Sangue Quente escrita por Tenneb


Capítulo 5
Um deles...




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– Então, você acredita que existe vampiros? - repeti

– Claro que não, isso é coisa de malucos - disse ele começando a andar de novo e com mais pressa.

– Eu disse pra você - falei para Miah , quando o Thomas havia se afastado.

As aulas passam, o tempo hoje parecia que se arrastava ao máximo, nos fazendo querer cometer suicídio. No refeitório Miah contava a mim pela segunda vez que tinha tido um sonho estranho que envolvia eu e uma sombra negra, depois que ela "descobriu" que é uma bruxa não parava mais de falar sobre o assunto.

– Já percebeu que ele não aparece no refeitório?

– Ele quem, Nicco?

– O papa - disse fazendo uma careta

– Ata, é você tem razão ele nunca aparece por aqui...ele é tão misterioso, tão..

– Não, Miah, isso não é romântico não

– Oi Nicco - Bruno chega e me da um beijo na bochecha

– Oi... - tinha ficado vermelho de vergonha

– Tudo bem?

– Tudo...

Assim ficamos até o fim do intervalo, e subo correndo para o terceiro andar, pois eu teria Sociologia naquela hora.

Algumas semanas se passam, a cidade já havia superado a morte de Rebeka e eu também. A vida tem que continuar, essa era uma das frases favoritas dela.

Nicco Bennet acorda , pensei comigo mesmo e olho para trás. Sim, ele, Thomas Castellani estava me olhando, no final da sala perto do Bruno que também me olhava. Parecia egoísta gostar de um cara, e o melhor amigo dele é o seu ex-namorado que ainda gostava muito de você.

– Senhor Bennet!

– Sim professora

– Pode me dizer quando New Falls foi fundada?

– Errr...

– Não sabe?! - Disse ela fazendo alguns da umas risadinhas

– Desculpa, mas não

– Talvez soubesse se ficasse prestando atenção na aula em vez de.. - Ficava mais corado toda vez que ela falava

– Com licença

– sim senhor... Castellani?

– A cidade foi fundada em 1841...

– Muito bem... - Ela tinha ficado sem graça, essa mulher sempre fez isso comigo, porque eu tinha dado um fora e tanto na filha dela alguns anos atrás - Então retomando a aula..

– Obrigado - Sussurrei

O dia passa rápido, era sexta-feira e eu ia para a casa de Miah. Precisávamos fazer um trabalho sobre história.

Na casa dela, estávamos acabando a pesquisa - que na minha opinião era muito sem necessidade, quando a mãe dela, que era uma pessoa adorável, parecia até ser minha também, entrou perguntando se tínhamos acabado.

– Pronto, terminamos - falou Miah com entusiasmo

– Aleluia

Ficamos ensaiando, para a apresentação por umas meia hora e já iria dar 22:00, mas como era sexta a mãe de Miah não ligou muito. Quando eu estava arrumando para ir para casa, a garota me puxa para eu olhar para ela

– Nicco - Falou a menina com um pouco de urgência na voz

– Fala - eu disse

– Você não acredita quando eu falo que sou uma bruxa né?

– O que você acha? - falei com um tom de irônia

– Então, senta aqui na cama comigo...

Sentei como tinha pedido. Ela desliga todas as luzes, deixando só uma que era a do abajur que ficava na escrivaninha. Miah esta sentada em minha frente olhando nos meus olhos. Uns segundos depois os fecha e começa a pronunciar umas palavras de algum outro tipo de idioma, aquilo chegava a ser assustador.

Umas faíscas começavam a surgir, o ar ficavam mais quente e finalmente ela abre os olhos junto com a mão. Como se fosse por pura mágica aparece uma labareda de fogo azul em sua palma:

– Agora você acredita?

– Mas como. Miah isso é... Magnífico - Eu estava intrigado e ao mesmo tempo fascinado com aquele fogo.

– Eu disse que não era maluca.

Ela fecha a mão e o fogo azul some, não havendo marca de queimadura em sua palma. Ficamos conversando mais um pouco só que eu precisava muito ter que ir embora, pois minha tia já havia me ligando umas quatro vezes.

Enquanto passa pela hoppe street, sentia algo me seguindo. A chuva começa a cair, e chovia muito. A rua estrava deserta. Estava me aproximando do fim dela, olho para trás vejo uma sombra e ando mais rápido. Quando viro a esquina, olho de novo e não havia nada. Um quarteirão depois dou mais uma olhada para trás e não vi ninguém, só que quando volto a olhar para frente eu o vejo:

– Ora, Ora, Ora... um Bennet sozinho nessa cidade tão perigosa - Era um homem, magro, quase esquelético, pálido, muito pálido feito leite, vestia uma roupa esfarrapada e descalço, seu cabelo em tempos atrás devia ter sido maravilhoso mais agora estava embaraçado e sujo - As ruas são muito perigosas.

– To sabendo - disse voltando a andar

– Calma, onde pensa que vai? - Diz o estranho e segura no meu braço

– Não te devo satisfação - Falei tentando me soltar mas sua força era maior que a minha.

Ele me dá um tapa na cara o que me faz ir para longe dele e cair no chão a uns cinco metros de distância. O homem pula e fica em cima de mim, os olhos dele eram vermelhos como sangue e os dentes caninos eram pontudos. Este segura o meu pescoço com uma das mãos me fazendo perder o ar, mas por alguma razão eu consigo dar um soco nele, fazendo-o quebrar o nariz e sair de cima de mim. Rolo para o lado me afastando dele. Quando consigo ficar de pé novamente o demônio avança contra mim, desvio do soco que tentara me dar além disso chuto as suas costas, fazendo-o cair no chão gemendo de dor - eu havia quebrado uma das costelas dele.

O homem avança para mim de novo mas ele para de repente. Um liquido escuro sai de sua boca. Era sangue. A criatura cai e fica imóvel. Thomas estava segurando o coração do mostro. O menino tinha os mesmo olhos da criatura, vermelhos, só que não era apenas os olhos, os seus dentes eram pontudos. Thomas começa a andar até mim, mas eu ando para trás. Estava apavorado com o que presenciei.

– Nicco..e..eu..- a mão dele esta suja de sangue e a cobre quando percebe. - Nicco por favor

– Se afasta de mim... O...O que você é? - Começo a gritar

– Nicco espera...

Eu saio correndo, na chuva, ele não me segue. Thomas simplesmente some no ar.

Eu, Nicco Bennet, tinha descoberto algo. Era um deles, um caçador. Meu pai, avô e bisa estavam certos, essas criaturas das sombras existem. Vampiros. Eu sou um deles, eu sempre soube, tentava não acreditar, sempre preferi a razão, mas agora eu descobri que o mundo não é um lugar normal. Eu sou um caçador...E o cara que eu amo é um deles. Um dos inimigos... Eu estava apaixonado po um vampiro....


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