Arthur - 2° Temporada escrita por Vinicius Aparecido Salatta


Capítulo 7
A nomeação do cavaleiro


Notas iniciais do capítulo

o/ Cá estou eu com mais um capítulo xD
Particularmente eu achei este capítulo muito legal, espero que goste tanto quanto eu rs
Boa leitura ^^



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Depois daquela noite, mais duas se passaram e a cidade se encontrava toda enfeitada: algumas fitas enfeitando as casas e principalmente o relógio central e flores espalhadas por todo canto. Asha e mais algumas pessoas dançavam ao redor do relógio ao som de uma música muito alegre, a qual era puxada por um grupo de três pessoas: uma responsável pela arpa, outra pelo alaúde e a última tocava uma flauta com uma das mãos enquanto a outra tocava um tambor preso abaixo de seu braço. Na única taverna próxima ao local, alguns homens aproveitavam para beber, rir e contar piadas. Túlius estava no meio deles e já aparentava estar tão bêbado quanto os demais, fato claramente perceptível para quem notasse suas bochechas rosadas.

Enquanto isso Rafael ajudava alguns alunos de sua turma a criar as luzes que enfeitariam todo o ambiente. Balançando se dedo indicador ele criava pequenas esferas de luz que poderiam durar tempo suficiente até a festa acabar, e ao mesmo tempo também criava alguns efeitos de luzes com pequenas explosões como fogos de artifício. Philip também estava entre estes alunos e parecia tentar o mesmo, apesar de seu professor e seus alunos tentarem impedi-lo. Sem tempo para fazê-lo, Philip se confundiu nas palavras e como sempre já havia criado outra explosão, deixando todos os próximos a ele com cabelos espetados e rostos chamuscados. Definitivamente o cheiro de cabelo queimado não combina com uma festa. Talvez uma vela perfumada, mas cabelo? Enfim, a festa parecia muito alegre como um todo, exceto por Guilherme que se encontrava sentado em um banco. Parecia estar muito pensativo e desanimado. Lara estava com sua professora, mas ao ver o amigo triste, decidiu ir ao seu encontro.

– Ei! Guilherme! – dizia Lara que vinha correndo e acenando.

Guilherme a olhou e novamente direcionou seus olhos para o chão. Sua amiga chegou até ele parecendo não entender a reação dele com toda aquela festa ao seu redor.

– Ahn? Guilherme, porque está com essa cara estranha? Se for a sua espada que quebrou, não se preocupe! Eu peço para o melhor ferreiro da cidade fazer uma nova para você – disse rindo.

– O que aconteceu comigo naquela floresta, Lara?

Então a princesa finalmente entendeu o motivo de sua desmotivação e sentando ao seu lado disse a ele para tentar esquecer o que havia acontecido naquele dia, pois o mesmo já tinha passado há muito tempo, mas Guilherme não parecia muito confortável com a ideia.

– Eu me lembro de tudo! – revelou o jovem cavaleiro.

Lara se espantou um pouco, pois anteriormente ele dissera que apenas se lembrara de seu espírito se manifestando e nada mais.

– Guilherme, – disse ela – você disse antes que...

Seu amigo a interrompeu.

– Eu disse aquilo porque estava com medo! – disse ele forçando seus punhos – Mas eu me lembro de meu espírito se manifestando e logo em seguida aquela luz verde... Eu senti um poder dentro de mim que parecia me esmagar por dentro... Parecia tão grande, que eu achei que não aguentaria a força e acabaria desmaiando o deixando escapar.

– Guilherme, se tem uma coisa que você não é bom, fora brigar e saber conversar com garotas é em desistir.

O garoto riu, fazendo sua amiga fazer o mesmo. Logo após, Lara decidiu mudar para um assunto que poderia aumentar sua autoestima significativamente. Para isso bastou perguntar a ele se seu desejo de servir o rei continuava o mesmo. Automaticamente Guilherme a respondeu apenas por olhar no fundo de seus olhos, como se a resposta fosse óbvia demais para responder. Lara sorriu e ao se levantar puxou seu braço o obrigando a se levantar.

– Venha comigo, quero te mostrar um lugar.

Ela o puxou quase o caminho todo. De vez em quando Guilherme relutava em segui-la, mas na maioria das vezes corria ao seu lado curioso para saber onde ela o levaria. Quando finalmente chegaram. Guilherme percebeu que estava em uma colina rodeada por algumas árvores, onde somente um de seus lados estava aberto, revelando a visão de toda a cidade, no caso desta noite, enfeitada pelas fitas, músicas e luzes, além de mais uma explosão causada por Philip.

– Aquele Philip não tem jeito! – dizia Guilherme rindo olhando para a fumaça que surgia na cidade provocada pela explosão.

Ao olhar para Lara de novo, percebeu que ela procurava por algo, que depois de muito custo, avistou um graveto de tamanho médio e o pegou.

– Se ajoelhe – disse ela sorrindo.

– Se... Ajoelhar? – disse Guilherme sem entender – Mas porquê...

Guilherme se calou ao ver a princesa o encarar parecendo muito nervosa, como se não deveria questioná-la naquele momento, portanto, decidiu obedecer. Se ajoelhou de modo que apenas um dos seus joelhos tocassem o chão, enquanto Lara se aproximava com o graveto.

– Eu ainda não possuo o poder pra fazer isso, portanto quero que apenas feche os olhos, imagine e responda minhas perguntas.

Guilherme parecia meio desconfiado com o que viria a seguir, mas como estava com medo de levar outro tapa de sua amiga, decidiu não contestar. Lara se aproximou mais do jovem cavaleiro.

– Você jura solenemente que protegerá o povo de Outrora com sua própria vida?

– Lara, do que você está falando...

– Você jura ou não? – disse ela mais firme.

– Tudo bem! – resmungou ele – Eu juro.

– Jura solenemente que protegerá o rei mesmo que lhe tirem sua espada?

– Juro! – disse ele um pouco mais convicto desta vez.

– E jura solenemente que protegerá sua filha com sua própria vida até o fim de seus dias?

O jovem engoliu sua própria saliva. Desde pequeno sonhara em servir ao rei e protege-lo assim como seu povo, mas nunca imaginara que teria de fazer o mesmo com sua filha. Automaticamente suas bochechas se avermelharam e com a voz um pouco baixa, porém confiante respondeu.

– Sim, eu juro!

Lara sorriu e como graveto em suas mãos, tocou seus ombros e sua cabeça respectivamente.

– Com o poder que ainda não tenho, mas um dia eu há de ter... Eu o nomeio... Sir Guilherme, cavaleiro do Reino de Outrora.

O recém quase cavaleiro de verdade se levantou um pouco emocionado, apesar de relutar em derramar uma única gota de seus olhos por estar na presença de uma princesa. Mesmo que não fosse real ele acreditava agora que sua responsabilidade havia aumentado, o suficiente para saber que estava mais próximo de realizar seu sonho. Enquanto ele agradecia, Lara achava engraçado ver o amigo se recusando em chorar, pois o mesmo fazia algumas caras engraçadas para fugir da emoção.

– Tudo bem! – dizia Lara – Agora precisamos voltar para a festa.

– Sim! – dizia Guilherme, desta vez com um sentimento bem diferente do qual chegara naquela colina – Se não se importa, gostaria de ver Philip. A última explosão pareceu um pouco maior do que ele costuma fazer – disse rindo com uma das mãos na cabeça.

– Neste caso, precisamos ser mais rápidos!

E Lara se pôs a correr de volta para a cidade com Guilherme logo em seguida, ambos rindo muito.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que achou do capítulo?
Se puder, deixe seu review, pois ele me ajuda muito a saber o que vocês estão achando xD
Até o próximo capítulo o/



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