No mesmo dia, durante a noite, uma sombra surge novamente dentro da floresta do espinhaço. Era a sombra de um homem encapuzado com um pano escuro, de modo que ao se misturar com a sombra das árvores era quase impossível vê-lo. Ele andava por entre as árvores como alguém procurando por algo. Volta e meia se segurava onde estava e olhava ao redor, passava suas mãos na terra ao mesmo tempo que examinava algumas folhas soltas, que ao serem jogadas para o alto conseguia ver a direção do vento. Logo após ele voltava a caminhar, ora no mesmo caminho que já estava seguindo, ora tendo que tomar por um lado diferente, porém nada indicava que ele estivesse perdido naquele momento, fato confirmado após se encontrar com mais dois encapuzados que vinham ao seu encontro de direções diferentes. Pareciam ser um homem e uma mulher.

– Eu achei que seria o primeiro a chegar – disse um dos sujeitos.

– Mas parece que todos nós chegamos ao mesmo tempo – dizia a mulher encapuzada continuando – Talvez você tivesse chegado mais cedo se não parasse toda hora para cheirar a terra e comer folhas.

– Olhe como diz! – respondia o terceiro um pouco nervoso – Para sua informação isso é uma forma de se localizar.

– Não briguem em uma hora como essas – disse o primeiro novamente retirando o capuz desta vez – O mestre depende de nós para poder retornar a esse mundo, mas agora que o garoto está aqui temos que impedi-lo de saber a verdade...

– Eu tenho algumas informações de dentro do castelo, e gostaria que ouvissem.