Capitulo treze – Sleeping out

Depois de que, com muita relutância Dark e Cassie se separaram, a loira girou a garrafa, que dessa vez apontou para Ronove. A loira sorriu de canto e o beijou.

–Hm... – Falou ela lambendo os lábios. Bom, inexperiente, mas bom. – Ronove olhou-a irritado e girou a garrafa, esta apontou para Liv, que corou e o beijou como beijara Felipe no dia anterior, mas eles não deitaram. Liv girou a garrafa, que apontou para Ronove, novamente eles se beijaram, com a diferença que ele a deitou em seu colo.

–Inexperiente? – Perguntou Liv. – Não me parece! – Ronove girou a garrafa de novo, tirando-a de seu colo, e a garrafa apontou para Gabriela. A ruiva puxou-o pela gola da camisa e o beijou com um toque especial sabor Gabriela. Em seguida a ruiva girou a garrafa, e a mesma apontou para o seu “querido” irmão. Felipe a olhou com uma cara de “não vamos fazer isso vamos?” que a fez rir.

–Está com medo maninho?

–Estou. – Resmungou ele.

–Eu não mordo, sem que queiram. – Falou maliciosa.

–Vão logo vocês dois. – Falou Dark. Gabriela foi até o irmão e o beijou do melhor jeito que o olho divino e o olho demoníaco poderiam ter se beijado sem ter relações amorosas desde que surgiram.

–Wow.. – Ambos sussurraram.

–Continuem o jogo. – Reclamou Dark.

–Vai comer a Cassie e para de reclamar! – Reclamou May.

–Se ela quiser pode ser. – Dark olhou para Cassie e ela se virou.

–Fica longe de mim! – Falou saindo dali. Dark fez bico mas deu de ombros em seguida.

Felipe girou a garrafa e esta apontou para Blaze. Eles se aproximaram e pouco antes de se beijarem, Trent separou os dois.

–O que pensam que estão fazendo? – Perguntou ele de olhos fechados.

–Abre os olhos que você descobre, que tal? – Ironizou Gabriela. Ele a olhou de canto e ela se calou.

–Vocês deveriam estar em seus dormitórios.

–Mas é aniversário da Bec. – Falou Alma.

–Robecca. – Corrigiu ele. – Não sei se perceberam, e eu duvido que tenham, já que estavam tão envolvidos nesse “jogo”, mas não tem mais ninguém aqui além de vocês. – Falou fazendo-os olhar para os lados. – Sinceramente, o que os fez pensar que podiam fazer isso aqui hoje? – Perguntou ajeitando os óculos.

–Bruno. – Responderam todos ao mesmo tempo. Trent respirou fundo.

–Tinha que ser. – Resmungou baixinho. – Vão para os seus respectivos dormitórios, amanhã discutimos sobre isso. – Falou suspirando. Todos saíram, e antes de Blaze sair ele pegou sua mão e a puxou para si.

–Belo vestido.

–Obrigada.

–Então, jogo da garrafa certo? E se a garrafa apontasse para nós dois? Você me beijaria? – Perguntou aproximando-a de si.

–Talvez, quem sabe. – Falou ela sem tentar reagir. Ele lhe deu um selinho e a soltou.

–Vá pro seu quarto, nos vemos amanhã cedo.

[...]

–Ei Gabi. – Chamou Liv abrindo a porta do quarto dela com cuidado. – Gabi!

–O que é? – Resmungou.

–Noite das garotas, você vem? – Em um instante Gabi já estava de pé, com diversos potes de sorvete nos braços.

–Quarto de quem?

–Vamos decidir depois que todas vierem.

Elas passaram de dormitório em dormitório, até chegar no segundo, o de Cassie e May. Nessa brincadeira, até mesmo as instrutoras – Cristine e Robecca – estavam lá segurando lençóis, sorvetes e travesseiros.

–Você não vem May? – Perguntou Cassie.

–Não, cai fora! – Reclamou a outra. Cassie saiu e cerca de cinto minutos depois as outras oito garotas estavam ali. – Mas que merda estão fazendo aqui?

–Noite das garotas! – Responderam todas.

–Por que aqui?

–Porque não quis vir, e todas as garotas tem que estar juntas na noite das garotas! – Respondeu Maya. May bufou e jogou o travesseiro contra o rosto.

–GUERRA DE TRAVESSEIROS! – Gritou Alma jogando um travesseiro em Liv. As garotas começaram a atirar travesseiros umas nas outras até se cansarem e pedir pelos sorvetes de sabores variados que haviam ali.

–Sai do meu sorvete! –Reclamou Blaze por Maya estar tentando roubar seu sorvete de morango.

–Mas eu também gosto desse.

–Então toma. – A loira falou colocando sorvete na boca da outra.

–Que romântico. – Falou Cassie.

–Pois é, agora ela é minha esposa! – Blaze abraçou Maya de modo que seus seios se espremessem contra os dela e a deitou, ficando por cima.

–PAREM COM ESSA MERDA! – Gritou May irritada.

–Ei, qual o problema? Queremos ser suas amigas beleza? Isso é o que garotas normais fazem! – Falou Robecca.

–Mas eu não sou uma garota normal... – Sussurrou May.

–E nem eu, nem a Liv, a Maya, a Alma, a Cassie, a Gabi principalmente, nenhuma de nós somos normais, porque somos nós mesmas, isso nos faz especiais, além disso, ser normal é chato então legal mesmo é ser bem louca! – Blaze falou apertando mais Maya e depois soltando-a e rolando pelo chão.

–Ela tá certa. – Falou Gabriela. – Eu tenho duas almas, sabe o que é isso? Sabe o que é ter alguém te enchendo o saco o tempo todo na sua mente?

–Não. – Todas as garotas responderam, inclusive May.

–Eu não esperava que soubessem. – Falou dando de ombros. Por fim May se deu por vencida e se juntou as outras.

–Tem sorvete de que ai? – Perguntou coçando os olhos.

–Tudo.

–Me passa um de passas ao rum. – Gabi jogou um pra ela e ela começou a comer.

–Oferta de paz?

–Aceita. – May deu de ombros e começou a se lambuzar com o sorvete.

–Credo Mayzinha, assim você vai sujar todo o seu pijama! – Falou Blaze abraçando-a por trás e abrindo alguns botões do pijama dela.

–Me solta! – May se afastou de Blaze e a loira foi para cima de Cassie.

–Que malvadeza Cassie! Olha o tamanho desses seios! – Falou apertando-os de leve.

–Você também não fica atrás Blaze! – Cassie retribuía as cutucadas da outra cutucando-a também.

–Ei ei, não se divirtam sem mim! – Falou Gabriela indo até as duas.

–Olha isso Cassie! Essa cretina tem tanto peito que provavelmente vão nascer mulheres quase sem nada por uns bons séculos! – Reclamou Blaze apertando-a também.

As três ficaram por cerca de quinze minutos nessa “brincadeira” e então se cansaram e se juntaram as outras.

–Blaze posso te perguntar uma coisa? – Perguntou Alma.

–Diga jovem.

–Como seu pai morreu? – Blaze abaixou a cabeça e comprimiu os lábios. Sem querer deixou sua colher cair e ela quase chorava. – N-N-Não precisa responder se não quiser!

–Ele se matou... – Sussurrou ela pegando a colher de novo. – Ele achava que minha mãe o traia e depois de chegar bêbado em casa e ela falar algo que supostamente o fez ter certeza dessa traição inexistente ele se matou. – Contou como se fosse uma história normal.

–E-E-Eu sinto muito, eu não sabia.. – Alma tentava reparar o “erro” que cometera, mas tudo só parecia piorar.

–Ninguém nunca sabe! – A outra falou séria. – Ninguém nunca se importa com isso ou como eu me sentia em relação a isso. Eu diria até que meu pai nunca me amou, afinal, ele nunca demonstrou uma sequer afeição por mim, me bateu até eu sangrar quando eu tinha cinco anos sem razão e vivia bêbado. Quer saber? Eu também não me importo! Ele merecia ter morrido de forma ainda pior! Não é porque ele se jogou da ponte depois de amarrar uma corrente presa a uma bigorna de 15 quilos que eu vou parar de odiá-lo como eu me dei conta que o odeio agora! Ele merecia mais! Ele merecia que minha mãe estivesse mesmo traindo ele! – Falou irritada. Liv pulou nela e começou a apertar seus seios.

–Para com essas besteiras sua peituda! – Falou apertando com força. Blaze gemeu e começou a rir, e assim Liv a soltou.

–Vou parar mana, vou parar. – Falou tirando-a de cima de si.

–Já parou pra pensar que você pode estar errada sobre isso e tudo pode ter sido um engano? – Falou Cristine.;

–Que se foda se for mesmo um engano, não quero vê-lo nunca mais e espero nunca ver! – Falou no mesmo tom de antes. – E eu prefiro não tocar mais nesse assunto!

–Dessa vez sou eu quem vou te apertar se ficar falando isso! – Falou Gabriela esticando os dedos.

–Que horas são? – Cristine olhou pro relógio e se assustou.

–Uma e quarenta e cinco.

–Porra! – Falou Blaze.

–E o sono tá em falta!

–Mas não é melhor dormimos? – Sugeriu Alma.

–Podemos ficar por aqui? – Perguntou Liv.

–Desde que não transem podem. – Falou May.

–VAMOS FICAR! – Falou Gabriela pulando em May e Cassie.

As garotas se ajeitaram e aos poucos dormiram. Como se não fosse nada as três horas e quinze minutos que teriam até seis horas passaram e elas levaram um susto com o sinal que marcava o horário que tinham que levantar pra se arrumar e tomar café.

Elas acordaram relutantes e foram todas pro banheiro tomar banho ao mesmo tempo. Pelo menos o banheiro era praticamente do tamanho do quarto e elas podiam ficar “livres” por lá.

–São seis horas da manhã e essas três já estão fazendo perversões de novo? – Resmungou May.

–Não perturbe! – Falou Blaze. Ela, Cassie e Gabriela estavam apertando os seios contra os das outras enquanto faziam espuma com o sabão. Liv jogou água em cima delas e então elas pararam.

Depois foram tomar café, atrasadas, e por fim foram pra aula. Pela primeira vez na semana tiveram todas as aulas e no fim da tarde estavam incrivelmente cansadas. Tanto que Blaze quase dormia no colo de Luke com as pernas em cima das de Friden e Liv fazia o mesmo mas do outro lado, com as pernas pra fora do sofá, May e Alma se esparramavam nas poltronas dali, Cassie, Gabi e Maya se deitaram no tapete.

–O que vocês tem? - Perguntou Dark

–Cansaço. – Elas responderam.

–Só tivemos aula de magia, engenharia e informática hoje, o que tem de tão cansativo nisso? – Resmungou Felipe.

–Só reclama, reclama, reclama! – Reclamou Gabriela.

–Querem jogar algo? Jogo da garrafa, verdade ou consequência, Just Dance? – Sugeriu Alina. As sete garotas se levantaram rastejando lentamente e saíram.

–Vamos dormir. – Falaram todas ao mesmo tempo.

–Mulheres, quem vai entender? – Falou Martin dando de ombros.