Rose.. Uma Weasley? escrita por Gabs


Capítulo 5
Capítulo 04


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas que leem isso aqui. Espero que gostem do cap.
Bjo



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Barba feita. Cabelo bem penteado. Terno grafite. Scorpius tirou e colocou a gravata preta diversas vezes, resolveu ir sem, seria um toque informal no jantar de negócios.

Rose tinha deixado bem claro que a relação deles era e sempre seria somente profissional. Mas, assim como Scorpius ela não conseguia deixar de pensar no reencontro dos dois.

Scorpius pensava sobre a última vez que tinha visto Rose, e em todas as noites de bebedeira que usou para conseguir tirá-la dos seus pensamentos. E, agora os dois tinham se encontrado por puro acaso. Talvez, fosse o destino que as pessoas tanto falam, pensou ele. Ele sabia que que não tinha chances com ela, não daquela vez, mas sentia um desejo de pelo menos tentar.

Rose se surpreendeu quando viu Scorpius em um carro (?). E, mais ainda quando notou que Richard conversava com ele.

Richard?

Chama Rose quando se aproxima dos dois.

Estava conhecendo seu novo amigo, Paige.

Explicou sem tirar os olhos de Scorpius. Tinha a sensação de já o tinha visto antes.

Vamos lá, ruiva ­– Scorpius chamou para mostrar intimidade – estamos quase atrasados. E, sei que odeia atrasos.

Rose se despediu de Richard ainda estranhando clima tenso entre os dois.

Paige, nosso almoço amanhã está confirmado, certo?

—Claro.

...

Era um risco ao seu disfarce ser visto com Rose em um restaurante fino, mas ele queria impressioná-la.

Uma dica para o futuro, Scorpius, sempre avise para a mulher onde vai leva-la, se assim o fizesse evitara o papel de ser visto comigo vestida assim.

Rose não viu, mas Scorpius revirou os olhos.

Acho que sou suspeito para falar, mas para mim você está sempre linda.

Sussurrou Scorpius no ouvido de Rose enquanto a atendente os levava para a área reservada.

Em situações normais ela recordaria que a relação deles era estritamente profissional, no entanto ela estava se sentindo por fora da moda daquele restaurante. Todos estavam com as suas melhores roupas, praticamente vestidos para uma roupa de gala. E, ela sequer tinha ido em casa trocar de roupa. Merlim.

Relaxa, Rose – Pediu Scorpius ao notar o olhar desconfortável dela –  Seus cabelos estão arrumados, seu terno não está amassado, sua maquiagem está intacta e mesmo que não estivesse estamos indo para área reservada. Então provavelmente a única pessoa que vai prestar atenção em você sou eu.

Após realizarem os pedidos Rose o informou que tinha péssimas notícias.

Que tipo de péssimas notícias.?

Perguntou o loiro preocupado.

O seu julgamento foi transferido para Londres. Roy, em pessoa, foi a Londres tentar reverter a situação, mas não conseguiu.

Droga! Pensou Scorpius. Aquilo era de fato ruim. Agora sim seus pais iam ficar decepcionados. Engoliu em seco ao imaginar o olhar que Astoria Malfoy provavelmente daria a ele.

Provavelmente, querem te usar como exemplo, uma pequena vingança pelo histórico da sua família. O nosso foco no momento é evitar que essa notícia chegue na imprensa. Já entrei em contato com alguns contatos e pelo menos por enquanto isso está resolvido. Mas, infelizmente não posso garantir por quando tempo vão conseguir segurar essa notícia.

Rose encarou Scorpius por um tempo, aguardando a reação dele, mas ele apenas a fitava com um olhar desolado.

Além disso, eu não atuo na Inglaterra. Na verdade, em todo o Reino Unido.

Pensei que você fosse minha única esperança. O chefe disse que você era a única que...

—Sobre isso, conversei com Roy e, ainda não é nada certo, mas talvez eu continue no caso, uma atuação nos bastidores. Você teria um defensor, mas ele só saberia o suficiente para que você continue livre.

—Não acho que tenha muitos defensores que concordem com isso.

Comentou Scorpius pensativo.

Não será fácil, com certeza. Mas, acredito que Richard faria isso por mim. Nós trabalhamos juntos há anos, somos amigos e ele é basicamente uma das poucas pessoas que eu confiaria para defender você na atual circunstância.

­Scorpius não gostou do modo carinhoso com que Rose se referia ao Richard.

O que acha do plano, Senhor Malfoy?

Não gosto do meu novo defensor. Mas, entendo seu lado. É o preço a pagar por ter sido impulsivo.

Rose sorriu tentando animá-lo.

Richard é maravilhoso. Você vai adorá-lo.

Ele gosta de você.

Comentou Scorpius tentando fingir que não se importava.

Richard? – Ela sorriu sem acreditar – Por Deus. Até você?

—Outras pessoas já perceberam também?

­Rose suspirou. Estava cansada daquele tipo de comentários.

Mel, Sophie, até Roy...

—Mel? Sophie?

Minhas melhores amigas.

Explicou Rose.

Como elas são?

Perguntou curioso e aproveitando a oportunidade para tornar aquele jantar mais informal.

Por que quer saber?

—Ora, porque sou curioso. Uma coisa... a sua regra sobre relacionamentos também se estende a suas amigas?

Scorpius insinuou divertindo com a tonalidade vermelha que as orelhas dela ficaram.

Me fale delas. Os assuntos de trabalham acabaram e a sobremesa ainda nem foi servida. Seria bem deselegante continuarmos aqui em silêncio pelo resto da noite.

Rose sorriu dando-se por vencida.

Você daria um ótimo defensor. Já pensou em seguir a carreira jurídica?

—Nunca. Sempre quis ser auror. Mel e Sophie também são advogadas?

Scorpius adorava um desafio e naquele momento a relutância de Rose em falar sobre sua vida pessoal o motivava.

Não vou conseguir escapar, né?

—Não mesmo.

Os dois se olharam firmemente.

Rose bufou.

Nenhum das duas são advogadas. Sophie é medibruxa e Melanie no momento está trabalhando em uma livraria bruxa, mas ela não encontrou “a” profissão ainda. Nos conhecemos quando vim estudar o quinto ano na escola de bruxaria daqui e continuamos a manter contato nos anos seguintes. Elas sempre me apoiaram, devo boa parte do que sou hoje as duas. Eu diria que as duas me tornam uma pessoa equilibrada. Sophie é a mais adulta, mais madura e a Mel, bom a Mel, e um furacão, é a que está sempre nos carregando para todas festas. Provavelmente deve estar te xingando nesse momento.

­Scorpius percebeu que Sophie e Mel eram as duas pessoas mais importantes na vida de Rose. Eram claramente a família substituta dela. E, pelo modo como Rose falava das duas, ele notou que ela as amava imensamente.

Por que eu?

—Desde que Sophie noivou ela está numa fase que toda noite pode ser a nossa última noite solteira. Como tive essa reunião hoje não pude ir para a noite das garotas. Mas, nem posso dizer que fiquei chateada porque faz duas semanas que eu não sei o que é não ter ressaca.

Scorpius sorriu animado. Aquela era a Rose que ele se lembrava. O segredo com a ruiva, notou ele, era falar de suas amigas.

—Melanie então é a mais calma do grupo.

Rose gargalhou.

Essa é definitivamente a melhor descrição que já fizeram dela. Em geral ela gosta de deixar as saídas para os fins de semana. O problema é que com Sophie noiva nós temos a sensação de que temos menos tempo para nós três.

—Gosta de morar aqui, não é? Confesso que quando nos vimos ontem e você parecia tão concentrada em cumprir suas regras, pensei por breves momentos que ter se afastado da família podia ter acabado com aquela sua energia de viver que eu via em Hogwarts. Mas, agora, vendo você falar das suas amigas, percebo que a liberdade de ser afastar da sua família lhe fez bem. Diria inclusive que você encontrou o equilíbrio perfeito entre aquela garota que fazia marotagens pelo castelo e a garota que ficava até tarde estudando feitiços na biblioteca. Acho que as duas estariam orgulhosas de você.

Obrigada, Scorpius. De verdade – Ele ficou confiante quando notou que ela não tinha dito o característico “Senhor Malfoy” – Confesso que amo morar aqui. Quando vim estudar aqui no 5º ano eu não esperava gostar tanto. O clima aqui é diferente. As pessoas são diferentes. Eu nunca fui uma Weasley, sempre fui Rose. E, para ser sincera é muito bom não viver a sombra do que sua família fez ou deixou de fazer. Acho que você, melhor do que ninguém, entende esse sentimento de ser marcado pela família. Mesmo que de forma diferente. Esperam sempre o pior de você. E, de mim o impossível.

—Acho que sei o que você quer dizer. Porém, lidamos com isso de forma diferente. Você abandonou a família e eu preciso me agarrar no que a minha família tem de pior para o meu trabalho. Mas, devo dizer que a princípio não gostei muito daqui, é muito diferente, os bruxos aqui são “trouxinizados”.

Rose sorriu recortando-se do impacto que teve quando notou essa característica pela primeira vez.

Aprender a usar esses instrumentos trouxas foi muito difícil. E, eu ainda me surpreendo como é comum isso na comunidade bruxa daqui. Em Londres há uma divisão muito clara.

Foi um dos motivos pelo qual me apaixonei por aqui... essa coexistência me fascina.

—A cerveja também é muito boa.

Complementou Scorpius.

Os pubs então...

—Ainda não tive a oportunidade de ir em nenhum.

—O quê? Não acredito. Scorpius – ele sorriu internamente quando escutou seu nome – vai por mim. Você precisa ir.

—Quem sabe um dia você me convida pra ir junto com você e suas amigas.

Rose não respondeu. Apenas bebericou um pouco mais do seu vinho. “Com calma, Scorpius. Não vá com muita sede ao pote”. Disse ele para si.

E você, como vai com a vida fora de Hogwarts.

Rose mudou de assunto. “Pelo menos – pensou Scorpius – continua na seara pessoal”.

Bom... eu não tenho amigos. Quer dizer o único com quem ainda mantenho contato é com o Luke Zabine. Ninguém pode saber sobre meu trabalho com o chefe então assim como os meus pais ele acredito que eu sou um adolescente no corpo de um adulto.

—Como eu disse meu sobrenome me garante confiança com pessoas que gostam de praticar a arte das trevas, mas para eu ser bem aceito nesse círculo eu preciso fazer jus a fama dos Malfoy’s. Em geral, eu preciso agir como um garoto rico, mimado e galinha. Por isso, estou sempre nas revistas de fofoca bruxa em festas, com várias mulheres...

Os sacríficos que fazemos pelo trabalho.

Rose comentou sarcasticamente.

Isso foi sarcasmo, senhorita Weasley?

Scorpius comentou dando ênfase na entonação maliciosa no “Weasley”. Ele aproxima seu corpo da mesa ficando com a cabeça a centímetros de Rose.

Antes que pudesse fingir não ter notado a entonação de Scorpius, Rose respondeu com a mesma malícia;

Jamais, senhor Malfoy.

O clima entre os dois era notório. Não tirava os olhos um do outro. Scorpius se controlou ao máximo para não arriscar um beijo. Rose foi a primeira a desviar o olho.

Acho melhor pedi a conta.

Disse ela. Scorpius assentiu.

Ao levantarem da mesa Scorpius derrubou sua taça de vinho em Rose. O restaurante era trouxa então não poderiam usar a varinha.

—No carro você pode usar sua varinha pra se limpar.

Scorpius comenta perto demais do ouvido de Rose, mas não notou a ruiva se arrepiando.

—Não trouxe minha varinha. Pode usar a sua?

—Como assim você não está com a varinha?

—Esqueci minha bolsa no escritório.

Explicou ela.

Sabe, como um auror devo te avisar que a varinha sempre deve está ao alcance do bruxo.

Rose revirou os olhos.

Posso usar a sua varinha ou não?

Perguntou quando chegaram no carro.

Também não trouxe a minha.

Scorpius respondeu rindo.

E o seu discurso de agora pouco?

Eu gosto de apreciar a ironia de sermos dois bruxos e nenhum estar com a varinha.

Os dois gargalharam juntos.

Meu apartamento é aqui perto. Pego minha varinha, limpo você e depois te deixo em casa.

Tudo bem.

Concordou ela de forma relutante.

...


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