Savin' Me

Por Sweet Nothing

Classificação+16

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O que é seu, chega com o tempo. O que não é, se vai com ele.(Desconhecido)

A kunoichi com muita dificuldade havia conseguido abrir a porta da frente e agora tirava sua roupa com selvageria, estava irritava, estava com ódio e tudo a estava incomodando, o vestido apertado, os saltos altos demais e a maquiagem que com toda certeza já tinha virado uma tragédia total, jogou as peças em qualquer lugar ficando apenas de roupa intimas, estava se sentindo zonza e não conseguia enxergar as coisas muito bem, mas sabia que estava com fome.

Mas o que comeria? Talvez um bolo de chocolate com muitas cerejas. Mas aonde compraria um bolo a essa hora? Suspirou derrotada, mas uma ideia a atingiu com força, e foi exatamente por isso que ela quase caiu de cara no chão da cozinha, mas pouco se importou, vasculhou a cozinha a procura dos ingredientes, jogando as panelas no chão, derrubando os ovos e sem querer o saco de farinha escapuliu fazendo uma sujeira tremenda no piso de porcelanato e acabou por se sujar toda também, sentiu uma presença estranha e não hesitou em jogar a frigideira na direção do mesmo e com a força que fez acabou por se desequilibrar e cair no chão.

O intruso desviou facilmente da frigideira e olhou curioso para criatura suja e melecada no chão da cozinha da sua irmã.

_ O que está acontecendo aqui? Onde está Temari? o ruivo olhou para mulher que se levantava com dificuldade, quando ela se aprumou, só então o ruivo foi perceber que a mulher estava de roupas intimas.

Porque diabos tinha uma mulher coberta de farinha e quase nua na cozinha de sua irmã? Perguntou-se irritado, sabia que tinha sido uma má ideia ter permitido Temari passar tanto tempo em Konoha.

_ Cara, você tem cerejas ai com você? Só isso que falta para colocar no meu bolo. a sujinha falou ansiosa e apontando para meleca que se formara no chão. Antes de poder falar qualquer coisa a porta fora praticamente arrobada e uma mulher de cabelos castanhos entrava com sua irmã nos braços. Será que tinha entrado em algum tipo de genjutso e não percebera?

A mulher notou sua presença e deu um pulou assustada. _Meu kami! Você quer me matar, meu filho?

_Quem é a senhora? o ruivo perguntou confuso e irritadiço.

_ Sou Yoshino Nara, mãe do Shikamaru. Minha norinha teve uma farra de meninas hoje, mas exagerou um pouco. Meu filho teve que sair em uma missão de ultima hora e o imprestável do pai dele nem se dignou a levantar da cama para me ajudar, ele é um velho, bastardo... a mulher tagarelava sem parar Eu tive que vir aqui porque fiquei preocupada com a Sakura, se a Tema-chan ficou desse jeito imagine ela. Você é o Gaara, não? Irmão da Tema-chan? Farra de meninas? Sakura? Seria ela aquele mostrinho sujo na cozinha?

_Sim.

_A Sakura já chegou? o ruivo acenou para a cozinha, a senhora Nara que tinha colocado sua irmã no sofá rumou para cozinha e ficou surpresa com a ninja deitada no chão da cozinha. _ Ah que coisa triste uma menina tão linda se afogando em álcool para esquecer o marido. Gaara ficou mais confuso ainda,mas não proferiu uma palavra sequer _ Mas ande não fique ai parado me ajude levá-la ao banheiro, ela precisa de um banho.

Depois de carregar a kunoichi para o banheiro, a deixou com a Nara e foi até a sala e levou Temari para seu quarto, a loira murmurava coisas sem sentido. Gaara quis matá-la por tornar essa noite tão mais exaustiva do que já estava. Escutou dona Yoshino berrar e foi impaciente ao banheiro pegou a mulher que agora ele sabia que era Sakura, já que seus cabelos exóticos não estavam mais encobertos de farinha, a colocou no quarto que Yoshino indicou sendo o da rosada o que o deixou mais intrigado, mas antes de da morena começar outro monólogo a porta foi arrombada novamente e o ruivo só pode escutar os berros.

_Ficou maluca mulher?! Já estava ficando preocupado contigo!

_Não estava! Se tivesse o mínimo de consideração teria vindo me ajudar!

_ Será que você pode deixar para discutirmos isso em casa! Eu estou cansado, com sono...

_Me diz quando demônios você não está com sono?!?!? a mulher gritou furiosa e Gaara se amaldiçoou mentalmente.

_Ah você sabe quando eu não estou. a voz do homem era sugestiva e só pode ouvir um suspiro e uma batida forte da porta.

Essa vila só tem loucos, pensou saindo do quarto da rosado indo para seu Oasisde descanso, o sofá da sala.

[...]

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Sakuras Pov

Era bem cedo e estávamos na cozinha tomando o desjejum. Temari estava com seu mau-humor matinal característico e resmungava impropérios enquanto mexia os ovos da frigideira. Era engraçado de fato o quanto aquela loira era desequilibrada, antes de morar com ela sempre tive a impressão que ela rígida e dura como uma pedra, mas ainda sim com um gênio bem difícil. Ela caminhava pelas ruas de Konoha com uma cara séria que assustava até alguns shinobis experientes. Mas com o passar do tempo percebi o bom coração que ela tinha, era muito sincera, coisa que preso muito em uma pessoa. Principalmente depois do acontecido. Mas isso não apaga o fato dela ser totalmente problemática e maluca.

Pensei em Kankuro, meu admirável paciente, que tinha uma fama de conquistador nato lá pelos arredores de Suna, esse realmente tinha o dom da lábia e cuspia para quem quisesse ouvir que nunca se casaria. Bom, me permitia acreditar nisso, até umas semanas atrás quando Temari em contou que Kankuro estava namorando e que a moça tinha conseguido domar o garanhão, ela ria enquanto me contava que o moreno era apaixonado pela mesma desde os tempos da academia.

Eu fitava cozinha que precisava de uma faxina urgentemente quando meus olhos pousaram no ruivo que estava sentado um pouco afastado de mim, ele mastigava calmamente os cereais e tinha uma expressão de cansaço no rosto lívido, me perguntei se talvez ele pudesse manter uma personalidade extrovertida, falante ou até tímida escondida dentro de si.

Talvez fosse uma das características dos Sabaku No esconderem pessoas radiantes dentro deles.

Mas é claro que não.

Ri comigo mesma - minha cabeça latejou- a única personalidade que Gaara poderia esconder seria uma com características de um serial killer em potencial.

Levantei o olhar e fiquei surpresa com os olhos do Gaara-killer me estudando minuciosamente, não havia ódio em seu olhar, não havia desejo ou raiva, seus olhos me encaram plácidos, sem sentimento algum, bom nenhum que eu conseguisse perceber. Engoli seco, e me levantei da mesa de madeira.

_Bom tenho que ir, já estou atrasada! Um bom dia para vocês. disse mesmo sabendo que não teria resposta. Dirigi-me a porta e a um longo dia de trabalho. Sabia que era minha folga, mas estava com saudades do Kouji-kun, o quadro dele não estava melhorando e eu não tinha ideia porque, mas eu tinha que descobrir. Praguejei baixinho. Ah com certeza seria um desafio trabalhar com aquela maldita dor de cabeça.

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Gaara ia em direção ao prédio do Hogake finalmente poderia resolver seu problema e retornar a sua vila. A verdade é que não se sentia confortável em Konoha, sentia-se um intruso e mesmo sendo Kazekage, a maior autoridade de Suna, não gostava de sentir-se assim. Por isso logo que chegou foi direto para o apartamento de sua irmã, não que fosse admitir, mas queria um rosto conhecido por perto. Mas ficou surpreso quando encontrou a ex-companheira de time do Uzumaki zanzando pela casa de sua irmã seminua.

Não que a vista fosse desagradável.

Sabia que a garota de cabelo rosado tinha se casado com o Uchiha, esse casamento foi muito comentado, agora ficara sabendo do divorcio, mas não entendia o motivo dela estar lá, na casa de sua irmã, de lingerie roxa.

Isso não era de seu interesse. Bufou tentando mudar o pensamento, tinha uma conversa muito importante agora.

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Estava exausta suas pernas doíam e sua cabeça latejava, sabia de cor os sintomas de uma gravidez mas senti-los era diferente, mas isso não era o pior, estava esgotada emocionalmente

Há três meses quase não saia de casa, sua saúde estava fragilizada e claro se o fizesse receberia olhares de repúdio e desprezo. Não sabia quando Sakura havia se tornado tão querida, mas claro o que poderia esperar da filha da princesa Tsunade. Quando conhecera Sakura, a mesma era apenas uma menina com um bom coração, miúda, com uma testa grande, e chorona. Mas isso não a impediu de continuar sendo amiga dela, só que a mesa tinha virado, Sakura não era mais uma sombra e sim uma bela flor, flor que hoje ofuscava seu brilho. Ino não gostava de admitir, mas sentia inveja da rosada, inveja da força dela, de suas habilidades, inteligência, e até mesmo o caráter.

Mas não foi por esse motivo que havia se deitado com Sasuke, na verdade, nem ela sabia o motivo real, sabia que não nutria mais os sentimentos de criança por ele, mas aconteceu e agora estava grávida de um Uchiha e tinha que lidar com as consequências, a fama de vadia traidora, a falta da amiga e o pior de tudo a rejeição dos pais. Só ela sabia o quanto doía o silêncio deles, não ela não fora rechaçada do clã, mas também não era mais tão bem vinda assim. E agora ela estava ai no Distrito Uchiha, na casa principal, com um homem que mal trocava algumas palavras com ela, um homem que não era seu, estava em uma casa que não era sua, dividia uma cama com ele, mas que também não era sua.

Era dela.

Sentia-se uma intrusa.

Tudo era dela.

Pertencia ao pequeno botão de flor que desabrochou no solo quente de Konoha.

Mas estava disposta a enfrentar tudo isso por aquele pequeno ser crescia dentro de si.

Talvez tudo dê certo. E nessa confusão toda nasça uma bela família.

Era o que ela queria acreditar, se assustou quando ouviu aporta sendo aberta.

_Olá, Sasuke-kun. Oh, você está machucado! exclamou os ver o roxo no rosto pálido do moreno.

_ Hum, - moreno resmungou, não queria admitir, mas era estranho encontrar olhos azuis ali o esperando ao contrário de grandes olhos verde-esmeralda. Encaminhou-se direito para o banheiro depois do estranho encontro com Sakura havia ficado um pouco machucado, mas nada grave. Era verdade que não havia dormido, os olhos azul-celeste da noiva o encaram cheios de perguntas, mas sabia que ela não teria coragem de fazer nenhuma, afinal não devia satisfação a ninguém.

_A comida está pronta. a loira murmurou e o moreno apenas assentiu e foi tomar seu banho.

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