O Meu Muro Caiu, literalmente escrita por Carol Araujo


Capítulo 2
Capítulo 2 - A queda


Notas iniciais do capítulo

*Cara, pra começar eu amei os comentários, espero que tenha mais muahahahah
* Essa parte do muro caído, bom já aconteceu comigo, pois é meu muro já caiu uma vez, e foi esse ano mesmo, kkkk. Mais não tinha nenhum menino bonito do outro lado :( Só um moleque de 8 anos.



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  Acordei arfando com o pesadelo, era tudo tão real... - Era meia noite em casa, eu estava acordada e minha mãe já estava dormindo, eu fui pra cozinha pegar um copo de água, ouvi o barulho de algo caindo no chão, de um jeito abafado, eu com o copo de água na mão, fui pra sala, quando vejo um borrão atrás de mim se mexendo, deixo o copo de vidro cair, deixando os cacos de vidro no chão.


- Se mostre o que você for! – Grito tentando mostrar coragem.


Minha mãe abre a porta do quarto dela no corredor, saindo dele, com a cara de preocupação.


- O que ta acontecendo, Alex? – Ela disse –


Aí eu de repente acordei, com o sol já atingindo o meu quarto, mostrando que tudo se tratou de um sonho, mais ainda tem uma coisa que ta me fazendo pensar, o que era aquele borrão? Bom, eu devo parar de ler histórias de terror.


- Alexandra! – O grito da minha mãe me fez voltar a realidade, me provocando um choque que percorreu todo o meu corpo.


- Eu já estou me arrumando – Eu disse


Imaginei a expressão confusa no rosto da minha mãe, ela não me chamou mais. Levantei-me realmente e tirei meu pijama vestindo a farda. Peguei minhas coisas e saí do quarto. Minha mãe já estava comendo na cozinha, comi um sanduíche e saí de casa com minha bicicleta pra ir colégio. Passei a ida pensando no sonho, com meu mp4 ainda descarregado. Cheguei ao colégio. Hoje o colégio passou em um borrão, de repente eu estava voltando pra casa do colégio na minha bicicleta. Cheguei em casa, e minha mãe já estava lá, com o seu corsa cinza na garagem, deixei minha bicicleta no jardim.


- Mãe? – Eu falei, a sala estava vazia


Eu a vi saindo do quarto, com uma expressão assustada.


- Eu não sabia que você ia chegar cedo hoje. Você matou aula outra vez?


- Não, só o professor faltou – Menti.


Ela olhou pra dentro do quarto e falou algo inaudível pra mim. Cruzei os braços, irritada.


-Não vai me dizer que o coroa pançudo está no seu quarto? – Falei entre dentes


 - O nome dele é Gabriel, Alexandra. Você devia aprender a chamar as pessoas pelos nomes verdadeiros delas, seria educado.


 Bufei indo pro meu quarto e me tranquei lá. Pro meu plano maquiavélico peguei o meu som que ganhei do meu pai de aniversário, coloquei o meu disco de Black Sabbath no volume máximo, o Dr. Careta odiava rock. Fui pro meu banheiro tomar banho, ignorando os gritos abafados, e usando minha voz rouca cantando War Pigs.  Bom, ao sair do meu quarto, com meu estômago doendo de fome, é claro que minha mãe estava lá de cara feia, eu fiquei secando o meu cabelo desgrenhado indo pra cozinha.


- Sabia, que com esse seu rock pesado, o Gabriel acabou indo embora, Alexandra?


Bati palmas, ta bom eu fui muito cara de pau com isso, mais aquele velho que se F-o-d-a.


- Olha só, eu vou agora mesmo cancelar essa internet velha que não serve pra nada, você vai ficar um mês de castigo.


- MÃE ... – Eu comecei a me defender, mais fui interrompida por um estrondo vindo do jardim, um barulho feito um trovão, muito alto mesmo, eu tremi.


Nós ficamos em silêncio por vários minutos, será que meu sonho se tornou realidade? Tremi mais uma vez, respirei fundo e fui em direção ao jardim, abri a porta devagar. O jardim de frente estava normal, se não fosse uns tijolos caídos, peraí... TIJOLOS? Da onde veio isso? Olhei pro lado esquerdo. Parecia que meu jardim tinha dobrado de tamanho, e tinha outra casa que dava pra ver, branca com teto de telhas laranja, bem moderna com janelas de vidro e porta também, a minha casa parece do século IX comparando com a outra, eu estava boquiaberta, meu muro, havia desmoronado? Dava pra ver nitidamente que sim, ele devia ser muito antigo, quase derrubou uma arvore do meu jardim, senti minha mãe ficar do meu lado, ela se contraiu também.


- O... Meu... Muro... Caiu... Literalmente! – Quase desmaiei com o susto.


Duas pessoas saíram da casa assustadas também, vai ver demoraram a reagir mais que minha mãe e eu. Era uma senhora de idade com os cabelos já brancos com um vestido florido que só a deixava mais gorda do que é eu acho. Mais eu não conseguia tirar os olhos do garoto, ok, não era um garoto, mais que aparentava minha idade, com os cabelos pretos como o breu curto e desarrumado, ele era alto, bom daqui parecia alto, e forte também eu não conseguia tirar os olhos mesmo dos olhos dele, tentando adivinhar a cor, usava uma camisa vermelha sem mangas, que deixava seus braços fortes a mostra, mas não tinha muitos músculos, era só.. Fortes, usava uma bermuda jeans, e estava com a expressão assustada, ele estava de olho em mim, o que me fez ruborizar, uma coisa não tão típica de mim. Quando eu notei, já podia ver minha mãe conversando com a velha, quando eu tirei os olhos deles, um choque passou pelo meu corpo, me acordando, voltei pra dentro de casa, arfando.


Eu me sentei no sofá com a imagem do garoto, minha curiosidade ardia exigindo que eu aprendesse o nome dele e que cor são os seus olhos. Mas, porque eu nunca o vi antes? Ele era meu vizinho e eu não sabia, ouvi minha mãe fechar a porta da frente.


- Eu já suspeitava que o muro estivesse muito velho, graças a deus, ninguém estava no jardim àquela hora – Ouvi a murmurar.


- Calma, Alex. Amanhã mesmo vai vim um pedreiro aqui começar a construir o muro de novo e vai ser como nunca o muro tivesse desmoronado. – Colocou a mão no meu ombro.


Peraí... Ela estava dizendo que ia já ia construir o muro de novo? NÃO, NÃO, DE JEITO NENHUM! Eu não ia permitir, eu exijo saber o nome do menino e saber mais sobre ele! Corri pro meu quarto, sem consciência dos meus atos. O que eu ia fazer agora? Olhei-me no espelho, de bermuda  jeans escura e uma camisa do Bon Jovi preta, meu cabelo como uma juba na minha cabeça. Peguei a escova mais próxima e comecei a desembaraçar meu cabelo até ele ficar macio, apesar dos seus fios quebrados, troquei a bermuda por um short e amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo alto, bom, peguei o meu perfume ignorado por mim que minha mãe me deu, forte demais pro meu gosto, mais mesmo assim coloquei, tentando ficar numa aparência aceitável, saí decidida do meu quarto, testando minhas possíveis falas com o menino deslumbrante.


- Alex? – Minha mãe disse quando eu passei por ela


Ignorei. Continuei pisando forte indo até o jardim, quem disse que eu sou medrosa? Ele não estava mais lá, eu sou muito idiota mesmo, me produzindo pra um menino que eu nem conheço, e ele nem sabia que era pra me encontrar aqui. Me sentei no chão com as minhas costas encostadas na parede, o céu ainda estava claro,o sol estava laranja, fechei os meus olhos .


- Moça? – Ouvi inconsciente uma voz grave – Eu estou sendo tão idiota, eu posso ir preso por invasão de residência! – Ouvi sussurrando.


Pisquei meus olhos, um pouco mais consciente , abri meus olhos totalmente, até que me deparei com o garoto deslumbrante a centímetros do meu rosto, os seus olhos eram verdes.


- AAAAAAAA – Gritei e acabei batendo a cabeça muito forte na parede, merda.


Ele se assustou com minha reação, se levantando e pulando pra longe de mim, merda, de novo. Levantei-me um pouco tonta ou seria zonza? Acho que os dois têm o mesmo resultado.


- Desculpe – Ele sussurrou longe de mim


Balancei a cabeça – Tá bom, não foi nada... Eu só me assustei com você, peraí... Eu estava dormindo?


- Bom você estava balbuciando umas coisas inelegíveis. Eu acho que sim- Ele deu ombros


- Mateus – Ele disse mais próximo de mim, com a mão em minha direção.


- Alexandra – hesitei um pouco mais segurei a mão dele, outro choque passou pelo meu corpo assim que eu toquei na mão dela,  ele e eu soltamos com a mesma velocidade.


O nome dele era Mateus e os seus olhos eram verdes, informação recebida com sucesso.


- Nossa, meu muro caiu – Cocei meu braço,nervosa, não sei muito bem porque, grande merda que eu disse.


- Pois é, depois do barulho eu fiquei em choque por vários minutos, podia ser qualquer coisa


Cara que silêncio chato! Eu não agüentava mais a tensão ali, até que minha mãe passou pela porta, tirando a gente do transe.


- A.. Oi Mateus, não sabia que você estava aqui, quer jantar? – Minha própria mãe sabia o nome dele?


- A não precisa, Senhorita Ângela, eu já estava saindo mesmo.  Ele acenou pra mim e pra minha mãe atravessando o rio de tijolos do nosso ex-muro.


- Alex, jantar – Minha mãe disse me chamando pra entrar, aqui fora já estava ficando frio, eu nem tinha percebido que já tinha escurecido, eu nem tinha almoçado minha barriga já roncava de fome faz um tempo.


.Entrei em casa, depois de jantar a lasanha, eu fui dormir, exausta, depois do meu dia cheio de “emoções”.


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Notas finais do capítulo

* Comentem pra eu pular mais na minha cadeira ! kkkk, beijos



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