Ströme der Seele escrita por Buch


Capítulo 10
Cabo de Guerra


Notas iniciais do capítulo

Tenho que oferecer um agradecimento especial às madrugadas! Muito obrigada por me dar silencio e paz para que eu possa pensar e escrever!

Aproveitem o capítulo!



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04/04 – Extremo norte de Faleq

– Eu sabia que esse lugar era distante, mas não imaginava que era onde Judas perdeu as botas! – disse Leório ofegante.

Já faziam 2 dias desde que os três haviam chegado em Faleq e neste momento se dirigiam ao vilarejo ao pé da montanha Huggia, onde ficava localizada a famosa floresta de Kobi.

– Ainda bem que pesquisamos sobre esse local antes de virmos, se não teríamos congelado com nossas roupas normais! – disse Gon enquanto esfregava as mãos.

– Eu avisei. Ir para uma missão sem ter informações seria muito imprudente. E já que somos Hunters, ter acesso a informações é ainda mais fácil. – disse Killua.

–Sim. Mas Kurapika podia ter escolhido um lugarzinho mais quente para se perder, não é? Tipo uma praia ou uma ilha com muitas mulheres de biquíni. – dizia o homem enquanto pensava sobre a possibilidade

– Uma praia e uma ilha seriam quase a mesma coisa, não é Leório? – perguntou Gon inocentemente.

– Deixa pra lá Gon, não perca seu tempo – respondeu Killua.

Os três amigos continuaram a conversar enquanto caminhavam sobre a neve acumulada na grama. Eles haviam pedido informação sobre o caminho que levava até o pé da montanha, e pelos seus cálculos, já deveriam estar próximos do seu objetivo. Naquele momento a neve havia dado uma trégua, mas não era possível dizer por quanto tempo.

– Esse lugar ta parecendo o pólo norte! Daqui a pouco vamos topar com algum esquimó! – disse o homem mais velho rangendo os dentes

– Não seja idiota, os esquimós não moram no pólo norte! Na verdade eles moram em lugares ao redor do Ártico! – respondeu Killua debochando do amigo

– O que? Não tem esquimó? Como você sabe dessas coisas Killua? – perguntou Gon com ar curioso

– Não acredita nele não Gon, ele só ta querendo bancar o espertalhão! – respondeu Leório irritado por ter sido corrigido.

– Você acredita mais na palavra desse velhote ou na minha Gon? – perguntou devolvendo o olhar para Leório que agora espumava de ódio pelo apelido.

– Bem...eu....- gaguejava Gon.

– Ah, deixa pra lá. Isso não importa! O que importa é acharmos logo o Kurapika e sairmos da Gelolândia o mais rápido possível! – disse Leório finalizando a discussão.

Após caminharem por mais duas horas, finalmente avistaram um pequeno sinal de fumaça logo a frete. Contentes por terem finalmente localizado o local de destino, Gon e Killua começaram a correr, deixando o cansado Leório para trás.

– Peraí vocês dois! Eu não tenho a idade de vocês! – disse sendo ignorado – Droga! Esses moleques não cansam nunca!

– Hey Gon. Que tal apostarmos corrida até lá? – perguntou Killua.

– Corrida? Mas assim o Leório vai ficar muito pra trás. Se acontecer algo de ruim com ele não conseguiríamos ver – disse Gon se justificando

– Ah, não se preocupa com ele. Se a gente chegar e ele demorar muito a gente volta e procura uma escultura de neve – disse ele debochando.

– Não sei não. Mas e se a gente brincar de guerra de neve? – sugeriu ele

– Guerra de neve? E como se brinca disso? – perguntou Killua

– Eu nunca brinquei, pois na Ilha da Baleia não nevava. Mas eu já vi na TV. É assim. – disse Gon se abaixando.

Gon então passou a explicar para o amigo como funcionava a brincadeira. Ele pegou um amontoado de neve e formou uma bola com as mãos. Depois disso arremessou a bola para frete.

– Ta vendo. Ai você joga a bola de neve na outra pessoa! – concluiu alegremente.

– Entendi! Parece legal. Mas quando termina o jogo? – questinou ele.

– Quando a gente quiser oras! – dizendo isso Gon se agachou para juntar um amontoado de neve.

Sem avisar Gon arremessou uma bola certeira bem no rosto do amigo e antes de alguma reação dele, saiu correndo.

– Quero ver você me acertar Killua – gritava o garoto sorridente

Assim começou a guerra de bola de neve entre os dois garotos. Quando Leório chegou próximo a eles, logo foi recebido com uma saraivada de bolas de neve. O pobre rapaz não teve tempo nem de entender a situação e já estava enterrado sobre um monte de neve. Logo Leório estava perseguindo os dois garotos em direção a aldeia. Assim, conseguiram chegar mais rápido do que o esperado.

04/04 - Floresta de Kobi

Kurapika acordara tarde naquele dia. Como não havia conseguido dormir bem à noite, acabou pegando no sono quando já estava quase amanhecendo, fazendo com que ele perdesse a noção de horário.

– Acho que dormi demais. Que horas serão? – disse enquanto se espreguiçava

Levantou-se do sofá e se dirigiu a cozinha, onde havia um relógio velho de parede pendurado em um dos cantos do aposento. O relógio marcava 12:32.

Droga, não imaginava que fosse tão tarde. Onde será que está Maia?

Foi então que o Kuruta se lembrou do episódio de ontem a noite. Ele ainda não havia visto a garota desde então.

Será que ela ainda está dormindo? Se eu for até lá, provavelmente ela ficaria uma fera. Acho melhor esperar.

Kurapika decidiu fazer um chá enquanto esperava a garota levantar. Utilizou uma das ervas que já conhecia e que sabia não ser letal. Após terminar o preparo, levou seu copo até perto da janela e pegou o livro que estava próximo para dar continuidade a sua leitura. Foi então que percebeu que a neve havia cessado. O garoto não sabia dizer desde quando havia parado de nevar, mas a julgar pela grossa camada do lado de fora, não devia ter cessado a muito tempo.

Será que vai ser uma parada provisória novamente? Vou perguntar pra Maia quando ela levantar.

Apesar da curiosidade em ter a opinião da garota, Kurapika conteve a vontade de ir à seus aposentos para acordá-la e assim decidiu se concentrar em sua leitura. Passaram-se assim duas horas desde que o garoto iniciou sua leitura e nada de Maia aparecer. O Kuruta já estava começando a ficar preocupado.

Tenho que ir até lá ver se está tudo bem. Posso encarar as conseqüências mais tarde.

Kurapika então decidiu ir até o quarto de Maia para acordá-la. Chegando em frete a porta, bateu levemente chamando pela garota. Não houve resposta. Bateu novamente, dessa vez um pouco mais forte. Novamente não obteve êxito. Decidiu girar a maçaneta para adentrar o quarto, mesmo sabendo que era uma completa falta de respeito entrar no quarto de uma mulher sem ser convidado, porém, sua preocupação falou mais alto.

– Maia, estou entrando – anunciou o garoto.

Assim que abriu a porta deparou-se com a cama vazia. Maia não estava no quarto.

Onde será que ela está? Será que saiu enquanto eu estava dormindo?

O garoto parecia aflito. Maia havia saído e não o avisara. Será que havia deixado o garoto pra trás e partido? Não podia ser. Provavelmente ela havia saído apenas para pegar mais comida. Mas se fosse o caso, ela deveria tê-lo chamado. O jovem Kuruta refletia sobre as possibilidades tentando deixar o pensamento de abandono longe de sua cabeça. Afinal, mesmo sendo fria na maior parte das vezes, ela não o deixaria aqui. Ou deixaria? A cabeça de Kurapika fervia com as inúmeras possibilidades. Decidiu voltar para sala.

Chegando ao recinto notou que Saito também não havia voltado. Ontem havia questionado Maia sobre a possibilidade de o lobo ter se ferido no caminho, mas a garota afirmava categoricamente que o companheiro estava bem. Ele então parou de perguntar sobre o animal, acreditando que ela estivesse certa. Aproximou-se da janela e decidiu continuar sua leitura, acreditando que a garota voltaria em breve.

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Mais três horas se passaram desde que Kurapika voltou a sua leitura. O garoto estava visivelmente aflito com a situação, pois já estava começando a anoitecer e Maia ainda não havia retornado. Decidido, levantou-se e marchou em direção à saída. Iria atrás da garota. Abriu a porta e se deparou pela segunda vez com a beleza daquela imensidão branca. Apesar de temer a floresta não conseguia mais ficar parado esperando pelo regresso da garota, isso considerando que ela realmente iria voltar. O Kuruta tremeu com a possibilidade do contrário.

Começou sua caminhada com passos lentos até se acostumar com o terreno. Logo estava se locomovendo com mais facilidade. Chegando a entrada da mata densa, respirou profundamente antes de dar o passo definitivo para adentrá-la. Seus sentidos estavam a mil. Após as experiências anteriores, Kurapika sabia o quanto a floresta poderia ser traiçoeira, o que o fez temer e respeitar ainda mais a natureza em toda sua complexidade. O garoto parou de se movimentar ao ouvir um barulho sutil atrás de si. Concentrou-se o máximo que pôde para apurar seus sentidos a fim de identificar a origem do barulho, porém o mesmo foi pontual, o que levantou a suspeitas do garoto de que tivesse sendo observado. Quem quer que fosse era experiente, pois mesmo estando completamente em alerta, não conseguiu perceber a presença de mais ninguém. Ficou parado no mesmo local, esperando o próximo movimento de seu perseguidor.

Nada. Quem quer que estivesse observando ele estava sendo extremamente cauteloso. Percebeu que deveria ser ele a dar o primeiro passo, pois não poderia sustentar essa situação por muito mais tempo, tendo em vista que já estava anoitecendo. Com um movimento rápido, atirou sua correte em direção ao local onde havia calculado que o barulho havia saído. Surpreendeu-se quando sua corrente ficou completamente esticada. Será que havia prendido em algum lugar? Ou será que...? Tentou puxar a corrente de volta,mas esta estava presa.

Droga! Será que ficou presa no tronco de alguma árvore?

Logo sua suposição foi respondida. O que quer que estivesse do outro lado da corrente o estava puxando. O jovem Kuruta começou a criar resistência, porém o puxão estava ficando cada vez mais forte.

Mas que droga é essa!

O garoto começou a ser arrastado. Kurapika começou a temer sobre a possibilidade de haver alguém mais forte que ele do outro lado da corrente. Se ele afrouxa-se a resistência, seria puxado de uma só vez em direção ao estranho, porém resistir também seria inútil, uma vez que era visível a diferença de força entre eles. Pensando rápido optou por uma manobra arriscada.

Vou usar toda minha força de uma vez para dar um único puxão e quando a corrente afrouxar um pouco, sairei correndo até aquela direção.Talvez assim consiga pegá-lo de surpresa!

Assim passou a reunir toda sua força para execução do plano. Se desse certo teria uma chance, mas não poderia titubear nem por um momento em atacar quem quer que esteja do outro lado da corrente. Uma hesitação e esse poderia ser seu fim. Foi então que realizou o puxão. Assim que percebeu um leve afrouxar, disparou com toda velocidade para frente, porém chegando no local onde deveria encontrar seu perseguidor,não havia ninguém. A corrente estava solta.

Será que ele percebeu? Droga, eu executei o movimento muito rápido! Seria impossível ele ter tido tempo de escapar.

Kurapika lamentava seu fracasso, mas decidiu ser sensato e voltar à cabana, uma vez que já havia anoitecido. Por precaução havia demarcado todo seu percurso para evitar se perder no caminho. Apesar da dificuldade em enxergar, foi localizando uma a uma, as marcas que havia deixado nas árvores. Logo estava de volta a clareira e podia avistar a cabana. Marchou apressadamente até o local. Só então percebeu que estava tremendo. Não sabia dizer ao certo se era devido ao frio ou a descarga de adrenalina ao ter tido que lidar com a situação na floresta. De qualquer forma deveria entrar o mais rápido possível. Assim que entrou foi surpreendido com uma voz familiar.

– Mas em que merda de lugar você se meteu!?


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Notas finais do capítulo

Esse foi um pouquinho maior, acho que me empolguei. rs

Obrigada por estarem acompanhando a historia meus queridos! Ficarei feliz em ouvir qualquer crítica ou sugestão de vocês!

Até a próxima!



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