O Décimo Primeiro Portão escrita por Leo Valdez


Capítulo 4
Mitchell Florence, o filho de Afrodite


Notas iniciais do capítulo

Espero quem gostem



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Bellatriz POV
–É o seguinte... Nossos chalés foram feitos de prisões. Cada semideus foi aprisionado em seu próprio chalé e caso houvesse tentativa de fuga são postos no centro da área de treinamento e são chicoteados... O professor Quíron está sobre vigilância reforçada dos dois irmãos de Christian e monstros gigantes de gelo montaram um perímetro para nos apanhar.
–Chicote... Ados!?
–Infelizmente... De acordo com o gato, 1 filho de Atena estava sedo punido agora. -Olhei Gustav. -Desculpe Gustav... -Esse sentou-se num tronco para pensar. -Os filhos de Deméter, estão encarcerados longe de plantas ou qualquer outra coisa do tipo, são mantidos em cima de uma grade de barras de ferro metros acima do chão e sem luz do sol. -Olhei Ikaro, que agora havia se apoiado em uma árvore. -Desculpe Ikaro... E os filhos de Hipnos -Olhei Emi, ela se aproximou mais- Eles são proibidos de... Dormir.
–Como é!? -Gritou Emi.- Qual o problema deles!? Não dá... É algo que não controlamos... O que acontece... Bella!?
Consultei o gato negro novamente.
–Eles são... Desculpe Emi...
–O que acontece!?
–Eles são postos em uma casa de gelo por horas sem possibilidade de conforto ou um pijama térmico.
–Não! Eu vou atormentar esse filho de uma vaca gorda com pesadelos o resto da vida! Eu vou...
–Precisamos sair daqui... -Disse Jessica a filha de Nêmessis.
–Você precisa é nos dizer o que está acontecendo Jessica! Você disse que tinha informações! -Alterou-se Kanon.
–Eu TENHO informações! Mas preciso de calma e precisamos estar seguros para eu possa contar.
–Ô tio da estratégia! Já tem alguma ideia ai!? -Perguntou Sharon.
–Nós vamos sair agora. Não dá para ter um plano se não vejo a área onde vamos lutar. Bella, consegue falar com o gato de novo!?
–Não consigo mais, Gustav. Estou muito fraca.
–Então vamos sair assim mesmo. As árvores do Ikaro são muito densas pra ver alguma coisa. O que é bom e ruim.
–A gente sai e enfrenta esses caras. Pronto. Temos armas, podemos estar fracos e sem força, mas podemos conseguir. -Disse Brandon. -Vamos conseguir, eu sei que vamos. - Disse confiante o filho de Áries.
–Então vamos logo! Estou ficando com sono! -Protestou A filha de Hipnos.
–E eu estou matando por um gole de vinho. -Reclamei.
Todos pegaram suas armas, já afiadas, e montamos uma formação de ataque que Gustav havia bolado. Filhos de Apolo, Áries e Hermes estavam na frente e o resto de nós estava espalhado mais atrás. Gustav, apesar de meus protestos, me pôs atrás junto com os filhos de Morfeu e Héstia que controlavam respectivamente os sonhos e o fogo, alegando que eu estava fraca demais. Ridículo. Só preciso de um bom vinho e Derek não olhou na minha cara novamente, então, estou na vanguarda. Ikaro já estava recuperado depois de reaver suas forças através da fotossíntese, um dos muitos motivos para eu chamá-lo de "menino das plantas". Ikaro fez menção aos arbustos em sua frente e esses se afastaram, nesse momento saímos correndo com a liderança de Gustav e Brandon.
–Vamos! A pista deve estar a alguns quilômetros daqui! -Gritou Mitchell.
–Sharon, cuidado!! -Gritou Ikaro.
Quando um monstro gigante de neve surgiu na frente de Sharon subitamente. Sharon caiu abaixo do monstro, porém Emi foi mais rápida e invadiu sua mente trazendo-o para o nosso lado.
–Continuem! Não parem! -Gritou o filho de Atena.-Corram!
–Não parem! -Apoiou Kanon.
Vi com o canto do olho um vulto cinza enorme pulando um galho caído. Não liguei e continuei correndo, porém vi um vulto negro vindo na minha direção, ele ia me pegar mais à frente. Parei subitamente e o Kayo, filho de Morfeu, passou na minha frente e a grade criatura fechou sua mandíbula em seu pescoço. Gritei. O lobo negro à minha frente me olhou com o focinho pingando sangue. Joane chegou por trás de mim e arremessou labaredas de fogo com as pontas dos dedos afugentando o animal. Ele acenou para mim e continuou correndo. Levantei depressa e pulei por cima do corpo inerte do semideus e corri para alcançar os outros. Vi Lucy e Kanon cuidando de um monstro de gelo e mais à frente Emi ser atingida e depois ser ajudada por Jessica enquanto seu irmão cuidava do lanceiro de neve. Era um caos. Derek e Brandon matavam o lobo branco e Gustav enfrentava sozinho um lobo cinzento, corri para ajudá-lo e me meti na frente de Gustav, que estava caído no chão, e encarei a besta nos olhos e ela parou o ataque e se perdeu em meus olhos fugindo ganindo em seguida.
– O que você fez!? -Perguntou o filho de Atena quando o ajudei a levantar.
–Digamos que eu tenho um jeitinho de convencer as pessoas. Ou bestas. -Ri. -Onde está o Ikaro!?
–Lá em cima.
Ergui os olhos enquanto corria e vi Ikaro mais a frente pulando de uma árvore para outra com a ajuda de cipós. Suspirei aliviada. Vi Sharon correndo mais a frente e junto a ela Brandon e Derek. Chegamos perto e parei.
–Onde estão os outros!?
–Estão vindo. Precisamos continuar!
–Mas temos que ajudá-los e se... AH! -Senti uma dor horrível e puxei o pedaço de gelo que havia se enfiado um pouco acima da minha perna. -Estou ferida... Está sangrando!
–Essa não Bella! Tenta correr, tem lanceiros a caminho! -Gustav.
Jessica e Tiago estavam chegando junto com Emi e pudemos continuar correndo, eu com a ajuda de Jessica, estava sangrando muito. Emi tinha a um pedaço da blusa em volta da coxa e outra em volta do braço. Vi Derek correndo com uma flecha no braço. Finalmente conseguimos alcançar a estrada.
–Para a frente! 20m na mata densa! Rápido! -Gritei.
Jessica, Tiago e Brandon foram para trás com o objetivo de deter os monstros e esconder nossos rastros. O restante de nós continuamos a correr e os filhos de Apolo subiram em árvores, com a ajuda de Ikaro, para atirar de arco e flecha lá de cima. Rapidamente achamos a velha casa de dois andares bastante velha com um balanço, outrora branco, na frente da construção.
–Ikaro! Proteção! -Ordenou Sharon.
Ikaro já estava bastante fraco e com arranhões por toda a extensão do corpo, mas ele ergueu as mãos e transformou a casa e seu perímetro em uma clareira de mata densa, exatamente como fez antes. Ao terminar de moldar as árvores, Ikaro caiu desacordado. Mandei Lucy e Sharon levarem-no para dentro e Mitchell guiar os outros até a clareira, onde era seguro. Gustav me ajudou a chegar à varanda da casa enquanto Kanon ajudava Emi, que possuía cortes pelo corpo e uma flecha no braço e outra na perna. Sentei-me e tentei pressionar o ferimento, porém meus esforços não pareciam surtir efeito. Vi Mitchell chegar com os outros e só pude ver Jessica antes de apagar.
Quando acordei estava deitada perto da lareira acesa num manto. Levantei devagar e vi que Emi se encontrava ao meu lado junto com Tiago e Lucy. Kanon estava cuidando de Lucy. Passei a mão no ferimento e senti os pontos e uma bandagem nova e sem sangue. Parece que já haviam me tratado. Flashes da batalha rodopiavam por minha mente e lembrei, subitamente, de Ikaro. Levantei e fui até a janela. Sorri ao vê-lo deitado na grama embaixo da luz do sol.
–Bellatriz!? Melhor se deitar... Você ainda não está suficientemente bem. -Avisou-me Kanon.
–Só preciso de um pouco de vinho e estarei novinha em folha. -Kanon deu de ombros e voltou a cuidar de Lucy.
Andei pela casa e na mesa notei um mapa.
–Parece que Gustav não perde tempo mesmo... -Falei analisando o mapa à minha frente.
–Não perde mesmo. -Virei e me deparei com Jessica Devine me encarando sentada num banco.
–Não te vi aí, Jessica.
–Pois é. Hoje a noite, quando todos estiverem bem, contarei o que sei.
–Porque não agora?
–Porque Brandon quer que todos ousam. -Dei de ombros.
Fui para a cozinha e achei um pote cheio de água. Perfeito! Derramei um pouco em uma garrafa térmica que sempre levo comigo e me concentrei no doce sabor do vinho. Quando levei o recipiente à boca, senti o vinho quente descendo por minha garganta. Não há sensação melhor. Bebi todo a garrafa e depois voltei a enchê-la. Eu precisava ficar bêbada. Precisava me reconfortar de algum jeito. Precisava me sentir segura. Precisava me sentir mais perto de meu pai.
–Se continuar assim vai ficar bêbada em um piscar de olhos.
–O que acha que estou tentando fazer menino das plantas!? -Reconheci sua voz meio tímida atrás de mim. Ele sempre consegue ser ele mesmo comigo por causa da convivência e é o único que consegue me convencer a parar de beber. Mas hoje, definitivamente, não é um bom dia para isso.
–Ora Bella, sei que você só bebe assim quando está se sentindo mal.
–Não é da sua conta! -Bebi mais um gole. -Você melhorou Ikaro?
–Um pouquinho de sol e já estou novinho. -Disse sorrindo.
–Bom. Jessica contará hoje à noite o que sabe.
–Já fui informado. Já está quase escurecendo...
–Notei. -Bebi outro gole.
–Bella, não faz assim, ficar bêbada não vai resolver sabia!?
–Resolve para mim! -Me virei e, batendo os pés, me afastei.
Quando escureceu eu já estava bêbada fazia uma hora. Eles aprontaram uma fogueira e colocaram troncos ao redor para que nós sentássemos e um caldeirão de sopa no meio borbulhando, aquilo ia ser nosso jantar, mas eu não estou com fome. Sentei afastada de todos, com minha garrafa na mão, em uma parte escura da clareira e puxei o capuz do meu casaco para cima cobrindo meu rosto com as sombras escondendo algumas lágrimas que eu, sem ao menos notar, acabei deixando rolar.
Agora todos estavam sentados esperando a Jessica Devine começar a nós explicar essa história, todos menos eu. Todos já estavam curados nas mãos dos filhos de Apolo, então já podiam fazer funcionar seus poderes. Todos ali tinham 19 anos, exceto eu e Ikaro. Soubemos assim que Emi despertou que Joane havia sido capturado pelos gigantes e, apesar, de seu poder ser do fogo, ele já estava fraco demais para se proteger, Emi matou o gigante que o levava mais um lobo veio e o carregou. Menos dois semideuses.
–Fala, Jessica. O que sabe!? -Gustav perguntou impaciente.
–Christian quer vingar a mãe.
–É... Percebemos.-Debochou Mitchell.
–Mas COMO ele vai fazer isso é o que eu tenho pra lhes dizer.
–Então fala! -Pediu Brandon.
–Ele disse que havia mandado os Deuses para uma dimensão paralela onde seus poderes são inúteis. Ele conseguiu achar uma conecção desse mundo para essa dimensão de que ele tanto fala. Porém, assim como ele abriu para po-los lá dentro, nós podemos abrir para tirá-los!
–Certo, mas onde fica isso!? -Interrogou Gustav.
–Eu... Eu não sei. -Ela baixou a cabeça.
–Como pode saber tudo isso e não saber onde fica esse negócio!? Afinal, COMO você sabe de tudo isso!? -Perguntou Derek.
–Bem... É que eu e o Christian...
–Eles tinham um caso. -Disse Tiago Garcia ao lado da irmã. Ela o olho um pouco pasma.
–Como pode saber!?
–Divido o chalé com você né maninha!? Você achava que eu não ia te ver saindo as escondidas à noite!?
–Chega! -Colocou ordem o filho de Atena, Gustav. -Sua vida amorosa não é da nossa conta.
–Mas foi assim que eu ouvi o plano! Ele achava que eu estava dormindo e falava com os irmãos, Samantha Parker e Nathan Benk a respeito. Mas ele nunca mencionou onde ficava o tal portal, só que nenhum filho de Deméter podia escapar.
Todos olharam para Ikaro, inclusive eu, vimos o menino mordendo um pão e tirando outro dos bolsos.
–O que tem eu!? -Disse de boca cheia.
–Pelo jeito temos que proteger esse bocó. -Disse Mitchell fazendo um facepalm.
–Porque!? -Perguntou Ikaro Uhira novamente.
–Porque o Christian queria garantir que tinha todos os filhos de Deméter na mão. Mas você fugiu e talvez seja nossa esperança. -Disse Jessica.
–Estão... Estão me confundindo! Você ouviu errado!
–Talvez possamos confirmar isso. -Sugeriu Lucy a filha de Éolo.
–Como Lucy!? -Pediu Kanon.
–Vamos visitar meu pai! -Disse feliz.
–Éolo!? Você quer que visitemos Éolo!?
–Sim! Meu pai sabe tudo sobre o que acontece no Olimpo, sabe tudo sobre todos. É o Rei da Fofoca, como o chamam. Ele vai saber nos esclarecer essa história.
Alguns protestaram, outros zombaram e teve aqueles que apoiaram a ideia de Lucy Wendill. Mas ao final, Gustav tomou frente e disse que ela estava certa e que partiríamos para peocurá-lo amanhã ao amanhecer. Assim as discussões acabaram e todos foram dormir, todos exceto eu, que não havia mechido um músculo, somente para levar a garrafa aos lábios. Vi Ikaro me encarando, ele queria falar comigo, mas sabia muito bem que eu não estava para conversas. Emi trouxe-me um travesseiro e me entregou um pão com manteiga que Ikaro havia me mandado. Eu me recusava a entrar. Brandon veio para fazer a vigília mas o dispensei rapidamente, alegando que a vigília da noite inteira seria minha, ele discutiu, porém usei meus poderes de atuação para mandá-lo embora. Queria ficar sozinha.
Mitchell POV
Não havia coisa que me irritasse mais do que ser caçoado por seu filho de Afrodite. Para os semideuses, Afrodite devia ter filhas loiras e bonitas, que seduziam seus inimigos para depois destrui-los, o papel de homem sedutor, pertencia aos filhos de Apolo, que atraiam todos os tipos de mulheres, exibindo seu excesso de músculos e uma grande (gigantesca) falta de neurônios.
Se os filhos de Afrodite em um geral, já eram considerados fracos, imagine um filho de Afrodite homem. As mulheres são capazes de usar o charme, que tem muita mais potência quando o usuário é do sexo feminino. Ou seja, ser filho de Afrodite, para alguns, quer dizer que você é um inútil.
Cheguei ao acampamento meio sangue quando ainda era um garoto, sempre fui preparado para meu destino. Cresci ouvindo deboches. Estava cansado daquilo, pra mim já bastava.
Agora não me sentia tão inútil. Fui um dos poucos que conseguiu escapar das tropas de Quione quando Christian atacou. Eu e mais dez semideuses, conseguimos fugir até uma clareira, e agora com as informações que Jéssica, filha de Nêmesis, nos deu tudo ficaria muito fácil.
Fui o primeiro acordar no outro dia. Bellatriz havia passado toda a noite em vigia, e ainda parecia aguentar mais uma noite, não possuía olheiras, e olhava vidrada para a descida da montanha. Ela bebia uma garrafa de vinho uma atrás da outra. Vendo a cara de felicidade que ela fazia, achei melhor não incomodá-la. Bella percebeu que eu havia acordado, mas não falou nada. Me sentei perto de onde ontem era a fogueira.
– Essa roupa está muito amarrotada. – Observei. Bastou um estalar de Dedos para a blusa laranja do acampamento transforma-se em uma blusa azul e casaco branco. Desci até o lago ali perto, afastando algumas plantas que Ikaro havia colocado para nossa proteção. Olhei meu reflexo na água. Estava abatido, cansado. Se os outros moradores do chalé 10 me vissem assim, diriam que eu não sou um filho de Afrodite afinal nossa mãe poderia enfrentar o que fosse, sempre teria seu “estilo”.
Mais um estalar de dedos e minha face estava perfeita novamente. Meu Poder melhora apenas a aparência, mas meu cansaço continuava o mesmo. Quando voltei Tiago e Lucy já estavam acordados, e conversavam com Bella que respondia as perguntas como se estivesse fazendo um favor.
Tiago tentava manter a animação, contando algumas piadas e fazendo caretas, mas aquilo não estava adiantando. Mais tarde, Jéssica acordou sendo seguida pelos outros.
– Devemos partir. – Avisou Jéssica.
– Quem te nomeou líder mesmo? – Perguntou Gustav com o tom irônico.
– Ninguém, eu apenas estou falando o que você deveria ter dito, pra um filho da Deusa da Sabedoria, você é bem lerdo. – Sorri de canto com a resposta, ela realmente não levava desaforo pra casa. Depois foi que percebi que era natural dos filhos de Nêmesis, darem o “troco”.
Após arrumarmos nossas coisas, todos estavam prontos para partir, bem o melhor que podiam. Olhei para Bella, suas roupas estavam sujas, rasgadas... Assim como todos ali.
– Esperem... Não podem ir assim! – Vi o olhar invejoso de Kenon, pois eu era o único ali com roupas novas. – Se vocês entrarem no castelo de Éolo assim vão pensar que são mendigos! – Resmunguei e todos me encararam com cara feia. – Aiai, pelo que eu vi, todos aqui usam seus poderes pelo bem do grupo então... – Estalei meus dedos e a roupa de todos mudou.
– Como?! – Sharon deu um giro vendo seu novo vestido lilás. – Perfeito!
Bella estava com uma calça jeans e botas pretas, usando uma blusa, que tinha escrito “My Space”. Era apoiada apenas em um dos ombros, achei que ela fosse gostar.
– Se vamos andar por aí, precisamos nos parecer com mortais. – Todos, até Gustav, pareciam felizes com seus visuais. – Agora, vamos! – Estalei os dedos e óculos escuros apareceram em meu rosto.
– Certo. – Todos, menos Ikaro, disseram em conjunto.
– Então Lucy, onde fica a casa do seu pai?- Perguntou Kenon dando um sorriso de orelha a orelha e Lucy corou quase que instantaneamente. Hum, aqueles dois não me enganavam.
– Bom... – Começou Lucy. – Desde que três semideuses invadiram a ilha voadora dele em Pikes Peak , ele começa a mover a ilha de lugar... – Confessou totalmente sem graça. – Não faço ideia de onde a ilha esteja... – Abaixou a cabeça.
– Ótimo! – Resmungou Derek. – Gustav, e agora? – O Filho de Atena ficou pensativo. – Lucy, ouvi dizer que a ilha de seu pai é cheia de seres encantados, certo? – Lucy assentiu.
– De fato. – Ela concordou. – Ninfas, Auras...
– Podemos atrair uma das ninfas pra cá. – Sugeriu Gustav. – Se conseguirmos atrair uma ninfa, ela poderá nos levar até as outras, afinal elas sempre sabem a localização umas das outras.
– Faz sentido. – Concordou Tiago. – Mas como?
– Não sei. – Admitiu e Gustav e Jéssica riu.
– O Gênio Gustav não sabe? Que pena. – Caçoou a filha de Nêmesis.
– O M-Mitchell. – Ikaro falou quase que num sussurro, mas todos nós conseguimos ouvi-lo.
– Realmente. – Sorri de canto ao ver a cara de esperança de todos. – Eu posso fazer isso. – Admiti.
– Claro! – Gustav estalou os dedos. – Os Filhos de Afrodite podem atrair pessoas, e até Deuses com o seu odor, que podem mudar de acordo com a vontade. – Explicou e Jéssica girou os olhos.
–Então Mitchell? – Tiago quis saber minha opinião.
– Deixa Comigo. – Abri os braços o máximo que podia, meus olhos verdes tornaram-se um rosa escuro.
– Ele é tão... – Bella estava boquiaberta.
– Tão... – Jéssica tentou terminar.
– Gato. – Emi terminou indo em sua direção, mas Ikaro a puxou.
– Fechem os olhos! – Gritou Sharon. – Se não o charme irá nos afetar. – Todos fecharam os olhos, agora poderia agir.
Parfum. – O Ar em minha volta tornou-se um azul esverdeado, a cor das Ninfas. – Olá Ninfas... – Sorri de canto, meus dentes mais brancos que o normal. – Poderiam vir aqui um segundo? Adoraria que... Acatassem o meu pedido. – A Voz soou simpática mais autoritária. Nada aconteceu.
– Acho que... – Kenon tentou falar, mas acabou perdendo a fala.
Uma nuvem verde ocupou o céu e vinha em nossa direção. Centenas de ninfas desciam o céu. Comecei a chama-las com o dedo, meu olhar penetrante as fazia marchar diante de todos. Os outros ficaram impressionados com meu feito.
– Chamou? – Uma delas estava a frente. – Você é tão perfeito... – Sorri de canto.
– Eu sei que sou... – Os Olhos vidrados delas me deixavam satisfeitos. – Agora... Eu adoraria que me dessem uma informação pequenininha. As Senhoras poderiam me dizer onde está o castelo de Éolo? – Pedi com a maior calma que tinha.
– Não podemos revelar tal informação... – Respondeu e eu a olhei novamente.
– Acho que não seria nada demais se me falasse... Certo? – Pisquei o olho e dei um sorriso de canto.
– Não, não é... – Falou com a voz sonolenta. – Poderá encontra-lo na pequena cidade de Scottsdale, Arizona. – Respondeu com a voz ainda mais sonolenta. Kenon e Apolo se cumprimentaram comemorando por termos conseguido.
– Obrigado por me contarem... Mas não precisam comentar sobre isso, certo? – Perguntei sorrindo de canto e elas ficaram ainda mais sonolentas.
– Não, não será necessário... – Falou quase que hipnotizada.
– Ótimo. – Disse. – Agora podem ir.
Lentamente, todas elas voltaram ao céu até sumirem de nossas vistas. Caí no chão de cansaço, usei todas as minhas energias, estava esgotado. Todos os outros aplaudiram e Kenon aproximou-se de mim, empolgado.
– Você é demais cara! – Faliu. – Você chegou com aquele olhar “você me pertence.” E aí manipulou ela e seus olhos rosas e...
– Ele entendeu Kenon. – Interrompeu Gustav. – Mandou bem, filho de Afrodite. – Sorriu de canto e nós demos um soquinho. – Vamos pessoal, próxima parada, Arizona.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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