Félix & Niko - Dias Inesquecíveis escrita por Paula Freitas


Capítulo 76
Uma Festa Poderosa - parte 2


Notas iniciais do capítulo

O que nosso amado casal terá aprontado? E o que irá aprontar?



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No dia anterior...

Ainda era madrugada. Niko e Félix conversavam no quarto. Félix havia acabado de lembrar que no dia seguinte seria o aniversário da sua mãe e queria fazer algo especial para ela. Niko, ao saber, também quis fazer algo especial já que Pilar o havia ajudado a ficar com Félix.

– Ah meu amor, o que seria legal para sua mãe? Eu não faço ideia de um presente que seria assim... Super especial para ela...

– Ai carneirinho, nem sei... A mami tem de tudo, não tem nada que eu saiba que ela queira muito mesmo...

– E se nós... Sei lá... Ao invés de darmos um presente fizéssemos algo especial para ela?! Tipo... Uma homenagem...

– Homenagem?! Como você vai fazer isso, criatura?! Vai no Faustão pedir pra fazerem um arquivo confidencial da mami poderosa?!

– Ah ah engraçadinho! Eu achei que talvez... Ah, uma coisa diferente... Que tal um jantar de aniversário?!

– Como que vamos fazer um jantar para a mami aqui em Angra, ela estando em São Paulo? Só se nós fossemos ou ela viesse...

– Aí está! Podia ser uma boa ideia, nós convidarmos ela para um jantar especial aqui! Que tal?

Félix pensou um pouco e respondeu: - Ou... Poderíamos fazer uma festa! Que tal?

– Uma festa?

– É! Já que faremos um jantar, por que não uma festinha logo! Não grande coisa, só entre nós, talvez a vovótrix queira vir, o Jonathan...

– É, pode ser...

– Por que jantar especial é meio íntimo né?! Eu mais que ninguém sei como são os seus jantares especiais que sempre acabam sendo meio afrodisíacos! E é aniversário dela, tem que ser uma coisa mais alegre, senão, se for um jantar, vai acabar virando uma noite romântica só para a mami e o Maciel! Aí não dá, né?!

– Não me diga que você tem ciúme de filho?

– Eu? Ciúme de filho? Imagina... Claro que não! Eu fui o primeiro a apoiar o relacionamento da mami com o Maciel!

– Ah, a Pilar me contou que você não foi assim tão receptivo de primeira...

– Você e a mami, viu... Vivem de fofoca! Pra o seu governo, eu aceitei rapidíssimo e eu sempre gostei do Maciel!

– Sim... Mas, você nunca imaginou que ele se tornaria seu padrasto né?!

– E como poderia imaginar, carneirinho?! Quando que eu ia pensar que a mami ia agarrar um homem tipo o Maciel, que ainda por cima tem quase minha idade?!

– Pois é... A sua mami é poderosa mesmo, porque o Maciel é todo...

– Todo o quê?! – Félix cruzou os braços e ficou encarando-o.

– Ah... Todo... Ah, você sabe! Vai dizer que nunca observou?!

– Hum... Carneirinho ousado! Observei sim, tá?! Várias vezes... Ele e o tapete persa, eu vivia observando os dois... E agora, olha só... Um com minha mami, outro com minha ex! É o apocalipse!

Niko chegou perto dele e enlaçou sua cintura.

– E você... Comigo! E você é bem melhor!

Félix sorriu, mas fez manha.

– Me solta! Não gostei do seu comentário sobre meu padrasto!

Niko deu uma risada. – Ai Félix! Foi só um comentário! Pior você que disse que ficava olhando pra ele e pra o mordomo! Mas, quer saber?! Aposto que eles não têm tudo isso que você tem!

Félix adorou o olhar malicioso de Niko.

– Não... Você acha? Tudo isso o quê exatamente, hein, carneirinho?!

– Tudo... Tudo isso! – Niko começou a acariciar seu peito, descendo para o abdômen. – Homens fortes, musculosos... Pra quê?! Você é lindo... Elegante... Charmoso... – Cheirou seu pescoço enquanto escorregava a mão cada vez mais embaixo. – Cheiroso... Gostoso... Sensual... É... Tudo isso...

– Carneirinho... – Chamou-o já perdendo o fôlego. – Essa sua mãozinha boba aí embaixo me deixa maluco, você sabe...

– Ah, eu sei... Quero provar que você é tudo isso que eu disse e mais... – Olhou para baixo. – E acho que já estou provando...

– Não... Mas, vai...

...

Horas depois, pela manhã, os dois se despediam. Niko ia para o restaurante com um propósito.

– Tchau, amor! Então fica combinado! Hoje eu fecho o restaurante mais cedo, logo após o jantar e você vai pra lá pra me ajudar a preparar tudo para a festa da sua mãe!

– Ok, carneirinho! A mami vai adorar, tenho certeza!

– Ah, mas lembra de ir com uma roupa mais leve, viu?! Está fazendo muito calor esses dias e nós temos que dar uma geral no restaurante...

– O que seria dar uma geral mais precisamente, hein Niko?

– Félix! Não lembra que eu te falei que queria mudar alguns móveis de lugar?! Não seria uma boa oportunidade já que vamos os dois pra lá essa noite?

– Não seria mais fácil chamar alguém que faça isso?!

– Ai amor, não seja preguiçoso! Nós dois fazemos isso! E eu quero sua opinião quanto à arrumação! Não seria legal se fizéssemos tudo agora antes do aniversário da Pilar?! A festa seria como uma reestreia do restaurante!

– Ai carneirinho... – Riu. – Você tem cada uma! Tá bom, eu vou fazer o que você quer!

– Obrigado, amor!

Os dois se beijaram e assim que Niko virou recebeu um tapa na bunda.

– Que é isso?!

Félix piscou, sorrindo e dizendo:

– É pela noite!

Niko sorriu e balançou a cabeça. Foi saindo quando Félix chamou:

– Ei! Me aguarde mais tarde!

Niko riu. – Espero que esteja bem disposto esta noite para me ajudar!

– Estarei... – Félix lhe mandou um beijo e Niko mandou outro e saiu. Assim que ele foi, Félix falou consigo: - Estarei muitíssimo bem disposto...

...

Era por volta das oito da noite quando Niko conseguiu fechar o restaurante. Logo ligou para o marido para avisar.

– Oi amor! Acabei de fechar... Sim, demorou mais do que pensei, mas hoje vieram mais clientes que na semana passada! Os meninos estão bem? Tá... Avisou a Adriana que nós vamos demorar um pouco por aqui? Ok... Você vem agora? Tá bom, tô te esperando... Beijo!

Niko foi para a cozinha e começou a planejar o que ia fazer para a festa de Pilar. Nem sabia ainda se a sogra iria aceitar viajar até lá para comemorar, mas já estava entusiasmado para fazer essa surpresa.

Ele estava abaixado, procurando alguns ingredientes nos armários quando sentiu duas mãos grandes em seus quadris. Levantou tão rápido que bateu a cabeça no canto na porta do armário.

– Ai! Félix!

Félix riu. – Se assustou, carneirinho?

– Ainda pergunta? Claro que me assustei! Como você entrou assim tão silencioso?!

– Eu sou silencioso! Só sou escandaloso em algumas ocasiões... – Dizia com um sorriso malicioso.

– Sei... Sei bem! – Niko sentou numa cadeira, massageando a cabeça. – Ai!

– Tá doendo, carneirinho?

– Tá! – Respondeu fazendo bico.

– Oh... Tadinho... Vai, me deixa dar uma massagem em você!

Félix puxou uma cadeira para trás dele e começou com um suave cafuné. Niko fechou os olhos e Félix perguntou:

– Está ficando melhor agora?

– Estou!

Vendo que o seu loirinho estava gostando da massagem, Félix desceu com as duas mãos para suas orelhas.

– Hum Félix, que delícia...

Félix sorriu gostando daquilo tanto quanto o que estava recebendo a massagem. Passou as mãos pelo seu pescoço, até seus ombros. Massageava-o suavemente e seu carneirinho gemia baixinho. O moreno ficou de pé e o fez inclinar-se um pouco enquanto passeava com as mãos grandes por suas costas largas. Endireitou-o na cadeira e ficou a sua frente. Niko permanecia com os olhos fechados, apenas recebendo aquela massagem. Massagem que foi se tornando voluptuosa à medida que Félix passou a massagear seu peitoral. Niko suspirou profundamente jogando a cabeça para trás, quando, de repente, sentiu Félix sentar-se em seu colo, de frente para ele.

Abriu os olhos, mas não teve tempo de dizer nada, pois Félix lhe roubou um beijo urgente. O moreno segurava seu rosto com as duas mãos e Niko não tinha escapatória senão se entregar àqueles beijos calorosos, àquelas carícias sensuais dos dedos de Félix em sua nuca. Quando pararam por um instante para respirar, Niko indagou:

– Félix, amor... Que fogo é esse?!

Félix, com um sorriso de pura malícia, respondeu:

– Você que é o cozinheiro! Quem acende o fogo é você!

Niko não resistiu ao que Félix voltou a beijá-lo e nenhum dos dois queria mais parar.

Logo os dois continuavam naquela cadeira, na mesma posição, mas agora as peças de roupa estavam espalhadas pelo chão da cozinha.

...

Após aquele momento na cozinha do restaurante, eles recuperavam o fôlego. Félix permanecia sentado no colo de Niko, de frente para ele, com a cabeça recostada em seu ombro. Niko o abraçava forte puxando-o para si. Ambos ainda tremiam com o calor dos corpos e as gotas de suor que escorriam por suas peles. Seus cabelos estavam desgrenhados e as costas de Félix arranhadas. Já Niko tinha no pescoço as marcas daquele momento de paixão desenfreada.

Já com a respiração voltando ao normal, Félix levantou o rosto para olhá-lo. O loiro fez o mesmo. Nenhum dos dois falou nada, apenas deram um longo beijo para logo depois descolarem os corpos. Félix, ainda com as pernas meio bambas, virou e sentou de novo no colo do seu carneirinho.

– Ah Niko... – O moreno pegou sua mão para beijá-la. – Meu carneirinho... – Suspirou sorrindo. – Foi muito bom...

Niko lhe deu alguns beijos nas costas. – Muito bom... Ótimo! – E sorriu. – Ainda não acredito no que fizemos aqui!

– Pode acreditar... Nós fizemos... E como...

Niko riu. – Félix... Você que provocou...

– Adoro provocar o instinto selvagem do meu carneirinho!

Niko pareceu tímido abraçando Félix e encostando a cabeça em suas costas e essa sua pureza que demonstrava nas horas em que menos se esperava era uma das qualidades do loiro que deixava Félix cada vez mais loucamente apaixonado.

– Que lindo que você é!

– Meu amor... Obrigado! Lindo é você! Agora levanta por que isso aqui tá uma bagunça! Acabamos não fazendo nada...

– Nada?! Você acha que não fizemos nada?! Quer mais? – Félix deu uns pulinhos em seu colo e o loiro deu uma gargalhada.

– Para! Seu bobo! Não tô falando disso... Eu disse que não fizemos nada do que íamos fazer, lembra?

– Verdade... Ah carneirinho, é que quando você disse que me queria bem disposto eu pensei em outra coisa...

– Agora sei no que você pensou, seu safado! Agora levanta né?! Vamos que temos mais o que fazer... – Niko deu-lhe uns tapinhas de leve para que ele levantasse, mas Félix exclamou:

– Se você continuar fazendo isso, juro que eu não levanto! Tô adorando...

– Sai... – Falou rindo.

Levantaram e começaram a recolher as roupas no chão e a se vestir. Enquanto se vestiam, Niko observou as roupas que Félix havia ido.

– Olha, nem tinha notado que você veio com uma camiseta minha e de bermudão...

– Fico estranho assim né?! Eu não gosto, mas você disse pra vir com roupas leves para arrumarmos os móveis, eu pensei: se vou ter que suar tem que ser assim! Uma das coisas que a Márcia me ensinou foi a vestir a roupa certa pra trabalhar sem morrer de calor!

Niko se aproximou com um sorrisinho. – Você fica bem assim... Fica bem com qualquer roupa na verdade... Até se no lugar dessa bermuda tivesse posto um shortinho apertadinho...

Félix riu alto. – Ah, carneirinho! Aposto que naquela época você adorou me ver com aquela roupinha apertada no meio da rua né?!

– Bom... Tenho que confessar que gostei do que vi! Só não gostei de saber que você me escondia aquilo e da parte de ter sido no meio da rua... Por que se não fosse...

– Se não fosse o quê? Você teria me agarrado?

– Se estivéssemos a sós, você ia ver... Você não escaparia de mim!

– Ah... Ousado! E você ia ver com quantas salsichas se faz um hot-dog!

Os dois riram até que o loiro se deu conta de algo.

– Ai Félix... Eu disse pra você vir com roupa mais leve e me esqueci de te pedir pra trazer outra roupa pra mim! Não quero sujar essa...

– Ai ai Niko... Vamos fazer assim, veste só a calça que já está no chão mesmo, e fica sem a camisa...

– Não gosto de ficar sem camisa! Faz assim, me dá essa camiseta que é minha mesmo, e aí você fica só de bermuda!

– É o apocalipse! Só por que a roupa é sua... Quer o quê? Que eu te ajude pelado?!

– Hum... Até que não seria má ideia...

– Carneirinho! Criatura, não cansou não foi?!

O loiro riu. – Vai Félix, não enrola! Me dá logo essa camiseta!

Félix tirou a camiseta e ficou só de bermuda. Niko vestiu a camiseta e quando ia pegar a calça do chão, esta estava presa na porta do armário que ficara aberta e quando ele puxou de uma só vez, rasgou um pouco na perna.

– Ah não! Não acredito!

– Ih carneirinho... Faz assim, fica de camiseta e cueca! – Falou com um sorriso cínico.

– Ah ah... Não! Vou vestir assim mesmo, já que rasgou, e já está suja, não tem problema...

Depois de vestidos – ou quase – Félix se olhou e comentou:

– Agora nem estamos parecendo os donos daqui, parece que viemos roubar!

– Não fala besteira e vamos ver por onde começamos...

Enquanto arrumavam alguns móveis, conversavam.

– Então, carneirinho... Afinal... O que você estava pensando em fazer para a mami antes de eu chegar hein?!

– Sabe, eu... Eu, na verdade, estava procurando o que fazer... Estava vendo o que tem por aqui, mas não tem muita coisa além de ingredientes da culinária japonesa!

– É... – Félix ajeitou a sobrancelha. – A não ser que você saiba fazer um bolo de aniversário de sushi, não sei o que vamos fazer!

– Eu ainda voto na ideia do jantar especial! É mais rápido e eu posso fazer tudo amanhã mesmo, além do bolo!

– Sejamos práticos, carneirinho! Podemos comprar um bolo pronto!

– Ah não, Félix! Eu quero fazer isso pra a minha sogrinha!

– Oh que coisa... Nunca vi genro tão fofo com a sogra! Aliás, você é fofo com tudo né?! – Félix apertou suas bochechas e o loiro sorriu.

– Você também é fofo, embora não demonstre tanto... – Lhe deu um selinho. – Vamos planejar como vamos arrumar o restaurante para a festa?

– Vamos...

Os dois saíram da cozinha e foram para o salão principal.

– Olha Félix, poderíamos colocar essas duas mesas menores do lado de fora amanhã! O que você acha? Será que passam pela porta?

– Se entraram devem sair, né carneirinho?! Por falar em porta...

– O que foi?

Félix deu um sorrisinho. – Acredita que agora eu lembrei que não tranquei a porta quando entrei?!

– Félix! Não é possível! E se alguém entrasse?

– Ai carneirinho, quem ia entrar no restaurante a essa hora da noite, com tudo escuro? Só um ladrão...

– Um ladrão ou qualquer um... Poderiam ter nos visto!

– Pois o ladrãozinho teria um show e tanto, hein?!

Niko não gostou da sua gracinha e ficou encarando-o sério batendo o pé no chão.

– Ai tá bom... Vou pegar as chaves e trancar enquanto a gente arruma! – O moreno foi pegar as chaves na cozinha enquanto Niko ia para a porta.

– Ai ai, esse Félix... – Ao tentar abrir a porta, o loiro notou que ela estava emperrada. Então, lembrou: - Ah não, me esqueci de contar a ele que essa porta está com esse defeito, já faz dias que está emperrando assim! – Ele puxou até que conseguiu abri-la. Foi para o lado de fora, deixando a porta aberta. Ele via como ia colocar as mesas quando Félix foi para lá.

– Carneirinho! Eu não achei a chave! Está com a reserva aqui?

– Não, eu deixei em casa! Você perdeu a sua?

– Não... Não perdi... Eu achei que tivesse... Ah! Já sei! Deve ter caído do meu bolso quando eu tirei a bermuda, deixa eu ir procurar...

– Eu vou com você... – Porem, quando Niko virou viu que a porta estava fechada.

– Félix... – O loiro tentou abrir, mas não conseguiu. – Félix, você fechou essa porta?

– Puxei quando passei, o vento deve ter fechado! – Ele viu que o loiro não conseguia abrir. – Por que esse desespero todo?

– Félix! Essa porta está emperrada! Não quer abrir!

– Quê?! – O moreno foi tentar abrir, mas não conseguiu.

– Já faz uns dias que está assim, eu estou a deixando aberta o dia inteiro durante o expediente...

– E só agora você me avisa, criatura?!

– Eu esqueci...

– Ai... Pelas contas do rosário, carneirinho! E agora?!

– Não sei... Empurra com mais força!

– Não, não dá! E se puxarmos e empurrarmos ao mesmo tempo, várias vezes?! Talvez ela abra!

– Eu te ajudo...

Os dois começaram a forçar a porta para fora e para dentro até que pararam quando algo saiu em suas mãos. Eles se olharam.

– A maçaneta! – Exclamaram juntos.

– É o apocalipse! Por que você não me disse que essa porta estava caindo aos pedaços?!

– Não é pra tanto... Acho que ela quebrou um dia que bateu com força por causa do vento! Ai Félix, tem que ter um jeito de entrarmos!

– Tem! Arrombar a porta! É o jeito!

Félix deu uns chutes mais leves na porta, mas não deu certo. Então, Niko pediu para tentar.

– Vai carneirinho, dá um daqueles seus golpes de caratê, vai que dá certo!

Quando Niko estava se preparando para chutar a porta, uma viatura que passava pelo local parou lá de frente. No mesmo momento, ele chutou a porta e ela finalmente abriu. Os policiais, então, desceram.

– Ei! O que está havendo aqui?

Ao vê-los, Félix logo levou uma mão ao rosto como se já previsse o que ia acontecer. – Ah não... É mesmo o apocalipse!

Já Niko foi explicar.

– Não é nada, policial! Nós somos os donos do restaurante e só queríamos abrir a porta que se trancou com a gente do lado de fora!

Um policial olhou para o outro.

– Hã! Vocês são os donos?!

– Sim, somos!

– E não têm a chave?! Precisava arrombar a porta?!

– É que nós perdemos a chave e a porta está com defeito e acabou se trancando...

– Sei... E queriam entrar pra quê?

– Pra procurar a chave que deve estar lá dentro e...

– Ah tá! Vocês são os donos, a chave está lá dentro e vocês aqui fora querendo entrar?! Tá bom, já vi muitas desculpas, mas nenhuma como essa...

– Espera aí! É sério... Félix diz alguma coisa!

Félix respirou fundo e virou para os policiais.

– Ok! É... Olhem, eu sei que não parece, mas nós somos sim os donos deste estabelecimento e...

– E o que faziam aqui uma hora dessas? – Perguntou o outro policial e os dois se olharam.

– É... Bom... Nós estávamos arrumando algumas coisas lá dentro...

– Mas estão aqui fora! Por quê?

– Eu vou explicar! – Félix começou. – Nós saímos... Quer dizer, ele saiu primeiro e eu entrei de novo para pegar a chave, porém não a encontrei e vim aqui para fora, mas eu não sabia que a porta estava assim emperrando então fechei e agora só tentávamos entrar de novo...

Os policiais se olharam de novo bem incrédulos. Félix começou a perder a paciência.

– Olhem aqui, eu sou Félix Khoury, este é Nicolas Corona, nós somos os donos deste restaurante! Não se deixem levar pelas aparências, não estávamos tentando roubar nada se é isso que estão pensando!

– Vocês não têm cara de quem iam roubar, mas é o que parece! – Disse um dos policiais. – Até não provarem quem são... Vocês vão ter que nos acompanhar!

...


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Notas finais do capítulo

Continua...



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