Rose.. Uma Weasley? escrita por Gabs


Capítulo 24
Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Nao me odeiem, eu estava com o braço quebrado e antes com o not quebrado, ou seja, satanas nao quer que eu escreva, mas meu santo é forte e cá estou de volta.
Pq quem pode, pode, quem nao pode se sacode.
Desculpem pela filosoia barata. FIlosofia nao, ditado. Que seja!

AVISO/DICA: ESSE CAP COMEÇA EXATAMENTE ONDE O ULTIMO PAROU. SEJA NA PARTE DA ROSE QUANTO NA DA HERMIONE. ENTÃO SE QUISEREM RELER O ANTERIOR FIQUEM A VONTADE.

Eu fiz, refiz e refiz de novo esse cap inumeras vezes. Primeiro porque eu nao me recordava bem o que queria fazer nesse, e Segundo porque eu nao estava achando perfeito.
Ese também não está perfeito, ou talvez seja coisa da minha cabeça, tenho esse lance de perfeccionismo com meus textos. dificilmente estou 100% realizada com eles, mas esse está bom. E Espero que gostem do fim tanto quanto eu gostei



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Hermione Granger.

Para os trouxas “porta fechada” quer dizer uma oportunidade perdida, ou algo que deu errado. Meus pais tinham mania de dizer um ditado: quando uma porta se fecha duas se abrem, assim é a vida.

Sempre tive medo de “fechar as portas” da minha vida, nunca gostei de ver um ciclo se fechando, se acabando. Talvez por conta desse medo eu tenha passado tanto tempo investindo no meu casamento, falido, com o Ronald. Talvez se eu tivesse fechado essa porta há anos atrás eu estaria chorando, esperneando, mas agora tudo que sinto é um cansaço, um vazio, um nada.

Quando eu tinha sete anos eu andava de bicicleta perto da minha casa quando um carro bateu em mim, fui parar no hospital, tinha quebrado o braço, uma sorte dada a rapidez que o carro estava. Mas não importava o quanto eu tentava nunc conseguia lembrar exatamente do acidente, eu lembrava os momentos antes, os momentos depois, entretanto da batida em si nada. Perguntei ao meu pai em uma noite se eu estava com problemas na cabeça devido à bancada porque não me lembrava da batida. Ele sorriu, não mangando, mas admirando minha inocência. –Meu bem- ele havia dito – Você não está com problemas na cabeça, muito pelo contrário. É que temos essa coisinha mágica chamada cérebro que nos faz esquecer esses momentos traumatizantes, porque a dor da batida foi tanta que você nem a sentiu e como as lembranças ativam nossos sentidos, nossas lembranças mais traumatizantes ficam escondidas num cantinho do cérebro para que ela não cause danos psicológicos. E em alguns casos ainda fica resquícios disso, mas você não deve se preocupar com isso. –Ele me deu um beijo de boa noite, apagou a luz e saiu.

Não sei por que a lembrança do meu pai veio em minha mente, ou mesmo por que essa lembrança especifica. Talvez seja um aviso do meu cérebro: Seu coração está doendo tanto agora que você nem está sentindo. Porque a vida tem dessas coisas irônicas. Dor demais é “indolor”, frio de mais queima, as coisas mais simples se tornam complexas e as complexas simples, o barulho da música acalma... Ou Talvez seja saudade do meu pai, ele que sempre me abraçava quando o Ronald fazia merda e que sempre tinha um conselho que colocava minha vida em ordem. Se eu fechasse bem os olhos, e me concentrasse bastante naquele memoria podia senti-lo de novo me beijando na testa e dizendo “não se preocupe com isso”.

Mas nada disso importava agora, nem Ronald, nem o fim do casamento, nem mesmo meu amado pai. Eu tinha um embate maior para enfrentar hoje, e então só então e poderia chorar (se conseguir achar lagrimas) todas as minhas dores.

Respirei fundo. Eu ia atrás da Rose. Minha filha, minha única filha. Que me odiava com razão. Filha que abdiquei em nome de um amor um tanto desgastado e de um orgulho exagerado.

Peguei o endereço da Paige Granger que consegui com o Harry e segui para o prédio.

...

Rose Weasley

Eu andava no automático, comia no automático, aquele maldito Malfoy tinha mexido comigo, e agora ele estava em algum lugar bem longe de toda essa merda que era Londres. Eu não gostava de Londres, não mais pelo menos, mas ontem ele tinha me feito lembrar do porque essa era uma das cidades mais incríveis do mundo. Merlim, estou virando uma dessas pessoas chatas que vivem se lamentando. Preciso urgentemente da Sophie e da Mel para me colocarem nos eixos antes que eu entre numa depressão... e pelo Malfoy! Estou literalmente ficando louca, mas antes de ir para o abraço de minhas amadas amigas tinha que arrumar um apartamento de cabeça para baixo. Livros de direito britânico jogado aos quatro cantos, roupas pelo chão (Malfoy!), sofá bagunçado (Malfoy!), e nem vou falar do meu quarto...

Eu poderia arrumar tudo com o balançar de varinha, mas então perderia a única coisa boa de organizar a casa, é esvaziar a cabeça ao som de uma boa música. E a escolha de hoje foi Beatles, porque coisa boa não fica velha se torna clássico, e sempre que eu estiver mal não importa que ano for meu melhor remédio vais ser Hey Jude.

Peguei isso da minha vó materna, sempre que o dia estava nublado e a vida bagunçada ela colocava Hey Jude e ficava “Better, Better, Better, Better, Better”.

...

Me jogo no sofá cansada e com uma pontada de orgulho por ter deixado tudo brilhando. E esse orgulho me faz rir porque se eu contasse para a Mel que tinha deixado o nosso apartamento em Munique brilhando ela iria perguntar se eu tinha jogado glitler nele. Sophie por sua vez diria “pronto achou sua profissão ruiva quando quiser limpar fique à vontade”. Ah! Que saudade daquelas duas loucas, sem o Malfoy aqui para me distrair a falta delas ficava mais evidente.

...

Hermione Granger

A última vez em que me senti com tanto medo e tão sem chão como agora foi quando Voldemort chegou com o corpo do Harry afirmando que ele tinha morrido. Vários anos depois esse sentimento volta, agora sem Voldemort ou Harry, e sim, minha filha. Ela está ali do outro lado da porta eu posso sentir. Minha mão pesa uma tonelada e já não lembro como bate numa porta.

As vezes quando finalmente estamos prestes a fazer algo que tanto sonhamos vem esse medo. Eu sonhei inúmeras vezes com esse reencontro e nem mesmo nos meus sonhos mais felizes ele tinha sido algo bom. Sempre imaginei que ela me odiava, e com razão, porém bem fundo eu tinha esperança que estivesse enganada. Todavia, ontem quando a protegi do Ronald, e até mesmo pelo modo como ela me tratou durante o julgamento aquela pequena esperança foi embora.

Eu queria vê-la, cara a cara, só nós duas, sem um julgamento ocorrendo ou depois de uma tentativa de assassinado. O meu medo é do que virá depois, o que ela me falaria se é que falaria algo. Temo pelas verdades que me jogaria na cara...

Com uma coragem absurda bato na porta. Escuto a se levantando e caminhando para a porta, meu coração acelera tanto que penso que a qualquer momento vou ter um ataque.

........

Rose precisa piscar três vezes e se beliscar para acreditar no que está vendo. Era sua mãe, ali na frente dela. Sua vontade era gritar, manda-la embora..., entretanto ela não fez nada disso apenas ficou ali atônica encarando um de seus “fantasmas”.

Olhando um pouco mais de perto e sem toda a confusão do dia anterior Hermione notou que os olhos de Rose eram mais intensos do que se lembrava e embora ela tenha herdado a cor azul do seu pais os olhos eram os dela, o cabelo era ruivo, no entanto um pouco encaracolado. Rose literalmente era a perfeita junção entre ela e o Ronald. Hermione não conseguia acreditar que aquela mulher na frente era a mesma garotinha que um dia amou tanto, e que um dia a perdeu.

–Não vai me convidar para entrar?

Perguntou Hermione depois que o silêncio se tornou incomodo. Rose lhe encarou mais uma vez antes de abrir mais a porta para dar passagem.

Hermione adorou o apartamento, estava super limpo e organizado. Aquela era a mesma que tinha um quarto tão bagunçado que até as baratas se recusavam a entrar nele?

–Deve estar se perguntando o que estou fazendo aqui, suponho?

–Não, imagina, achei supernormal sua visita. A única coisa que eu achei mais ou menos foi como me achou.

Responde Rose com o máximo de ironia e desinteresse que consegue colocar em seu tom.

–Rose eu... eu não sei nem por onde começar a me desculpar com você.

Mione responde ignorando a ironia de sua filha.

–Eu tenho umas ideias se quiser saber.

–Fui uma péssima mãe, reconheço isso. Não aceitei você do jeito que era e... Se eu tivesse tentando de entender, talvez nossas vidas não estariam tão sem rumo agora.

Rose gargalha.

–É sério isso? Você acha que o seu erro foi não ter me aceitado? Bom se vai pedir desculpas pelo menos saiba do que tem se desculpar. E minha vida não está sem rumo, acredite, me virei muito bem sem vocês, na verdade acho que essa fase da minha vida em que vocês não sabem quem eu sou e eu finjo que nunca os vi, foi a melhor da minha vida. Inclusive eu estava pensando em continuarmos com o mesmo esquema, sabe sumir com esse julgamento da memória da mesma forma como sumiram com o meu nascimento, não deve ser tão difícil, vocês já têm anos de experiência.

O rancor na voz e no olhar de Rose é palpável, e isso fere Hermione Granger de uma forma que ela não sabia ser possível.

–Para mim não ter aceitado você do jeito que você era foi meu grande erro, dentre todos os outros esse foi o maior, ou talvez esse tenha sido o que mais tenha doído em mim. Eu acredito quando diz que sua vida está com um rumo, você sempre foi uma garota forte, acho que talvez por isso eu tenha sido relapsa contigo e muito mais severa...você é minha Rose, e, eu sei que não tenho o menor direito de reivindicar esse termo, mas é isso que você é. Minha única filha, eu nunca poderia esquecer seu nascimento porque não importa o tenha acontecido você é importante para mim. Se eu pudesse voltar no tempo Rose...

–Mas não pode.

–Não, não posso. Mas eu queria, porque eu olho para você e vejo sua mágoa no olhar. Provavelmente você deve me odiar, e com razão. Não mereço o seu perdão. Eu te reneguei. E ninguém pode entender o quanto eu sinto por isso. Não houve um dia em que eu não lembre.... Eu te procurei, como uma louca, eu te procurei. Pedi ajuda até do Harry. Eu queria saber como você estava, com quem, se tinha se casada, se tinha filhos, com que trabalhava, se me odiava, se me queria morta.

–Eu parti seu coração Rose, te decepcionei, nunca vou me perdoar por isso. Tive os melhores pais do mundo, Molly e Arthur também criaram seus filhos perfeitamente bem e em algum lugar no meio dessa grande estrada que é a vida dobrei errado e em no lugar de ser seu porto seguro fui sua.... Eu queria ser alguém com quem meus pudessem contar e de alguma forma os afastei de mim. Os afastei tanto que os perdi.

–Eu amo você. Nunca te disse isso quando tive a oportunidade, mas é verdade.

Hermione desabafou, suas lagrimas e ela travavam uma luta interna. Ela esperou Rose dizer alguma coisa. Esperou que ela risse e a mandasse se danar. Esperou que ela gritasse, mas ela não fez nada disso. Só continuou a encara-la.

–Rose...? Vai falar alguma coisa? Gritar, me xingar. Tudo, menos esse silêncio.

A cabeça de Rose Weasley estava girando. Era muito informação.

–Você tem razão em uma coisa. Não tem o direito de me chamar de filha. Não depois de ter me renegado, de não ter se preocupado comigo, de... E mais você pode chegar aqui dizendo essas coisas, e... e... De forma alguma você... dizendo que me ama? Quem você pensar que é? Onde estava esse seu amor quando eu precisava de um abraço? Onde estava esse amor quando eu me sentia sozinha? Onde estava esse seu amor nas inúmeras vezes que chorei escondida no meu quarto porque minha família odiava? Onde estava esse seu amor quando eu precisei? Me diga?

–O que esse seu amor fez quando meu pai, seu marido, disse que eu não fazia mais parte da família. Porque eu me lembro de você dizendo: “ seu pai tem razão querida, você nem parece que é nossa filha. Você devia ser mais blablabla”

–Então me desculpe se não acredito nesse amor, e se realmente existe eu não me importo. Aprendi muito bem a me virar sem ele, doeu? Doeu, muito. Teve dias em que eu queria desistir, mas como você disse eu sou forte. Quando precisei de uma mãe, de um pai, de um irmão, de uma família, todos viraram as costas. Então não me venha com pedidos de desculpas, e também não sinta nada. Por favor saia, saia da minha casa. Não quero ver você, não quero falar com você. Isso não quer dizer que eu te odeie, ou que tenha raiva, mas eu me acostumei desde muito cedo a não ter uma família, e por isso agora dispenso qualquer aproximação de você e de qualquer Weasley ou Potter. Então, por favor, saia.

Rose disse a última parte já abrindo a porta e postando ao lado dela com firmeza.

Hermione ficou sem saber o que fazer, e depois de um tempo se recompondo saiu, e antes de sair virou-se para Rose e disse:

Eu entendo sua raiva, sua mágoa, mas quando você, por um acaso.... Sei lá... se um dia.... eu vou está esperando você. Sei que não mereço uma segunda chance. Eu quero me redimir com você..

Depois que sua mãe saiu Rose fechou a porta com força e se encostou nela segurando as lágrimas. Foi para o seu quarto terminar de ajeitar suas roupas, a cama ainda estava bagunçada ela não arrumara, não tivera coragem, ia ficar assim bagunçada e com o cheiro do Malfoy. Pegou o travesseiro “dele” para senti-lo mais uma vez, foi quando ela escutou alguma coisa cair no chão. Era um chaveiro em formado de uma cobra (verde, é claro). Ela sorriu, Scorpios sempre surpreendendo. O chaveiro de um botão e quando ela apertou surgiu uma carta em cima da cama. Filho da Mãe!

Ei Rose, minha ruivinha.

Não sei quando você vai ler essa carta. Estou fazendo-a enquanto você dorme, estou torcendo para que você não acorde, até porque você tem um lado Weasley de ser que sempre está tentando atrapalhar meus planos.

Estou escrevendo essa carta porque sou covarde demais para te acordar porque se eu fizer isso vou ter que me despedir, e não quero me despedir de você, estou cheio disso.

Na primeira vez em que nos encontramos erámos dois “perdidos”, não que tenhamos nos “achado. ” Eu tinha acabado de ser forçado a desistir do meu sonho e você de sair da sua família. Foram sete anos que passamos no mesmo castelo e somente no último dia nos conhecemos verdadeiramente. Me arrependo disso queria ter tido coragem de chegar em você antes porque eu já te admirava daquela época, gostava de como você era a Rose.

Essa é a segunda vez que nos encontramos, e dessa vez estávamos mais “maduros”, você dessa vez tinha regras, e eu problemas para resolver. Dessa vez não foi uma única noite, foi mais intenso que da primeira vez. Em contrapartida ela vai acabar da mesma forma que a primeira vez: com um saindo no meio da noite enquanto o outro está dormindo.

Meu pai uma vez me disse que quando você encontra uma pessoa em três momentos diferentes na vida é porque essa pessoa é a “escolhida”. Não sou de acreditar nessas bobagens, mas se eu acreditasse eu diria que só falta para a gente um encontro, cruzemos os dedos.

Quando você saiu no meio da noite na nossa primeira vez, sua echarpe ficou para trás, não sei se foi sem querer, ou se quis deixar de proposito, sempre gostei de pensar na segunda opção. Na manhã seguinte eu pensava que tinha sonhado, mas sua echarpe era a prova de que tinha acontecido. Agora eu deixo com você meu chaveiro, como uma lembrança. Ele é sonserino porque sua echarpe era da grifinoria, então...

Rose Weasley... eu não sei mais o que escrever, na verdade nem quero mais escrever porque o tempo que passo aqui escrevendo essa carta de “até logo” é o tempo em que poderia estar sentindo seu cheiro mais uma vez, e tentando guardar cada detalhe seu na minha memória.

p.s: Não sei quanto tempo vou passar fora por isso não vou bancar o ingênuo de pensar que outros caras não vão aparecer na sua vida, tudo bem, só tente ficar longe dos morenos as pessoas tendem a se apaixonar mais por suas preferências.

p.s2: Não sei como vou conseguir tomar um café ou comer uma pizza.

p.s3: Você não foi um caso para mim Rose, nunca foi e nunca será. Para mim nós sempre seremos mais que isso.

Eu gostaria de terminar essa carta dizendo que Te Amo, mas sinceramente acho que o que sinto por você é maior que isso, mais intenso, e mais verdadeiro.

Com meus sinceros e mais profundos sentimentos, Scorpius Malfoy.

Melanie tinha acabado de chegar em casa e viu Rose sentada no chão da sala chorando. E mesmo com raiva porque sabia que era isso que ia acontecer, sabia que ela iria se machucar e ninguém lhe deu atenção, correu em socorro da amiga.

...


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Notas finais do capítulo

A discussão entre Rose e Hermione nao ficou o que eu queria, mas ficou boa de certa forma. Tentarei melhorar na proxima, se tiver é claro.

O que acharam? comentem, nem que seja para me xingar por ter demorado.
Senti falta de voces, por isso nao tenham de escrever grandes comentarios.

BJOS aos que mesmo depois de ler meus apelos nao comentarem, tudo bem, eu entendo. Pessoas timidas tem vergonha de falar com DIVAS como eu
kkkkkkkkkkkkkkk

Desculpem. Minhas amigas dizem que tenho um complexo de auto-estima super elevado
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK



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