Caçadores de Recompensa escrita por Sah
Notas iniciais do capítulo
Por causa da indisponibilidade do site e da minha semana de seminário da faculdade, eu demorei muito para postar esse capitulo. :P
Tomei um susto quando ele me entregou uma pistola.
–- Você achou que você iria atirar com uma arma de fogo?
Foi o que ele me disse quando eu percebi que era só uma pistola de dardos tranqüilizantes.
–- Abatedores só usam armas de fogo em último caso. Preferimos levar as presas vivas. Vivas elas valem mais.
No porta-malas do carro dele havia um arsenal, eu suspeitei que nem todas eram de dardos.
–- Mas onde vamos treinar? Disse eu preocupada, para que ninguém nos visse.
–- Pensei em sair da cidade para fazer isso. Deve haver um campo aberto isolado perto daqui.
–- Podemos ir até o limite sul. Lá existe uma clareira. Ninguém vai lá. È abaixo de um precipício.
–- Se for afastado o bastante.
–- É sim.
Ainda estava escuro, disse para ele, para irmos a pé para não chamar atenção, mas acho que ele não prestou atenção no que eu disse. Já estava ligando o motor.
–- Não se preocupe, esse carro é silencioso. Disse ele já sentado.
–- Você não vem?
Fiquei parada pelo menos um minuto. Antes de ceder.
Eu podia ver o amanhecer enquanto nos afastávamos da civilização. Ninguém se aproximava do limite sul. Diziam que lá era o lar de animais selvagens, e éramos aconselhados a não ir lá. Por isso era o lugar mais frequentado pelos adolescentes que queriam fazer alguma coisa proibida. Descemos do carro. Oliver pegou seu equipamento.
–- Fica a mais ou menos cinco minutos desse ponto. Disse para ele
Ele me encarou.
–- Você não vai me ajudar?
–- Claro. Peguei uma bolsa que estava aos pés dele.
A bolsa estava muito pesada. O que será que tem aqui?
Caminhamos por uma trilha em uma mata fechada até darmos de cara com a clareira.
Ouvimos algumas vozes. Oliver me puxou para baixo.
–- Calma. Devem ser só alguns adolescentes.
–- Psiu. Ele levou o dedo à boca em sinal de silencio
Resolvi ficar calada e tentar ver o que estava acontecendo.
–- Rápido, antes que ela acorde. Eu podia ouvir uma voz masculina.
–- Não, eu coloquei o suficiente na bebida dela. Outra voz masculina
Não conseguia ver quem era.
A movimentação era constante, acho que havia pelo menos quatro pessoas no local.
–- Vamos voltar. Disse sussurrando
Oliver me encarou.
–- Acho que você precisa ver isso. Disse ele apontando para uma moça no chão que eu ainda não havia visto
Olhando bem, essa moça me parecia familiar. Era Daisy, a irmã de Dennis. Ela estava seminua e havia alguns garotos rindo ao redor dela.
Aquilo me deixou revoltada. Mas ao olhar para Oliver, vi que ele estava pior que eu.
–- Me passa aquela bolsa. Disse ele apontando.
Entreguei para ele, de lá ele tirou uma arma. O que me deixou totalmente alarmada.
–- O que você vai fazer?
–- Não se preocupe isso só vai deixá-los desacordados.
Ele também me entregou uma arma menor.
–- Alvos vivos são melhores. Disse ele com uma frieza assustadora.
Ele se deitou no chão e mirou com uma precisão de elite, logo em seguida atirou. Um dos garotos ficou tonto e caiu.
–- Agora você.
–- Mas eles se dispersaram. Eu não posso
–- Você sabe o que eles fizeram com aquela garota.
–- Sim, mas eu não consigo.
–- Quando você estiver na frente do seu alvo, você também vai hesitar?
Meu coração disparou. Eu pensei em tudo o que eu já passei. E no que aquela pobre garota está passando.
Mirei no cara que estava em cima dela. Só que eu errei. Logo em seguida Oliver atirou nele.
–- Não se preocupe, eu também não consegui de primeira. Senti que ele estava me consolando. E em seguida ele atirou no garoto
Acho que esses garotos estão bêbados. Eles não perceberam que os outros desmaiaram. Só ouvimos uma forte e bizarra risada vindo da parte deles.
–- HAHAHAHA! Ele desmaiou dentro dela. É um otário mesmo. Falou o mais alto.
–- É parece que o Ted também não agüentou. Ele caiu, e ele não dizia que era imbati...
O garoto não conseguiu completar a frase, Oliver já havia o acertado.
–- O que ta acontecendo aqui? Disse o último quando percebeu que alguma coisa estava errada.
–- Quem está ai? Ele estava se aproximando de nós.
–- Charlotte. Atire.
Não pensei muito. Fechei os olhos e atirei
–- Abra os olhos, você não vai acreditar no que fez. Disse ele parecendo divertido.
Abri os olhos e o garoto ainda estava em pé. E o dardo estava no meio da sua testa.
–- Se você estivesse com uma arma de verdade...
Não quero nem pensar nisso. Mas por que ele não caiu?
Oliver atirou em um dos braços dele.
–- Ele não caiu, por que não há tanta circulação na testa. Ele respondeu minha pergunta como se estivesse lendo meus pensamentos.
Nos levantamos e nos aproximamos das pessoas caídas. Daisy estava deprimente. Tirei meu casaco e a cobri, enquanto Oliver sentia seu pulso.
–- Ela está bem. Disse ele para meu alivio.
–- O que faremos?
–- Se fosse em qualquer outro lugar, eu os levaria para a corte privada, mas como estamos em uma cidade-solo. Você deve saber o que fazem nesses casos.
–- O ideal seria levá-los a delegacia. Mas também seriamos presos.
–- Mas você não quer deixá-los impunes assim, não é? Ele começou a me assustar, ele realmente pode ver o que eu estou pensando?
–- Não, claro que não. Mas primeiro me ajude com a Daisy.
Oliver a carregou. Com a calma que ele aparentava, imaginei que ele já havia passado por situações assim.
–- Já pensou no que vai fazer com eles? Vou levá-la até o carro. Espero que você tenha alguma desculpa para toda essa situação.
Ele foi se distanciando, entrando na mata e foi ficando difícil enxergá-lo.
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