Esquecer você escrita por Mariii


Capítulo 16
Parte II - Juntos?


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado a todas que sentiram falta do beijo no capítulo anterior... Vocês não tem paciência, até parecem eu! hauahauhauahauahau

Espero que gostem muito!



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Entraram juntos na casa, deixando um rastro de água pelo caminho. Ela não se importou. Quem se importaria com água pela casa quando tinha acabado de voltar à vida?

Sentiu-se um pouco constrangida quando chegaram a sala. Apesar de ainda estarem de mãos dadas, Sherlock não tinha sido claro se queria algo a mais com ela ou não. Mesmo sendo a vontade dela agarrá-lo, não forçaria a barra novamente. Tinha receios de fazer algo além e Sherlock se encolher novamente em sua concha, como tinha acontecido no passado. Iria com calma dessa vez, sentia que agora tinha a eternidade aos seus pés.

– Pegue sua mala, Sherlock. Vamos lá para cima e você poderá usar um dos quartos de hóspedes. – Molly ainda sorria e com pesar soltou sua mão da de Sherlock. Viu o que pareceu ser desapontamento no rosto dele quando citou o quarto de hóspedes.

O levou para cima, indicando qual o quarto ele poderia usar.

– O meu quarto é o da ponta. Se precisar de algo que não encontre aqui, pode me chamar. – Não resistiu em dar uma ligeira piscada para ele ao sair.

Sherlock ficou confuso. Molly estava passando sinais que divergiam. Primeiro o levava para o quarto de hóspedes após caminharem de mãos dadas, depois dizia essa frase e ainda piscava.

Quem a deixou foi você.

Sua consciência sempre parecia certa e Sherlock percebia isso agora. Precisava dar mais ouvido a ela no futuro.

E agora ela o lembrava que quando Molly dera um passo e forçou a aproximação, ele fugira dela. E então todo o inferno começou.

Eu não sei o que você ainda está fazendo parado no meio desse quarto.

Com um sorriso malicioso, Sherlock saiu do seu quarto e caminhou até o quarto de Molly.

–-- --- ---

Ele não bateu à porta. Simplesmente a abriu e entrou. Molly não se assustou, tinha esperanças de que isso acontecesse. Estava de costas para a porta e sorriu consigo mesma quando ouviu ela se abrir.

Molly começara a retirar sua camisa, totalmente molhada. Abria lentamente os botões. Sentiu que Sherlock se aproximava e um arrepio percorreu seu corpo quando a mão dele alcançou seu ombro, tocando sua pele por baixo da camisa já quase totalmente aberta. A respiração dele próxima ao seu pescoço emitiu ondas de calor por sobre sua pele.

– Procurei você no meu quarto e não encontrei. – Sua voz não passou de um sussurro rouco.

Ela se virou para ele. Sua mão automaticamente percorrendo seu rosto, passando pela cicatriz que ela tanto queria tocar. Viu os olhos dele se fecharem com o toque. Sabia que aquele corte era uma lembrança triste para eles agora. Mas Molly não queria que fosse assim. Ficou na ponta dos pés e pousou um delicado beijo em sua bochecha onde estava a fina cicatriz.

– Eu gosto dela. – Viu-o abrir os olhos, surpreso. E ela riu. – Por que a surpresa? Você não está nenhum Frankenstein, caso tenha dúvidas.

Sherlock riu. Pensava se realmente merecia tudo aquilo depois do que tinha feito a ela.

– Molly... Eu te devo desculpas...

– Não. Eu estive morta por dois anos. Não quero saber das coisas que passaram. Esqueça. Minha vida está começando agora. – E acrescentou baixinho: – Faça parte dela.

Ele a puxou para si. Não perderia essa chance. Nunca mais se separaria dela. Começou a cantarolar a música que ela tinha colocado na carta, inserindo o trecho que ela omitiu.

– E depois eu digo… Talvez nós pudéssemos dividi-lo em dois... Talvez meus animais vivam em seu zoológico... E depois eu digo... Talvez... – Ela prendeu a respiração, sabia o que viria e ficou surpresa por ele saber a letra. – Talvez eu esteja apaixonado por você...

– Como... Como você sabe a letra?

– Essa música me acompanhou todos os dias nesses três anos sem você. Senti sua falta, Molly. Mais do que pensei que seria possível. Eu realm...

Ela não queria mais saber de nada. Já tinha a confirmação de suas dúvidas. Afastou-se do abraço o suficiente para olhar em seus olhos e o beijar, interrompendo o quer que seja que ele iria dizer.

Foi um beijo profundo, urgente. Precisavam um do outro. Precisavam da certeza de que tudo aquilo estava sendo real. Sherlock se surpreendeu ao ser lembrado de como o toque dela o fazia perder a cabeça.

Quando se afastaram, já ofegantes, Sherlock sorria. Finalmente sentia-se completo novamente.

– Não quero apressar as coisas, mas será que a gente pode começar a tirar as roupas antes de pegar uma pneumonia? – Molly gargalhou quando ele disse isso. Era tão... Típico!

– Seu pedido é uma ordem. – Ela fez uma pequena reverência brincalhona. - Eu esperava tomar um banho de banheira para esquentar. Mas você me atrapalhou. – Fez uma expressão magoada e soltou um grito quando Sherlock a pegou no colo.

– Não seja por isso. Podemos fazer isso juntos. Juntos, Molly. Espere. – Ele parou no meio do caminho para o banheiro. Olhando-a com aqueles olhos verdes brilhando como se tivesse tido uma ideia. Molly aguardou com curiosidade que ele falasse o que estava pensando.

– Proponho um acordo, Molly Hooper.

Ela gargalhou em seu colo e o beijou apaixonadamente.

– Você nem bebeu! Qual o acordo dessa vez? – Até que enfim essa palavra estava sendo usada novamente para algo que não a assustava.

– Proponho ficarmos juntos. Juntos agora quer dizer juntos de verdade. Sem prazos. Sem limites. Eu e você. Então... Juntos? – Sherlock parecia ansioso por uma resposta, como se tivesse possibilidade dela negar.

– Uma pena, porque eu tinha gostado muito mais do acordo com o Mycroft sobre ficar isolada e longe de você. – Ele ameaçou, brincando, jogá-la no chão quando ela disse isso. – Tudo bem! Tudo bem! Eu aceito mesmo assim. Juntos. – Ela ria cada vez mais, agarrada ao pescoço dele. Então começou a dar leves beijos em seu pescoço. - Juntos... Isso soa bem. Agora podemos nos livrar das roupas molhadas?

Sherlock a levou para o banheiro, rindo. Ter acreditado por tanto tempo que a tinha perdido e agora poder estar com ela novamente fez com que todas as barreiras que ele tinha criado caíssem. Sentia-se livre. Apesar de tudo o sofrimento tinha, curiosamente, ajudado. Agora ele não via com ressalvas a ideia de manter qualquer relacionamento com ela. Sabia que era possível. O impossível era viverem separados.

Colocou-a no chão quando chegaram ao banheiro. Lentamente ele terminou de abrir os botões da camisa dela. Deixando que as mãos deslizassem por sobre a pele, que estava um pouco mais bronzeada do que ele se lembrava, fez com que a camisa caísse no chão. Admirou-a por alguns segundos e suspirou quando sentiu as mãos dela efetuando o mesmo trabalho com sua própria camisa. Mesmo com o frio que estava sentindo por conta da roupa molhada, quando as mãos dela alcançaram sua barriga sentiu seu corpo queimar.

Como alguém pode ser tão perfeito?

Era o pensamento de Molly ao olhar admirar Sherlock depois de todos esses anos. Após tirar a camisa dele, suas mãos institivamente percorreram toda a parte superior do seu corpo. Percebeu, com satisfação, que seu toque ainda causava reações deliciosas nele.

Molly ergueu a cabeça para encará-lo e sorriu quando suas mãos alcançaram o botão da calça dele. Ele segurou suas mãos e a puxou, selando seus lábios em um beijo que a fez esquecer o que estava fazendo. Agarrou-se a ele e enlaçou as pernas em volta de sua cintura. Ele mordeu o lábio dela quando sentiu os cabelos sendo puxados.

– Me deixe terminar de tirar suas roupas ou não chegaremos à banheira, e você está com frio. – Ele intercalava cada palavra com pequenas mordidas pelo pescoço dela, causando arrepios.

Ela voltou para o chão e abriu os braços, olhando para ele de forma sedutora. Disse baixinho:

– Então tire.

Sherlock não entendia como ela conseguia fazer isso com ele. Tudo nela o chamava. Não pensou muito e fez o que ela pedia. Em poucos minutos ela estava nua e ele sentia sua respiração falhar enquanto ela o despia.

Abraçou-a e sentiu que a pele dela estava fria. Segurou sua mão enquanto ela entrava na banheira e aguardou que se sentasse para então entrar também. Ficou de frente para ela e amaldiçoou a espuma que cobria seu corpo, não permitindo que ele visse tudo que queria.

Deslizou as mãos pelas pernas dela e a puxou para seu colo. Poderia olhar para ela por toda a vida. Molly passou a mão pelo rosto dele, passando suavemente pelos lábios e subindo pela bochecha. Sherlock sabia que ela pensava o mesmo. Poderiam ficar ali, perdidos um no outro para sempre. Era diferente da primeira vez que ficaram juntos, onde estavam tentando esconder um do outro todos os sentimentos e deixaram exposto somente o desejo que sentiam. Agora havia uma infinidade de emoções passando por cada toque, cada olhar. Estavam entregues, assumindo todos os riscos que isso envolvia.

Carinhosamente ele deixou que as mãos percorressem todas as costas dela, parando em seu quadril. Molly aproximou-se para beijá-lo, já respirando com dificuldade. Precisava dele, mais do que nunca. Pela primeira vez ela sentia que estavam juntos de verdade, e que ele se entregava. Podia ver o que ele sentia. Sherlock deixara cair a muralha que construíra a sua volta. Juntou ainda mais seu corpo ao dele, um arrepio percorrendo sua espinha antevendo o que viria. Sentiu-o apertar seu quadril quando seus corpos se uniram em um só. E sorriu em meio ao beijo quando ouviu que a água caia da banheira quando se movimentavam.


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Notas finais do capítulo

Aguardo pelos reviews, como sempre! :P

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