Autora: ~A nota não ta indo direito, então...
Gente, tenho tanto que agradecer, façam fila KKK'
Primeiro eu queria agradecer a Marina (Marii ♥), obrigada pela capa, que eu te obriguei a fazer.
Obrigada Little Angel e Vivien pela "favoritação", isso é muito importante para mim.
Little Angel e Jen Laufeyson (♥) Por estarem acompanhando.
Bem, tudo que posso dizer é que esse capitulo foi para vocês...






Eu estava sentada no chão, ao lado da porta da sala.

Dona Acaiah estava conversando lá dentro, então eu tenho que esperar “Mesmo depois de quase três horários”.

Os internos sabiam de algo, sempre que alguém novo vinha trabalhar aqui a dona Acaiah ia e mostrava o charme da carequinha, como a Evelyn costuma chamar.

Ouvi um barulho vindo de trás de mim e me levantei depressa fazendo cair um relógio pendurado na parede em cima de mim, e quando atingiu o chão se espatifou em varias partes.

Os peguei o mais rápido que pude “Você sempre estraga tudo, não é, idiota?”, ouvi o barulho da porta e me levantei rapidamente escondendo o relogio atrás das minhas costas.

Dona Acaiah saiu da sala rindo e quando me viu, apertou de leve meu ombro esquerdo de uma forma amigável “Essa mulher realm...” Pela primeira vez a voz parou na metade da frase, eu fiquei tão atordoada que não me senti me mover e entrar na sala do exame.

–Sabe, senhorita Rosa, quando dizem que vão te examinar depois da aula, é depois da aula do mesmo dia, não duas semanas depois... – Falou Nicolas enquanto eu me sentava na cadeira em frente a sua mesa. – Tudo bem, Angela?

Levantei o rosto para ele atordoada e simplesmente respondi:

–Parece que os remédios estão fazendo efeito.

Ele abriu um sorriso genuíno e sincero:

–Fico contente em ouvir isso! – E depois começou a digitar no computador. – Posso voltar a fazer as perguntas antes dos exames de verdade?

Hesitei por um momento antes de falar devagar:

–Não sei!

– Tudo bem, sem falar sobre seus pais, tudo bem? Se tiver mais coisas que te fazem ter um desmaio me avise! – Falou devagar com um leve tom de brincadeira.

Dei de ombros e respondi:

–Pode ser!

Eu e Nicolas começamos a conversar como amigos depois de quase trinta minutos de mim respondendo com respostas curtas e secas e a voz falando frases irritantes.

Ele me perguntou sobre o que eu achava daqui, dos meus amigos, se eu me irritava facilmente e se a voz falava coisas agressivas e malucas, essa ultima eu menti dizendo que elass só comentavam sobre o meu dia.

Ele olhou os papeis novamente e comentou:

–Seu ultimo exame de sangue foi a um ano e oito meses, você vai ter que fazer outro, junto com alguns outro exames?

–Outros exames? Eu me sinto perfeitamente bem! – Levantei uma sobrancelha ”Se você estivesse bem, estaria preparando um crime”, balancei minha cabeça disfarçadamente para afastar a voz.

Ele me encarou por cima do computador e falou:

–Você esta pálida, muito magra, tem olheiras profundas e com certeza esta fraca! Aposto chocolates que você esta com anemia ou falta de ferro!

–Eu me sinto perfeitamente bem! – Repeti teimosamente.

A porta se abriu e um garoto de olhos verdes águas e cabelos negros compridos entrou na sala, balançando a cabeça em ritmo da música que soava absurdamente alta do fone de ouvido, foi até onde estava Nicolas, pegou algumas pastas e saiu sem falar nada, franzi o cenho olhando para a porta e depois me virei para Nicolas que falou com certo divertimento:

–E lá vai o garoto-fantasma!

–“Celular não era proibido? E quem era aquele?” -“Celular não era proibido? E quem era aquele?” eu e a voz falamos ao mesmo tempo.

Nicolas apontou para a minha cadeira e falou:

–Quebrar propriedades desse estabelecimento também é! – Olhei para a cadeira e vi que as peças do relógio estavam espelhadas pelo meu colo e cadeira.

–Meu Deus do céu cristalino! – Exclamei tentando juntar as partes. – Estou definitivamente em encrenca, imagina se a Dona Acaiah fica sabendo.

Nicolas gargalhou o que me chamou a atenção por um momento, antes que eu voltasse para a tarefa de tentar reconstruir o relógio.

–Fique calma, Angel! – Nicolas riu.

–Angel? – Perguntei olhando para ele juntando as sobrancelhas “Claro, você é completamente louca, precisa se acalmar para não fazer alguma atrocidade”.

–Apelido para Angela! – Respondeu ele dando de ombros com um meio sorriso. – Agora solte isso, e isso será nosso pequeno desastroso segredo, tudo bem?

–Tudo ok! – Respondi deixando o relógio em cima de sua mesa.

–Agora vá descansar que esta tarde! – Falou me dispensando.

Me levantei e fui até a porta parando por alguns segundos antes de me virar e falar:

–Obrigada, Nicolas! – E sai da sala.

Quando estava no meio do corredor ouvi ele responder:

–Foi um prazer, Angel!

Eu ri e balancei a cabeça indo em direção ao quarto da Evelyn.

Quando cheguei abri a porta lentamente e peguei um cobertor do seu armário, indo deitar no sofá que tinha ao lado da janela.

Aqui era assim, a qualidade do quarto dependia da ordem de chegada, Evelyn tinha um dos melhores porque foi pega roubando e fumando com seu irmão mais velho quando tinha seis anos, seu irmão foi para um presídio juvenil e ela veio para cá.

Me ajeitei no sofá e fechei meus olhos relaxando, quando ouvi uma voz:

–Por que esta aqui?

–Não queria dormir sozinha! – “Com medo de seus pesadelos” Respondi e ela riu.

–Medrosa, mas pode ficar se quiser, só tome cuidado com os percevejos e monstros da noite! – Zombou.

–Boa noite, Evelyn! – Ri.

–Boa noite e espero que você saiba que eu sei que você estava conversando com Nicolas, o Senhor Andrew. – Gargalhou ela.

–Sobre os exames! – Resmunguei. – Ele quer que eu faça toneladas de exames, acha que eu possa estar com anemia.

Pude sentir ela revirar os olhos, antes de falar:

–Boa noite! – Falou. - A conversa esta ficando chata, e eu estou com sono.

–Tenha pesadelos! – Falei me virando para a janela, olhando o jardim e... Daqui dava para ver a janela da sala do Nicolas, a luz ainda estava ligada e eu podia ver sua “imagem distorcida cantando sua morte” sombra de costa para a janela, e dava para ver que ele falava ao celulae.

–Só mais uma coisa! – Falou Evelyn quase dormindo. – Quando você for fazer os exames, vá no banheiro masculino fumar com os garotos problemáticos!

“Como todos vocês!”

–Claro! – Ri revirando os olhos e observando quando outra figura, masculina aparentemente aparecia na sala do Nicolas se sentando na cadeira a sua frente. – Agora durma.
E ela ficou em silêncio, até que eu ouvi seu leve ronco, o que me fez rir.

Eles pareciam estar numa conversa alegre, pelo que eu podia ver pela janela, e essa foi a ultima coisa que eu vi antes de adormecer