Números Primos escrita por Gii


Capítulo 7
Capitulo 7 - Ei, Isso é Injusto!


Notas iniciais do capítulo

Hey, my booys and girrlls!
É com tristeza que venho avisar que este é o penúltimo capitulo. Eu não estou acostumada com despedidas tão rápidas, mas essa é a principal característica de uma short fic a final de contas. Então aproveitem bastante esse capitulo e eu aguardo vocês no próximo com um tom mais de despedida, infelizmente.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/478004/chapter/7

Ei, Isso é Injusto!

O que realmente acontecera foi que enquanto Hugo gritava comigo no armário, as pessoas que passavam no corredor podiam ouvir que estava acontecendo alguma coisa. Aparentemente, ninguém ouviu as palavras ao certo, apenas a voz de Hugo berrando com alguém.

De algum modo descobriram que era eu — ou talvez fosse previsível — E por algum motivo — em vez de abrirem eles mesmos do armário e ver o que estava acontecendo, ou se não chamar a McGonagall — chamaram Jason, que estava não muito longe daqui, dizendo para ele que Hugo estava brigando comigo.

Que ele tinha que fazer alguma coisa.

Mas ele abrira a porta exatamente no momento perfeito. No momento em que Hugo segurava minhas mãos e dizia com todas as letras que me amava.

E não só ele, como toda a pequena multidão que se acumulara ao redor da porta também ouvira.

Hugo ignorou completamente a existência Jason bem do nosso lado. Ele olhava para mim, como se ainda esperasse uma resposta. Sua respiração estava desregulada.

— Como você pode, Weasley? — A voz de Jason saiu tremula. Os cochichos atrás dele ficaram mais altos.

Eu assisti Jason ficar vermelho e suas mãos começarem a tremer.

Soltei imediatamente minhas mãos das de Hugo indo na direção de Jason. Eu tentei segurar os seus ombros, mas ele não estava olhando para mim.

Seu olhar estava penetrante na figura do Hugo logo atrás de mim.

— Eu confiava em você, seu bastardo!!

Hugo se virou lentamente na direção de Jason. Ele tocou meu ombro, como se para eu sair do caminho, ficando frente a frente com ele. Eu segurei a respiração.

— Nunca te dei motivos para confiar em mim, Zabine.

As mãos Jason tremeram.

— Seu... — Jason não esperou mais um minuto sequer.

Quando eu vi, os dois rolavam no chão, dentro do armário, com um socando o outro. Jason havia acertado uma joelhada e Hugo se defendera bem retornando com um belo soco no nariz. E eu estava em pânico enquanto tudo que os outros faziam era gritar cada vez mais alto:

— Briga! Briga! Briga!

Hugo havia acertado um soco certeiro no estomago de Jason e Jason hesitou o suficiente para Hugo dar uma sequência de socos no rosto, antes de ser derrubado novamente. Hugo batera a cabeça no chão ao cair.

— Parem com isso! Por favor, parem!

E eu senti meus olhos enchendo de lágrimas enquanto eu tentava empurrar Jason para longe de Hugo e Hugo para longe de Jason e vendo os dois se matando. Eu havia levado uma cotovelada de graça nas costelas por conta disso e eu que eu sabia que ficaria roxo

— Jason!!!! Para com isso!! Parem de brigar!!

Jason era um ano mais velho que Hugo e isso acabou pesando quando Hugo foi imobilizado no chão. Ele recebia socos diretos na cara, sem parar. Eu comecei a ver sangue sair do nariz de Hugo e manchar todo o seu rosto e a mão de Jason.

Eu não aguentei mais ver aquilo. Me joguei sobre Jason, acertando um soco no queixo que fez minha mão estalar.

— PARE COM ISSO AGORA! VOCE VAI MATA-LO!

Uma dor latente na minha mão me mostrou que eu havia quebrado a mão. Jason havia parado de socar Hugo, que parecia zonzo no chão. Jason respirava rápido, com o olhar de ódio brilhando ali.

— Talvez eu queira isso mesmo!! — gritou ele de volta, se preparando para outro soco.

Eu puxei a varinha de dentro das minhas roupas e apontei para a sua testa. Ele parou, me olhando raivoso.

— Então sou obrigada a te impedir.

Ele abriu aquele sorriso zombeiro que a muito tempo eu não via. Beirava o sombrio e o engraçado. Eu odiava aquele sorriso. Ele sempre usava antigamente, quando eu era alvo da suas brincadeiras de mal gosto.

— Vai defender ele, Lilian? É isso mesmo que você vai fazer?

— Sim, é exatamente isso que estou fazendo. Agora saia de perto dele. Agora!!

Ele olhou desafiadoramente. Parecia acreditar que eu não faria aquilo com ele para proteger o cara que havia se declarado para mim. Mas ele estava tão enganado.

Hugo tentou se defender, mas Jason virou um soco tão forte em seu queixo que o deixou desacordado. Eu vi os seus olhos verdes se revirarem nas orbitas. Uma fúria enorme passou por mim, como uma descarga elétrica.

Jason não teve tempo de ver o que aconteceu. Eu sequer havia pronunciado a palavra “Expelliarmus” e o clarão saiu da minha varinha e ele foi parar no fundo do armário, com vassouras caindo sobre ele.

Tudo que se ouviu foi um arquejo antes de Jason desmaiar. Hugo também desacordado no chão.

Finalmente comecei a sentir a dor se apossando da minha mão quebrada e eu soltei um arquejo, largando a varinha no chão e segurando meu pulso perto do meu peito. Não sabia como eu havia aguentado segura-la.

— O que está acontecendo aqui? — era a voz da professora McGonagall que fazia a multidão ao redor se dissipar rapidamente. — Porque esse tumulto? Todos já para a suas salas.

Eu não saberia descrever a reação de McGonagall ao ver Hugo e Jason desmaiados, comigo no meio deles, segurando o meu pulso e uma varinha na minha frente, pois minha mente parecia meio turva. Eu me sentia meio enjoada.

Tudo que ouvi foi a voz de McGonagall desmanchando o grupo de curiosos.

xx

A enfermeira me dera uma poção para regenerar os ossos da minha mão, mas apesar disso, eu estava com a mão enfaixada e deitada em uma maca até a manhã seguinte.

De cada lado meu, eu sabia que estava Hugo e Jason. As cortinas estavam puxadas, o que me impossibilitava de vê-los.

Eu sabia que Hugo estava acordado, pois sua respiração não estava tão pesada com a de Jason. Ele acordara à algumas horas e eu não conseguia coragem para dizer algo.

Eu não sabia o que pensar. Havia um embromado de pensamentos se estapeando dentro da minha cabeça. Quando Jason acordasse eu teria que dizer alguma coisa. Eu tinha certeza de que ambos iriam perguntar o que eu menos sabia responder:

Eu estava do lado de quem?

Era uma pergunta perigosa e sua resposta era sem volta. Eu tinha que considerar tudo antes de responder aquilo. Tinha que escolher um dos dois. Assim como Hugo tinha me dito.

Mas como iria responder à aquela pergunta, se nem eu mesma sabia a resposta?

Jason era meu namorado e eu tinha uma longa história com ele. E apesar da traição, tinha uma leve impressão de que ele me perdoaria depois da cena que viu dentro do armário.

Ele culpava Hugo, não a mim.

Se eu o escolhesse, poderíamos continuar o nosso romance, como se não tivesse sido interrompido. Jason era aquele tipo de cara. Foi assim que nós dois fizemos depois que se acertarmos, antes de começar o namoro.

Jason era um cara que eu mais odiava na face da terra. Ele sempre me pregou peças e brincadeiras sem graças, desde que eu entrara em Hogwarts. Ele sendo um ano mais velho, se juntava com um pequeno grupo de sonserinos que se divertiam à custa dos outros. E quando eu o enfrentei, em uma luta mano a mano no ano anterior, nós acabamos nos aproximamos e todos os anos de ódio mutuo foram transformados em amor.

E eu sabia que eu podia confiar naquele amor.

Mas... Tinha Hugo.

Eu não sabia o que pensar.

Tinha que escolher entre duas pessoas que eu gostava e aquilo era completamente injusto!!

Meu tempo estava acabando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, para encerrar como sempre, quero deixar o seu abraço à todos os leitores.
Só queria dizer que o próximo e último capitulo será muito mais longo que os outros e que talvez eu pense em fazer um epilogo, mas vou deixar claro que há um grande risco de não haver!
Enfim, até amanhã galera!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Números Primos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.