De Volta ao Lar escrita por Hiwatari Tsuki


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

GENTENNNNNNNNNNNNNNNNN Voltei xD
Depois de quse um ano0 eu tô de voltan e para a alegria dos leitores a fic tbm vai continuar.
Agradeço as reviews de todos!!!!!!!!!xD
Bem aproveitem o capi e deixem review ok?

kissu kissu



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Khan ainda não conseguia se conformar com o fato de que seu avô estava voltando para Rússia e não o levaria junto, mesmo que só por alguns dias.

 

-Mas por que o senhor tem que ir? –Questionou pela quinta vez.

 

-Já disse que volto em alguns dias, não precisa se preocupar. -Respondeu Nikolay.

 

Khan olhou com raiva:

 

-Não respondeu minha pergunta. –

 

Nikolay suspirou aquilo já estava se tornando irritante:

 

-Eu vou, pois tenho negócios a resolver-

 

-E por que não me leva junto?-

 

-Por que é perigoso. Além do mais agora você está começando a se entender com seu pai. – Khan levantou do sofá visivelmente nervoso.

 

-Eu quero ir. –

 

-Não! –

 

-Então fica aqui ao menos até o natal. –

 

-Eu já disse que volto em alguns dias. Agora me de licença ou eu vou me atrasar. –Disse Nikolay indo em direção a porta.

 

Khan subitamente se colocou na frente da porta, barrando a passagem. Nikolay parou e ficou olhando para o menino, aquele comportamento infantil já estava se tornando irritante, mas Nikolay não queria viajar brigado com o neto então tentou manter a calma e ser o mais compreensível possível:

 

-Khan, por favor, me dê licença. –

 

-Não! –Respondeu o menino.

 

-Agora já chega!- Bradou Nikolay. Khan se assustou quando foi empurrado a prensado contra a parede.

 

-Escute aqui Andrey, eu não tenho tempo para aturar manha, eu disse que vou e você não vai me impedir, então para de frescura. Já não tenho mais paciência para aturar suas infantilidades. –Ele Viu que o rosto do menino retratava espanto, medo e decepção misturados. Ele então o soltou:

 

-Desculpe. –Estava um tanto atordoado passou a mão pelo rosto e em seguida saiu do quarto sendo seguido pelo olhar triste do menino.

Khan foi para seu quarto irritado e se jogou na cama.

 

 - Custa ele me entender uma vez na vida?- Disse socando o travesseiro

 

 Ficou ate uns minutos em silêncio até que a porta foi aberta e uma almofada voou em sua cabeça

 

 - Ande Khan, chega de frescura. - Disse Kaius entrando no quarto.

 

Khan se sentou na cama pegando a almofada e jogando contra Kaius.

Ele desviou com facilidade e se aproximou da cama:

 

-Então ta de TPM? –Ele recebeu um olhar irritado do menino que não parecia estar a fim de conversa.

 

-Me deixa quieto. –Respondeu Khan se jogando na cama de novo.

 

-Sei que você está assim por causa do seu avô. –

 

-Se for isso e daí? O que você tem a ver com isso Dr.Kaius? –Khan colocou bastante ênfase na ultima parte pra ver se irritava o pai.

 

Mas ao contrário do que se pensa ele sorriu e disse:

 

- Você fala da Allany, mas é tão mimado quanto ela, aposto que daqui a pouco vai começar a chorar como criança. –

 

- No dia que eu me vestir de mulher e andar como uma retardada metida a emo sem noção que parece uma vaca leiteira com aquele sino na cintura ai sim você me compara a ela

 

Kaius arregalou os olhos, em pensar que ele dissera algumas vezes estar apaixonado por ela. Ele se sentou na cama do garoto e surpreendeu Khan fazendo-lhe cócegas. O menino se debatia para se livrar, mas foi em vão os ataques de risos eram inevitáveis, ele sentia os olhos lacrimejarem e a barriga doer.

 

Derrepente Khan jogou o corpo de forma brusca na direção de Kaius e acabou derrubando o pai e caindo por cima deste.

 

-Ainda bem que não é um saco de batatas- disse Kaius rindo.

 

- Babaca.

 

- Assim é melhor, xingando você não fica emburrado.

 

Derrepente a porta foi aberta e Laura entrou, ficou parada na porta tentando entender o que estava acontecendo. Kaius caído com Khan por cima, ela não pode segurar o riso:

 

-Quero ver como será quando você estiver andando Kaius. –Eles se viraram para olhá-la, Khan se levantou constrangido e Kaius levantou-se rindo, voltou a se sentar na cadeira:

 

-Vim dar um jeito na cara de burro lambido desse menino. –Disse apontando para Khan, ele virou o rosto e Laura voltou a rir:

 

-Vamos desçam o almoço está pronto. –

 

- Se prepare, vamos passar o natal na casa do Klaus, e seu outro primo deu as caras, acho que vocês vão se dar bem. – disse Klaus sorrindo, Khan passou a mão pelo cabelo levantando parte de traz. – Seu cabelo também é em duas cores?.

 

- Pai, eu não vejo a tanto tempo o meu cabelo que nem sei como ele é e não é.

 

- Seu cabelo é como o do Kai, só que como é comprido não mostra  a parte azulada, anda vamos descer.

 

 

 

 

Na casa de Klaus, Kai, obrigado pela mãe e pela irmã as estava ajudando com a decoração de natal interna da casa. Já Kaliban estava indo fazer companhia ao pai.

 

- Quer companhia?- questionou abrindo a porta, o pai que estava na cama o respondeu mesmo não podendo o encontrar no quarto.

 

- Seria bom. – disse ele. Kaliban então entrou no campo de visão do pai.

 

- Vou por as talas nas suas mãos, se não tomarmos cuidado seus dedos podem deformar com grande facilidade.- disse ele pegando as duas talas que estavam na mesa de cabeceira para recolocar nas mãos do pai. – sim pai eu tenho cara de punk louco mas levo a profissão a serio.-

 

- Sempre direto, desde criança você era assim.- disse enquanto o filho arruma os travesseiros.

 

- Ate onde você tem sensibilidade?- perguntou sentando ao lado da cama.

 

- um pouco abaixo do pescoço, mas ainda não consigo o manter firme, seu tio me disse que em algumas semanas posso começar a o mover.-

 

- Ele não foi nada otimista, não é bem a minha área mas você logo  vai estar começando a o mover, deixar a cabeça firme mais algum tempo.-

 

- Filho se importa de me trocar de posição, de certa forma me sinto desconfortável.- disse Klaus ainda não aceitando bem a ajuda, Kaliban se ajoelhou ao lado da cama e descobriu o pai, primeiro ele colocou a cabeça de Klaus de lado depois o tronco, colocou as mãos a frente de corpo para ai mover as pernas. – Obrigado- disse enquanto ele o cobria.

 

 

 

- Quer mais alguma coisa pai?-

 

- Não, obrigado filho, só a companhia já é muito. - disse enquanto Kaliban se debruçava na borda da cama. – Como foi lá?-

 

- Normal pra mim, a situação de lá e bem difícil, mas o trabalho é gratificante de certa forma, vai querer participar da festa de natal?-

 

- Contando que não me obriguem a estar presente na ceia...- disse ele.

 

- Pai, você tem que perder a vergonha de ser alimentado, em menos de oito meses você não recupera os braços.- disse calmo.

 

- é extremamente humilhante pra mim Kaliban.- disse ele fechando os olhos.

 

-  Pai, não é humilhante, você não esta em condições físicas para tais coisas, então é necessário, mas se você não quiser ir a mesa ainda eu janto com você aqui.

 

-Não quero estragar seu natal.

 

- Não vai estragar acha que vou de deixar sozinho?- disse sorrindo. – quer aproveitar que todos estão lá em baixo pra eu te dar um  banho?

 

- Não tenho outra escolha.

 

- Pare com a depre pai, vou arrumar tudo- disse levantando.

 

Na véspera de natal Kaliban estava deitado no chão da sala de estar cantarolando acabou papel enquanto Allany berrava com ele e o resto da família ria.

 

- Kaliban já chega – disse Klaus contendo o riso.

 

- Allany- disse Laura.- Kai, você sobe pegar um cobertor para o seu pai?.

 

-Pego.

 

-Laura não precisa se preocupar tanto comigo.

 

- Pai, você não sente frio no corpo, mas pode adoecer facilmente se não tomar cuidado.

 

- Tudo bem, vocês venceram

 

Meia hora depois a campainha tocou.

 

Lillian foi quem abriu a porta:

 

-Já não era sem tempo. –Exclamou ela mandando Kaius, Laura e Khan entrarem.

 

-Olá Lilli. –Disse Kaius cumprimentando-a, e em seguida foi falar com o reto da família.

 

­­­Laura fez o mesmo, mas Khan se limitou apenas a dar um OI coletivo para os presentes.

 

-Khan que bom que veio. –Disse Allany agarrando-o pelo braço e o levando para o centro da sala.

 

-Para de me puxar Allany. –Disse ele se soltando da menina.

 

- Oque foi? Comeu bosta vencida?-

 

-Allany comporte-se. Disse Klaus.

 

-Ora, ora vejam só... Não sabia que você estava namorando Allany ainda mais com esse aí. –Disse Kalibam apontando com a cabeça para Khan.

 

-Meu DEUS! -Exclamou Khan arregalando os olhos. –De que circo tiraram esse palhaço?

 

Kaius abafou o riso com a mão, aquela discussão seria boa.

 

Kaliban se levantou indo até Khan e dizendo:

 

- Ei cabelo de bonequinha de porcelana ta pensando que é quem.- Khan olhou para Kaliban ainda surpreso com um visual tão exótico.

 

- Alguém que não está a fim de perder tempo com as suas provocações. –Ele se jogou no sofá, estava amuado e parecia visivelmente cansado.

 

Allany se aproximou sentando-se ao lado dele:

 

-Que você tem hein?-

 

-Não é nada, só não estou a fim de papo. –Respondeu cruzando os braços.

 

-Ei minhoquinha louca deixa a bonequinha de porcelana aí e vai caçar o que fazer da vida. –Disse Kaliban.

 

-Cala boca peneira riscada, não torra minha paciência. –

 

-Tá bom já chega. –Disse Kaius. – Allany o Khan está assim por que o avô dele viajou e se recusou a levá-lo.

 

-Crise emo adolescente. –Disse Kaliban.

 

-Fica na sua oh treco horroroso. –Respondeu Khan.

 

-Pelo menos o meu cabelo é estranho, mas não de menina- disse sorrindo.

 

- Perguntei? – jogou na cara Khan.

 

- Do momento em que eu estou afirmando uma coisa você não precisa ter perguntado. -

 

-Muito bem, ele sabe gramática, mas não sabe se vestir.- Respondeu Khan olhando pro teto.

 

- Pelo menos eu não pareço um emo que foi vestido pela mamãe.

 

- DEIXA A MINHA MÃE FORA DISSO- disse irritado. Kaliban então se sentou mais certo e encarou o garoto.

 

 

 

- Muito bem, então para de gritar que pelo tom da sua voz e da maneira que esta forçando a garganta você está com uma infecção. – Disse ele serio se levantando e saindo do lugar.

 

- Ele tem problemas?- Perguntou Allany sem entender nada enquanto todos riam e Khan fechava mais a cara.

 

- Ele se formou mesmo?- perguntou Kaius olhando para Lilian.

 

- Sim, se enfiou na áfrica até poucos dias.- disse abraçando Klaus que olhava Khan e Allany no sofá.

 

No momento seguinte Kai que não estava na sala veio arrastado, literalmente por Kaliban.

 

- Verkay!- brigou Lilian.

 

- P.... Não da nem mais pra ir ao banheiro não?- brigava Kai levantando.

 

Kaliban mexeu no colar tribal que tinha no pescoço se jogou no sofá entre Khan e Allany.

 

- Alguém te convidou imbecil?

 

- Você que é a visita, então fica quietinho.

 

Khan virou a cara, aquele ali não tinha jeito.

 

- Pai. - Pediu Allany.

 

- Kaliban... Fique ai mesmo.  –Disse Klaus fazendo a menina ficar vermelha de raiva.

 

- Não seja mau com eles Klaus. - Disse Kaius olhando para o irmão que estava na sua frente, era estanho ver o gêmeo naquele estado.

 

- Do jeito que eles são... - Disse Klaus.

 

- Não dava pra você vestir algo decente?- Perguntou Allany a Kaliban.

 

Kaliban olhou pra sua causa laranjada Bufante, camista vermelha manchada de tinta azul e blusa verde limão.

 

- Digo o mesmo pra você, pernotinhas secas- falou olhando o vestido curtíssimo dela

 

- Vai se... -

 

- Allany- brigaram Klaus e Lilian. Ela virou emburrada pro lado também. Kalibam riu e apoio as mãos na parte de cima do sofá se colocando numa parada de mão para ai descer por trás do sofá e sair cantarolando acabou papel

 

-Ele não muda- Disse Kaius, quanto o sobrinho mais velho ia atazanar Kai.

 

- Deixe ele ser feliz, olha o jeito que ele se veste.- disse Klaus que não podia ver Kaliban correndo atrás de Kai mas ouvia.- Parem os dois ou vão se quebrar ou quebrar alguma coisa- Advertiu.

 

- Verkay, Alexander os dois aqui agora!- brigou Lilian indo atrás dos dois, enquanto isso Khan e Allany se aproveitaram para se beijar.

 

- Khan, Allany- chamou Laura sabendo da briga se os pegassem assim.

 

 Logo que Kaliban e Kai voltaram, o mais velho abraçou o pai e falou algo para ele, Klaus parecia muito cansado, ele discretamente tirou o pai dali sem que os outros percebessem.

 

- Onde estão Kaliban e Klaus- perguntou Laura percebendo o sumiço?

 

- Klaus devia estar precisando de alguma coisa.- disse ela Kaius entoa disse que logo voltava.

 

Kaliban havia ido com o pai ate um quarto de hospedes no andar térreo para o deitar um pouco.

 

- Melhor pai?-

 

- Sim, obrigado, pode me deixar aqui. Disse ele. -

 

- Nem pensar. – Disse ele jogando o cabelo caído pra trás

 

- Kaliban, eu já estou atrapalhando de mais.

 

- Mais que eu que sou um sarna? Nem, vou te cobrir e arranjar água pra você pai-

 

- Esta tudo bem?- perguntou Kaius chegando.

 

- Um pouco de tontura, vou pegar, água, fica com ele um pouco tio?-

 

- Sim, pode ir.

 

- Agora eu dependo do Kaliban e da Lilian pra tudo. – começou Klaus deprimido – alem de não pode fazer nada ainda sou um estorvo pra eles.

 

- Que é isso Klaus, eles te amam.

 

- Kaius, você pode se virar ao menos, logo vai estar andando, mas eu não posso nem  mexer a cabeça-

 

- Com o tempo você vai melhorar Klaus, principalmente com eles por perto- disse Kaius tentando animar o irmão.

 

- O quando mau eu falei de você e olha pra mim agora- disse fechando os olhos. – Eu fui mesmo um idiota todos esses anos.

 

-Klaus... -

 

- Você sabe que é verdade. - disse olhando para o gêmeo.

 

- Você tem seus filhos, eles vão te ajudar a se redimir e a se recuperar.

 

- Tio, tudo bem?...Pai? você esta chorando- disse se Kaliban se aproximando e se ajoelhando ao lado da cama.

 

- estou bem Kaliban.

 

-Pai...- disse secando as lagrimas do pai e o sentando para lhe dar água. Kaius olhou tudo aquilo com um sorriso tímido.

 

- Tio você chama o Kai e a Ally?-

 

- Chamo- disse ele indo.

 

- Kaliban... - disse Klaus receoso.

 

- calma ai pai.

 

Logo os gêmeos chegaram correndo.

 

- Pai!- praticamente berrou Allany indo pro lado do pai.

 

- Não se afobe Ally, eu estou bem- disse Klaus sorrindo levemente.

 

Kai chegou devagar e ficou do lado da Irma, estavam os 3 ajoelhados em volta do pai.

 

- Se estivesse bem não estava assim pai.- disse Ally preocupada.

 

Klaus acabou por deixar uma lagrima escorrer olhando para os 3.

 

- Pai... - murmurou Kai vendo aquilo.

 

Kaliban sentou o pai novamente apoiando sua cabeça e os gêmeos o abraçaram.

 

- Estamos aqui pai...

 

- É você vai ter que nos aturar até melhorar

 

Obrigado vocês três – disse ele sorrindo.

 

- Quer descansar mais um pouco antes de voltar?

 

- Acho que sim, disse ele enquanto o filho mais velho o deitava.

 

- Nos ficamos aqui com você- disse Kai.

 

- Não, já estraguei de mais a festa de vocês.

 

- Pai, nos só queremos que você fique bem, - disse Kaliban sorrindo.

 

- Mesmo assim, podem ir, eu vou ficar bem.

 

- Não, voltamos com você assim que se sentir melhor. - impôs Ally sorrindo.

 

Klaus sorriu, em alguns minutos estava novamente na sala.

 

O ambiente estava descontraído, Kaius, Lillian e Laura conversando com Klaus, enquanto Khan e Allany estavam sentados com Kaliban entre os dois cantarolando Jingle bell’s.

 

Khan já estava irritado com aquela musiquinha repetitiva:

 

-DÁ PRA CALAR A BOCA? VOCÊ ESTÁ ME IRRITANDO!-Bradou o menino irritado.

 

Kaliban olhou para Khan e continuo a cantar a música bem próxima ao ouvido dele.

 

Allany sabia que aquilo não ia dar certo. Khan já sem paciência levantou dali indo em direção ao outro sofá, mas Kaliban o agarrou e colocou nas costas e começou a rodar cantando a musiquinha.

 

-Me põe no chão! Está me deixando tonto. –Disse o menino que se segurava a camisa de Kaliban para não acabar caindo.

 

Kaliban ignorou o pedido do garoto e começou a rodar mais rápido, era impressionante o equilíbrio que ele tinha.

 

-Isso não vai acabar bem. –Disse Kaius acompanhando os rodopios de Kaliban com Khan nas costas.

 

-Kaliban solte-o. – Disse Lillian vendo que Kaius tinha razão.

 

-Me larga... –Khan Sentia seu estômago revirar e a cabeça doer.

 

-Solte-o Kaliban! –Disse Allany tentando parar o irmão.

 

Kaliban parou de girar subitamente quando ia colocar Khan no chão teve uma desagradável surpresa.  Khan vomitou em cima dele, então ele simplesmente jogou o garoto no chão praguejando.

 

-Khan você está bem? –Disse Allany vendo que ele ainda  estava tonto e também coberto de vômito.

 

-Eca vômito de emo- disse correndo em círculos.

 

.

 

-A culpa foi sua por ficar girando o menino por mais de cinco minutos. –Disse Lillian zangada. –Anda vá se trocar, e Kai arrume alguma coisa para o Khan vestir também.

 

-Tá- Kai subiu e foi procurar algo para Khan vestir e Kaliban também foi se trocar. Khan subiu tomou um banho e se trocou.

 

Kaliban voltou primeiro pulando da metade da escada para o chão caindo em pé, agora ele estava um pouco mais arrumado. Estava com uma calça de couro preta, coturnos, estava com uma camiseta preta com um desenho tribal em branco nela uma jaqueta também de couro, mas com um pelejo branco na gola, ele estava com a parte do cabelo de cima espetada reta agora.

 

- Aleluia, continua feio, mas ta arrumado- disse Ally enquanto ele dava uma chave nela.

 

Ele mostrou a língua pra ela.

 

- Esse ai não tem nojo de nada- disse Lilian rindo.

 

- Já fez um parto numa jangada com uma mãe com virose?- perguntou ele ficando em pé no meio da mesa de centro. - Alem do sangue tinha vomito, e do fedido.

 

- Como diabos você acabou fazendo um parto numa jangada?- perguntou Kaius.

 

- Aqueles malditos Kunawikagurikess só tem filhos se for numa ilha ou perto desta, como a peste tava tendo contrações e a maldita da parteira tinha sumido ou era eu ninguém...sobrou pra mim.

 

- E eles não estranham você?- perguntou Allany.

 

- Eu sou a única coisa branca em quilômetros tirando o resto da equipe que ajuda a gente lá, acho que depois de quatro anos...

 

- To falando desse seu visual de circo. – disse ela.

 

- Allany minha querida anta. Se você visse as tribos de lá ia me achar normal, muito normal falou ele pulando da mesa de centro pra uma poltrona

 

- É você lembra um macaco.- disse ela irritada enquanto Kai descia, minutos depois Khan  apareceu com a roupa emprestada do primo, que ficou meio justa já que ele era mais alto

 

- Você- disse Kaliban apontando pro primo- vem comigo agora ou eu te jogo pela janela e não duvide de mim. - Khan  foi  emburrado escada acima com ele.

 

Voltaram algum tempo depois, Khan estava com uma calça estilo skatista cinza uma camisa preta lisa do seu tamanho agora.

 

Na hora da ceia Kaliban e Klaus não foram para a mesa, como prometido o filho cuidou para que o pai não se sentisse mau por ter que se alimentado na frente de todos. Após isso foi à troca de presentes.

 

Foram todos pra perto da arvore e Kaliban pegou um presente e atirou na direção de Kai que por pouco não o levou na cara.

 

- Foi um perrengue pra pegar então não reclama- disse esse se pendurado numa luminária que era presa a parede. Kai abriu o presente e tirou de lá sua beyblade com o bit de Dranzer.

 

- Estava a semanas pensando em como ia recuperá-la como você consegui?- Kaliban simplesmente correu um pouco e se agarrou a parte de cima do corrimão a escada se jogando para o segundo andar.

 

- acha que eu não aprendi umas coisinhas- disse rindo.

 

- Ele foi adotado por uma família de macacos, só pode.

 

- Não pelos Ulukkungs, eles aprende esses trecos. – disse pulando de lá- Agora simbora abrir isso

 

Allany pegou um presente de baixo da arvore e o abriu. Tirou de lá uma pulseira de madeira com varias pedras presas por fios, ela olhou por um tempo o item tendo certeza que aquilo era um treco de Kaliban.

 

- Sem comentários Kaliban- disse ela pondo a pulseira no pulso.

 

Depois de vários presentes Allany achou o ultimo e menor que era por ventura seu. Ela abriu e achou duas alianças.Então encarou Khan, Kaliban que estava atrás comentou.

 

- Ainda bem que tem dois médicos aqui se ela não enfartar tem outro que infarta- disse rindo

 

Khan ficou olhando para a menina com um sorriso provocador no rosto, Allany com os olhinhos brilhando foi até ele:

 

-E então? –Disse ele esperando um pedido oficial.

 

Khan olhou para ela e em seguida para o resto da família:

 

-Bem, se me permitirem... Allany  aceita ser minha namorada?

 

Klaus sentiu o estômago revirar, mas não lhe passou pela cabeça proibir a filha de namorar Khan, contanto que eles não fizessem nada além de namorar.

 

Kai sorriu de canto, depois de tantos amassos que aqueles dois devem ter dado as escondidas um pedido formal daqueles não tinha sentido.

 

-É claro que eu aceito seu idiota de duas caras. –

 

-Então vamos selar esse compromisso como se deve criaturinha irritante. –Disse ele agarrando ela e partindo para um beijo daqueles.

 

- Muito bem, alguém me arranja uma passagem pra áfrica por que tem uma minhoca beijando um bichinho-cabeludo (NA/ em SP é Taturana, se ninguém entendeu é aquelas lagartas com pelo que queima) 

 

 

Eles se soltaram e Allany olhou feio para Kaliban que pareceu nem se importar. Ficaram mais algum tempo conversando até que Kaius decide ir pra casa pois já estava ficando muito tarde. Depois de se despedirem de todos eles Kaius, Laura e Khan foram embora, Khan voltou a ficar emburrado. Kaius sabia bem o motivo. Depois de chegarem em casa Khan disse:

 

-Eu vou dormir. –Ele foi para o quarto enquanto Laura ficou na sala com Kaius:

 

-Esse desânimo todo só por que o avô dele foi viajar?- Perguntou ela considerando que Khan estava com pura manha.

 

-Tente entender, esse menino é muito grudado no avô, mas Nikolay é muito duro com ele. –Respondeu Kaius suspirando e olhando na direção da escada. –Está tarde vamos para cama também. –

 

Já em seu quarto Khan estava deitado com a cabeça afundada no travesseiro que já estava encharcado pelas lágrimas, estava com raiva, do avô e chateado pelo fato dele não ter aparecido. Aquele era o primeiro natal em dezesseis anos que não passavam juntos. Depois de um tempo ele se levantou lavou o rosto e foi dormir.

 

Kaius foi acordar o filho no dia seguinte e o encontrou muito quieto na cama.

 

- Hey Khan, trate de levantar. - disse se aproximando da beirada da cama, mas logo viu que pelo jeito de filho ele estava com febre- acho que seu primo acertou, a garganta está doendo?-

 

- Bastante- disse ele rouco.

 

- Vou pegar a minha maleta e já venho.- disse vendo que Khan não estava bem mesmo, mais tarde ele deu o veredicto Khan estava mesmo com uma infecção na garganta

- Laura eu tenho que ir ao hospital, você fica um pouco com o Khan?- disse Kaius saindo

 

- Fico- disse ela subindo ao quarto do garoto que estava quieto nas cobertas com uma caneca de leite com mel.

 

- Tome, vai ajudar com a garganta- disse enquanto o garoto se sentava.

 

- Obrigado- murmurou ele rouco.

 

- Ainda desanimado?-

 

- Um pouco, mas tudo bem- disse ele tomando um gole do leite.

 

Eles conversaram um pouco, Khan passou o dia quieto, sua garganta doía muito e ele estava mesmo desanimado. Comeu o que conseguiu engolir no dia e a noite acabou por dormir cedo, mas acordou com um barulho no quarto.

 

- Eu saio um pouco e você já fica doente?-

 

- Vô? - perguntou ele abrindo os olhos e sorrindo.

 

-Desculpe não ter voltado a tempo, mas e então como pegou essa infecção na garganta?-

 

 

Khan balançou a cabeça negativamente como se dissesse que não sabia o motivo. Nikolay colocou a mão sobre a cabeça do menino e disse:

 

-Você só me dá trabalho. -

 

Khan se sentou na cama e Nikolay sentou-se ao seu lado. Tinha algo na mão um embrulho bonito que entregou para o menino abraçando-o em seguida.

 

Khan agradeceu e retribuiu abraço morno do avô e começou a desembrulhar o presente.

 

Era uma espécie de livro com uma capa aveludada em cor vinho, com as iniciais douradas gravadas na capa: 

 

K. E. R

 

 

Khan abriu-o e dentro viu várias fotos antigas, mas muito bem preservadas. Uma jovem de longos cabelos lisos acinzentados um rosto fino e delicado e seus olhos de duas cores... Segurava um menino ainda pequenino. A jovem moça tinha um sorriso tímido, mas ainda era alegre.

 

-Mamãe. –Sussurrou ele em russo.

 

Khan foi esfolheando o álbum devagar e sorrindo a cada foto. Quando terminou de olhar o fechou e se virou para Nikolay que perguntou entre um meio sorriso:

 

-Gostou do presente? –

 

-Adorei. –Afirmou Khan- Obrigado vovô.

 

-Não há de que. Agora descanse. –Khan colocou o álbum em cima do criado mudo e se deitou novamente. Nikolay o cobriu e saiu do quarto em seguida.

 

Uma lágrima escorreu dos olhos do menino, mas ao contrário da ultima vez essa lágrima era de felicidade e um pouco de saudade.

 

Nikolay desceu e encontrou Kaius na sala lendo um livro, ele se aproximou do genro dizendo:

 

-E então sabe me dizer como foi que o Khan pegou essa infecção?

 

Kaius fechou o livro e se voltou para o sogro:

 

-Não, foi repentino. Deve ser algum tipo de vírus ou algo assim. Mas sei de uma coisa, aconteceu no mesmo dia que você saiu de viagem.

 

-O que quer dizer?

 

-Khan ficou verdadeiramente abatido depois que você se foi, sinceramente Nikolay deveria ser mais amável com ele.

 

Nikolay o encarou com certa irritação no olhar.

 

-Eu sei como cuidar do meu neto, ele passou dezesseis anos sem precisar de você.

 

-Sim ele nunca precisou de mim, mas precisava de você. E não do que seu dinheiro foi capaz de dar para ele. –Disse Kaius com um tom sarcástico.

 

Nikolay não estava gostando daquela conversa:

 

-Kaius, o meu neto sempre recebeu carinho, não da maneira que você esta pensando, mas recebeu. Se não recebesse não ia ficar tão mau por eu ter ido e deixado ele com você. -

 

- Sim tem razão, pode ser que do seu jeito você tenha dado carinho a ele. Pena que só faça isso quando ele está praticamente morrendo. – Disse Kaius também já se irritando.

 

-Você acha que ele só recebe carinho quando está doente? Kaius, eu passei noites inteiras com ele no colo quando tinha três anos por que ele tinha medo do escuro. Fui eu que ensinou  ele a se virar um pouco sozinho, fui eu quem estava lá todo o dia pra cuidar dele por que Katherine não confiou em você pra isso, não sei os motivos dela, mas você não tem o direito de dizer que eu não dei carinho a ele.

 

-Você pode ter feito todas essas coisas pelo Khan, mas me diga quantas vezes você já disse que o ama? Quantas vezes você o abraçou verdadeiramente? Mesmo tendo feito tudo o que fez quando ele era mais jovem você se esqueceu que isso fez com que ele se apegasse mais ainda a você. E eu admito que nunca o vi demonstrando algum afeto para com ele.  Só por que ele tem dezesseis anos não quer dizer que ele seja menos dependente do seu amor do que quando tinha três.-

                                                                                                                                 

 

- Kaius - Disse ele extremamente serio- Você está com ele por perto a menos de dois meses, você nunca viu ele num dia em que ele precise realmente de carinho, eu tenho 62 anos Kaius, quanto mais eu posso viver, dois, dez anos? Ninguém sabe. Então, eu prefiro que ele sofra um pouco agora do que quando eu morrer e não ter mais ninguém com que ele confie, ele já conversou com você alguma vez algo que só um filho falaria para um pai? Não, não é? Khan não confia em você e se eu ficar por perto nunca vai confiar, ele gosta muito da Allany, mas mesmo assim ainda não é livre perto dela. Então entenda que você só vai fazer seu filho sofrer mais pensando assim.

 

 

 

- Sinceramente seu egoísmo é impressionante. -Disse Kaius um tanto enojado. -Não me venha dizer que está fazendo pelo Khan, está fazendo por você! Você mantém distancia do garoto, se mostra uma pessoa dura por que não quer se apegar a ele sabendo que pode morrer amanhã ou hoje. Começo a achar que não é o Khan que precisa de você, ele só quer estar ao seu lado para diminuir a SUA SOLIDÃO. Ele é mais HUMANO que você. -

 

 

- Como pode ter tanta certeza? Kaius, você sabe bem o que é ser largado não é, se não fosse Laura você teria ficado sozinho naquele hospital... Não adianta me olhar com essa cara que eu sei de tudo, meses na UTI por causa daquele tombo, e ainda por cima quando Katherine foi te ver você a mandou ir embora por que não queria ela do seu lado sabendo que ai ficar paraplégico, e ela tinha ido te contar que estava grávida do Khan, eu tentei te poupar, mas já que você quis ouvir isso, se não fosse Laura você estaria sozinho, se não fosse por você talvez Khaterine estivesse viva, mas não posso te culpar pelo destino, Khan salvou a minha vida de certa forma e ele sabe que eu o amo, então pergunte o que ele acha antes de vir jogar coisas na minha cara Kaius. -

 

-Eu sei por tudo que passei não preciso de você para me lembrar disso, quanto a Katherine realmente acho que fui injusto com ela, mas eu não queria que ela sofresse tanto quanto eu e Laura sofremos na minha recuperação. E pode até ser que eu tenha um pouco de culpa na morte dela. Mas a questão não é essa, todos nós perdemos coisas e pessoas importantes, mas eu acho que você sabe disso melhor que ninguém. Agora eu considero injusto que você está fazendo com Khan eu sei que se eu perguntar se ele acha que você o ama a resposta será sim. Mas só por que ele quer se convencer disso. Para sofrer menos com a sua indiferença!-

 

- Indiferença? Você sabe do que esta falando Kaius? Você diz que eu não dou carinho a ele, mas por acaso você estava lá pra ver isso?-

 

-Eu não precisei estar presente, eu vi pela forma que ele age quando você está por perto, acho que você também percebeu que o Khan tem duas faces, a de um menino educado e responsável, ele só age assim quando você está por perto, e quando você não está ele se torna sádico, ranzinza. Mas saiba que NENHUMA dessas faces é a do verdadeiro Khan. Eu vi nos olhos dele, ele te respeita Nikolay. Talvez por que te ame, mas na verdade é por que ele tem medo. Ele tem medo de você. Por que acha que ele mantém essa imagem dupla? Na verdade o Khan é só um garoto inseguro, assustado

ele é só um menino carente.

 

- Sempre foi e sempre será Kaius, Khan sempre foi um garoto calmo, tímido e carinhoso a seu modo, mas ele aprendeu a desafiar pra não ser visto como um coitado, aprendeu a tomar a figura respeitosa do meu lado por causa das situações em que ele esteve comigo, mas você nunca o viu sozinho e a vontade com o ambiente, você conseguiu ver a verdadeira face dele, mas ele a mostrou pra você? Num momento de descontração talvez, mas ele já sentou do seu lado, colocou a cabeça no seu ombro e ficou ali por alguns minutos quieto por mais que você falasse com ele? Não, ele nunca esperou um momento em que estivessem sozinho pra que mesmo com dezesseis anos viesse sentar no seu colo, nunca ficou te esperando só pra ir um pouco com ele na sala de musica, nunca se aproximou de você pra ter se quer uma conversa, então como pode dizer que ele tem medo de mim? Você quer tanto o seu filho que está pronto para qualquer coisa Kaius. Mas me julgando não vai conquistá-lo. –

 

 

Kaius sorri desdenhoso:- Se Khan realmente for o que você acabou de dizer eu admito que ele te ame mais que tudo nesse mundo. Todas as vezes que ele pediu para ficar com você, ele estava querendo sua atenção de alguma forma. Ele se sentia inseguro realmente ele fazia isso por que precisava que você provasse que realmente o amava, mas o que fez? Eu sei que o Khan tentava se aproximar, mas você

 Mesmo cedendo um pouco do seu tempo para ficar com ele nunca se mostrou muito interessado.  Eu posso não conhecer meu filho, mas eu conheço você. –Disse Klaus.

 

 

- Mas ele pai, largava tudo pra ficar comigo. - disse Khan entrando na sala. - Todas as noites depois que minha mãe morreu ate hoje era ele que ficava do meu lado. Todo o dia ele perdia esse jeito de serio só pra me animar, toda vez que eu ficava doente ele não começava a me dar carinho, simplesmente esquecia-se de tudo mais pra poder cuidar de mim, eu quase morri duas vezes e era ele quem estava lá segurando minha mão. Quando eu não queria falar com ninguém era ele quem conseguia me tirar do quarto. Pai eu amo você, mas não diga o que eu sinto e o que eu não sinto pelo meu avô- disse ele com os olhos marejados.

 

- Khan... - começou Nikolay, mas não pode continuar, ele e Kaius estavam sem ação, Khan abaixou a cabeça e levou a mão ao rosto, pai e avô ficaram horrorizados quando viram que a mão do garoto estava ensangüentada.

 

- Khan!- disse Kaius a ver o filho cair, Nikolay conseguiu o segurar antes de ele cair, os olhos do garoto estavam sangrando. – LAURA CHAME UMA AMBULÂNCIA- Disse Kaius tratando e ir dar o primeiro atendimento ao filho que desmaiava.

 

Horas depois no hospital Khan acordava com a conversa

 

- Cale a boca Kaius, pelo menos agora fique quieto-

 

-Nikolay...

 

- Vovô... - Chamou Khan baixo, Nikolay ignorou Kaius, que suspirou derrotado, e foi ate o neto.

 

- Aqui Khan, você teve um sangramento e desmaiou esta no hospital. - disse ele calmo segurando a mão do garoto que respirava com dificuldade.

 

Kaius se aproximou e colocou uma mascara de oxigênio no rosto do filho. Khan abafou um gemido de dor que cortou o coração de Kaius e Nikolay, quando acharam que o sofrimento havia acabado ele voltara.

 

- Pai... Por favor... Tire essas bandagens... - pediu ele num tom choroso.

 

Kaius suspirou e olhou Nikolay.

 

- Khan, você teria que ficar mais algumas horas com elas. - disse com a mão na cabeça do filho.

 

Kaius tirou devagar as bandagens do rosto di filho que apartava com força a mão de Nikolay. Assim que tirou os dois algodões Khan demorou um pouco a abrir os olhos, mas assim que abriu começou a chorar, Kaius gelou e Nikolay ficou petrificado ao ver os olhos de Khan totalmente brancos.

 

Nikolay foi o primeiro a tomar uma atitude e abraçar o neto que apoiou a cabeça em seu peito para chorar.

 

- De novo não, por favor, não- chorava ele tremendo, sua voz era de puro desespero, Kaius olhou Nikolay contendo também as suas lagrimas para poder ajudar o neto. Agora ele entendia o jeito fechado de Nikolay, ele tinha que ser forte pra ser uma base para Khan.

 

-Acalme-se Khan- dizia Nikolay enquanto acariciava os cabelos do neto. Kaius pegou um vidro  de calmante e colocou uma dose na seringa para colocar junto ao soro. Depois que fez isso mudou seu corpo ainda  para a borda da cama para ajudar o avô a consolar Khan.

 

Nikolay ficou abraçado ao neto ate ele dormir, Khan ainda tremia mesmo adormecido. Nem o avô nem o pai tinham coragem de falar qualquer coisa que fosse passaram-se alguns minutos em Khan começou a gritar mesmo dormindo, Kanabant viera em seus sonhos o atormentar, Kaius tratou de logo dar um remédio mais forte para o filho para ele perder completamente a consciência e reenfaixou seus olhos que recomeçavam a sangrar

 

-Vou ficar com ele. Avise a família de Klaus do perigo- disse Nikolay fracamente.

 

Na casa de Klaus Kai e Kaliban estava descendo a escada quando o mais novo simplesmente caio sendo amparado pelo irmão.

 

- Kai para de brincadeira. – disse Kaliban antes de ver que o irmão respirava com dificuldade. - Kai?- disse virando o irmão para ficar com o peito para cima.

 

- Eu não posso me mexer- disse ele fracamente

 

- Sinto muito- veio a voz de Norikage no ouvido de Kai.

 

- MÂE!- berrou Kaliban colocando Kai em seus braços.

 

- Não... Consigo... Respirar... - disse Kai tentando ao máximo buscar ar.

 

Logo em seguida ele ouviu o grito de Allany.

 

Horas depois estavam os pais, Madrasta, avô e irmão mais velho na sala de Kaius.

 

-Como eles estão?- perguntou Lillian ao lado de Klaus.

 

- Khan esta cego novamente, Allany esta sangrando, tenho quase certeza que ela vai perder a visão novamente. Kai aparentemente esta na mesma situação que Klaus se não pior.

 

- Esta dizendo que Kai está tetraplégico?- questionarão Kaliban e Klaus juntos.

 

- Sim.

 

 

- Dr. Kaius- entrou uma enfermeira extremamente agitada. – É o seu filho.- conseguiu dizer ela. Ele logo tratou de ir até lá com Nikolay junto.

 

Ele entrou no quarto e encontrou Khan gritando de dor, ficou vários minutos tentando descobrir o porquê, mas ficou tremulo ao descobrir o motivo, não conteve as lagrimas ao falar com Nikolay.

 

- O sistema nervoso dele esta em o que pode se chamar de colapso, qualquer toque ou movimento e ele sente uma dor inimaginável, estou lhe dando morfina, mas mesmo assim toda vez que ele respira é como e estivessem esmagando o peito dele. -

 

- Esta me dizendo que ele não vai poder nem ser tocado?-

 

- Sim. - Nikolay também não conteve as lagrimas

 

 

 

 

Na outra UTI Kaliban estava com Kai que acordava.

 

- Kai. - disse o mais velho sorrindo.

 

-Kali... –

 

- pode me chamar assim, sei que não consegue falar muito, você assustou todo mundo.- disse acariciando os cabelos do irmão. Kai olhou bem Kaliban cabelos em baixo de uma touca e estava sem os piercings e brincos com uma roupa branca, tinha agora um pouco da aparência de um medico.

 

- o que aconteceu. -

 

- Elas voltaram Kai... - disse Kaliban.

 

- Kali...- disse ele com lagrimas nos olhos

 

- tudo bem, Allany teve um sangramento mas esta bem, Khan esta em pior estado mas Kaius esta o medicando, vamos cuidar de vocês de nos livrar desses malditos.

 

- não posso me mexer...- disse Kai enquanto o irmão arrumava a mascara de oxigênio em seu rosto.

 

- você tem que ser forte, eles tiraram todos os seus movimentos. Disse com as mãos no rosto do irmão.

 

No quarto de Allany ela também acordava

 

- Ally.-

 

- Mamãe? O que aconteceu- perguntou ela fraquejante.

 

- você teve um sangramento nos olhos estamos no hospital. Kaliban esta com Kai e eu e seu pai viemos ficar com você.

 

-Papai esta aqui?-

 

-Estou querida- disse ele, ela sabia que ele estava meio longe por causa de sua condição física.

 

- Mãe eu quero sentar- disse ela, Lilian a ajudou, ate que notou algo diferente nela.

 

- O que foi querida.

 

- Não consigo mexer minhas pernas- disse ela assustada.

 

No quarto de Khan, Nikolay e Kaius estavam tendo uma conversa

 

- Eu quero induzir Khan ao coma. - Disse Kaius.

 

- Não a alternativa?

 

- Nem uma que tire a dor dele.

 

- Faça isso- Disse Nikolay chorando, ao ver no neto gritar de dor ao respirar.

 

- É o melhor pra ele agora. – falou Kaius se aproximando da cama- Khan eu tenho que mexer no seu braço por que esse medicamento tem que ser posto diretamente na sua veia, vai doer muito, mas depois vai passar.- disse virando o braço do menino para ter acesso as veias Khan gritou mais ainda de dor mas quando o remédio fez efeito foi se acalmando ate só respirar

 

- Sem dor- disse Kaius sorrindo tristemente.

 

- Vou ficar com ele mesmo assim. - disse Nikolay sentando-se ao lado da cama.

 

- tudo bem, vou ver Allany e Kai. - disse arrasados.

 

Kaius ficou mais horrorizado ainda ao saber do estado dos sobrinhos, Klaus estava como Nikolay e Lilian também, Kalibam ainda estava mais forte, mas mesmo assim não tinha o mesmo ar de sempre.

 

- Kali...-

 

- Aqui Kai, quer alguma coisa?-

 

-Água- disse ele.- Kaliban pegou uma algodão e umedeceu para passar nos lábios do irmão.

 

- Obrigado... Você fica estranho- começou ele

 

- sem os piercings e outras coisas alem das roupas?

 

-Sim... -

 

- Eu tinha que ficar com você. Então não custa mudar um pouco pra poder cuidar do meu irmão. - Disse bagunçando os cabelos de Kai. Você tem visitas. -

 

- Kaliban... Como esta se sentindo Kai?-

 

- Cansado tio.- disse enquanto Kaliban o cobria melhor – como estão Ally e Khan?-

 

- Khan está sedado e Ally dormindo- disse simplesmente. – Kai nos não vamos mantê-lo na UTI, mas você vai precisar de cuidados constantes de agora em diante

 

- Eu sei. - Disse o garoto triste. - Posso ver a minha irmã?-

 

- Você está muito debilitado Kai, vamos te trocar de ala, mas não podemos te expor a muita agitação, você e Allany se excederiam, Kaliban vai ficar com você.

 

- Você e Ally se vêem depois Kai- disse Kaliban ao irmão.

 

 

 

 

 O garoto fechou os olhos estava extremamente exausto. Kaius suspirou tudo aquilo havia acontecido muito repentinamente, primeiro seu filho e agora seus sobrinhos... Ele achou que havia se livrado das malditas feras que causaram tanto sofrimento a três crianças inocentes, mas agora de alguma forma  elas tinham voltado mais poderosas e tão cruéis quanto podiam ser.

 

Kaliban estava ao lado da cama do irmão olhou de esguelha para o tio e sussurrou para si mesmo:

 

-Vamos acabar com esses espíritos de algum jeito. –

 

Kaius se virou para Kaliban que estava checando a bolsa de soro de Kai:

 

-Vou falar com seu pai, cuide bem do Kai.

 

-Pode deixar. – Kaius saiu do quarto e foi falar com o irmão que estava no quarto com Allany e Lillian.  A menina parecia estar dormindo, Lillian estava sentada na cadeira ao lado da garota e Klaus ao outro lado só que um pouco mais distante. Kaius se aproximou do irmão:

 

-Kai parece estar um pouco melhor. E a Allany como está?- Disse olhando para a cama da menina que dormia tranqüila com a mãe ao lado. Lillian também havia adormecido.

 

Klaus disse que Allany estava um pouco mais calma e acabou pegando no sono depois de tanto chorar.  –Kaius voltou a olhar para a  cama da menina e suspirou um tanto triste.

 

- E quanto ao Khan? Como ele está? –Perguntou Klaus.

 

Kaius hesitou em responder, mas por fim disse:

 

-O estado dele acabou se agravando... –Ele se calou sentindo um forte aperto no coração. –Ele teve uma espécie de colapso no sistema nervoso, tive que induzi-lo ao coma.

 

-Mas... Por quê? –Questionou Klaus incrédulo.

 

-Ele sentia uma dor imensa só pelo fato de respirar... Não iria deixá-lo sofrendo. Mas eu não tenho certeza se o que eu fiz dará certo. –Concluiu Kaius um tanto nervoso.

 

No quarto de Khan o menino parecia calmo, Nikolay estava ao seu lado estava abatido e parecia muito exausto, ele não sabia por mais quanto tempo iria agüentar ver o sofrimento do neto.

 

Derrepente Khan soltou um gemido que logo se transformaram em gritos e suplicas agoniantes. Nikolay não entendia como ele poderia estar gritando daquela forma sendo que estava em coma. Mas Khan sabia que nem mesmo os poderes da medicina o salvaria da ira de Kanabant.

 

Nikolay chamou Kaius, ele tentou diminuir a dor do filho com remédios, mas foi impossível, logo Kaliban entrou no quarto.

 

- Tio, confia em mim?-

 

- O que quer fazer?-

 

- Preciso ficar a sós com ele, posso ajudar, por favor. -

 

- Deixe-o Kaius- Disse Nikolay ao ver o sofrimento de Khan

 

Assim que estava sozinho com Khan, Kaliban fechou os olhos por um estante e quando os abriu estavam totalmente pretos.

 

- Saia- disse ele logo o chacal se formou em sua frente.

 

Kanabant rosnou e uivou.

 

- Não sabe com o que meche humano!-

 

- Não pode me julgar Kanabant... - Disse ele enquanto o dragão tatuado desaparecia.

 

- Kaliban... Acha que pode me deter?

 

- Posso. – disse enquanto duas asas negras se formavam em suas costas.

 

- Você esteve entre eles...

 

- Eu sou um deles- disse sorrindo. – Os Ulukkungs me tomaram como filho, nem você podem negar isso, Saia de perto de Khan agora.

 

- Eu vou filho de Inikan, mas nem seu pai Xamã,  nem seu pai e seu tio poderão os salvar. - Disse sumindo. Kali se ajoelhou enquanto suas asas entravam novamente em seu corpo. Kaliban se aproximou da cama do garoto Khan estava mais calmo, derrepente a porta abriu eram Kaius e Nikolay.

 

Eles se aproximaram da cama:

 

-O que aconteceu?- Perguntou Kaius ao sobrinho enquanto Nikolay voltava a acariciar os cabelos do neto.

 

-Ele ficará bem ao menos por enquanto, não se preocupem. –Disse Kaliban, saindo do quarto em seguida.

 

-Seja o que ele tenha feito ajudou de alguma forma. –Disse Nikolay olhando para a direção em que Kaliban tinha saído. Mas logo sua atenção foi chamada por uma voz rouca e um tanto fraca:

 

-Vovô... –Disse Khan abrindo os olhos devagar e fitando a densa escuridão.

 

Nikolay se virou para o menino e Kaius estava realmente surpreso:

 

-Isso é impossível, como ele acordou? –Se perguntava Kaius.

 

- Aqui Khan, não esta sentindo nenhuma dor?-perguntou preocupado.

 

- Não...- disse ele se encolhendo na cama. Kaius se aproximou mais do filho.

 

Kaliban voltou para o quarto de Kai que dormia e deixou-se escorregar pela parede, tremia e respirava pesadamente.

 

- Você não esta pronto para esse tipo de combate meu filho- veio a voz do velho senhor negro vestido com uma túnica sentado a sua frente.

 

- Sei disso pai Lukkian... Mas não posso permitir que eles façam isso... -

 

- Aprenda a lutar contra você mesmo antes de enfrentá-los.- disse o velho sumindo.

 

-Kaliban. - chamou Kai. – Você esta bem? Sua respiração esta estranha.

 

- Estou bem Kai, volte a dormir. - Depois que Kai dormiu os olhos de Kaliban voltaram a ficar negros. - O que você quer Norikage?

 

- Você venceu meu pai... Merece ser ouvido. - Disse o Anjo de asas brancas ao de asas negras.

 

- Quero que os deixem em paz. –

 

- Não podemos. -

 

- Se não podem vou fazer vocês poderem e irão se arrepender. –

 

- Você está se enfraquecendo, não vai conseguir contra Kanabant.

 

- Não tenha tanta certeza- Disse levantando a cabeça – Retire-se - e ele sumiu.

 

Kaius já havia saído do quarto de Allany e estava indo rumo ao quarto do filho, mas encontrou Nikolay saindo e fechando a porta, vindo na sua direção em seguida.

 

 

-E o Khan... ? – perguntou Kaius.

 

-Está dormindo, agora que não está mais com dor pegou no sono rápido. Ele me pareceu exausto não acordará tão cedo. – Disse Nikolay. –Eu quero falar com você.

 

-Sim claro. –Ele e Nikolay foram para um lugar mais afastado do quarto de Khan para conversarem.

 

- Depois que o Khan melhorar... Voltaremos para Rússia. - Afirmou Nikolay fitando os olhos incrédulos de Kaius.

 

-Mas como assim? Agora não é seguro que tome essa atitude. Sabe que o problema que estamos enfrentando é algo sobrenatural... Ele pode ter problemas se voltarem, quem iria ajudá-lo se outra cena como a que presenciamos acontecer com ele? –Disse Kaius se referindo ao ataque que Khan teve e que quase o matou de tanta dor.

 

-Antes de eu trazê-lo para cá ele estava bem. –Kaius estava mesmo abatido com a noticia. Não teve muito tempo a sós com o filho para que houvesse aquela aproximação amigável entre os dois e agora Nikolay queria levá-lo embora sem mais nem menos. Mesmo sabendo que Nikolay estava tão preocupado com a segurança do menino, Kaius não tinha certeza se levá-lo de volta seria o bastante para mantê-lo protegido.

 

-E além do mais o ano letivo dele começa em algumas semanas. –Nikolay viu a decepção estampada no rosto do genro. –Sei que está se sentindo mal com tudo isso afinal queria se aproximar mais dele, mas entenda que talvez seja o melhor a fazer no momento. – Disse ele indo em direção ao quarto de Khan.

 

O garoto estava acordado, Nikolay se aproximou dele colocando a mão sobre sua cabeça:

 

-Achei que fosse acordar só mais tarde. –Disse acariciando a cabeça do neto.

 

-Eu acordei agora pouco, mas estou sem sono. –Respondeu Khan um tanto rouco.

 

Nikolay ficou ali, alguns minutos em silêncio, mas por fim disse:

 

-Khan... Vamos voltar para casa assim que melhorar.

 

O garoto virou o rosto subitamente para o avô:

 

-Vamos voltar para Rússia? Mas... Por quê? – Questionou o garoto.

 

-Por que as férias estão chegando ao fim, e você tem que voltar para escola. –Disse Nikolay.

 

Khan encostou a cabeça no peito do avô e começou a chorar:

 

-Achei que poderia voltar para casa vendo... –(N/A: Kyahhhhhhhhhhhhh a loka da autora aki tem fetiche por garotinhos ki choram. Kawaii. ^^)

 

-Tudo bem Khan, eu estou aqui. –Disse abraçando o neto. –Eu vou cuidar de você.

 

Ficaram ali algum tempo, até que Nikolay conseguiu fazer o neto dormir novamente.  Passou a noite ao lado de Khan, tudo o que aconteceu no decorrer daqueles meses... Coisas ruins e boas só serviram para alimentar esperanças, causar desilusões e decepções... Tudo de uma única vez mudaram a vida do garoto.

 

Nikolay sabia que Khan estava diferente, ele próprio havia mudado com tudo o que aconteceu.

 

-Daqui em diante não será fácil, mas farei o que for preciso para não vê-lo chorar novamente. –Sussurrou enquanto acariciava os cabelos do menino.

 

Continua...

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

E acaba aki mas daki a poko tem mais xD
E ai mereço reviews???????????????
by minna-san.



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