Savin' Me escrita por Sweet Nothing


Capítulo 4
Too Bad


Notas iniciais do capítulo

Só queria agradecer todo o apoio que vocês estão me dando!

Apaixonada pelo seus comentários.

O capítulo de hoje é dedicado a sany_potye que me presenteou com a minha primeira recomendação. Fiquei muito feliz quando vi! Surtei um pouquinho haha

Nós vemos lá em baixo.

Boa leitura.



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Savin' Me

Por Sweet Nothing

Classificação+16

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It's too bad, it's stupid,

Too late, so wrong, so long

It's too bad we had no time to rewind




Isto é uma pena, isto é estúpido,

Tarde demais, tão errado, até logo

É uma pena, nós não temos tempo para voltar




Os dois homens se encaravam sérios. O silêncio dentro da sala era quase esmagador e denunciava a gravidade do problema. Os orbes azuis estavam complacentes e tristonhos, enquanto os verdes estavam carregados de uma seriedade e cansaço que não condiziam a sua pouca idade.

_Você já tem certeza? – o loiro perguntou.

_Quase. Minha equipe de Suna é muito competente, mas preferir me certificar, e ter a certeza absoluta. – retrucou o ruivo – Por isso vim até aqui.

_Bom, você deu o trabalho de se deslocar aqui. Porque não pediu e eu enviaria ajuda? – o loiro estava um pouco irritado, faria o que pudesse para ajudar o ruivo.

_ Você me conhece o suficiente e sabe que eu sou do tipo que clama por ajuda. – disse abrindo um sorriso levemente convencido. – Aliás, não quero causar reboliços desnecessários em Suna. Se as suspeitas forem confirmadas, terei que achar a solução mais prática para tudo isso.

_ Solução prática? Como você consegue ficar tão indiferente a tudo isso?! Gaara isso é muito sério! Porque não me procurou antes?!

_ Não importa. Desesperar-me não vai adiantar nada. Mas vim aqui porque preciso de você, mas uma vez. – o ruivo odiava se sentir impotente, sempre resolveu as suas coisas sozinho, desde menino. Mas não importava, agora ele era um homem e sabia que faria tudo pela sua vila. Havia aprendido que pedir ajuda aos amigos não era humilhação ou sinal de fraqueza, mas só uma amostra de que não estava mais sozinho.

_E eu vou te ajudar. Você será muito bem-vindo aqui pelo tempo que precisar. – o loiro sorriu confiante, tudo daria certo.



.*.*.*.*.*.*.*.*.




Minha cabeça latejava, eu sempre fui fraca para bebidas e por isso as evitava, mas por outro lado não havia nenhum mal em me divertir. Espero ficar longe desse tipo de diversão por um tempo.

Hoje o movimento do hospital estava calmo e controlado. O que levava a pergunta. O que droga eu estou fazendo aqui? Kouji-kun estava dormindo e eu preferi não o acordar para examiná-lo. Fiquei feliz ao passar minhas mãos naqueles cabelos ralos e castanhos e perceber que poucos fios ficaram em minhas mãos. Isso era um bom sinal. Talvez eu devesse ir para casa e descansar.

Hoje é meu dia de folga de qualquer forma mesmo.

Espreguicei-me na minha cadeira branca e quase cai no chão quando percebi dois olhos grandes e azuis me fitando com cautela.

_O que esta fazendo menino?! Quer me matar do coração? – berrei e vi suas bochechas pálidas corarem. Kouji era uma criança linda, havia o pálido doentio assombrando seu pequeno rosto, mas nem isso conseguia tirar sua beleza angelical.

_Sakura-chan, você está bem? – meu menino perguntou.

_Estou sim, vem aqui. – disse e ele veio correndo e se jogou nos meus braços, por pouco não caímos da cadeira. Ele se aconchegou em mim, e eu o abracei, sentindo deus dedinhos do pé gelados. – O que eu disse sobre andar descalço? – perguntei estreitando os olhos, e como em um pequeno vislumbre vi os olhos da minha okaa-san, que faziam a mesma coisa quando eu saia correndo pela casa com o pote de jujubas antes do jantar. Meu coração se apertou.

_Escutei a Teirume-baka falando seu nome e pensei que você estava aqui, vim correndo para ela não me pegar, não tive tempo de pegar os sapatos, Sakura-chan. – resmungou cheio de manha. Teirume era uma enfermeira novata, havia apenas duas semanas que trabalhava aqui no hospital e o que ela tinha de novata tinha de fofoqueira, não duvido que ela estava falando de mim. Afinal era bem comum falarem da ex-Uchiha, traída pelo marido e pela amiga, por não poder conceber. Ainda mais agora que o casamento deles estava tão próximo, seria essa semana mesmo se não me engano. Não me incomodava mais.

Não me incomoda. – repetia várias vezes para mim mesma.

Na verdade, só queria que elas tivessem coragem de falar isso na minha cara.

Por que ai sim, elas iam me conhecer.

_Isso não é desculpa. – retruquei – E da próxima vez vai se ver comigo, entendeu bem? – perguntei com uma voz brava tentando por limites nesse menino. Ele me encarou com aquele olhar sapeca.

_Ah Sakura-chan vai fazer o que?

_O que eu vou fazer? Vou fazer isso aqui. – disse e comecei um ataque de cócegas, Kouji ria sem parar, mas de repente começou a tossir, e tossia, tossia, colocou as mãozinhas na boca com dificuldades de respirar, enquanto eu tentava acalmá-lo, o coloquei sentado na mesa e fui procurar o aparelho de inalação que estava no armário.

_Sakura-chan ... – me virei assim que o ouvi me chamar, ele estava bem mais pálido que o normal doentio dele e suas pequenas mãos com repletas de sangue.



.*.*.*.*.*.*.*.


Sasuke havia saído em missão outra vez, mas disse que voltava a tempo do casamento. Não que ela quisesse, mas o moreno não havia tocado nela desde que passara a morar com ele, sabia que isso não era bom e que talvez seu casamento já estivesse acabado antes de começar.

Se olhava no espelho cuidadosamente, esta era a ultima prova do vestido de noiva. Não se sentia muito bem, a barriguinha ainda era pequena mais já dava certo incomodo. Sua mãe estava sentada um pouco mais atrás e nem sequer a olhava. Queria gritar e chorar, pedir para que não fosse tão ríspida, mas sabia que não tinha esse direito.

_ Como estou, mamãe? - perguntou com a voz falha.

_Está ótima. – disse apenas.

_Como sabe, se nem ao menos me olha? – os olhos azuis estavam marejados a ponto de derramar lágrimas.

_ Nunca pensei que passaria por esse vexame em toda minha vida! Não a criei desse jeito, não nasceu para ser uma vagabunda, Ino.

_ Basta! – gritou – Estou me casando, não estou? Terei uma família. Não permito que me maltrate mamãe!

_Sim, terá uma bela família, filha. – a mais velha riu desgostosa e com amargura – Mas não muda o fato de ter traído sua melhor amiga, sua amiga Ino, a jovem que salvou a vida de seu pai!

_Já chega! – as lágrimas já banhavam o rosto de porcelana.

_Não, ainda não acabei! Filha, - disse tristemente, levantou e afagou os fios loiros- com o tempo, as pessoas vão acabar esquecendo. Sabe que seu pai quando ver essa criaturinha e pegá-la pela primeira vez em seus braços irá ser o primeiro a se desmanchar. Mas você ainda estará presa a um casamento com um homem que não ama; vendo sua amiga sofrer, porque ela sim ama aquele homem. Talvez um dia ela o esqueça e siga em frente, o que eu duvido. Mas será que você, filha, será capaz de esquecer todo mal que causou?


.*.*.*.*.*.*.*.


Ela andava pelos corredores cansada, já passava das onze da noite, de manhã pensou que poderia ir para casa passar sua ressaca calmamente, mas Kouji acabou piorando e ela não sabia mais o que fazer. Pensara que seu estado estava evoluindo, até seu cabelo havia parado de cair, mas pelo visto não. Iria se despedir que Shizuane quando chegou na sala da mesma viu que estava quase arrancando os cabelos enquanto examinava alguns documentos ou exames.

_Vai acabar ficando careca desse jeito. – riu levemente.

_Vou ficar careca se não resolver isso. – suspirou.

_Quer ajuda? Deixe-me dar uma olhada. – pediu a rosada já se sentando e tomando os papeis das mãos da morena, que deu um pulo da cadeira e os pegou de volta.

_Nada disso senhorita! Pode dando meia volta e ir para casa descansar, sei que está aqui e que o paciente 429 piorou. – suspirou novamente, olhando o olhar triste da menina dos olhos da princesa Tsunade, sabia que a criança era importante para Sakura. O menino tinha tantos altos e baixos que Shizuane sinceramente não sabia como ainda estava vivo.

_ Sim, piorou de novo, não sei mais o que fazer e aumentar as sessões de quimioterapia sei que não ia adiantar, só iria deixá-lo mais debilitado. Mas você também está aqui desde cedo, não?- disse mudando de assunto bruscamente, não queria pensar nisso agora- Que tal irmos para casa juntas?

_É melhor mesmo, depois de um bom banho, talvez consiga entender isso. – disse a morena, a morena levantando e pegando seus pertences para partir. – Não vou trancar a porta porque tem alguns formulários aqui, e talvez algumas das enfermeiras precisem.

_Ah droga! – Sakura gemeu em frustração – Esqueci minha chave de casa em cima da mesa! Ah essa hora Temari deve estar com Shikamaru.

_ Vai lá que eu te espero na entrada do hospital.

_Tudo bem. – a rosada disse e andou rapidamente para o lado contrário, praguejando algo sobre o quanto esse hospital era grande e que demoraria uma eternidade para encontrar Shizuane. Já estava no segundo andar, estava tão distraída, que esbarrou em alguém e quase caiu de cara no chão.

_Sakura-sama! – os cabelos alaranjados de Teirume estavam revoltos e ela parecia assustada.

_Olha por onde anda Teirume. – disse ríspida, mas a outra não pareceu se importar, e saiu a carregando pelos corredores. – O que foi Teirume?! Solte-me!- perguntou parando a alaranjada.

_Ino-san está tendo um aborto! – disse exasperada.


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But you weren't there

Right when I needed you the most

And now I dream about it

How it's so bad, it's so bad

Mas você não estava lá

Na maioria das vezes que eu precisei de você

Agora eu sonho sobre isso

E como é tão ruim, tão ruim, tão ruim


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Notas finais do capítulo

Olá pessoas lindas, o que estão achando?

Será que a Ino vai perder o baby?
Qual será o problema do Gaara?
A Sakura vai ajudar a Ino?

Huuum muitas perguntas... haha

Uma dica que eu não dei para os meus leitores dos outros sites, prestem atenção nos detalhes, às vezes algo pequeno nem sempre é tão pequeno assim ;)

Até breve, kisssus!



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