Sangue Quente escrita por Tenneb


Capítulo 7
O casal




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* Naquele mesmo dia, na madrugada...

– Ora, ora ora...Então essa é New Falls. - Disse Agatha. Uma mulher que tinha aparência jovem para sua existência de séculos. Seus cabelos negros como a noite estavam voando junto com o vento que corria entre seu corpo. - Vai ser bem divertido. - Falou, fazendo uma cara de divertimento.

– Agatha não foi para isso que viemos até essa cidade. - Murmurou Gaspar. - Lembre do que faremos aqui.

Gaspar sentia o cheiro da mata molhada, aquele aroma sempre o fez se sentir em casa. A Itália já foi um ótimo lugar na época dele, pensou.

Agatha se aproximou dele e o beijou no pescoço, seus lábios sempre foram sedutores para ele e para o resto dos homens. Eram tão bem desenhados e vermelhos, que chamava a atenção para seu adorável rosto. Gaspar sempre soube que ela era uma perfeita companheira para sua eternidade. O homem percebeu que a pele de sua mulher era perfeita e da mesma cor que a lua estava naquela noite.

Nesse momento, Agatha o olha, com seus olhos cor de salgueiro. Ela era uma deusa para ele. Seu corpo era tão magnifico. Gaspar se perguntava como ela poderia gostar dele?

Entretanto, depois de se beijarem por um longo minuto, correram para dentro da floresta sem deixar rastros, como se fossem felinos atrás de sua presa.

Desapareceram na escuridão de uma forma mágica, como se as sombras os engolissem para algo misterioso e enigmático. Atacaram um cervo que passava ali perto, foi rápido e prático, mas é claro, com tantos anos de prática, eles já estavam a costumados com aquilo. Mesmo Agatha, achando aquilo horrível, pois preferia sangue humano do que a sangue de animal. Só que seu amor a Gaspar era tamanho que a fez trocar sua dieta.

* De manhã, naquele mesmo dia...

– Miah, está escutando isso? - Perguntei a minha melhor amiga.

– Então ele não saiu da cidade - Disse ela fazendo uma cara de contra-gosto - Ele não se foi...

Eu não conseguia falar nada, só fui capaz de esboçar um sorriso de orelha à orelha. Thomas estacionou em sua vaga. Ele saiu perfeito como no primeiro dia de aula, em que era o estranho da cidade ou para mim, uma carne nova que eu queria ter. O garoto usava uma calça preta, tênis, camisa branca que mostrava os músculos e seus famosos óculos Ray-Ban.

O menino passou direto por mim, como se não tivesse me visto. O sinal tocava e eu via sua silhueta sumir pelos corredores. Tinha chegado atrasado para a aula de Filosofia. Minha mente só pensava em uma coisa. Thomas. Ele não tinha me deixado, nem sumido pelo mundo. Enquanto ele esteve fora eu andei pensando e talvez ele esteja certo. Talvez não tenha sido ele quem matou Rebekah e sim aquele vampiro que quase me matou naquela noite. Entretanto só haveria uma maneira de saber disso e essa seria ter que perguntar para ele. O único problema era minha arrogância e orgulho de deixar o braço a torcer. Comecei a traçar um plano.

– Isso mesmo, não me olha com essa cara Miah! - Disse para ela, que fez uma cara nada boa -É simples!

– Nicco, eu não vou para uma floresta sozinha com um vampiro - ela estava saindo da nossa mesa. Parecia que eu perdia a discussão.

– Miah, eu preciso saber a verdade e você é uma bruxa de alto escalão. Sabe se defender - falei segurando o seu braço - Por favor... - Foi quando ela se surpreendeu com o que eu tinha acabado de falar e concordou com minha ideia.

Minutos depois que as aulas terminaram, eu tinha ido com destino para o lugar marcado na floresta. Estava calma, dava para ouvir os pássaros cantarem, os animais passando. Localizava-me sentado em uma árvore caída, coberta de musgo. A selva tinha árvores tão grandes e robustas , algumas cobertas de líquens, onde criava a ideia de habitar algo sombrio. Sim, eu estou começando a ficar paranoico.

Porém tudo fica quieto, até demais. A floresta a minutos atrás parecia respirar, entretanto agora a respiração parecia presa, esperando algo acontecer, uma tensão no ar. Nesse momento sinto uma respiração atrás de mim. Era um homem, de cabelos lisos e negros como a sombra que as arvores produziam à noite, tinha olhos estranhos. Uma irís de cada cor, sendo uma delas azul claro como o céu e a outra castanho claro como areia.

No momento que ele percebe que me assustou se afasta um pouco, sendo nesse momento que percebo a presença de uma mulher, igualmente bonita e perfeita. O corpo dos dois e sua postura os faziam parecer deuses entre humanos.

Os dois poderiam muito bem ser modelos da mais alta e famosa agência de modelo e eu iria confirmar sem pestanejar.

– Você deve ser o Nicco, acertei? - disse o homem - Desculpe-nos se assustamos você, meu nome é Gaspar e essa é minha esposa Agatha. - A mulher balançou a cabeça amistosamente.

– Por que está tão assustado? - Falou Agatha indo até mim. Vira a cabeça de tal modo, que parecia um passáro quando se interessa por algo, entretanto ela para repentinamente. - Olá Thomas!

– Ola a todos - Thomas tinha chegado com sua rapidez mágica.

– Eles...Eles são... vampiros? - Perguntei, já confirmando uma coisa que eu sabia.

– Sim, somos meu queridinho. - Falou a mulher

– Agatha calma, para ele esse mundo todo é novo - Recriminou Gaspar.

– Mas ele é um Bennet, já deveria de saber algumas coisas - Falou Agatha de novo.

– Vamos com calma, por favor? - Disse Thomas se aproximando de mim. - Confia em mim? - sussurrou ele no meu ouvido, fazendo-me arrepiar.

– Não - respondi.

– Ótimo. - Ele esboçou um sorriso.

Voltei a mansão dos Castellanis, agora estava sentado no sofá de couro. Olhando para o teto, entediado como sempre. Eu estava lá esperando Thomas e seus amigos voltarem de algum lugar daquela mansão. Acredito eu, de um quarto de hóspedes. Então eles descem e vem até mim.

Os olhos deles pareiam de falcões, onde eu era o camundongo que eles queriam comer. Parecia que enxergavam a minha alma. Mas cada um com uma expressão diferente, Gaspar parecia preocupado com algo ou algo parecido, o que fazia parecer ter uns 27 anos de idade. Agatha demonstrava que estava entediada ou não tinha ido com minha cara e Thomas sempre com um olhar que escondia um mundo por trás dos olhos. Entretanto, nunca chegarei a saber que mundo é esse e se eu conhecer terei medo do que encontrar.

– Então, queridinho, está pronto? - falou Agatha.

– Pra que? - Perguntei olhando para Thomas

– Para você saber uma coisa...

– Então Nicco, confie em mim - Falou Gaspar, por incrível que pareça, ele me passava segurança. - Vamos, quer dizer eu e Thomas vamos te ensinar uma coisa.

– O que?

– A diferenciar um vampiro do outro, quer dizer...Vamos te ensinar a você à dieta do vampiro em si .- Thomas tomava todo o cuidado com as palavras que usava comigo.

– Eu posso saber sobre isso?

– Claro, bem tente expandir os seus sensores ou coisa do tipo - Falou Agatha

– Como faço isso?

– Tenta sentir a nossa áurea ou nosso cheiro, você vai entender, se tivermos cheiro de algo parecido com metal é sangue humano, se sentir cheiro de planta é sangue de animal. - Disse Gaspar

– E sobre a áurea? - Perguntei.

– Bem, essa você vai ter que ficar de olhos bem abertos. Sangue humano é...vermelho vivo, sangue de animal é um tipo de vermelho mais claro quase rosado. - Thomas enquanto falava, me olhava bem nos olhos.

– Mas como faço isso?

– Bem, todos os caçadores tem algo que os inspira, se é que podemos dizer assim. Você só precisa descobrir a sua para poder ativar esse poder. - Gaspar estava com toda calma do mundo comigo.

– Ok...

Fechei os olhos e tentei me concentrar. Mas não conseguia descobrir como. Tinha aquela noite, eu senti o poder, mas não lembrava a maneira que o ativei. Pense Nicco, você consegue - disse uma voz dentro da minha cabeça, uma voz calma e distante. Tentei lembrar do que eu sentira mas nada.

Alguns minutos depois, todos já estavam desistindo de mim. Foi quando Agatha disse " Ele é igual ao pai, um fraco, que com certeza morrerá cedo". Então eu explodi. As labaredas começaram a me incendiar por dentro, consegui sentir o poder se emanar por mim. Um furacão crescer, e eu estava dentro dele. Era algo forte, mas forte que qualquer coisa que já sentira na vida inteira. Algo que me consumia.

Abri os olhos e vi o que eles estavam falando. Tudo estava diferente, eu enxergava o mundo de uma outra forma. Não via mais o corpo de Gaspar, mas sim uma forma humana masculina com cor de vermelho bem claro, um quase rosa. A mulher, Agatha era quase igual, uma forma humana feminina, porém algo nela me fez sentir mais raiva ainda. Sua cor era vermelho... vermelho vivo...

– Ele conseguiu! - Exclamou Gaspar, batendo palmas e me desconcentrando antes de ver Thomas. Mas eu estava focado em outra coisa. Em sua companheira...

– sua... SUA VADIA! - Disse correndo em direção ao pescoço de Agatha.

– NICCO! - Em um movimento rápido, Thomas tinha me afastado dela e me empresado na parede do outro lado da sala, bem longe dela.

– PIRANHA. EU VOU TE MATAR! ME LARGA! - Gritei tentando me livrar dos braços de Thomas.

– NICCO, CALMA, OLHE PARA MIM! - O garoto colocou seu rosto em frente ao meu.

Meus olhos ficaram pesados, piquei uma vez, depois duas e outras vezes, e a último rosto que eu vi antes de eu dormir foi o de Thomas.

Estava naquele castelo de novo, tive esse sonho várias vezes. Eu me encontrava no mesmo castelo, no mesmo corredor, correndo de algo que não sei o que era. Porém, uma coisa aconteceu de diferente nesse. Finalmente cheguei a porta, e vi algo que não foi muito agradável. Rebekah. Vestida com um vestido da idade média, todo preto com detalhes roxo escuro. Seus cabelos que eram longos tinham uma tonalidade tão loura que chegava a ser branco. Sua pele era pálida como a lua e seus olhos... seus olhos eram vermelhos. Minha pequena era uma vampira, eu não podia acreditar. Ela me olhava com um olhar de estranhamento, como se não me conhecesse, em seguida olhou para os outros lados, e coisas encapuzadas me pegaram uma de cada lado. Me impediram de chegar até ela, paralisando-me. Só que, foi Rebekah que veio até mim, estendendo os braços, entretanto, em vez de me abraçar ela me prendeu em seus braços e me mordeu com seus dentes afiados. Eu senti um dorzinha de leve.

Acordei em um cômodo da mansão, não me preocupei muito, pois era sábado e acredito eu, que Miah tinha me acobertado. Encontrava-me numa cama, o quarto tinha uma decoração "diferente", digamos assim, para um vampiro. Era tudo claro, com janelas imensas. Tecnologia nem precisava se falar, da mais alta qualidade, só que algo começou a me preocupar. O que aconteceu noite passada? Eu só me lembro de atacar aquela vadia por beber sangue humano e depois eu apaguei.

Thomas bate na porta e pede para poder entrar. O garoto senta no meu lado, na cama. Ficamos em silêncio por alguns segundos, até eu tocar nele e faze-lo despertar de algo que estava pensando.

– Desculpa, o café esta na mesa, melhor descer, você deve estar fraco por causa de ontem a noite - Falou ele saindo do quarto.

Eu me arrumei e desci as escadas. A mesa estava bem farta, e o casal já estava lá, mas não comiam quase nada. Fiz o meu prato e comecei a comer. Não parava de olhar para Agatha.

– Então Nicco - Começou Gaspar - O que você viu ontem...

– Eu vi que a vaca da sua mulher é uma matadora desgraçada. - Interrompi-o.

– Você entendeu tudo errado. - Gaspar retomou a sua fala. - O que você viu foi uma experiencia. Agatha não matou ninguém, ela só tomou um pouco de sangue humano do banco de sangue do hospital da cidade. Isso tudo foi um mal entendido.

Fuzilei-o com o olhar e depois a sua mulher que deu uma piscadela para mim, em seguida voltei a comer. Thomas estava em outro lugar da mansão, eu fiquei curioso. Será que o machuquei ontem?

– Cadê o Thomas?

O casal se entreolhou e Agatha me respondeu:

– Na biblioteca, ocupado com algo.

Sai da mesa. Não consegui mais comer nada. Fui ao meu celular e tinha várias mensagens de Miah e várias ligações de minha tia. Liguei para as duas, e como eu estava esperando, elas gritaram e brigaram comigo. Miah falou para eu tomar mais cuidado ainda, e minha tia falou que era melhor eu voltar para casa agora.

Quando estava saindo Thomas reaparece:

– Vai embora? - Falou se aproximando de mim.

– Eu preciso, minha tia vai brigar muito comigo se eu não for. - disse saindo

– Então eu... deixa, esquece.

– Fala.

– Eu posso te levar até sua casa? - falou o menino.

– ...

– Deixa, eu deveria saber que era uma pessima ideia. - Thomas estava entrando de novo na mansão.

– Espera - Segurei na sua mão. - Me leva em casa.

E assim foi. O Porsche parou em frente a minha casa, e eu sai dele, mas Thomas veio junto comigo. Eu não entendi muito bem o que ele estava pensando mas acabei confiando nele. Bato na porta, minha tia abre e começa a me abraçar e a gritar comigo ao mesmo tempo.

– Desculpa senhora, eu não queria que a senhora ficasse preocupado com o Nicco, ele estava na minha casa.

– Ah! Thomas, eu não sabia. É que esse desvairado devia de ligar para mim, pelo menos para falar que estava bem e onde estava.

– Desculpa tia, ai! - Ela me bateu no braço, mas não doeu porque ela nunca soube bater.

– E uma das coisas que eu vim hoje aqui é que eu queria perguntar uma coisa

– Diga meu querido. - falou minha tia com toda a doçura do mundo.

– O Nicco pode dormir na minha casa de novo?

– Mas é claro, só que amanhã cedo ele precisa voltar.

– Tudo bem, prometo trazer ele inteiro...- Falou o garoto e depois me olhou com preocupação.

Ok , nem eu entendi isso o que aconteceu direito. Eu ia passar mai uma noite em uma casa com 3 vampiros, e ele prometeu que eu voltarei inteiro. Era a coisa mais estranha que tinha acontecido comigo. Estava no Porsche de novo, via as coisas passaram. O mesmo caminho estreito, alguns amigos na rua se divertindo, todo o mundo estava normal, menos o meu.

Chegamos a mansão, Gaspar e Agatha estava fazendo coisas no quarto que dava para ser percebido e escutado de longe. Me perguntava se a mobília iria aguentar por tanto tempo.

– Como vocês se conheceram? - Perguntei a Thomas, enquanto este preparava algo para eu comer.

– Bem, é uma longa história. Gaspar já foi da guarda da minha família, mas ele pediu ao meu pai para sair pois tinha se apaixonado por uma vampira e queria viver a eternidade com ela. Ele sempre foi uma pessoa adorável, sabe? Era uma das poucas pessoas naquele lugar que eu realmente gostava de conversar, essa é a forma resumida.

– Ammm...E a Agatha?

– Na minha opinião, eu nunca gostei dela - Sussurrou ao máximo - sempre foi uma vadia, mas depois que conheceu Gaspar, ela mudou muito. Agora nem se alimenta mais de sangue humano, tirando ontem, claro.

Thomas era perfeito, aqueles olhos hipnotizantes. Eu senti tanta a falta dele naquelas semanas.

–Então, acho que eles já acabaram - Falei, quando parou os barulhos vindo de um dos quartos

O garoto esboçou um sorriso e voltou a fazer o que estava preparando. Depois de algum tempo o casal voltou para a sala.

Estava anoitecendo, o sol estava indo embora dando lugar a lua. O céu tinha uma cor laranja lindo, uma das minhas cores favoritas.Eu estava no terraço da casa, contemplava o pleno silencio daquele lugar, podia se ver toda a floresta, ver alguns animais se recolherem e outros saírem para sua caçada natural. As sombras estavam vindo, essa era a parte que me dava mais medo no dia. Sinto alguém se aproximando de mim.

– Desculpa se eu te assustei - falou Agatha e parou bem do meu lado.

– Não me assustei

– Hahaha, você esta sempre na defensiva garoto? - perguntou ela me olhando com cara de desafio.

– Não, desculpa... - falei abaixando a cabeça.

– Lindo céu, não concorda?

– É, esta lindo.

– Sabe, demorou muito para eu poder ver um, acredito que séculos... - Disse ela com os olhos lacrimejados.

– Você não é como eu pensava, uma vad...

– Continua, como uma vadia sem sentimentos, todos acham isso. Não os culpo de pensarem assim. Porém tem algo que nenhum perceberam. Eu desisti da minha vida de caçadora sem sentimentos, para viver com Gaspar, deixei de acreditar em algo meu para poder viver com o homem que eu amo. Eu o amo tando, mais que minha própria vida. Mas todos só olham para o lado negro da minha existência.

– Nossa isso é tão bonito, tirando a parte que todos olham para seu lado negro, eu nunca pensei nisso.

–Filhos da puta sem graças. - Falou Agatha fazendo uma careta.

– Hahahahaha, desculpas

– Mas eu vim até aqui por uma outra coisa, eu sei o que você sente pelo Thomas. - Eu fique vermelho - E, eu sei mais uma coisa. Ele sente o mesmo por você. Olha, só vou dar um conselho e vindo de mim não devia ser confiável entretanto esse será. Thomas tem uma alma pura e bondosa, tanto quanto Gaspar, talvez seja por isso que são tão amigos. Pessoas realmente boas por natureza está em falta no mundo, garoto. Além do mais, ele é um gato, não deixe escapar.

– hahahaha Ok! Pode deixar, esse conselho eu vou seguir.

– Seja um Bennet de verdade, vocês são tudo um bando de caçadores terrivelmente e sem graças de tão fortes. E me desculpa pelo que eu disse do seu pai, era tudo mentira. Ele foi um dos mais fortes que eu já ouvi falar.

– Ta perdoada, por enquanto - Nos abraçamos

– Bem, então é isso, Gaspar e eu estamos indo embora.

– Por que?

– Não gosto de ficar no mesmo lugar por muito tempo, nem o Gaspar.

– Ok... Se cuida

– Pode deixar, e você também... - Falou a mulher

Agatha deu um salto e pouso ao lado de seu companheiro, com uma enorme habilidade, parecendo uma gata.

Gaspar estava lá embaixo e acenou para mim e eu de volta. Thomas esta lá também. Acabei indo descer o mais depressa possível e encontrei com ele. Só dava para ver a silhuetas deles dentro da floresta já escura.

– Agatha pareceu ser uma boa pessoa. - Falei encarando a mata.

– Tem certeza? - Thomas me olhou com uma cara de desconfiado

– Sim... E aquelas perguntas...

– Quais? - Thomas virou-se para me olhar.

– Sobre mim... - Falei, olhando seus olhos cinzas.

– Ata, pode fazer

– Er... - Eu estava sentindo o meu corpo esquentar, mas de uma maneira diferente. - Foi você quem matou a minha irmã?

– Essa história de novo? Eu já disse, eu não matei sua irmã e ninguém desta cidade e nem em outras.

– Promete?

– Claro, Por que é tão difícil de confiar em mim? - Perguntou o menino fazendo uma cara de triste.

– E quem disse que não confio?

Segurei a sua mão. Puxei-o para meu encontro e finalmente nos beijamos.


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