Caçadores de Recompensa escrita por Sah


Capítulo 33
Capitulo 32


Notas iniciais do capítulo

Essas semanas foram difíceis . Muitas provas na faculdade! Mas está aqui o capitulo 33. Provavelmente no outro essa primeira temporada acabe.



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Será que existe alguma coisa chamada destino? Se ele existe, ele pode ser tão cruel a esse ponto? Eu senti o meu mundo parar por um momento. O tempo havia parado e tudo estava fazendo um sentido que eu não entendia. Fiquei estática.

— Você está bem gatinha? – Ruan me disse.

Me situei no mundo e adotei uma postura evasiva.

— Sim, estou.

Fiquei encarando Oliver olhar para Richard como um predador. Eu preciso ir para casa. Eu preciso ir embora. Eu não estou conseguindo mais raciocinar. Me afastei o suficiente para não escutar mais o gritos dele.

Me afastei da cabana o suficiente para não escutar mais os gritos. Meu desejo era pegar o caminhão e voltar para Tornville, mas eu sei que isso seria ainda pior.

Me sentia mais perto da realidade. Vi como tudo o que eu pretendia fazer era uma loucura. Como eu poderia ser uma caçadora? Eu sou uma pessoa instável. Apesar de tentar esconder eu tenho traumas. Sempre que eu me sinto insegura e assustada, alguma coisa me leva a ameaçar os que me querem bem. Aconteceu com Oliver, no bosque. Até com a Samantha. E eles ainda me perdoaram.

— Me desculpe, pelo o que você viu lá!

Olho para trás e lá está ele. O sol que reflete na sua pele, me faz lembra da sua beleza. A única coisa que eu faço em seguida é abraçá-lo e chorar nos seus ombros. E ele me consola. Ele não entende o real motivo desse momento de fraqueza, talvez ele ache que eu segurei tudo para somente desabar agora. Talvez ele tenha razão.

O olho nos olhos. Olhos da cor de avelãs. Que eu não consigo decifrar.

— Você está melhor agora? – Ele me pergunta com sinceridade.

— Sim. Me desculpa. – Respondo limpando as lágrimas.

— Não. Eu que tenho que pedir desculpas. È que quando eu escuto esse nome, tudo fica vermelho. Eu não consigo me controlar muito bem.

Ele estava deixando tudo pior.

— Então me lembre de nunca fazer você ficar irritado. – Falei tentando mudar o clima daquela conversa.

— Essa é a Charlotte que eu conheço.

Ele me abraça.

Será que ele me conhece de verdade?

— Podemos ir para casa agora? – Falo manhosamente.

— Sim. Vamos! Você precisa de um banho.

Dei uma leve cotovelada nas suas costelas.

— Você acha que eu não sei?

Quero aproveitar todos os momentos de descontração. Sinto que eles não acontecerão muito daqui para frente.

— Como vamos?

— Ah, o Ruan me deu a caminhonete dele.

— Certo. Então só tenho que pegar minhas coisas no caminhão. – Falei indo em direção ao caminhão.

— Não! – Ele agarrou o meu pulso enfaixado.

Reclamei da dor automaticamente.

— Me desculpe suas coisas já estão na caminhonete.

Claro que estranhei a reação dele, mas eu estava tão cansada de tudo. Que resolvi não questionar.

—Então. Só quero me despedir do Ruan e dar uma última olhada no Richard.

— Ruan o está preparando. Não podemos atrapalhar. – Ele disse distraído. Olhando em direção ao caminhão.

— Tudo bem! O que estamos esperando agora?

— Nada, fique aqui.

Ele saiu rapidamente, olhando para trás. Sorriu para mim e sumiu atrás da cabana.

Acho que agora posso compreender um pouco do que eu estou sentindo. Nunca senti isso por ninguém. Nesses últimos dias minha vida se transformou. Meus sentimentos mudaram e minha visão de mundo também. Não sei se é isso que eles chamam de paixão. Mas é como se nada mais importasse. Só ficar perto dele é suficiente. Metade de mim ainda não aceita o que eu estou sentindo, acha que tudo é um erro. Que tudo é uma brincadeira sem graça. Que a minha vida é um espécie de tragédia romântica.

Posso ver uma caminhonete vermelha e chamativa se aproximando.

— Gostou? È uma Silverado.

Eu não entendia muito de carros.

Ele saiu e abriu a porta para mim.

Olhei para o relógio no visor do painel, já eram quase nove horas.

— Só mais uma hora e estaremos na cidade.

Ele era um gps ambulante, faltando dez para as dez já era possível ver os enormes arranha-céus.

— Vou fazer um desvio antes – Ele disse entrando em uma estrada de terra.

— Desvio? – Falei assustada.

— Sim, se eu te levar nesse estado para sua amiga. Creio que ela me denuncie depois de me matar.

Mais uma vez eu esqueço do meu estado.

— Certo. E para onde estamos indo?

— Para a minha casa. Claro!

Quando ele me disse casa, a primeira coisa que eu pensei foi em um apartamento, até mesmo uma casa clássica, mas estamos em frente a uma fábrica aparentemente abandonada.

—Você mora aqui?

— Sim, eu adoro esse lugar apesar de parecer bem suspeito.

— Sim, esse lugar é muito suspeito. Se não fosse pela situação. Eu nunca entraria ali com alguém que conheço há tão pouco tempo.

— É eu também não levaria alguém tão suspeita como você para casa.

Fiz um biquinho.

— Ok, então. Vamos entrar nessa fábrica suspeita.

E fomos. O barulho do portão foi ensurdecedor. Percebi que além de outras fábricas na mesma situação. Não havia nada naquela rua. Isso fazia tudo ficar muito suspeito.

Tudo estava escuro. Isso me fez lembrar de coisas que eu não queria. Quando ele ascendeu a luz. Eu pude ver um enorme espaço, com diversos carros estacionados, antigos e novos.

— Você gosta mesmo de carros! – Falei deslumbrada.

— Sim, uma das minhas paixões. – Ele falou empolgado.

Notei que havia um segundo andar. Oliver se aproximou de uma porta e abriu. Uma escada se revelou.

— Pode ir subindo. Tenho que pegar algumas coisas na caminhonete. – Ele foi abrindo caminho para a minha passagem.

Obedeci e fui subindo.

Uma luz se destacava ao fundo. Quando eu cheguei ao topo. Vi um ambiente muito claro. O teto era de uma espécie de vidro fosco. A iluminação natural constratava com os móveis minimalistas em branco e preto . Uma cama king-size se destacava no espaço. Fiquei impressionada com o ambiente. O local era agradável e nada suspeito como o exterior.

— Esse foi um dos motivos para eu ter alugado esse local.

Pulei de susto.

Pude ouvir ele rindo.

— Eu estava distraída.

Me virei para ele e vi que ele estava com a minha mala. Lembrei que meu celular estava na bolsa que Richard pegou. Sam deve estar preocupada.

— Não sabia o que você ia vestir. Peguei sua mala para você escolher. Como eu disse antes você precisa de um banho. E eu também.

— Sim, mas você teria um telefone? Preciso ligar imediatamente para a Samantha.

— Claro. – Ele deixou minha mala no chão e foi até uma cômoda.

— Pensa rápido. – ele disse me jogando o celular.

— Esse é descartável. Mas não se preocupe tem créditos ilimitados.

— Obrigada. – Falei já discando.

— Oi Sam?

— Charlotte?!

— Sim, Sam! Sou eu.

— Meu deus Charlotte. Por que você não ligou antes? Eu e a Bárbara estamos muito preocupadas. Foi ela que me impediu de ligar para a Policia privada até agora.

Bárbara nos salvou.

— Já estou na cidade. Mais tarde passo no seu apartamento. – Falei no automático e desliguei.

Não queria um sermão dela no momento. Deixo para enfrentá-la mais tarde.

Oliver me jogou uma toalha.

— O banheiro é logo atrás daquela porta. – Ele disse enquanto tirava a camisa. Me fazendo ficar vermelha e entrar no banheiro ás pressas.


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