Sequer sei meu universo escrita por Sonhos De Tinta


Capítulo 5
Anjos e Demônios


Notas iniciais do capítulo

'-'
Talvez vocês não queiram saber, mas escrevi essa capitulo contende e pulando.
Pq??
Pq minha professora e amiga, a Liliane, fez uma recomendação lindo da minha fanfic lá no face, vou guarda-la com todo o amor >< Obrigada e essa capitulo é para vocÊ com todo o meu carinho



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–Quero uma corrida em volta da piscina, antes de começarem os aquecimentos. – Gritou a treinadora Garcia.

–Sorte sua ter licença para não fazer as aulas de natação! – Resmungou Evelyn, ajeitando os óculos no rosto e se levantando do banco que eu estava sentada “Talvez você acaba-se morrendo afogada”, balancei a cabeça. – E eu ainda uso óculos...

O ginásio que tinha mais ou menos a metade de tamanho de um campo de futebol, no centro havia uma piscina olímpica que precisava de reformas urgentes, em cada estremo do ginásio havia bancos parecendo de parques de madeira, cabendo cerca de nove pessoas sentadas, as paredes eram vinho claro.

As garotas corriam com os maios que eram deixados em nosso quarto.

Eu era a única ali que tinha licença para não fazer essas aulas, mas mesmo assim tinha que usar o maio, Evelyn odeia o fato de não enxergar sem os óculos e mesmo assim ser obrigada a fazer essas aulas.

Estiquei minhas pernas no banco, e encostei minha cabeça na parede para poder olhar as meninas começarem a fazer os “Sangue, essa cor é tão linda” exercícios na água.

Evelyn estava de cara amarrada porque teve que tirar os óculos e não sabia nem boiar, então ela iria fazer a aula insuportável.

Fechei meus olhos por mais ou menos uns 5 minutos, antes de ouvir a porta abrir, fiquei assim por uns 10 segundos antes que a curiosidade me vencesse e eu abri os olhos.

O garoto do fone de ouvido entrou com algumas pastas e foi em direção para a treinadora, mas logo ela o dispensou com um clássico que todos sabemos: Espere ai, eu estou treinando minhas garotas, depois vejo o que quer. Ri com o pensamento e ainda mais por saber que eu estava certa.

O garoto suspirou e andou até um banco próximo do meu jogando as pastas lá e se sentando cruzando os braços, olhei para as garotas, antes de falar para o garoto:

–Celulares são proibidos e ouvir musica tão alta vai te deixar surto!

Ele me olhou de soslaio e depois balançou a cabeça:

–Bem, são proibidos para vocês internas, para nos que ganhamos a vida para ajuda-las não!

O olhei ofendida de boca aberta e em seguida falei indignada:

–Sabe, ser gentil não custa nada e você não morre por isso! – “ Se não o matarmos...”

Ele riu e balançou a cabeça como se achasse graça, e depois se virou na minha direção zombando:

–Okay moça, desculpa por ser eu mesmo! – E estendeu sua mão. – Meu nome é Castiel!

Eu estava determinada a ser arrogante com ele, mas acabei rindo:

–Castiel? – Perguntei incrédula.

–Minha mãe era fã de Sobrenatural! – Ele deu de ombros.

“Sobrenatural seria olhos sendo arrancados.”

–Nunca assisti! – Admiti com um mini sorriso. – Minha mãe achava que pioraria... minha situação.

–Então assista um dia! – Falou ele piscando de brincadeira.

Percebi que não havia me apresentado, mas fingi que não estava me importando, então voltei a atenção para as meninas, a treinadora parecia orgulhosa ao ser suas garotas nadando rápido, e eu cruzei as pernas na forma que índios fazem, suspirei e falei depois de um longo silêncio:

– Sou Rosa!

Ele se virou para mim, com o cabelo caindo sobre os olhos verdes escuros, antes de responder sorrindo:

–Então deve ter espinhos como elas para estar aqui!

Sorri de volta, e voltei a atenção a aula.

Um pouco depois a treinadora chamou Castiel para fazer o que ele viera fazer, escreveu algumas palavras numa folha, foi até sua jaqueta de couro na cadeira de plástico na frente da piscina e entregou alguns papeis que estavam lá.

Castiel saiu do ginásio e a treinadora elas treinarem o nado borboleta.

–--------------------------------------------------------------

Depois das aulas, decidi ficar um pouco sozinha, para clarear a voz, ou para afastar ela, porque sempre que eu ficava assim ela desaparecia por algum tempo, mas sempre voltava.

Fui até o jardim que havia atrás do prédio e me sentei num banco branco na frente de uma fonte com uma escultura de um anjo vingador.

Coloquei minha blusa como se fosse um cobertor sobre mim e fechei os olhos, sentindo o vento brincar com meus cabelos e ri com a sensação de felicidade.

Pouco tempo depois ouvi passos e me virei para ver se era a Dona Sarah me mandando de volta para dentro, mas não, era Nicolas, quando eu olhei ele sorriu e veio até a onde eu estava se sentando ao meu lado:

–E não é que minha louca favorita esta aqui!

Ri e o olhei fingindo estar brava:

–Senhor Nicolas, você deveria estar trabalhando!

Ele riu e depois cruzou os braços olhando para a fonte de forma seria e preocupada:

–Porque esta aqui? Espero que você não tenha um ataque, mas porque você matou seus pais?

Olhei para ele surpresa com a pergunta e tentando controlar o bolo que girou em minha garganta e barriga “Como uma andorinha quando recebe um tiro”:

– Eu não matei meus pais! – Sussurrei abraçando meus joelhos e olhando para o chão de terra na nossa frente. – Eu não matei, não os matei.

Ele colocou a mão no meu ombro e apertou de forma reconfortante “Para trair” me fazendo continuar de forma devagar e baixa:

–Não os matei, nem mesmo sei por que estou aqui, eu deveria estar num sanatório.

Ele me encarou por alguns segundos antes de se levantar e falar:

–Agora preciso... – “Fugir de você e sua loucura, antes que você faça coisa pior!” a voz sobressaiu a de Nicolas. – Mas as coisas acontecem por motivos maiores, entende?

–Sim! – Balancei minha cabeça mentindo, eu sempre fazia isso quando a voz ficava entrando na conversa alheia, mentia.

Olhei Nicolas ir embora e depois olhei para a fonte, o que acabou de acontecer aqui?

Fechei meus olhos novamente imaginando uma trilha sonora para a cena e posso dizer que eu a ouvi, que eu senti a musica entrar em minha alma e quando chegou ao refrão ela foi cortada.

Suspirei e me levantei, indo até a biblioteca para fazer os exercícios de cálculo.

Entrei e fui direto para bibliotecária Marta, ao me ver ela sorriu e indicou o corredor dos livros de matemática, fui até lá procurar um que me ajudaria.

O que tinha as lições que eu precisava aprender estava no “fim do túnel da morte” do corredor, na fileira do baixo, me agachei para alcançar o livro, mas acabei derrubando ele embaixo da estante, resmunguei baixinho e me deitei no chão para pegar ele.

–Consegui! – murmurei puxando o livro, mas quando olhei a capa li o titulo “Anjos e demônios”, certeza que era um dos livros proibidos, me levantei pronta para delatar para a Marta, mas olhei a capa e ela parecia tão linda, feita para ler.

“Quebrar regras é a sua cara, coisa de marginal!”, como sempre a voz tinha razão, eu não deveria fazer isso.

Escondi o livro dentro da minha blusa e passei receosa pela biblioteca, quando sai ilesa, comecei a correr pela noite estrelada em direção aos quartos.

Entrei no meu ofegante e rindo pelo que acabei de fazer, me deixei escorregar pela porta até sentar no chão frio e desembrulhei o livro, o colocando no meu colo e pronta para começar a Ler ele.


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Notas finais do capítulo

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