Caçadores de Recompensa escrita por Sah


Capítulo 11
Capitulo 10




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Eu já pressentia que ele teria essa reação. Mas viver isso foi muito pior. E me fez lembrar dos sentimentos que eu sentia a mais de dois anos. Percebi que Oliver e Marta estavam confusos. Mas eu não conseguia pronunciar nenhuma palavra. Mas Marta interveio.

–- Mas que modos são esses Ben? Sua neta vem te visitar depois de tanto tempo. E você faz isso com ela?

–- Não se envolva. Disse ele em direção a ela.

Ele me encarou de novo.

–- Alguém sabe que você está aqui? A fúria havia se dispersado, mas ele ainda falava rispidamente.

Não conseguia falar ainda.

–- Só encontramos com duas pessoas.

Me surpreendi quando Oliver falou. E pelo jeito meu avô também, por que só naquele momento ele percebeu a presença dele. E Oliver não é uma pessoa a ser ignorada facilmente.

Vovô colocou as duas mãos na cabeça. E suspirou profundamente.

–- E você quem é?

Foi nessa hora que Marta interveio de novo.

–- Ben, esse é Oliver. Ele é noivo de nossa Charlie.

Vovô ficou encarando Oliver por mais ou menos um minuto. E eu fiquei apreensiva com todo esse tempo. E resolvi falar.

–- Vovô me desculpe. Mas eu tinha que voltar.

Todos olharam para mim ao mesmo tempo.

–- Não Charlie, você não tinha que voltar. Não depois do que fizeram com você. E eu estou muito bravo por te ver aqui. Isso não foi o que combinamos.

Sim eu prometi a ele que não voltaria. Ele me ajudou a escapar dessa cidade, pagou o primeiro semestre da minha faculdade. Tudo o que eu precisava para recomeçar. Mas fui teimosa e voltei. Agora percebo que eu não só voltei para capturar um criminoso, mas também para caçar meus próprios demônios.

–- Senhor, ela precisava voltar. Não só para resolver essas pendências, mas por que eu fiz questão de conhecer a família dela. Falou Oliver entrando na minha frente.

Ele pareceu convincente.

–- Ela não te contou nada, não é? Disse vovô parecendo estressado

–- Ela me contou tudo que eu preciso saber.

–- Não. Você acha isso. Mas tem coisas que você vai acabar sabendo por outras pessoas.

Essa conversa estava me dando nos nervos.

–- Vamos parar com isso. Eu preciso de um lugar para ficar dois dias. Vovô você vai me ajudar? Ou terei que i para o hotel? Acho que fui um pouco grossa. Todos me olharam assustados.

–- Charlie, de qualquer jeito as pessoas vão te ver.

Enquanto vovô pronunciava essas palavras, todos nos assustamos com fortes e desesperadas batidas na porta. Antes que vovô falasse alguma coisa, Marta já havia aberto a porta. E me encarando estava meu pai.

Ele estava do mesmo jeito de quando eu o vi pela ultima vez. Seu cabelo estava um pouco mais grisalho e ele estava um pouco mais magro. Ele não disse nada. Entrou abruptamente na casa e ficou na minha frente. Seu olhar continuava indiferente, eu nunca sabia o que ele estava sentindo.

–- Mark! Quem você acha que é para entrar na minha casa desse jeito?

Ele olhou para a cara do próprio pai e o ignorou. Seu olhar estava totalmente voltado para mim.

Ele tentou pronunciar alguma coisa. Mas ele me abraçou. Eu não lembro de sido abraçada por ele desse jeito. Era um misto de desespero com carinho. Fiquei por um momento aliviada, mas depois ele se soltou de mim e me deu o tapa mais forte que eu já havia levado. Foi nessa hora que Oliver o pegou pelo braço.

–- O que é que você está fazendo? Disse Oliver que parecia estar furioso. Sua encenação está quase me convencendo também.

–- Quem é você? Quem te deu permissão de entrar em TornVille?

Eu ainda estava absorvendo a dor do tapa. Oliver soltou o braço dele e novamente ficou em torno de mim.

–- Não interessa para você quem eu sou. Mas se você encostar mais um dedo nela, irá me conhecer a força.

–- Mark, ele é... Disse Marta pausadamente

–- E você cala a boca! Papai realmente odiava Marta

–- Mark, você entra na minha casa dessa maneira. Ainda insulta a minha esposa?!

–- Eu não faço questão de estar na sua casa. Aliás, é a primeira vez que entro nesse muquifo.

–- Saia agora! Vovô estava realmente bravo. Seu rosto ficou vermelho como uma pimenta malagueta.

–- Sim, faço questão de sair. Mas vou levar minha filha comigo. Charlotte! Vamos agora. Você tem muita coisa para me explicar.

Meu pai era arrogante, presunçoso e extremamente autoritário. Faz mais de dois anos que não o vejo e tenho mais de 18 anos e ele ainda acha que eu vou abaixar a cabeça para ele. Ele não sabe o que me tirou dessa cidade então não posso culpá-lo. Mas também não posso ir para a casa dele. O verdadeiro problema está lá.

–- Eu não vou!

Ele levantou a sobrancelha com dúvida.

–- Não Charlie! Vamos para casa sua mãe está louca para te ver. E sua irmã sente sua falta.

Agora quem interveio foi Oliver.

–- Se ela não quer. Ela não vai.

–- Sabe, eu sou o prefeito dessa cidade. E você realmente está me irritando. Não sei por que ela te trouxe junto. Mas você será expulso.

–- Se ele vai ser expulso, eu tenho que ir junto, afinal nós somos noivos agora. Falei mostrando o anel.

Sempre achei que meu pai tinha mais de uma personalidade. Ele muda da água para o vinho de uma maneira impressionante.

–- Aquele carro que está lá é seu? Disse meu pai com uma calma que eu sentia falta.

–- Sim ele é. Falou Oliver aparentemente desconfiado.

Meu pai o olhou da cabeça aos pés.

–- Ah, então finalmente alguém amoleceu o coração da minha Charlie.

–- Vamos até a minha casa. Glenda ficará tão feliz.

–- Não pai. Eu e Oliver vamos ficar aqui no vovô.

–- Mas Charlie.

–- Sem mais. Vá para casa e amanhã, nós nos falamos.

Papai foi embora. Aparentemente chateado.

–- Charlie agora você falou igual a sua mãe. Disse Vovô.

–- É desse único jeito que ele obedece. E, aliás, podemos ficar aqui?

–- Onde mais vocês ficariam? Ele me deu um abraço.


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