Frozen - White Love escrita por Mirytie


Capítulo 2
Capítulo 2 - Evento


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Elsa acordou, espreguiçou-se e esqueceu-se por alguns segundos esqueceu-se de que não tinha de casar com um estranho.

Levantou-se quando bateram à porta e vestiu o roupão.

– Majestade, o pequeno-almoço está pronto. – disse uma das criadas do castelo.

– Já desço. – disse Elsa, dirigindo-se até ao espelho.

Penteou o cabelo e deixou-o solto enquanto ia para o armário. Suspirou quando o abriu e viu o armário cheio de vestidos de ceda de várias cores e tamanhos. Ela vestiu um completamente preto com um corpete branco e voltou ao espelho. Tentou recrear o penteado que a irmã lhe tinha feito no dia anterior e não saiu do quarto até estar satisfeita com o resultado. Maquilhou-se levemente, atou a capa roxa ao pescoço e colocou a coroa à cabeça.

Ali estava a rainha.

Os conselheiros tinham-lhe dito que ela tinha de usar aquela maldita capa roxa e a coroa dali em diante. Ela limitara-se a encolher os ombros, mas a verdade é que a incomodava.

Calçou uns sapatos pretos antes de saiu e começou a descer as escadas até à sala de jantar. Quando lá chegou, viu os quinze príncipes sentados em volta da mesa e apeteceu-lhe voltar para o quarto.

– O que é que se passa? – perguntou Elsa, ao conselheiro que apareceu atrás dela – O que é isto?

– Enquanto os príncipes estiverem aqui, vai ter de acompanhá-los durante as refeições. – explicou o conselheiro.

– Como queiras. – respondeu Elsa, tal como tinha respondido quando eles pediram para ela usar sempre a capa e a coroa. Quase em sintonia, os quinze príncipes disseram “bom dia, majestade” mas Elsa só falou depois de se sentar. Olhou para a irmã, que estava sentada ao seu lado e sorriu – Bom dia, Anna. Dormiste bem.

Ela anuiu com a cabeça, com um sorriso na cara. – Isto é um bocado estranho.

– Não te preocupes. – murmurou Elsa – Não vai ser durante muito tempo.

– Rainha. – disse o conselheiro, que parecia andar sempre atrás dela – Esqueceu-se disto.

Elsa olhou para o conselheiro e viu-o com as suas luvas brancas na mão. Depois olhou para os príncipes e reparou que eles estavam a olhar para as suas mãos discretamente.

– Ela não precisa disso! – exclamou Anna, ofendida.

– Não faz mal, Anna. – Elsa pegou nas luvas e calçou-as – Em todo o caso, só não as tenho porque esqueci-me de vesti-las.

Suspirou quando o conselheiro se encolheu quando as suas mãos se tocaram. Depois de ter as luvas, a conversa entre os príncipes começou.

– Mais tarde, tem de ir falar com o padre. – lembrou o conselheiro.

– Eu sei. – disse Elsa, começando a comer.

– Para que é que vais falar com o padre? – perguntou Anna.

– Ele tem de me mostrar como é que vai ser a cerimónia, Anna. – respondeu Elsa – Não deve demorar muito tempo.

– Mas hoje é o dia. – queixou-se Anna.

– Como eu disse, não deve demorar muito tempo. – repetiu Elsa, sorrindo para a irmã.

– Majestade, tem a certeza de que é mesmo uma boa ideia fazer isso hoje? – perguntou o conselheiro – Afinal, os príncipes e, portanto, o seu futuro marido, está aqui.

– Está marcado para este dia desde do mês passado. – disse Elsa – É uma surpresa para a população de Arandelle e a Anna está ansiosa por isso. Não vou cancelar. À tarde vou fazê-lo.

O conselheiro fez uma vénia e afastou-se.

– Agora, vamos comer. – anunciou Elsa.

– Como o príncipe que escolher é apenas um convidado, ele entra primeiro e baixa a cabeça quando você entrar. – disse o padre.

Estavam ambos na catedral de Arandelle, no sítio onde ela diria o “aceito” em frente de centenas de pessoas.

– Depois de eu dizer algumas palavras, os dois trocam anéis. – continuou o padre.

– Sem luvas? – perguntou Elsa, imediatamente – Os convidados não vão ter medo que alguma coisa aconteça?

– Eles começaram a confiar mais em si, durante este ano. – disse o padre – Tem sido uma boa rainha para Arandelle.

– Eu tenho medo de mim mesma. – revelou Elsa, chocando o padre – Nesse dia, vou estar nervosa ou chateada. Não sei se consigo controlar os meus poderes nesse estado.

– Ficaria mais confortável se não houvesse convidados? – perguntou o padre, com pena dela.

Elsa abanou a cabeça.

– Alteza, será um insulto para o reino do príncipe e uma vergonha para Arandelle se aceitar o anel com as luvas. – disse o padre – Não há outra hipótese.

– A minha irmã pode ficar ao meu lado? – perguntou Elsa, vendo o padre a suspirar.

– A princesa Anna pode ficar atrás de si. – satisfeito, o padre viu Elsa a anuir – Finalmente, depois de trocar alianças, o príncipe beija-a, oficializando o casamento.

– Beijo!? – perguntou Elsa, como se ele tivesse acabado de dizer que o fim do mundo era amanhã – Porque é que o tenho de beijar!?

– Majestade, com todo o respeito, nunca beijou ninguém? – perguntou o padre.

– As portas do castelo ficaram fechadas até o ano passado e eu estava trancada no meu quarto! – exclamou Elsa – É claro que nunca fiz isso!

– Rainha Elsa, tem noção de que vai ter de dar herdeiros ao reino, certo? – perguntou o padre, vendo a cara de Elsa ficar completamente vermelha.

– E é assim que acaba a cerimónia, certo? – perguntou Elsa, ignorando a pergunta do padre.

– Depois saem lentamente da catedral, enquanto os convidados aplaudem. – disse o padre – Dirigem-se à varanda do castelo onde a população vai estar à espera e proclamam-se Rei e Rainha de Arandelle. Depois a cerimónia acaba?

– Mais alguma coisa? – perguntou Elsa, ansiosa para sair dali.

– Vai ter de praticar os passos, por isso escolha alguém que possa representar o príncipe enquanto não escolhe o oficial. – disse o padre – As costureiras também querem as suas medidas para começarem a fazer o vestido para a ocasião.

– Elas têm as medidas! Só querem que eu vá lá para servir de boneca. – queixou-se Elsa – Se é tudo, eu estou atrasada para um evento. A minha irmã deve estar à minha espera.

Elsa virou as costas e começou a andar rapidamente em direcção à porta.

– Mesmo assim, majestade. – insistiu o padre, antes de Elsa sair – Vá até às costureiras. Elas vão ficar constrangidas se não for.

– Está bem! – exclamou Elsa, abrindo a porta enquanto olhava para o padre.

Quando deu mais um passo, esbarrou-se com alguém. Deu um passo atrás e viu Sirius à sua frente. Só então é que conseguiu ver que ele tinha aproximadamente mais cinco centímetros de altura, do que ela. Uma vez que ela media 165 centímetros, ele devia medir 170.

O príncipe afastou-se imediatamente e ajoelhou-se, com a cabeça virada para o chão.

– Majestade, peço mil desculpas! – exclamou ele, encostando a testa ao chão – Eu só estava a explorar o castelo! Perdoe-me!

Elsa deu um passo em frente e fechou a porta da catedral.

– Levanta-te. – disse Elsa, acocorando-se em frente a ele – Eu disse ontem que não gosto que fiquem assim.

Sirius levantou-se ao mesmo tempo de Elsa e suspirou.

– Peço desculpa. – repetiu Sirius.

– Não faz mal. – Elsa começou a andar e fez sinal para Sirius para este a acompanhar – Em todo o caso, não devias estar no pátio do castelo? Os príncipes estão todos lá para o evento de hoje.

– Os pretendentes estão lá. – corrigiu Sirius – Eu só vim a acompanhar o meu irmão porque os meus pais queriam ficar sozinhos.

Elsa olhou para as roupas dele. Realmente, ele não estava tão bem vestido como os outros pretendentes, que traziam roupas de ceda. Ele tinha uns calções largos e um casaco com uma gola também larga, ambas as peças da cor do vestido azul que ela criara. Trazia umas sapatilhas simples e, se bem se lembrava, não tinha comido na mesa com eles.

– Então, se eu escolher o teu irmão mais velho para ser o rei de Arandelle, tu vais ser o próximo rei de Fraziel. – disse Elsa, desviando o olhar das roupas dele para os olhos – Seria um bom negócio.

– Nem pensar. – disse Sirius, rindo-se – Provavelmente os meus pais fariam mais um herdeiro só para que eu não tomasse o trono.

Elsa sorriu e olhou em frente. – Ter de cuidar de um reinado nem sempre é tão apelativo como parece.

– Os meus pais provavelmente gostariam que eu fosse mais como a rainha. – disse Sirius – Em vez do pirralho que só gosta de se divertir. Se calhar mandaram-me para aqui para aprender alguma coisa consigo.

Agora o sorriso de Elsa era forçado. Parou em frente à porta do castelo e olhou para Sirius.

– Se calhar. – Elsa tirou as luvas – Porque é que não vais para lá para fora? O evento vai começar em cinco minutos.

Sirius hesitou um pouco mas acabou por anuir e sair para o quintal. Ela perdeu o sorriso e olhou para as escadas que iam dar para a varanda principal do castelo.

Ele era igual a Anna.

Depois de saberem que a rainha anunciar alguma coisa, a população de Arendelle tinha-se juntado em frente à varanda. Quando Elsa apareceu, ao lado da irmã, houve uma explosão de aplausos.

– Queridos habitantes de Arandelle! – começou Elsa, silenciando-os – Faz hoje exactamente um ano em que me tornei a rainha de Arandelle! Para celebrar o facto de vocês me terem aceitado mesmo depois do que aconteceu, decidi fazer uma coisa especial, tal como feito no ano passado!

Dito isto, ela saiu da varanda, acompanhada pela irmã e dirigiu-se à porta do palácio, onde toda a gente começou a aplaudir. Os príncipes também aplaudiam, mas olhavam para Elsa com precaução.

Elsa deu a mão esquerda à irmã, suspirou, baixou-se e pôs a mão no chão. Fechou os olhos e, lentamente, o chão do pátio começou a transformar-se em gelo. A princípio, as pessoas ficaram assustadas, mas depois começaram a sorrir, a rir…à excepção dos príncipes, que olhavam preocupados para todos os lados.

Elsa levantou-se, largou a mão da irmã e ergueu as mãos para o ar, fazendo com que começasse a nevar do nada.

– Porreiro. – queixou-se Terryor, ao lado do irmão – Mais neve.

No entanto, o irmão estava com as mãos abertas e com os olhos a brilhar, fascinado com a neve que caía do céu sem nuvens. Apesar de a população de Fraziel odiar maioritariamente, o frio, a neve e tudo o que tivesse a ver com isso, Sirius adorava-a. Quando era pequeno, tinha ficado doente várias vezes por brincar na neve durante muito tempo.

Às vezes a mãe até brincava e dizia que ele tinha sido enviado pela rainha do gelo. Mas a rainha do gelo estava bem ali, pensou Sirius enquanto olhava para Elsa. Esta estava a abraçar a irmã por ter conseguido fazer o que queria sem pôr em risco a vida em ninguém.

– O evento vai acabar ao anoitecer. – anunciou Elsa, virando-se para a população, que já tinha começado a patinar e a atirar bolas de neve para todo o lado. Em Arandelle, nunca se vira neve antes de os poderes dela terem sido revelados – Divirtam-se.

No entanto, os príncipes limitavam-se a ficar no mesmo sítio, a olharem uns para os outros, sem saber o que fazer. Quanto a Sirius, também já tinha começado a esquiar com uma menina que lhe tinha pedido.

Do nada, enquanto a população se divertia, Anna tirou a coroa a Elsa e sorriu quando esta virou-se, chocada.

– O que é que estás a fazer, Anna? – perguntou Elsa, tentando tirar-lhe a coroa. Em vez disso, Anna rodopiou, tirou-lhe a capa roxa e libertou-lhe o cabelo até este estar numa trança – Anna!

– Vá lá, Elsa. É só por um dia. – disse Anna, colocando a capa e a coroa num armário perto da porta – Vamos fazer um boneco de neve!

Anna também tirou a capa dela, atirou-a para o chão, pegou nas mãos da irmã e puxou-a para fora.

– Por quanto tempo é que vais ficar com esse vestido? – perguntou Anna, vendo a irmã sorrir passados alguns segundos.

Elsa esticou os braços para o céu e fechou os olhos enquanto o vestido preto se transformava no vestido azul que ela adorava. Quando olhou para irmã outra vez, riu-se.

– Vamos construir um boneco de neve, Anna! – concordou Elsa, dando-lhe a mão.

Sirius, que não tinha tirado os olhos dela desde então, deslizou até chegar ao irmão.

– Terryor. – chamou Sirius, obtendo a atenção do irmão mais velho – Também posso tornar-me um pretendente?


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Notas finais do capítulo

Comentários?
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