Teenage Runaway escrita por Bridget Black


Capítulo 14
Chapter 14 - As Poderosas


Notas iniciais do capítulo

Olá kittens (vou chamar vocês de kittens agora, porque eu quero),

Primeiramente, gostaria de me desculpar por ter demorado postar. O motivo: Semana de provas. Então, tipo, fica beeeeeem complicado para mim postar nessa época.

Segundo coisa, é que eu não sei se repararam (é claro que repararam), que a fic agora está de capa nova! Sim, eu mudei a capa. A capa foi feita pelo Nyah Conference (link:http://nyahconference.blogspot.com.br/), tanto a capa da fic quanto a capa do meu perfil foram feitas lá. E então: Gostaram das capas? Enfim, é só isso. Boa leitura!

XOXO

L.M.W.



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"Nunca, jamais diga o que sente. Por mais que doa, por mais que te faça feliz. Quando sentir algo muito forte, peça um drink." (Caio Fernando Abreu)

P.O.V.'s Alexia

– Então, ela tá ai? - Ouvi a "doce" e "discreta" voz de Roxy, perguntando para Domi.

– Sim! - Ela respondeu.

Pude ouvir Rose falar algo, que eu não entendi, mas que a loira respondeu.

– Racha fora, Weasley. - Ela disse - lê-se gritou - para a a ruiva.
Ela então fechou a porta atrás de si, e entrou no quarto ficando ao meu lado. O quarto, aparentemente estava vazio, se não fosse pelo pequeno detalhe de o banheiro estar iluminado, e eu estar ouvindo alguns ruídos de lá.

Dominque revirou os olhos, impaciente, e foi até a porta, dando murros e gritando.

– Abre essa porta Jackson.

Ouvimos a porta ser destrancada, e de lá saiu uma morena com uma aparência normal para qualquer um, exceto para mim.

– O que você estava fazendo? - Perguntei, a observando atentamente.

Ela revirou os olhos.

– O que se faz em um banheiro, Dursley? Por Merlin, não se pode mais ter sossego nem no banheiro! - Ela murmurou impaciente, enquanto sentava em sua cama.

A olhei desconfiada. Dominique olhava de mim para ela, para em seguir se exaltar.

– Que merda tá acontecendo? - Reparei que ela piscou freneticamente quando pronunciou merda. Eu não sei o que tinha de tão engraçado nisso, mas comecei a rir descontroladamente. Acho que Kayla também reparou no que ela fez, e começou a gargalhar, enquanto rolava na cama.

Ok, você deve estar pensando que somos dementes. Mas eu juro: Nós não somos.

Dominique bufou de raiva.

– Qual é o problema? - Murmurou, irritada.

Mas não conseguíamos falar nada. Eu estava ofegante, e tenho certeza que estava vermelha. Kayla estava com os olhos cheios de lágrimas, de tanto rir.

Argh, falem de uma vez! - Ela berrou, e me deu um certo medo.

Parei, e ainda ofegante disse.

– Você... Não consegue falar palavrão. - Me senti meio idiota quando disse isso, mas ainda assim achava engraçado.

Ela ficou tão vermelha quanto um tomate. Tive vontade de rir, mas ela me olhou como se dissesse: "Não ouse fazer isso!", então eu achei melhor não arriscar.

– Vocês são tão idiotas... - Ela disse e se sentou na cama, para logo em seguida Tia Minnie, a minha gata, pular em seu colo.

– Ok, agora me explica o motivo daquela reação no Salão Principal, a reação das duas. - Ela disse, enquanto fazia acariciava a gata branca no seu colo, que ronronava em aprovação.

– Nada de mais. - A Jackson disse, para logo em seguida me olhar. - Cadê a carta?

Tirei a carta das minhas vestes e entreguei a ela.

Assim que ela pegou a carta, ela tirou a varinha das vestes, pôs a carta no chão, e apontou a varinha.

Incêndio. - Ela murmurou, e eu vi o elegante envelope com o brasão dos Jackson ser queimado aos poucos, até ser apenas cinzas.Vamos embora. - Ela disse, já se levantando e indo em direção a porta. Eu e Domi nos olhamos, e nada nos restou a não ser seguir o exemplo da morena.

[...]

Estávamos nós três andando normalmente num corredor, já que era horário vago, quando ouvimos vozes exaltadas. Ou melhor uma voz exaltada, e irritante, que eu infelizmente conhecia bem.

Olha por onde anda, garota estúpida. – Eu e as garotas nos entreolhamos e seguimos a voz. Quem ela tivesse tentando humilhar... Não ia dar certo.

Andamos rápido lá, até que nos deparamos com a seguinte cena:

Lysander Scamander, Peyton Krum e Lauren Zabine, xingando uma garota de cabelos castanhos escuros e uniforme da Sonserina, que eu tinha a leve impressão de conhecer de algum lugar...

– É garota, por acaso é cega? - Dessa vez quem falou isso foi a Krum. Todas as três olhavam para a garota que estava no chão, com todos os materiais espalhados, fora que estava molhada da cabeça aos pés.

Por que aquela garota não levantava dali e usava a sua varinha?

O.k., não a varinha... Me refiro a varinha de fazer feitiços... Enfim, você entendeu.

Mas logo entendi o por que dela não fazer isso: Lauren Zabine estava segurando duas varinhas, e rindo de um jeito totalmente irritante, como se estivesse desafiando-a, tipo "E então, o que vai fazer agora?".

Aquilo me deixou com muita raiva.

– Me devolve a varinha Krum. - A garota disse, e imediatamente vi de quem se tratava: Cher Dolohov, a garota que eu tinha conhecido na aula de Runas Antigas. Ela me parecia bem mais confiante do que perto daquelas garotas (lê-se vadias). Dolohov... Eu conhecia aquele sobrenome de algum lugar...

A morena apenas riu com desdem. Uma risada completamente irritante. Ela parecia muito diferente de seu irmão, Luke Zabine.

– Tente pegar, Dolohov. - Ela disse, enquanto passava a varinha entre os dedos.

A morena tentou levantar do chão, e então percebi o por que ela não ter levantado antes: Cordas amarravam os seus pés.

As garotas (preciso avisar que lê-se vadias de novo?) gargalhavam.

Chega! Pensei comigo. Ela não vai fazer mais nada.

Olhei para Kayla, que por incrível que pareça não estava mais tão pálida como de costume: Estava vermelha de raiva. Não posso dizer que Dominique estava diferente.

Tomei a iniciativa de andar em passos duros em direção a elas, puxando a varinha de dentro da minha bota (é, eu ainda não tinha perdido essa mania).

Quando Lysander ia murmurar mais alguma azaração, eu fui mais rápida que ela.

Expelliarmos. - Gritei, e a varinha voou para longe de sua mão.

Por um instante ela ficou estática, mas logo depois, virou pra olhar quem havia feito isso. Quando nos viu, seu rosto ficou num tom púrpura.

Vocês de novo não...– Pude ouvir Peyton Krum murmurar.

– Nós de novo sim. - Kayla retrucou. Ela já não estava tendo um bom dia, e aquilo só ia piorar seu humor.

Cara, elas estavam tão ferradas.

– Entregue a varinha a ela, Scamander, ou eu não vou ter dó de rasgar esse seu lindo rostinho artificial com a minha unha. - Eu disse, sorrindo perigosamente. Ela engoliu em seco.

Mas ela não ia amarelar agora. Não quando suas duas seguidoras estavam ao seu lado.

– Eu não tenho medo de você, Dursley. - Ela disse, andando em minha direção, ficando cara-a-cara comigo. Olhei para o lado e vi que Dominique ia em direção a Cher, para desamará-la, enquanto Kayla olhava para as duas seguidoras vadias dela com um olhar de "Nem tentem impedir".

– Presta atenção Dursley, você é apenas uma novata. Quem manda aqui querida, sou eu. E você nem ousaria fazer nada contra mim, ou eu acabo com você e sua vidinha miserável.

Agora foi a minha vez de rir. Ela me olhou como se não estivesse entendendo a minha reação.

Na cabeça dela, provavelmente eu estaria choramingando de medo, implorando por ajuda.

Inocente, não sabe de nada...

– Acho que quem deveria estar com medo aqui, Scamander, é você. E é bom você não se meter comigo de novo, ou não vou ter medo de depilar a sua sobrancelha enquanto você dorme. - Eu disse, num tom tranquilamente assustador.

Acho que aquilo a deixou realmente com medo, pois ela riu com desdem e apontando pras duas outras vadias dizendo.

– Vamos embora. - Quando ela já ia se virar para ir embora, ela virou para mim de novo, com uma cara de quem estava se esquecendo de algo. - E Dursley, eu não estava brincando com relação ao que disse antes. Não se meta comigo. - Ela disse entredentes, enquanto apontado o dedo na minha cara.

Ela não sabia o quanto eu odiava quando faziam aquilo.

– Primeiro, tire esse dedo da minha frente, antes que eu não tenha pena nenhuma de quebrá-lo. - Quando murmurei isso, ela o retirou, quase imediatamente. - E segundo, como eu já disse antes, e vou repetir agora: Eu não tenho medo de você, Scamander.

Ela me jogou mais um olhar de superioridade, se virou e foi embora. Lauren Krum, que estava com a varinha de Cher, jogou a varinha pro alto, mas antes que ela caísse no chão, vi Kayla murmurar.

Accio varinha.

[...]

– Você está bem? - Dominique perguntou pela milésima vez a Cher, enquanto ela usava a varinha para se secar.

– Sim, eu estou. - Ela respondeu, revirando os olhos. - Vocês não precisavam ter feito aquilo mas... Obrigada. - Ela disse, como se estivesse sendo obrigada a engolir baratas.

Eca, esqueça o que eu disse. Só de imaginar isso me dá vontade de vomitar.

– Não tem problema, mas... Me explica o por que delas terem feito aquilo? - Eu perguntei, realmente curiosa.

Ela olhou a mim e a Kayla, como se avaliasse se devesse nos contar ou não, e no fim suspirou alto e disse.

– Vamos dar um passeio.

[...]

– Pode nos dizer agora. - Kayla disse, impaciente ao meu lado. Estávamos andando nos jardins de Hogwarts, perto da lago da Lula-Gigante (Rose havia me dito sobre esse lago no trem. É sério, que tipo de escola tem uma lula-gigante morando no lago?). De repente Cher parou e se sentou na grama, bem em baixo de uma árvore. Fizemos a mesma coisa.

Esse mistério estava me assustando.

– Bom... - Ela começou. - Quando entrei em Hogwarts, a sete anos atrás, eu estava meio insegura. Sabe, essa coisa de ser filha de ex-comensal é meio difícil. O medo de ser julgada... Isso era horrível. - Ela disse, de olhos fechados, como se um flashback estivesse passando na sua cabeça. Agora eu me lembrava: Antonin Dolohov, ela era filha dele, um ex-comensal da morte. - Quando entrei no trem, à procura de uma cabine, todos deram as costas para mim. Como se eu tivesse algum tipo de doença. Isso me deixava acabada.

Eu imaginava isso. Ser rejeitada. E acho que Kayla sabia e entendia disso melhor que eu...

– Então encontrei uma cabine, onde tinha apenas duas garotas; era a única cabine vaga. Perguntei à elas se podia sentar lá. Já estava esperando mais uma resposta grosseira, quando uma das garotas sorriu gentilmente antes de dizer que sim. Essa garota era Lysander Scamander, e a garota que estava ao seu lado era Peyton Krum.

Meu queixo caiu. Será mesmo que ela ia dizer o que eu pensava que ela fosse dizer?

– Depois daquele dia, viramos melhores amigas inseparáveis. As três garotas mais populares de Hogwarts, as garotas que muitas invejavam, e os garotos queriam. - Os olhos dela brilharam um pouco quando ela disse isso, e vi que Dominique revirou os olhos. - Éramos chamadas de As Poderosas...

– Pera... As Poderosas? Como naquele filme trouxa, Mean Girls? - Kayla perguntou. Cher apenas assentiu com a cabeça, antes de continuar.

– Foi assim até o quinto ano. Nesse mesmo ano, Lysander estava tendo uma paixão platônica por... - Ela tomar coragem pra dizer quem era. - James Potter.

Meio queixo caiu ainda mais, se isso era possível. Ela tava brincando né?

– O problema é que ele não queria saber dela. Ele faz o estilo galinha: Não se amarra apenas em uma garota. Eles ficaram, e depois ele a dispensou, como faz com todas. - A voz dela era completamente triste.

– Lysander Scamander não admitia ser dispensada, não mesmo. Então ela fez uma coisa digna de uma pessoa totalmente sem cérebro: Fingiu não gostar mais dele. - Que Lysander não tinha cérebro não era novidade pra ninguém né? - Para todos, ela jurava que não sentia nada pelo Potter, que era coisa do passado, que ela já estava em outra. No começo eu desconfiei, mas depois eu acabei acreditando. Grande erro.

– Como assim? - Indaguei, confusa.

– Se você me deixar continuar, você vai saber. - Ela murmurou, mal humorada. - Continuando, eu comecei a acreditar mesmo que ela não sentia nada por ele. Só que o problema é que James Potter já estava de olho na sua próxima vítima. Essa "vítima" - Ela fez aspas com a mão - era eu.

É, realmente ela não estava brincando.

– E bem... Lysander garantia que não sentia mais nada por ele, e o Potter insistiu então... Eu cedi. - Ela parecia realmente envergonhada. Mas não de ter feito aquilo: Era vergonha de estar contando aquilo pra alguém. - Como sempre, fui dispensada, mas eu não ligava para isso. Eu não era apaixonada por ele. O problema é que alguém viu que eu tinha ficado com ele... Esse alguém era Lauren Zabine.

Uau. Isso estava ficando, realmente confuso.

– Lauren era uma garota excluída, e seu sonho era ser reconhecida como só Lauren Zabine, e não "a irmã mais nova e nada atraente do Luke Zabine. - Novamente ela fez aspas com as mãos. - Era a chance dela. Ser uma das poderosas. E foi o que ela fez. Ela contou a Lysander Scamander. Quando ela descobriu o que tinha acontecido, ela ficou com muito ódio, me procurou, num lugar afastado, para que ninguém descobrisse que ela ainda era caidinha pelo Potter, e me ameaçou. Ela jurou, com todas as letras, que iria se vingar de mim, do pior jeito que eu podia imaginar.

Meu Deus. Aquela garota era pirada.

– E ela cumpriu. No outro dia, boatos de o porque eu não estar mais andando com As Poderosas circulavam: Ela espalhou para todos que eu era lésbica, e que sofria de amores por ela. Ainda disse que estava com medo do que as pessoas iam dizer dela, e medo de que eu tentasse, sei lá, estrupa-la. - Ela disse isso com um tom de incredulidade na voz. - Foi ridículo. Mas, todos acreditaram. Eu passei a não ter mais nenhum amigo. Todos olhavam para mim e sussurravam coisas, para depois rirem. Eu me sentia um lixo. Aquilo era tudo uma grande mentira, mas ninguém acreditava na minha palavra. Um dia eu era uma das Poderosas, e no outro eu era apenas uma idiota, filha de um ex-comensal, "lésbica", e excluída. Lauren Zabine finalmente tinha conseguido deixar de ser apenas a irmã mais nova e não atraente do Luke Zabine, e passado a ser "A Poderosa que substituiu Cher Dolohov". E desde aquele ano, toda vez que podem, elas me humilham. Eu tenho ódio delas. Eu tenho nojo delas. - E com aquelas palavras, ela tinha ganhado a amizade eterna de Dominique Weasley.

– Elas nunca mais vão arrumar motivos para humilhar você. - Eu disse, com total certeza na voz.

– Não preciso de caridade. - O orgulho dela falou mais alto.

– Garota, deixa de ser idiota, isso aqui não é caridade. Eu tenho cara de quem faz caridade? Olha bem pra mim e diz se eu tenho cara de quem faz caridade. - Kayla retrucou, impaciente.

Com aquelas meigas palavras, ela pareceu ceder.

Vocês não precisam saber de tudo que aconteceu a seguir.

O que vocês precisam saber é que, daquele dia em diante, Cher Dolohov, não era mais a excluída ex-poderosa. Agora ela tinha amigos. E não eram poucos.

Daquele dia em diante, Cher Dolohov se tornava uma grande amiga minha.


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Notas finais do capítulo

Então?
Gostou? Comente.
Não gostou? Comente.
Acha que eu sou uma babaca que não tem nada melhor pra fazer? Comente.
Não quer comentar? Comente.
O importante aqui é comentar: Leitores fantasmas não são bem-vindos.
Ainda não favoritou a fic? Tá esperando o que para favoritar? Que o próprio Lord Voldemort apareça na sua frente, vestindo um sutiã de oncinha e dançando Lepo-Lepo? Favoritem pessoas, favoritem.

XOXO

Até o próximo capítulo...

L.M.W.