem razão. – Concordou Gustav. – Não comemos o dia inteiro, sugiro pararmos para comermos algo.
– Odeio concordar com o senhor sei de tudo, mas ele tem razão. – Apoiou Jéssica e ele fez cara feia.
– Ei Pessoal. – Chamou Kenon. – Cadê a Emi? – Perguntou assustado.
– Será que... – Sharon pensou no pior.
– Não, ela estava do meu lado aqui a um segundo. – Avisou Tiago. – Deve ter se distraído...
– Ou seja... – Jéssica olhou a todos assustada.
– A EMI ESTÁ SOZINHA EM UMA CIDADE HISTÓRICA?! – Gritamos todos em conjunto.
– Se ela fizer algo estranho, vai chamar a atenção. – Observou Derek. – E não podemos chamar atenção, isso poderá afugentar Éolo!
– Tudo bem. – Gustav tentou manter a calma. – Vamos ter que nos separar.
– Ótimo! – Bia se manifestou. – Eu e Ikaro vamos pra lanchonete, nos encontrem lá depois.
– Eu também vou. – Sorriu Tiago. – Vou com vocês.
– Estou faminto. – Admitiu Derek e Bia quase gritou de raiva. – Eu vou.
– Sharon e Mitchell precisam recuperar as energias... – Avisou Jéssica. – É melhor irem. – Os Dois assentiram. Eu não estou com fome, eu procuro a Emi.
– Eu também vou procura-la. – Disse Gustav.
– Nem pensar! – Recusou Jéssica. – De jeito nenhum!
– Eu vou com vocês. – Disse Brandon. – Vamos precisar de reforços, certo? – Encarou Jéssica que olhou para Gustav como a minha vizinha Carmella olhava o marido enquanto ele comia.
– Certo. – Responde Jéssica quase que obrigada.
– Então eu e o Kenon vamos até meu pai. – Falou Lucy meio vermelha.
– Sem problemas! Vai ser legal! – Sorriu e Lucy ficou ainda mais vermelha.
– Ótimo, nos encontramos ao amanhecer. – Avisou Gustav.
– Cara, quanto tempo acha que a gente leva pra tomar café? – Ironizou Derek.
– Realmente, é melhor ficarmos separados, onze semideuses juntos pode ser perigoso. – Avisou o filho de Atena. – Separem-se assim que saírem da lanchonete.
– Certo. – Bella, Derek, Mitchell, Sharon e Tiago disseram em conjunto.
– O Foco é nos espalharmos pela cidade, não podemos correr o risco de atrairmos algum monstro, caso isso aconteça Christian irá nos encontrar. – Todos assentiram.
– Boa sorte a todos e... fiquem vivos. – Pediu Derek e nos separamos... Agora era conseguir sobreviver... Até o amanhecer....
Sharon POV
Caminhamos até o restaurante que não era lá um dos mais estilosos, porém era o único aberto. Chegando lá Ikaro diz, tímido:
–Algo me diz para não entrarmos aí.
–Não to nem aí, se tiver comida já está de bom tamanho. –Diz Bella, faminta.
Tomei a dianteira e abri a porta que estava coberta de teias de aranhas , a madeira estava rachada , o piso se soltando , e vários insetos andando pela porta. No centro do restaurante havia um balcão onde uma mulher de meia idade lia uma revista da Teen Vogue. Também tinha várias mesas empoeiradas (todas vazias). Chegamos ao balcão e Tiago falou para a senhora recepcionista:
–Olá eu sou Tiago Garcia, e estes são Bellatriz Black, Ikaro Uhira, Mitchell Florence, Sharon Reinald e Derek Phillips. –Gustav fala apontando para todos nós. – Gostaríamos de uma mesa por favor.
Nesse momento a recepcionista recua e entra na cozinha com uma cara nada surpresa.
– Ah eu já vou sentando! – Resmungou Tiago e acabou batendo o pé na cadeira. – AAAAAAIIII MEU DEDO!
–Seu imbecil! Não devemos chamar a atenção!- Falei cochichando.
– Atenção de quem? Não tem ninguém aqui! – Falou Mitchell.
De repente, a recepcionista e mais quatro cozinheiros saem da cozinha e todos em conjunto dizem.
–Semideuses, estávamos a espera de vocês-Dizem em conjunto.
Todos eles começaram a derreter e se transformar num líquido viscoso e nojento, começando a se transformar em uma coisa estranhamente grande que parecia mais com um dragão. Quando se transformou Tiago gritou:
–É uma Hydra!-
–Mitchell, Sharon saíam do restaurante vocês não tem forças para lutar! Ikaro, eu acho melhor você ir com eles, caso algo aconteça! Eu, Tiago e Derek cuidamos da Hydra-Bella diz desviando de uma das cabeças da Hydra .
–Certo-Eu e Mitchell dissemos em conjunto enquanto Ikaro assentiu timidamente.
Nós três corremos o máximo que podíamos. Havia gato muita energia transportando tantas pessoas de uma só vez. Estava correndo quando acabei tendo uma tontura pelo cansaço, mas Ikaro me segurou:
– T-tudo bem?- Perguntou envergonhado e eu assenti me levantando.
Conseguimos despistar a Hydra depois de alguns quarteirões. Sentamos em uma pequena praça, onde algumas pessoas faziam piquenique. Ikaro tirou do casaco dois pães e entregou um a mim e outro Mitchell:
–Obrigado- Dissemos eu e Mitchell ao mesmo tempo.
– Será que os outros vão conseguir derrotar aquela Hydra? – perguntei nervosa, mordendo o pão com fúria. Estava faminta. – Isso é delicioso.
Ikaro sorriu fraco, com o rosto meio corado. Achava isso fofo.
– O-Obrigado. – Agradeceu.
– Ele é filho da Deusa do pão, tinha que ser delicioso. – Falou Mitchell como se aquilo fosse meio óbvio.
Ikaro ficou pensativo como se quisesse fazer uma coisa, mas não podia.
–O que foi Ikaro?-Eu disse preocupada com ele.
–Tem uma coisa que eu aprendi há pouco tempo só que ainda não dominei totalmente. – Contou. – É uma técnica de cura, que eu posso usar em outras pessoas. A Fotossíntese, apenas filhos de Deméter podem usar para se curar. Nessa Técnica eu posso curar outras pessoas. Ou até devolver sua energia.
–Não custa nada tentar-Falou Mitchell com um pedaço de pão com manteiga na boca.
–Vocês tem certeza?- Perguntou quase num sussurro.
– Lembre-se estamos superando desafios. – Mitchell sorriu.
– Pois é menino das plantas. – Concordei e ele assentiu envergonhado. – E nós não mordemos, não precisa ter tanta vergonha da gente. – Eu e Mitchell rimos.
– H-Hai. – Repetiu. – I-Isso significa sim.
– Ah tá! Não tinha entendido! – Confessou o filho de Afrodite.
Ikaro fechou os olhos e a grama começou a brilhar e todas as árvores ao redor também brilharam.
–Aura natural coletiva. -Ikaro diz rodeado de energia. – Forças da Natureza, emprestem sua energia... – A Luz azul ficou ainda mais forte me obrigando a fechar os olhos.
Os Mortais próximos a nós nem pareceram ter percebido, continuavam lanchando e rindo normalmente. A Névoa estava funcionando bem. Quando abri os olhos, a luz já havia se dissipado.
–Me sinto mais forte! – Disse Mitchell com um ar vitorioso. – Vamos testar. – Aproximou-se de um casal que comia seus sanduíches em silêncio. – E aí pessoal? Tudo bem? Sou o Mitchell. Importa-se se eu pegar seu carro emprestado? – Piscou o olho e a mulher sorriu fascinada.
– De modo algum. – Disse o homem entregando a chave do carro para o moreno.
– Obrigado. – Sorriu e se afastou sentando-se novamente ao nosso lado. Até Ikaro riu mais a vontade.
– Você é muito cara de pau! – Eu comecei a rir vendo o casal confuso, perguntando-se por que haviam feito aquilo.
– Funciono Ikaro, me sinto energizado! – Falou Mitchell levantando-se disposto.
–Eu também – Eu disse satisfeita e Ikaro sorriu, apenas agora havia percebido o quanto ele era bonito.
– Agora vamos! – Chamou o filho de Afrodite apontando para uma BMW próxima à calçada. – Temos um conversível nos esperando.
– V-você tem habilitação?- Perguntou Ikaro.
Mitchell sorriu.
– Não.
Entramos na BMW “emprestada”. Mitchell no volante, eu ao seu lado e Ikaro atrás. Mesmo não tendo carteira, Mitchell estava dirigindo bem. Começamos a andar pela cidade, sem rumo.
– Acho que seria perigoso voltarmos. – Opinei. – Afinal, se tentarmos encontra-los, acabaremos ganhando mais monstros na nossa cola.
– Você tem razão Sharon. – Mitchell concordou comigo. – Agora o que nos resta é torcer para que Kenon e Lucy consigam falar com Éolo. Não temos escolha, vamos ter que aguardar até o amanhecer, quem aparecer, é por que sobreviveram.
Engoli em seco.
– E se... Nem todos estiverem no local marcado? – Fiz essa hipótese, mas tinha medo da resposta.
– Acho que nesse caso... Só nos restaria imaginar o pior... – Respondeu enquanto virava na esquina de uma das avenidas da cidade.
– Então o que fazemos agora? – Perguntou Ikaro sem gaguejar, bom já era um progresso.
– Vamos encontrar alguma hospedaria para passarmos a noite. – Avisou Mitchell.
Para nossa sorte, encontramos um hotel no centro da cidade. Passamos o dia todo como se fossemos turistas, visitando os pontos turísticos e tirando fotos. Nos misturamos com um grupo de turistas, Mitchell usou o charme com o guia que nos deixo nos juntarmos a excursão. Em meio a tantos mortais, ficaria mais difícil para algum monstro nos localizar pelo cheiro. Já passava das seis da tarde quando retornamos ao hotel em que nos hospedamos mais cedo. Ficamos em três quartos separados, mas vizinhos de porta.
Assim que entrei em meu quarto, me joguei na cama. Quantas coisas haviam acontecido naquele dia. Tinha conseguido por milagre tele portar todos em segurança, tínhamos perdido uma amiga nossa numa cidade estranha e depois fomos atacados por um dragão de quatro cabeças. Dia normal de um semideus.
Acabei adormecendo. Quando acordei já passava das oito, e Mitchell batia na minha porta dizendo que íamos descer para o jantar. Disse que eu chamasse o Ikaro, enquanto ele descia e reservava a mesa. Ótimo, passar mais um tempo com o garotinho tímido.
Fiquei a frente de seu quarto e bati na porta. Ninguém respondeu. Bati outra vez. Novamente, um silêncio, já estava ficando preocupada quando ouvi:
– Só um minuto! – Gritou do lado de dentro.
– Ah sério, você acha que... – Vi que a porta estava apenas encostada e já fui entrando.
Ikaro trocava de roupa. Parecia ter saído do banho naquele instante. Usava apenas um short e enxugava o tórax com uma toalha branca. Ikaro poderia ser tímido e tal, mas que abdômen era aquele, meus Deuses!
– Desculpa. – O Vi mais vermelho que um tomate balançando a cabeça.
– N-não t-tem p-problema n-não. – E voltou a gaguejar.
– É que... O Mitchell pediu pra te chamar dizendo que o j-jantar estava pronto e... – Pera, eu gaguejei? Desde quando eu gaguejo?!
– O-Ok. Já desço. – Eu assenti e deixei o quarto. Por alguma razão sentia meu rosto queimando. Meu Deus o que era aquilo.
Desci para o restaurante onde Mitchell esperava lendo o cardápio. Ikaro chegou alguns minutos depois. Todos nós comemos em silêncio e depois voltamos aos nossos quartos.
Cheguei ao meu quarto e apaguei as luzes. Enrolei-me nos lençóis e comecei a encarar o teto. A Partir de amanhã, começaríamos a nova fase do plano. A questão era se TODOS iriam para a segunda fase, o alguns acabariam ficando para trás...
Antes que pudesse adormecer, ouvi uma explosão e quando dei por mim já tinha me chocado contra a parede. Quando um garoto de aparência de dezesseis anos entrou no quarto, puxando Ikaro e Mitchell desacordados.
– Olá Filha de Hermes... – Sorriu malvado. – Você vem comigo.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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