De Volta ao Lar escrita por Hiwatari Tsuki


Capítulo 27
Capítulo 27- Recordações dos que se foram


Notas iniciais do capítulo

Yo pessoas ki amo!"
Tudo bem com vcs? xD
Ta aki + um capi da fic

Bem nesse capi as coisas estão ficando pretas, as feras bits do mal estão pegando pesado xD
Acompanhem e deixem review xD

kissus e tá depois



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Nikolay entrou no quarto que Khan estava ocupando na casa de Klaus e suspirou, olhou por algum tempo e viu a mesma organização metódica que ele tinha em casa. Sentou-se na cama e olhou o criado mudo, a bengala na ponta perto da cama, o remédio no outro canto a e a garrafa no meio.

 

- Sempre da mesma forma- Sorriu ele passando a mão sobre a coxa ferida.

 

Flash back ON:

 

Logo depois que Nikolay levou o tiro na perna estava deitado na cama do hospital vendo o neto de nove anos sentado no sofá no canto do quarto com a raposinha vermelha em seu colo e brincando com um cubo mágico com imagens em relevo, os olhos brancos dificultavam o avô decifrar as emoções em seu rosto.

 

- Sr. Romanov.

 

- Bom dia Dr. Isack.

 

- Vejo que já está mais disposto, creio que em alguns dias poderá ir pra casa. - Disse o medico desviando os olhos pra Khan que estava com a cabeça baixa.

 

- Isso é bom. – Disse Nikolay sentando na cama tomando cuidado com a perna ferida.

 

- Ele é sempre quieto assim?-

 

- Normalmente. - Disse Nikolay olhando o neto que havia colocado o cubo mágico de lado e se agarrado a raposa de olhos fechados.

 

-Ele parece meio perdido.

 

- Não entende a conversa em Alemão. Khan. - Chamou Nikolay fazendo o garoto levantar a cabeça. – Venha. - Ele se levantou ainda carregando a raposa com a mão de cabeça baixa Nikolay brigou com ele por manter o rosto baixo. Ele levantou a cabeça, mas não abriu os olhos. - Ele ainda esta intimidado pelo que falaram pra ele. -

 

- Haviam me dito que seu neto era cego, mas não vejo nada de diferente nele. - Nikolay falou em russo para Khan abrir os olhos. Ele tímido deixou a vista as orbitas brancas. – Qual o diagnostico dele?

 

- Ninguém sabe ao certo. – Disse com a mão na cabeça de Khan que resmungou algo em russo.

 

- Realmente estranho, vou verificar os seus exames e vou ver se consigo liberá-lo logo. Disse o medico se despedindo Nikolay levantou Khan sentado na beira da cama.

 

- Não deve ficar com vergonha. -

 

- Mas vô... -

 

- Andrey, você tem que ter orgulho do que consegue fazer bem melhor do que muita gente mesmo não podendo ver, sei que é complicado para os outros quando te vêem, mas se você se envergonhar só vai ser pior. Então erga a cabeça e fique com os olhos bem abertos.

 

-Ta.

 

Flash back off

 

 

- O que terá acontecido com você- Fala tirando o crucifixo do bolso e olhando para as coisas no quarto. – O tempo levou Anastácia, meus inimigos me tiraram Katherine não vou te perder agora também – Disse olhando em volta e saindo do quarto.

 

Assim que ele saiu no corredor deu de cara com alguém de pé na outra ponta.

 

- Khan!- Disse vendo o garoto de pé na sua frente. Ele olhou bem e viu algo que não via o muito tempo, um olho azul claro e outro verde esmeralda o olhando.

 

- Sinto muito – Disse ele – Eles já me disseram que o seu castigo é esse... - Disse com lagrimas nos olhos. - Eu vim me despedir. – Por fim ele virou no corredor.

 

- Khan!- Nikolay tentou ir o mais rápido que pode, mas ele havia sumido.

 

 

 

Num templo Khan estava encolhido numa sala chorando no chão.

 

- Foi o justo criança. – Veio a voz forte do chacal.

 

- Foi justo deixar eu vê-lo, sabendo que nunca mais vou poder? – Gritou ele tremendo. – Vocês não são justos de maneira nenhuma!

 

- Ao que se faz, ao que se paga. - Disse ele saindo e deixando Khan ali. – Você sabe o que seu avô fez, e sabe os seus próprios crimes também.

 

- E você? Nunca cometeu nenhum?- Disse socando o chão.

 

O rugido forte do Chacal o fez fechar os olhos, quando os abriu apenas viu a escuridão novamente.

 

- Você tem direitos até onde tiver respeito, isso é só um aviso, da próxima é definitivo. –Disse saindo para as sombras.

 

- Não seja duro com o garoto Kanabant – Disse Kiladrin se aproximando

 

- Tem que aprender a ter respeito, o castigo foi merecido.

 

- Mais do que afastá-lo de tudo que ele tinha? O Carrasco é Norikage não nós. - Ele rosnou para ela.

 

- Alimente esses humanos, precisamos deles- Disse andando para longe.

 

- Ele piora a cada século- disse Norikage surgindo.

 

- É melhor alimentar os humanos, sua aparência é menos assustadora para eles.

 

- Coloque os juntos.

 

- Você manda – disse ele sumindo e indo ate Allany e Kai.

 

- É outro deles- disse Allany se agarrando em Kai.

 

- Não precisa ter medo – desse o rapaz loiro de olhos arroxeados e pele branca dobrando suas asas brancas sobre a túnica azul. Ele se aproximou e por um prato com pão e um tipo de carne seca em pedaços no chão junto de duas taças de água. – Podem comer, não a nada do que estão pensando.- disse ele  sorrindo

 

Eles estavam com tanta forme que não ligaram pra nada e trataram de comer. Norikage voltou para as sombras e ressurgiu onde Khan estava. Este não chorava mais, mas estava tremendo no chão.

 

-Levante-se criança. – Disse a voz calma ao seu lado. Khan se encolheu mais, mas uma mão tocou seu rosto o fazendo levantar, quando piscou voltou a ver novamente – Kanabant é severo, tome mais cuidado com ele. Aqui tem comida e água.

 

Khan pegou o prato e sentou-se no chão estava faminto, parecia que não comia há dias. A carne seca apesar de ter uma aparência horrenda tinha um sabor ótimo para ele.

 

- Seu corpo está muito debilitado. – Disse o anjo que estava sentado ao seu lado sem ele perceber. – Você já sofreu muito criança. –Disse ele o envolvendo com sua asa, Khan sentiu-se um pouco melhor quando ele a retirou. – Durma, será um longo dia amanhã. - disse desaparecendo. Khan terminou de comer e se deitou no chão. Estava mesmo cansado.

 

Nikolay estava novamente no quarto do neto, mas dessa vez ele havia encontrado algo muito bem escondido. A raposa de pelúcia.

 

- Khan... - Murmurou ele não contendo mais as lagrimas. Nikolay fechou os olhos era como se pudesse ver Khan pequeno vindo em sua direção. - Todo esse tempo eu apenas me fechei pra você garoto, fingindo que não ligava.  Mas e agora, o que me valem esses sentimentos que só me fazem sofrer mais... O meu maior crime não foi nem um dos que o mundo viu e escondeu, mas foi ter escondido que você tudo que deveria saber. - Disse colocando o crucifixo na raposa e a deixando sobre a cama.

 

Ele secou as lagrimas e saiu firme do quarto.

 

- Nikolay- Veio a voz de Klaus.

 

- O que você quer Klaus?

 

- Descobri o que houve. - Nikolay o encarou.

 

Eles foram para a biblioteca.

 

- Lendo os livros descobri que os 3 são hospedeiros, a única forma de ficarem livres é retirando as ferras bit deles.

 

- E como fazemos isso?-

 

- Essa é a parte que não sei.

 

-TRATE DE DESCOBRIR- Disse irritado. – Aquelas coisas me tiraram o meu neto, eu não quero saber, trate de encontrar algo.

 

 

No hospital Kaius estava tendo um sonho um quanto inusitado.

 

-Oi pai- veio uma voz nas suas costas. Estavam envoltos num nevoeiro.

 

- Khan... Como você...

 

- Um anjo me contou – disse virando a cabeça pra ele.

 

- Seus olhos... -

 

- Eu sei. Depende do humor de um chacal, pai, por favor, cuida do louco do meu avô, ele tem umas idéias meio sombrias...

 

- Por que esta falando isso?-

 

- O julgamento, tente lembrar. –

 

- Foram às feras que...

 

- Resolveram arrumar a sua coluna... E também decidiram que eu não podia ficar com o meu avô.

 

- Khan...

 

- Eu tenho que ir pai... Ele teve pena de mim, por isso me deixou vir. - Disse desaparecendo na fumaça Klaus acordou no momento seguinte. Klaus acordou no momento seguinte.

 

- Tudo bem querido.

 

- Tive um sonho esquisito. Laura eu vou sentar um pouco – Disse ele movendo sue corpo para a lateral da cama. E se sentando na borda.

 

- Sente as pernas?

 

- Uma coisa ou outra, meus músculos estão muito fracos mesmo com a hidroterapia...

 

-um verdadeiro milagre.

 

- Não diria bem milagre, Laura eu preciso falar com Nikolay. -

 

-Vou ver se consigo chamá-lo.

 

 

 

Nikolay atendeu prontamente ao pedido de Laura que o deixou a sós com Kaius.

 

- O que houve.

 

- Sonhei com Khan, e não era um sonho comum.

 

- Eu o vi no corredor da casa de Klaus, veio se despedir de mim.

 

- Ele veio me pedir pra que cuidasse pra você não ter nem uma idéia fora do comum.

 

- Ele realmente me conhece.

 

- Gostaria que tivesse algo que pudéssemos fazer.

 

- Vamos achar algo para libertá-los. Klaus pode ser monstruoso, mas é determinado.

 

Klaus estava na biblioteca lendo quando uma a porta foi aberta.

 

- Allany- Disse ele levantando. Atrás dela vieram Kai e Khan

 

-Klaus Hiwatari, seus atos serão julgados – falaram Khan e Allany juntos.  Se aproximando.

 

- Sua mente é um livro aberto, podemos ver todos os seus erros.-

 

Do outro lado da cidade Kaius Nikolay e Laura saíram do hospital

 

- Temos que correr eles virão atrás de Klaus também

 

 

Eles foram o mais rápido que puderam para a casa, assim que conseguiram chegar à biblioteca encontraram Klaus caído com as três crianças a sua volta.

 

- Não interfiram mortais

.

 

 

- Eis que tu que julgas agora será  julgado, liberte a quem domina pois será  renegado!- disse Kaius seguido de varias palavras em varias línguas uma nevoa negra cobriu a sala.

 

 

No momento seguinte estavam todos no chão, mas Khan estava gritando de dor.

 

- Khan! – Correu Nikolay para ajudar. Kanabant não se deixava partir. – Resista Khan, por favor – Disse Nikolay colocando o garoto em seu colo, Khan gritou e depois desmaiou nos braços do avô

 

- Laura, ajude Kai e Allany não a deixe abrir os olhos. – Disse ele colocando seu corpo no chão para ver como estava Klaus. - Mande chamar uma ambulância, a respiração dele esta muito fraca. Nikolay me traga Khan aqui.

 

 

Horas depois no hospital...

 

 

 

Klaus estava na UTI recebendo cuidados, Khan havia passado por uma cirurgia e os gêmeos estavam recebendo soro por causa da perca de peso, os olhos de Allany ardiam, mas ela conseguia ver.

 

- Como Khan e papai estarão. - Perguntou Allany a Kai.

 

-Fique calma. Vaso ruim não quebra.

 

 

No corredor Nikolay viu Khan ser levado para o quarto com dois tampões sobre os olhos.

 

- Kaius.

 

- Ele está bem, conseguimos retirar a membrana branca dos olhos dele. Era extremamente grossa e rígida.

 

- Ele vai voltar a ver?-

 

- Vai, mas vai ter que se readaptar a luz, ele tem que ficar uma semana ou mais com os tampões para que não machuque a retina.

 

-Quanto ao seu irmão?

 

- Em coma, não sei o que fizeram com ele. -

 

- Vou ir ficar com Khan.

 

- E eu bancar o fofoqueiro da família. – Kaius ia à direção do quarto onde os sobrinhos estavam quando derrepente um dos médicos o parou, tinha algumas folhas na mão e um envelope que entregou a Kaius:

 

-Os exames do senhor Klaus, o doutor Arthur nem se deu a liberdade de abri-los disse para entregá-los ao senhor. –

 

-Obrigado Ricardo. – O rapaz pediu licença e virou o corredor. Kaius abriu os exames ali mesmo e teve uma surpresa muito desagradável:

 

-Não pode ser... Isso não pode ser verdade. – Ele guardou as folhas e foi falar com Arthur antes de ir ver os meninos.

 

-Kaius, Ricardo lhe entregou os resultados? –

 

-Sim, e eu peço que mande refazer os exames. –

 

-Mas por que? Aconteceu algo? –

 

Kaius estava aturdido não conseguia raciocinar direito.

 

-Não é nada de mais, mas, por favor, peça novos exames. –

 

-Como quiser!- Respondeu Arthur.

 

 

Ele saiu dali indo para o quarto de Kai e Allany:

 

-Tio Kaius! –Exclamou a menina ao vê-lo entrar.

 

-Allany como está se sentindo? –Perguntou ele se aproximando da cama.

 

-Eu estou bem. –Respondeu ela

 

-E você Kai? –

 

-Comigo tudo bem.

 

-E como estão papai e Khan? –Perguntou Allany curiosa.

 

-Khan ficará bem, a cirurgia foi bem sucedida. Em breve ele volta para casa...

 

-E o meu pai? –Dessa vez foi Kai quem perguntou.

 

-Está em coma. Até agora sem nenhuma reação. Crianças vocês se lembram do que aconteceu quando estavam possuídos pelas feras bits e atacaram Klaus?-

 

-Não... Na verdade é como se nosso corpo fosse dominado e nosso espírito estivesse adormecido. Só tínhamos consciência do que aconteceu depois que Kanabant dava seu veredicto.

 

-Acho que nenhum de nós dois tivemos consciência do que acontecia. –Disse Kai

 

-Entendo, eu pedi que fizessem mais alguns exames em Klaus. Quando eu tiver os resultados falarei com vocês. – Ele ia saindo quando Allany perguntou.

 

-Qual foi o resultado dos primeiros exames realizados no meu pai? –

 

Kaius ficou calado, sabia que aquilo talvez a deixasse traumatizada.

 

-Tio Kaius... –Insistiu ela.

 

-Os resultados mostravam que ele havia perdido a visão, e estava tetraplégico. –

 

Allany arregalou os olhos, até Kai se surpreendeu com a noticia:

 

-Isso não é verdade! Não pode ser...

 

Kaius tentou acalmar a menina que chorava compulsivamente.

 

-Eu pedi que refizessem os exames, aposto que foi um engano não tem como...

 

-Tem sim! – Veio a voz angustiada de Kai que apertava os lençóis da cama com a cabeça baixa. –É uma das poucas coisas que eu lembro, Norikage me disse que entre todos os julgados haveria aquele cuja condenação seria pior que a morte ou a solidão... Que era o castigo justo pelas vidas inocentes que ele feriu e destruiu por completo. –Nem mesmo Kai consegui deter as lágrimas insistentes que saiam de seus olhos, levantou o rosto e encarando o tio.

 

-A culpa é nossa. –Respondeu entre soluços.

 

- Não, não é culpa de vocês, foram eles que fizeram isso, vocês não poderiam os deter.

 

- Mas nem tentamos também!-

 

- Kai, Allany eles deixaram Khan ver Nikolay e depois o fizeram acreditar que nunca mais ia poder estar com o avô.

 

Kai segurou as lagrimas por um estante.

 

- Tio ele fizeram algo com você? Eu lembro vagamente disso...-

 

- Fizeram Kai. – disse ele. Allany olhou assustada pra o tio.

 

- Não se preocupe eu estou bem, Ally tente se acalmar, Klaus vai ficar bem, ele vai ficar feliz de saber que você já esta enxergando. -

 

- Tio... -

 

- Durmam um pouco, vai ficar tudo bem.-

 

 

Saindo do quarto foi para a UTI ver Klaus.

 

- Doutor Kaius, bom que veio. - Disse Ricardo. – Seu irmão acordou.

 

- Ele esta realmente... -

 

- Sim, como lhe dissemos antes tivemos que fazer uma traqueotomia por causa da respiração dele.

 

- teve um ataque de pânico?

 

- Sim, demos um calmante, mas ele esta consciente, íamos mandar o chamar.

 

- vou ate lá.

 

- Tem certeza que não precisa de ajuda Kaius, as camas da UTI são mais altas que as dos outros quarto.

 

- Ricardo, eu atendo pacientes a muito tempo nessa UTI preso numa cadeira de rodas, obrigado pela ajuda-

 

- Disse indo e deixando o medico esbaforido, Arthur que ouviu a ultima parte da conversa entrou rindo.

 

- Kaius é uma ótima pessoa, mas fica com um péssimo humor quando o tratam como se não pudesse fazer as coisas sozinho.

 

- Percebi – disse ele.

 

Kaius entrou no quarto onde Klaus estava, se aproximou da cama e moveu seu corpo ao apoio da cadeira para conseguir um pouco mais de altura ele colocou a mão sobre a cabeça de Klaus que se assustou abrindo os olhos antes violeta agora roxo escuro fosco.

 

- Calma, sou eu Klaus. As feras bit te julgaram, vou fazer o possível para reverter sua situação, as crianças estão bem, Allany está vendo e Kai já consegue mover as pernas em alguns dias vai esta andando- lagrimas surgiram dos olhos de Klaus que tentou falar. – Não tente falar – disse tocando o tubo que estava na garganta dele – Você não podia respirar sozinho, vai demorar alguns dias que consiga falar. - Disse colocando água numa ampola para dar pro irmão – Vou ver se consigo a guarda de Kai e Allany ate você estar em condições, mas ela vai querer ficar com eles e nosso querido pai quer Kai. Vou cuidar de tudo não se preocupe.

 

Kaius saiu do quarto e deixou o irmão dormindo, foi para o escritório. Ao entrar teve uma surpresa muito desagradável:

 

-  Voltaire! –Disse Kaius quase em um sussurro.

 

-Olá filho. Há quanto tempo. - Disse Voltaire em tom irônico.

 

-O que faz aqui?- A voz de Kaius era mais hostil possível.

 

-Vim por que, soube que agora tenho dois filhos aleijados. – Ele sorriu de modo satisfatório e continuou: - E como está o Klaus?

 

Kaius não suportou tanta falsidade e já foi cortando a graça de Voltaire:

 

-Vá direto ao ponto o que quer aqui? –

 

Voltaire estreitou os olhos:

 

-Esperava tamanha hostilidade da parte de Klaus, mas você...  Realmente é uma surpresa. – Kaius o encarou com raiva, sabia que era muito “apegado” ao pai quando era mais novo, e que Klaus sempre foi o filho rebelde. Mas isso não era hora de lembranças.

 

-Fale o que quer aqui. –

 

-Já disse que vim por que estou preocupado com meu filho. Imagino que ele esteja na UTI não é?- Voltaire ia saindo em direção a porta, mas Kaius o deteve segurando seu braço:

 

-Não vai a lugar algum. –

 

-Quem pensa que é para me dar ordens Kaius? –Disse entre um sorriso de escárnio.

 

-O diretor desse hospital, e quero que saia daqui imediatamente. –

 

Ele levantou o filho pela camisa.

 

- Lembre que você está  em uma condição inferior Kaius.

 

-Será pai?- disse ele com um sorriso no rosto. Voltaire ficou sem ação quando Kaius se firmou em pé mesmo que de forma desajeitada e lhe deu um soco no rosto, logo em seguida ele teve que se apoiar na parede, mas estava de pé. – Quinze anos de fisioterapia e sustentando o peso do meu corpo nos braços, quer outro soco?-

 

-  Doutor Kaius esta tudo bem? – perguntaram duas enfermeiras entrado, ela gelarão ao ver o diretor de  pé.

 

- Parem de me olhar assim e chamem a segurança – Logo vieram dois homens de terno e Ricardo.

 

- Kaius você esta de pé?-

 

- Não seu energúmeno. Estou dançando valsa com a parede. Quer fazer o favor de me ajudar em vez de falar merda?- disse já sem paciência..- Me pergunto o que diabos eu fiz pra contratar alguém que deixa esse infeliz do meu pai entrar aqui!- Disse indo para a recepção. – Quem deixou ele entrar? ... Já que não vão falar dessa vez passa, mas não quero nunca mais aquele homem aqui entenderam!

 

- Sim. – disseram todas perdidamente apavoradas coma reação do sempre calmo medico.

 

Kaius voltou para sua sala e tentou se acalmar, havia socado o pai e ficado de pé, estaria feliz se não estivesse tão preocupado com o irmão e o filho.

 

- Tenho que me acalmar e ir ver Khan. - disse fechando os olhos.

 

No quarto de Khan, Nikolay estava segurando a mão do menino que ainda estava adormecido.

 

- Khan... Se você soubesse o que eu passei pensando que nunca mais iria te ver... - Disse acariciando os cabelos do garoto.

 

- Vovô?- Veio o murmúrio fraco.

 

- Aqui Khan- Disse se levantando ao lado da cama, Khan subitamente sentou-se e o abraçou. – Acalma-se garoto, você acabou de ser operado- Disse deitando o neto sem ele ainda ter o soltado – E nem pense em chorar não sei o efeito disso nos seus olhos e pode não ser bom. – Disse ele retribuindo o abraço do neto.

 

-Pensei que nunca mais ia te ver. - Disse ele se esquecendo da raiva que tinha das palavras alusões a visão.

 

- Tudo bem garoto, até eu morrer você não vai se livrar de mim. - Ficaram mais um tempo abraçados ate que Nikolay soltou o neto e lhe deu um beijo na testa. – Assim que tirar esses tampões vai ter que passar alguns dias no escuro pra ai ir pra luz.

 

- Do que está falando?-

 

- Conseguiram tirar a película branca dos seus olhos. -

 

- Isso quer dizer que...

 

- Sim. –

 

 

 

Kaius se preparava para sair de seu escritório quando Laura entrou.

 

- Conseguiu a guarda provisória.

 

- Provisória mesmo, mesmo sendo os tios Lilian tem preferência na guarda se Klaus estiver mesmo incapacitado fisicamente, e Voltaire pode recorrer dizendo que Kai estava há mais tempo com ele.

 

- Consigo argumentos contra aquela droga do meu pai, só temo que Lilian queira separe os dois de Klaus, ele não vai resistir se isso ocorrer. Ele é muito orgulhoso e só eles conseguiriam desdobrá-lo... –

 

- Sinto lhe dizer que ela não vai querer nem ver Klaus por perto, depois da traição...

 

- Traições você quis dizer... Não me olhe com essa cara Laura, você acha que mesmo ele sendo um ser maquiavélico dos infernos não temos esses tipos de papos?-

 

- Por que nunca...

 

- Laura isso foi há quinze anos, eu estava numa cama de hospital e houve o milagre dele me pedir desculpas, que já é muito vindo dele, ele veio me falar isso depois que eles tinham assinado a separação com a Allany no colo, você acha que eu ia falar isso pra você achar que eu estava delirando. Amor... Você sabe que eu sou assim.

 

- Kaius, você me assusta. Mas mesmo assim temos que fazer algo, Allany e Kai acham que ela morreu...

 

- Querida, do momento em que um anjo maquiavélico com cara de santo contou pro Khan que eu sou o pai dele, eu não quero nem imaginar quem e como vai poder contar pros dois que a mãe deles não morreu. Alias daqui a pouco até minha mãe sai do tumulo pra se juntar a essa família, em menos de um mês aparecem dois parentes e mais o ex-sogro.

 

-Kaius você não está bem.

 

- Depois de ver o meu irmão daquele jeito e a visita do meu pai, eu estou querendo tomar o primeiro porre da minha vida.

 

Ela começou a rir e abraçou Kaius.

 

- Você não tem igual.

 

- Tem um idêntico na UTI, mas você não gosta dele não.

 

- Kaius, vamos você tem que ir ver o seu filho.

 

- tive uma idéia melhor, antes de ficar indo pra lá e pra cá vamos juntar todos eles no mesmo quarto, Khan não vai ir fazer coisas coisadadinhas com a Allany com o Kai junto.

 

 

Kaius visitou o filho que estava discutindo com o avô sobre sabe deus o que, depois que conversaram um pouco foram ver os gêmeos, ficaram lá um pouco ate que Allany pediu pra falar com o tio a sós e ele não teve como negar o pedido dela.

 

- Ally, eu vou deixar você ver Klaus, mas eu já te aviso, vai ser difícil pra vocês dois, ele vai sentir-se melhor com você indo lá, mas você tem que saber que ele não vai poder reagir a nada, ele não pode falar por causa da traqueotomia.

 

- Eu agüento – disse ela respirando fundo.

 

- Venha Ally.

 

Ela acompanhou o tio ate a UTI. Kaius a deixou na porta do quarto.

 

- Vá ate a cama e fale com ele baixo, ele vai se assustar por causa do pouco contato que ele esta tendo, mas vai ficar tudo bem. Se perceber que não vai agüentar diga pra ele que tem que ir e saia vai ser melhor pra vocês dois.

 

-Certo- disse ela entrando e olhando para o pai, teve vontade de chorar na hora, mas segurou as lagrimas. – Pai- chamou ela baixo Klaus abriu os olhos ela acabou por encostar seu rosto no do pai. -  convenci o tio Kaius a me deixar vir ver você...agora eu posso te ver mesmo...Pai não importa o que você tenha feito, eu só quero que você melhore, e não vou te largar de vez agora...- disse ela contendo as lagrimas ao maximo. – Não vou poder ficar pai. – disse ela dando um beijo no rosto de Klaus. – prometo que o convenço outra vez.- disse se despedindo. Ela foi para o tio, acabou por chorar em seu colo por alguns minutos.

 

- Venha, vão ta animar.

 

Assim que chegaram no quarto.

 

- Jerinpaduncio manco de duas caras, o que você esta fazendo aqui?-

 

- Sim eu to bem Allany e você.

 

- Tudo bem seu retardado, amor da minha vida. -

 

- Khan- chamou Nikolay – Pode responder dessa vez. - disse rindo.

 

- Allany, sua manteiga derretida metida a margarina misturada com Helmans de leite, vai derreter em outra vizinhança sua versão mal feita de boneca de pano lavada. -

 

-Olha quem fala seu limão com vinagre que finge ser um açucareiro!

 

-Pelo menos eu não choro por qualquer coisa.

 

- Pelo menos eu não tenho uma raposa de pelúcia até hoje.

 

- Pelo menos eu não choro nela como você choraria.

 

- Idiota.

 

- Energúmena.

 

- Pergunta: vocês tem alguma noção ainda?- Questionou Kai enquanto Nikolay e Kaius tentavam parar de rir.

 

 

- Creio que um pouco.

 

- Por que não faz aquele jogo com eles?- disse Nikolay

 

- O do curso de teatro que o senhor me enfiou pra fazer?-

 

- Esse mesmo.

 

- Com todo perdão da palavra, isso vai dar merda...- disse ele.

 

- Do que estão falando?- perguntou Allany.

 

-Você vai ver, - Depois de explicar como funcionaria o jogo Khan começou:

 

-Bem nos estamos em três-

 

- Eu jogo com vocês- disse Kaius.

 

Então ficou Khan e Allany e Kai e Kaius, então jogaram por um tempo ate que Khan e Klaus acabaram juntos e depois do. “Eu acho que você poderia ser meu pai”. E do “Você ainda tem duvidas” que somente 3 pessoas no quarto entenderão Kaius voltou para seu escritório.

 

Ficou lendo os exames de Klaus por algum tempo ate que uma batida na porta chamou sua atenção.

 

- Kaius, posso falar com você- Kaius olhou bem a mulher magra de cabelos azuis cortados extremamente curtos atrás e um pouco, mas longos na frente vestida com uma saia bege e uma blusa azul escura de mangas longas por cima.

 

- Lilian... Não esperava a ver tão cedo.

 

- quero saber como estão os meus filhos.

 

- bem, apenas em observação, Klaus esta pior.

 

- Klaus é um caso a parte. A guarda deles fica por 1 mês com vocês e depois passa pra mim, como eu tenho certeza que Klaus disse pra eles que eu morri precisava que alguém falasse isso pra eles.

 

- Lilian eu queria te pedir que não separasse eles de Klaus agora-

 

- Ele arrancou eles de mim, por que não faria isso?´-

 

- Por que eu sei que você diferentemente dele tem sentimentos e não o deixaria morrer por isso.

 

- Klaus disse nunca precisar de ninguém.

 

- e você pode jogar isso na cara dele depois, Lilian, Klaus está tetraplégico e cego, se você tirar os gêmeos de perto dele...

 

- Vou pensar.

 

- Eu vou levar pra te ver Klaus depois eu separo os meu filho dos seus e você fala com eles.

 

- Seu filho?

 

- Longa historia, Te conto a caminho da UTI.  Assim que chagaram lá Kaius entrou primeiro pra falar para o irmão que ela estava ali. Assim que ele saiu ela entrou e deu uma boa olhada para Klaus, ele estava coberto ate os ombros, a traqueotomia era extremamente visível, os olhos dele estava abertos, ela ficou em silencio ate se aproximar.

  

  - Klaus... Tão imponente e forte agora preso nessa cama. Sei que não quer que eu os tire de você, mas você levou Kai, e depois me arrancou a Ally de mim sem ao menos deixar eu me despedir dela, sem falar em tudo mais que você me fez- disse ela com a mão nos cabelos do ex-marido. – Mas sabe... Eu sou mesmo uma idiota Klaus, que depois de tudo isso, eu ainda não consegui deixar de gostar de você, por mais que sinta um ódio infernal de você ter me separado dos meus filhos eu pensava que um dia você mudaria Klaus, mas agradeça ao seu irmão não vou deixar eles longe de você por que sei que eles vão sofrer por sua culpa, eu vou cuidar de você, por mais que  minha vontade fosse te deixar as custas de deus uma vez na sua vida. – disse ela se inclinando na direção do rosto dele – Klaus, eu ainda te amo, mas só aceitar isso, quando você souber o que é amar verdadeiramente- disse dando um beijo leve nele. – Vou falar com os nossos filhos, dizer que vou ter compaixão do pai deles- disse saindo.

 

 

Kaius foi com ela até o quarto onde estavam os gêmeos e Khan, pelas risadas que davam para se ouvir do lado de fora pareciam estar se divertindo.

 

Lilian sorriu à medida que se aproximavam da porta, ouvir os risos de Allany e de Kai para ela era algo muito nostálgico. Eles finalmente entraram no quarto, Nikolay olhou para porta e viu Kaius entrar primeiro, em seguida veio a moça. As crianças se viraram na direção em que Kaius vinha e Allany que antes ria animada arregalou os olhos e sentiu um forte arrepio:

 

-Ma...mamãe? –perguntou ela trêmula, Kai olhou para a moça na porta que agora tinha lágrimas nos olhos, sabia que era um rosto familiar, mas não era possível que fosse sua mãe.

 

-Ally... Kai... –Ela foi se aproximando da cama. Allany não conseguiu agüentar e acabou desmaiando no colo de Khan.

 

-Allany!-Chamou ele ao sentir a menina desabar em seu colo. –Dei sorte de não ser um saco de batatas. –Disse abafando o riso com a mão.

 

-Andrey. – Disse Nikolay em tom severo, o menino se calou imediatamente.

 

Kai olhou para irmã desmaiada, mas logo voltou as atenções para a mulher que foi as pressas até Allany a pegando nos braços e enchendo-a de beijos.

 

Kaius se aproximou de Nikolay e disse:

 

-Acho melhor levarmos o Khan para fazer uma retinografia. –Nikolay assentiu e depois de tirarem  o menino dali e irem para sala de exames Allany foi acordada pela enfermeira.

 

-Hã... O que está aconte... –Quando sua visão ficou um pouco mais nítida ela reconheceu o rosto da mãe:

 

-Tudo bem filha sei o que está pensando. –Disse Lilian. Allany se sentou na cama, Kai estava ao seu lado ainda de queixo caído.

 

-Mas mãe... Você... Estava...

 

-Não Allany, eu não estava morta.

 

-Como isso é possível? –Questionou Kai.

 

-Seu pai, tirou vocês de mim após a separação. –Disse ela olhando para o chão. –E  eu tenho procurado por vocês todos esses anos. – Allany abarco-a chorando. Kai meio que por impulso a abraçou também. Depois que se acalmaram Lilian revelou o motivo da visita:

 

-Como o pai de vocês está muito debilitado pelo acidente, a guarda de vocês de ficará comigo. –Allany arregalou os olhos e já foi protestando de imediato:

 

-Não vai me deixar longe do meu pai! –Kai olhou a irmã fazendo escândalo e tentou acalmá-la:

 

-Ally calma. –Mas nada adiantou.

 

-Não, não vou ficar longe do papai ainda mais agora....

 

-Eu não disse que faria isso- Respondeu Laura calmamente. –Por que ao contrário do Klaus eu não sou capaz de fazê-los sofrer. – Ela acariciou o rosto da filha.

 

-Mãe... –Allany queria se desculpar pela falta de educação, mas Lilian disse que não tinha problema é natural que estivesse nervosa depois de tudo o que passou.

 

Ficaram os três ali conversando por algum tempo até que Kai e Allany adormeceram com a cabeça deitada em seu colo.

 

No dia seguinte os gêmeos receberam alta.

 

- Tio, será que... - começou Kai olhando para Kaius sentado na cama.

 

- Você tem que tentar.

 

- Algum problema?- perguntou Lilian olhando para os dois.

 

- Kai estava com alguma dificuldade pra andar, você o apóia Lilian?-

 

- Sim- disse ela ajudando Kai a levantar, um pouco tremulo  ele se pós de pé, ia ter alguma dificuldade para andar mas na estava quase.

 

- Você vai ficar com as muletas por umas semanas, mas logo vai estar andando normalmente.

 

- Tio, nos podemos ir ver o papai?-

 

- Klaus esta dormindo no momento Allany, creio que seria melhor vocês irem para casa, se acomodarem, falarem mais com a mãe de vocês e amanha vocês visitam ele.

 

- Vamos Allany.

 

- Sim, tchau Khan- disse dando um beijo no garoto. Eles se despediram e foram para casa.

 

 

 

Uma semana depois.

 

Kaius estava sentado na beira da cama de Khan, os dois estavam sozinhos e ele havia decidido tirar os tampões dos olhos do menino.

 

-Khan, o quarto esta quase sem luz, mas mesmo assim os seus olhos vão arder um pouco.

 

- certo.- ele tirou os tampões e o garoto abriu os olhos.

 

- tudo bem?-

 

- sim- disse ele olhando para o pai sorrindo.

 

- Você tem heterocromia. -

 

- Traduzindo?-

 

- Olhos de duas cores.

 

- Nem lembro a cor deles – disse olhando em volta pela primeira vez em 13 anos.

 

-  o direito é azul claro o esquerdo é verde esmeralda, vai demorar a você a se acostumar com a lus.

 

- estou feliz de estar vendo pai.

 

- Seu avo vai me esganar por ter feito isso longe dele.

 

-  Ele não vai te matar, você é meu pai , ele não mata pessoas da família ate onde eu sei.

 

- Kaius, por que não esperou eu chegar- Disse ele abraçando o garoto.

 

- Você gostou da surpresa.

 

- Adorei, olhos iguais aos da mãe

 

- e olha que isso é extremamente  raro em humanos – disse Kaius bagunçando os cabelos do filho. – Esse lacrimejo é normal, quando você tiver contato com mais luz vai ser mais constante.

 

- Não sendo sangue tudo bem.

 

A tarde Khan estava dormindo quando alguém veio o acordar.

 

-Khan... -

 

- Ally?- disse ele abrindo os olhos.

 

- Você esta enxergando?-

 

- sim. – disse ele a beijando.- foi ver o seu pai?-

 

- Ele vai ser transferido para um quarto. Ai eu vou depois, queria te ver.

 

- Eu mais ainda- disse ele sentando na cama, ela sentou na beira e eles deram um verdadeiro amaço.

 

-Pai!- surgiu Allany na porta correndo para lhe dar um beijo no rosto.

 

-Ally, sempre estardalhosa – falou ele sorrindo, Allany já conseguia ficar com o pai mais naturalmente.

 

Depois de alguns minutos de conversa Klaus estava exausto.

 

- Crianças, o pai de vocês tem que descansar.- Os dois se despediram de Klaus e foram ate o corredor com Lilian- seus tios vão estar lá em casa, vou passar a noite com o pai de vocês ele precisa de companhia essa noite.

 

- Tudo bem.- disseram os dois olhando para a tia que surgia na ponta do corredor. Ela se despediu dos filhos e voltou para o quarto.

 

- Eles já foram, precisa de alguma coisa Klaus?- perguntou ela arrumando o cobertor.

 

-  pode me dar água? – pediu ele um tanto quanto sem jeito.

 

 

- Sim, só espere um pouco.- disse ela pegando uma seringa sem agulha que era mais bojuda que as de injeção e tinha a ponta fina um pouco mais longa, ela encheu a seringa de água de uma jarra que estava no criado mudo. – ainda bem que você foi casado com uma enfermeira – disse ela, dando a água devagar para Klaus, que tinha alguma dificuldade de engolir. – em algum tempo você vai conseguir firmar o pescoço e em dois ou três meses pode estar sem a entubação.- ela mexeu no cabelo - Nunca imaginei isso.-

 

- Lilian...acha que esse é o castigo que eu mereço?-

 

- Klaus, ninguém merece ficar assim, você fez coisas ruins, basta se redimir agora, quanto a sua condição, você pode se recuperar.- disse lhe dando um beijo – agora durma, você ainda esta muito fraco.

 

Klaus adormeceu logo.

 

 Se passaram alguns dias ate que Kaius apareceu no quarto com uma boa noticia.

 

- Não enrole Kaius- reclamou Klaus

 

- Descobri o problema dos seus olhos, com uma cirurgia você pode voltar a ver.

 

- Kaius, tem certeza? – disse Lilian.

 

- sim, não quis dar falsas esperanças antes de confirmar. A cirugia pode ser feita depois de amanha.

 

- Alguma objeção Klaus?

 

- Não. – disse Klaus enquanto Lilian mudava seu corpo de posição na cama.

 

- Certo, vou prepara tudo, se precisar de algum mandem me chamar.

 

- Tudo bem.

 

Se passaram vários dias e logo todos estavam em casa Klaus estava deitado olhando para o teto quanto Lilian entrou no quarto após ter ido atender uma ligação.

 

- O seu filinho está vindo pra cá.

 

- Kaliban? Pensei que ele não estivesse nem querendo saber se estou vivo.

 

- Ele muda de opinião bruscamente, como se você não o conhecesse. Acredite, depois que você ver ele vai querer que a cirurgia não tenha funcionado.

 

- O que ele aprontou dessa vez?-

 

- Você verá. Quer ficar um tempo na cadeira de rodas?-

 

- Pode ser – disse ele.

 

Alguns minutos depois Allany apareceu no quarto com Kai, Klaus ficava feliz só de ver os filhos tentando animá-lo. Como Khan e Nikolay haviam ido para a casa de Kaius, o que Klaus estava dando graças a deus  por causa do medo do garoto e Allany passarem dos limites, agora era só ele, sua ex mulher e seus filhos.

 

No dia seguinte Klaus e Lilian estavam na sala do  térreo quando Allany entrou gritando.

 

- MÃE! Tem um treco esquisito na porta!- Disse ela assustada

 

- Seu filho chegou- Disse ela indo ate lá. Klaus riu.

 

- Filho? Aquela coisa esquisita é meu irmão?-

 

- Aparentemente- Disse ele sorrindo.

 

Lilian voltou acompanhada de um rapaz com 25-26 anos com sigo, ele tinha 1,88  e o corpo musculoso, tinha o cabelo das cores do de Kai  só que a parte de cima era cortada em forma de Moicano, mas ele não o levantava com gel o deixava caído e a parte azul escura era comprida ate um palmo abaixo do ombro e em rastafári bem finos,  tinha os olhos vermelho sangue, em seu pescoço do lado direito havia a tatuagem de um dragão que começava em seu ombro, tinha um piercing de argola  no lábio inferior do lado direito  dois na sobrancelha direita tinha um brinco de argola na orelha direita e um piercing na esquerda que lembrava uma espada que ficava enfiada na parte de cima da orelha, Estava vestido com uma camiseta regada que ficava colada em seu corpo preta, um colete roxo escuro uma calça de couro preta e um coturno também preto, tinha  um bracelete de espinhos  no braço esquerdo e outra tatuagem no direito mas de um espinheiro em seu pulso e usava um pentagrama no pescoço.

 

- Parece que nunca me viu na vida Allany- disse ele sorrindo, tinha a voz extremamente grossa e rouca.

 

- Uma coisa feia desse jeito não- disse ela se escondendo atrás do pai que ria de tudo isso.

 

- Bem vindo Kaliban- disse Klaus.

 

- Obrigado pai- disse ele cruzando os braços Lilian tinha certeza que ele e Allany iam arrumar encrenca, ela também percebeu que ele estava um tanto quanto abalado com a situação de Klaus apesar de não demonstrar.

 

- Hey pestinha, cadê o seu clone em versão masculina?

 

- Kaliban isso é jeito de falar de Kai?- brigou Lilian.

 

-Eu to me controlando pra não chamar aquele trequinho ali de minhoca louca.- Disse apontando para Allany.

 

- Continua com a mesma carinha de “ Mamãe me explica o que ta acontecendo” – disse Kaliban.

 

- Você não tem jeito mesmo- disse Klaus. – Se formou ao menos?-

 

- Ela me obrigou-

 

- Agora pergunta o no que ele se formou e como ele conseguiu esse bronzeado.

 

- Ninguém mandou você me dizer faz qualquer coisa.- Disse ele piscando.

 

- Ele se formou em medicina e esta morando na áfrica.

 

- Tem certeza que você não me traiu com o Kaius pra fazer ele?- Questionou Klaus.

 

-Depois da vodca daquele dia, nem eu sei quem era quem. – Kaliban estralou o pescoço e balançou a cabeça, seus pais nunca iam mudar.

 

- Hey, falando nisso, que historia loca é aquela que me falaram que o tio Kaius está quase andando? Ele não quebrou a coluna?-

 

- Te aconselho a nem querer entender- Disse Klaus enquanto o filho se aproximava.

 

 

Na casa de Kaius...

 

- Vô como assim o senhor vai pra Rússia, e quanto a mim?

 

- Volto em alguns dias, você vai ficar com o seu pai, vou tentar voltar para o natal.

 

- Mas...

 

- Sem, mas Khan- disse ele fechando a mala. – Khan, eu não vou viver pra sempre, você tem que se acostumar a não me ter por perto às vezes. – Disse ele. – Vou ficar bem garoto.

 

- Tá- Disse desanimado.

 

Continua.

 


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Notas finais do capítulo

Acabou!!!!!!!!!!xD
Qnd eu tiver ao menos 2 reviews... Se bem ki só 2 leitores meus deixam review. U.U" Por fim... qnd eu tiver minhas reviews eu posto o capi 28 xD Sou sacana eu sei, mas tenho ki fazer isso para ao menos ter algum comentário segestão... qualquer coisas que me deem animo pra continuar a fic. E não me venham mandando review pedidno ação pq a fic é de drama!u.u" E bem é isso xD
kissus pra vcs me fuy



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