Love Me escrita por Andressa Calbeli


Capítulo 27
Despedidas e reencontro.


Notas iniciais do capítulo

Eu e minha tentativa de fazer um capitulo sem comédia ;-; ahuehue. É um dos meus capitulos preferidos



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Sério não acredito que meus pais já voltaram e me deixaram voltar logo para o Canada. Eles falaram que se eu quisesse voltar para o Canada eu poderia, e sim aqui estou eu no avião voltando para minha cidade querida.

FLASHBACK ON:

– Chegamos. – Meu pai disse, e veio me abraçar.

– Olá. – Falei acenando para meus tios e depois fui abraçar cada um. - Como foi a viagem? – Perguntei me sentando ao sofá.

– Ótima. – Minha mãe respondeu, eu sei que ela mentiu.

Pietro não tinha dado sinal de vida hoje ainda, e já tinha passado da hora do almoço, e por enquanto nem tinha me preocupado em procurar por ele ainda. Então, quando estavam todos distraídos resolvi procurar por aquele babaca que obviamente está no quarto dormindo.

– Pietro... – Chamei e nem sinal. – Pietro... – Chamei de novo e nada. Resolvi entrar no quarto logo então. – Pietro vem seus... – Assim que olhei para a cama dele ele não estava lá. Desci as escadas, e fui onde todos estavam.

– E então, cadê o Pietro? – Minha tia perguntou sorrindo.

– Hm, ele esta dormindo. – Sim, menti descaradamente.

– Até agora? – Meu tio perguntou desconfiado.

– É sim. Ele acordou tomou café e almoçou mais cedo, e logo depois voltou a dormir, disse que estava cansado. – Falei e dei um sorriso fraco, e o premio de mentirosa do ano vai para Isabelle.

– E por que ele estaria tão cansado? – Minha tia perguntou sorrindo maliciosamente.

– Não sei, acho que ele saiu ontem anoite ou algo do tipo. – Já estava cansada de mentir. – Então, vou dar uma volta já volto. – Falei sorrindo e saindo de dentro de casa.

Mas que saco, por que esse menino some logo hoje? Por que esse irresponsável não sumiu ontem? Não falei que eu tinha mais responsabilidade que ele. Agora eu tenho que mentir para acobertar esse pirralho, vontade de dar um soco bem na cara dele agora, eu não gosto dele, e acho que nunca nos daríamos bem obviamente.

Comecei a dar uma volta pelo bairro e parando no parquinho próximo ali de casa. Sentei em, um balanço velho, e quando eu digo velho é velho mesmo, cada balanço que eu dava um rangido saia, até que me acostumei com o barulho irritante.

Bom, não tenho nem um passo muito terrível e nem um passado muito bom. Sim, já fui uma garota com muitos amigos, a garota social que se dava bem com todo mundo, a que não ligavam pro que falavam dela (Isso não quer dizer que eu não ligue mais), uma garota doce, muito doce, sinceramente eu acho que todo mundo que tem esse sorriso no rosto, esconde um passado não muito bom.

Eu não gastei meu tempo sorrindo iguais essas pessoas que conseguiram superar seus passados, pode ser que ela sorri o dia inteiro e quando chega à noite? Desaba a chorar certo? Por isso nunca me preocupei em sorrir para todas as coisas.

Já tive meu coração partido sim por um garoto idiota, e uma pessoa que eu considerava “Minha melhor amiga”, depois disso tudo mudou, não era mas a garotinha sensível de sempre, não que eu não seja mas faço o máximo pra esconder (ou fazia), tinha prometido para mim mesma que nunca mais choraria por um garoto ou me apaixonaria por um, pra mim todos eram iguais, que todos iam fazer o mesmo. E um babaca me fez quebrar essa promessa, me fez ser a mesma garotinha sensível e frágil de sempre, não sei se devo agradecer a ele, ou se devo odiá-lo por isso, a única coisa que sei no momento é que eu o amo, amo com todas as minhas forças, apostei todas as minhas fixas nele, foda-se se ele vai me fazer sofrer, eu supero, não supero? Na vida acontecem muitas coisas, aparecem varias pessoas, das melhores as piores, todo mundo chora um dia, todo mundo sofre, mas não é nada que não passe, isso é só questão de esperar.

Eu já aprendi muito nessa vida, principalmente ser uma garota forte que não liga para nada e nem para os outros, mas alguém me fez mudar, a vida é uma montanha russa, em alguns momentos ela sobe e depois desce, ela esta boa e fica ruim, e quando você acha que não pode piorar, piora. Aprendi também a superar tudo, e todos, aprendi a ser eu mesma.

Senti algumas gotas de chuva cair sobre mim, e olhei em volta, e vi que era única ali. Sai dos meus devaneios e me levantei, comecei a caminhar o mais rápido possível para casa, quando estava quase abrindo a porta senti alguém me puxando e logo depois me beijando, eu sabia quem era, sabia que era errado, mas eu queria aquilo, e não queria, nos separamos assim que o ar se fez necessário.

– Me desculpa, mas eu precisava fazer isso. – Pietro disse, colocando a mão na nuca.

– Tudo bem, eu queria isso. – Falei e sorri.

– Sério? – Ele perguntou parecendo surpreso.

– Sério. – Falei sorrindo.

– Então, eu vou embora amanhã. – Ele disse e estava pensando por que diabos não entramos ainda, já que estava chovendo e eu estou cagando de frio.

– Eu sei. – Falei, já com o queixo tremendo.

– Vamos entrar. – Ele disse e abriu a porta para mim, quando vê assim pensa que é um cavalheiro.

Entramos juntos e recebemos olhares surpresos e preocupados. Ora, claro Isabelle, você fala que o menino está dormindo, sai, depois volta com ele e vocês estão todos molhados.

Subi para o meu quarto ignorando as perguntas e os olhares, me despi e entrei no chuveiro, deixei que a água quente me relaxasse, e me livrasse do frio infernal (Lógica cadê você?). Terminei de tomar meu banho e coloquei uma roupa quentinha, logo depois desci sabendo que estavam todos na mesa para jantar.

O jantar foi silencioso, só meus pais e meus tios que conversam de vez em quando, enquanto eu e Pietro nem tocávamos na comida direito, pedi licença e me retirei da mesa, fui até a área da piscina e o vento fazia meu cabelo balançar, a brisa gelada batia no meu rosto.

– Me lembro do primeiro dia que cheguei aqui. – Pietro falou e sorriu sem humor, me fazendo olhar para ele.

Continuei em silencio, deixando a brisa gelada me envolver, sentei e coloquei os pés dentro da piscina. Logo depois senti alguém se sentando ao meu lado e eu sabia que era ele, deitei minha cabeça em seu ombro e deixei o silencio tomar conta.

– Espero que possamos se ver por ai algum dia. – Ele disse acariciando meu cabelo.

– Também espero. – Falei, e sorri sem humor. – Onde você foi hoje? – Perguntei, brincando com a água.

– Só sai para pensar um pouco, desculpa não ter avisado. – Ele respondeu e começou a acariciar meu rosto.

– Tudo bem. - Falei e sorri.

Conversamos quase a noite toda praticamente, quando deu 01h30min por ai resolvemos entrar.

Nossos quartos ficavam um de frente para o outro, caminhamos em silencio, e quando eu ia entrar no meu quarto ele me chamou.

– Isa. – Ele disse e eu me virei. – Vou sentir sua falta. – Ele disse e veio me abraçar.

– Também vou sentir a sua. – Falei e sorri retribuindo o abraço. – Mesmo você sendo um babaca, irritante, ignorante, sem sal, mimado e idiota. – Falei me afastando dele.

– Olha quem fala. – Ele disse e sorriu. – “Fica longe de mim, ou vou fazer da sua vida um inferno”. – Ele disse tentando imitar minha voz.

– Ei, eu não falo assim. – Falei dando um tapa no ombro dele, e rindo.

Ele também riu e se aproximou, senti nossas respirações se misturando e felizmente ou será infelizmente, ele me beijou, um beijo cheio de carinho. Assim que o ar se fez necessário nos separamos.

– A gente se vê por ai nanica. – Ele disse e sorriu.

– A gente se vê. – Falei dando um sorriso e entrando no meu quarto.

Deitei com a roupa que estava mesmo, estava com preguiça de trocar, encostei minha cabeça no travesseiro macio e dormi.

– Bom dia. – Falei para todos na mesa.

– Bom dia querida. – Minha tia falou sorrindo.

– Bom dia. – O resto falou em coro.

Tomei um café e comi apenas uma torrada, assim que terminamos o café meus tios se despediram e foram embora.

– Quer voltar para o Canada? – Mamãe perguntou me abraçando e sorrindo.

– Sim. – Respondi, animada com a ideia.

– Seu voo saia as 11h00min. – Minha mãe me disse sorrindo e eu deitei em seu colo no sofá.

– Como você sabia que eu ia querer voltar? – Perguntei surpresa.

– Instinto de mãe. – Ela respondeu alisando meu cabelo, como fazia quando eu era menor.

Sorri e dei um beijo na palma da sua mão que estava sobre minha barriga.

FLASHBACK OFF.

Assim que cheguei ao aeroporto sabia que não teria ninguém me esperando, como da última que também não teve, arrastei minha mala dessa vez trará mais roupa, chamei um taxi e falei o endereço.

Vai ser tudo diferente, ele estará diferente ou não? Perguntas que vem corroendo desde ontem a noite. Será que ele ainda me ama como antes? Ou seus sentimentos por mim mudara?

– Moça. – O taxista gritou no meu ouvido, deve que ele está me chamando há horas. O paguei e desci, peguei minha mala e fui até a entrada. Parei e respirei fundo, como na primeira vez que virá aqui o elevador estava quebrado, então tive que ir de escada mesmo, comecei a subir aqueles degraus e pensei se teria alguém lá, não avisei a ninguém que viria hoje.

Assim que parei na porta, pensei em voltar para trás, mas não o fiz, em vez disso toquei a campainha, e ninguém atendeu, estava tocando freneticamente a campainha e meu dedo já estava vermelho quando alguém atendeu a porta, ouvi a pessoa resmungar algo do tipo “não se pode dormir mais em paz, que já vem alguém encher o saco”, e lá estava ele, meu coração começou a bater rápido de mais, ele estava ainda mais lindo, estava sem camiseta só com uma bermuda larga, mostrando a barra da sua cueca Box, o rosto amassado e vermelho e seu cabelo bagunçado, admito que estava sem ar.

– Ah, entra. – Ele disse sorrindo, e sem graça pelo comentário inútil antes de abrir a porta provavelmente.

Entrei sem dizer nada, tudo continuara como antes, o deixei na sala e subi os degraus, me tranquei no quarto e tomei um banho, coloquei um short e uma blusinha e arrumei as coisas que eu trouxe, meu estomago roncou então desci para comer algo.

– Senti sua falta. – Ele disse assim que cheguei à sala.

– Eu também. – Respondi fria, ainda lembrara do que aconteceu antes de ir para Nova Iorque.

– Por que não avisou que estava vindo? – Ele perguntou vindo até mim.

– Queria fazer uma surpresa. – Respondi pegando um pacote de doritos no armário.

– Ata. – Ele respondeu se colocando na minha frente.

Sai de lá indo até a sala e me sentando no sofá, liguei a tv e coloquei em canal qualquer.

– Por que está me ignorando? – Ele perguntou se sentando ao meu lado.

– Não estou te ignorando, estou apenas cansada. – Respondi sorrindo fraco.

– Não é o que parece. – Ele disse me olhando.

– As coisas nem sempre é oque parece. – Respondi comendo alguns doritos.

– Ainda te amo. – Ele falou agora desviando o olhar.

– Eu também. – Respondi olhando para ele.

Senti seus braços me envolvendo e logo depois seus lábios no meu. Ele me deitara no sofá e logo depois se colocara em cima de mim, suas mãos que estavam em minha cintura logo foram para a bainha da minha blusa, o senti levantando minha blusa e logo depois ela ser atirada no chão, quando estava quase tirando a sua blusa ouvi a porta sendo aberta e logo depois fechada e logo me separei dele, empurrando ele, olhei para minha tia que nos olhava assustada.

– Oque está acontecendo aqui? – Ela perguntou furiosa.

Minha respiração acelerou e logo catei minha blusa no chão a colocando imediatamente.

Ótimo, já chego aqui me ferrando.


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Notas finais do capítulo

Oque acharam? Ahaha
Até o próximo :*



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