Ooops! Bebê a Bordo! escrita por AllieC


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

N/A: Aproveitem o capítulo. Boa leitura.


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BELLA POV

Burra! Burra! Burra! A minha parte irracional gritava. Ele ia beijá-la e você estragou tudo!

Você fez bem. A parte racional falava. Você não teria conseguido se conter se ele a tivesse beijado. Além do mais, você não tem o direito de impor um filho na vida dele.

Fora apenas por causa da menção do meu filho que eu dera para trás naquela hora na varanda, porque eu estava a ponto de morrer com a expectativa de sentir seus lábios sob os meus novamente, mas eu tinha certeza que sonharia com esse momento por um bom tempo.

Estávamos sentados no sofá da sala, agora já sem as pilhas de roupas de Edward. O filme já estava pela metade e eu não havia conseguido assistir nem cinco minutos devido ao meu nervosismo. A minha vontade era de sair correndo em direção a minha casa, mas meu vizinho obviamente perceberia que algo estava errado se eu fizesse isso.

Está distraída... Não está gostando do filme? Edward perguntara.

Não, na verdade o filme está muito bom, muito interessante. a verdade era que, a essa altura, eu já nem lembrava o nome do filme, só conseguia pensar em Edward sentado ao meu lado e no beijo de mais cedo.

Ao perceber que o homem ao meu lado não tirava os olhos dos meus lábios, tremi.

Calma... Nós temos todo o tempo do mundo ele murmurara, o corpo próximo do meu, suas mãos em meus ombros.

Nós temos todo o tempo do mundo.

Nós temos todo o tempo do mundo.

Nós temos todo o tempo do mundo.

Nós temos todo o tempo do mundo para que, Santo Deus? Deveria ser crime deixar uma mulher grávida no estado em que eu me encontrava...

Tempo? Tempo para que? perguntei ofegante.

Para assistir ao filme. Não está prestando atenção a conversa? a voz máscula e levemente enrouquecida de Edward penetrou em meu cérebro, embaralhando meus pensamentos.

Não, não estou. Não com ele sentado ao meu lado, os braços despreocupadamente postos sobre os meus ombros e as coxas fortes e másculas coladas as minhas. Nenhum ser humano conseguiria prestar atenção a conversa em uma situação como a minha.

Pelo visto isso vai levar um longo tempo... ele murmurara.

A conversa?

Ele sacudira a cabeça, sorrindo.

Não... o filme, Isabella. Onde você anda com a cabeça?

Desculpe, estou um pouco... distraída.

Percebi isso, mas assista o filme a partir de agora com um pouco mais de tato. No final, tudo é muito rápido, o clímax chega logo e se você não estiver prestando a devida atenção, pode ser que não perceba o mesmo chegando, mas o resto não tem pressa. senti suas mãos sobre meus ombros, apertando-os.

A sua tentativa de me fazer relaxar teve o efeito oposto, deixando meu corpo em faíscas. Aquela conversa sobre clímax, tempo e mais o toque daquelas mãos era demais. Seria tudo que eu queria, se fossem outras circunstâncias...

Minhas mãos moveram-se, pousando sobre o tórax musculoso. Disfarçadamente, alisei as rugas que haviam se formado em sua camiseta. Eu tinha a chance de acariciá-lo, não perderia tal oportunidade!

Mas isso é bom sabia? O que era bom? Acariciá-lo? Indaguei-o com o olhar. Não ter pressa, quero dizer.

A conversa estava começando a me deixar confusa... Ainda estávamos falando sobre o filme?

Ele sorrira, o rosto encantador como sempre. Um sorriso torturante, esqueci-me completamente do mundo ao meu redor. Eu só via o Edward, seu sorriso, seu corpo próximo do meu, sua respiração descompassada. Meu coração já estava batendo enlouquecidamente.

Hum, não ter pressa... ele murmurara, deslizando os dedos pela fileira de botões de minha blusa, como se considerasse a idéia de abri-los.

Quer dizer, em uma conversa?

Eu acho que é bom ter calma em todas as ocasiões. E você, Isabella, em que situações prefere ir com calma?

Engoli em seco ou eu estava delirando? Imaginando obscenidades em todas as frases de Edward ou a conversa estava indo para um outro tipo de assunto?

Em um filme? ele perguntara.

Antes que eu pudesse responder, percebi que os primeiros botões de minha blusa já haviam sido abertos, devido aos dedos ágeis de Edward. Céus... Aquela brincadeira estava indo longe demais.

Hum. Não vai falar? Pelo visto terei que adivinhar... seus dedos, que antes estavam brincando com uma mecha de meu cabelo, passaram a percorrer a linha de meu pescoço, passando pelos meus seios, chegando até os últimos botões que ainda estavam fechados em minha blusa, abrindo-os. Senti meu corpo se arrepiar com o contato de seus dedos em minha pele. Não gosta de fazer nada com pressa?

Já dizia o ditado “Quem brinca com fogo acaba se queimando”.

Resolvi me arriscar um pouco mais.

Não. Aprecio essa qualidade em um homem. sussurrei, enquanto sentia sua mão se movimentado pelo meu corpo, chegando ao meu quadril, uma tortura sem fim.

Hum. Eu imaginei...

Pare de falar e me beije, ordenei em pensamento, mas ao invés disso, Edward erguera a cabeça e passara a me fitar. Por um breve momento, pensei que ele fosse mudar de idéia. Seus lindos olhos verdes sustentaram os meus por algum tempo, estudando-me de um modo como nunca fizeram antes.

Como um... amante.

Quer um homem que não tenha pressa? ele respirou fundo, aproximando o corpo ainda mais de mim

Umedeci os lábios, pensando no que responderia.

Isabella umedeceu os lábios e inalou uma porção de ar para tomar coragem.

Eu... Quero você, pensei. Mas aparentemente, a atmosfera de Forks não era nostálgica ou magia o suficiente para me fazer pronunciar o restante da frase.

Sim... é o que eu quero sussurrei, tremendo tanto que minhas palavras eram míseros sussurros.

Instantes depois senti os lábios de Edward descendo sob os meus, esmagando meus lábios com um sedento beijo, era intenso e devastador. Fez com que eu me sentisse completa, afastando todos os meus medos epreocupações.

Minha blusa já havia sido jogada no chão e o corpo de Edward já estava sob o meu, me pressionando contra o estofado do sofá. Felizmente, a minha barriga de quase quatro meses de gestação estava apenas começando a aparecer e não atrapalhava em absolutamente nada os nossos movimentos.

As mãos fortes de Edward passeavam pelo meu corpo, explorando as partes que estavam livres do contato do tecido. Enquanto isso, eu me via insana, fazendo o possível para aproveitar aquele momento o quanto eu pudesse. Passava minhas mãos sobre suas costas, enquanto erguia-lhe a camisa, arranhando-lhe a pele macia.

Eu já não racionalizava, eu simplesmente respondia aos estímulos que recebia e colocava para fora todos os sentimentos que eu havia reprimido por tanto tempo. Edward eu te amo, eu queria gritar, mas uma parte de mim ainda sabia que esse tipo de reação deveria ser guardada para mim mesma.

Após ter conseguido tirar a camisa dos braços de Edward, ergui meus braços, enlaçando-o pelo pescoço, aproximando seu corpo mais ainda do meu. O contato total entre nós era impedido por apenas algumas camadas de tecido. Eu já não conseguia ouvir os sons provenientes do filme, que continuava a passar na televisão. Tudo que era possível ser ouvido naquele cômodo era o som de nossas respirações entrecortadas.

Com a respiração ofegante, Edward envolveu-me pela cintura.

Isabella, Isabella. Você está me matando, mas é uma maneira maravilhosa de morrer! disse sorrindo

Sorri, mal acreditando que aquilo realmente estava acontecendo. Senti-me desfalecer quando senti que ele acariciava os meus seios por cima do fino tecido do sutiã.

Eles são... ele começara a falar. Coloquei um de meus dedos sobre seus lábios, silenciando-o.

Não são objeto de discussão. Isso é tudo que pode fazer quando está comigo? Conversar? provoquei-o.

Ele negara com um movimento da cabeça. Seus olhos adquiriram um intenso brilho, como se ele estive decido a me provar o contrário. Removi meus dedos de seus lábios. Ele, porém, manteve suas mãos em meus seios. Com os polegares, passou a acariciar o bico de meus seios, até que os meus já estivessem proeminentes sob o fino tecido do sutiã.

Eles... parecem pedacinhos do céu envoltos em seda Edward continuou

Prendi a respiração. Como pude tentar impedi-lo de dizer algo tão bonito?

Eu deveria ter me lembrado da noite que passamos juntos, quase quatro meses atrás. Mesmo sob o efeito da bebida, Edward ainda era um cavalheiro. Sempre tão carinhoso e poético...

Ele aproximara seus lábios dos meus, beijando-me, enquanto me encarava com intensidade. Senti meu corpo estremecer, fechei meus olhos e apertei-me ainda mais de encontro ao seu peito.

Confie em mim. Podemos ir tão devagar quanto você desejar ele dissera, com a voz abafada

Carente de afeto e ávida de amor, ofeguei enquanto olhava-o nos olhos e trazia sua boca mais perto da minha novamente. Tornamo-nos mais ávidos e desinibidos à medida que o tempo passava. As costuras do sofá já começavam a reclamar, mas tanto eu quanto Edward estávamos ocupados demais para realmente dar atenção a esse fato.

Ah, Edward, eu já esperei demais. Não me faça esperar para sempre.

Suas mãos moveram-se possessivamente sobre a minha cintura. Ele me apertava cada vez mais forte, como se estivesse me marcando como sua. Seus lábios passaram a se mover pelo meu corpo, descendo pelo meu pescoço, para logo mover suas mãos novamente para os meus seios. Mordi o lábio inferior, em expectativa.

Lindos. Edward murmurou.

Obrigada, são ambos naturais fiz graça.

Quanto tempo levaria até que ele percebesse que, passada essa barreira, não haveria como sermos somente amigos outra vez? Isso já havia acontecido uma vez, mas sob o efeito da bebida, Edward não recordava de nada. Dessa vez seria diferente. Viraríamos um casal ou nossa amizade seria arruinada para sempre?

Decidi que pensaria nisso mais tarde, pela manhã talvez. Eu queria essa entrega de Edward demais para botar tudo a perder neste momento.

Não me refiro apenas a eles, Bella. Você é linda. seus olhos percorriam toda a extensão do meu corpo, o olhar transmitindo paixão. Você é toda linda, por dentro e por fora acariciou-me a face e eu estremeci.

Oh, Deus!, pensei. Se não estivesse deitada sobre o sofá, certamente teria caído.

Deve ser o efeito da gravidez, dizem que as mulheres grávidas ficam radiantes e... ­ murmurei.

Shhhhiii... Não é nada disso, creia em mim. Você é linda, Bella.

Ele fora verdadeiro em suas palavras. Edward era diferente quando era sincero sobre algum assunto. O timbre de sua voz mudava, seus gestos tornavam-se mais suaves e o brilho inegável em seus olhos tirava qualquer dúvida de minha mente.

Apenas você. Fui um idiota por não perceber isso antes. sussurrara.

Sim! Sim! Sim! Fora um idiota. Durante anos eu havia desejado que ele me notasse. Que ele realmente me visse como mulher, não apenas como ombro amigo, mal podia acreditar que isso realmente estava acontecendo. Talvez se eu tivesse tomado a iniciativa antes... mas, nada disso importava mais... o meu sonho finalmente havia se tornado real.

Eu já não me importava mais se a situação ficaria estranha entre nós pela manhã. Tudo o que importava era aquele instante. Eu te amo..., pensei.

De repente, toda a magia do momento pareceu ter ido embora. Edward franzira o cenho e o sorriso desapareceu-lhe dos lábios ao mesmo tempo seu corpo tornou-se rijo. Algo estava errado. Que diabos eu fiz de errado?

Com a expressão cada vez mais fechada, observei-o guiar seus dedos novamente até o meu sutiã, tocando as bordas do mesmo com a ponta dos dedos.

Eu já não vi isso antes? perguntou, apontando para o meu peito

Foi então que eu percebi. Era o mesmo sutiã que eu havia usado na noite em que havíamos passado juntos.

Onde eu teria visto seu sutiã? ele ficava se perguntando.

E mais uma vez, naquela noite, eu me xinguei mentalmente. Burra! Burra! Burra!  Eu tinha tantos sutiãs em casa... Por que diabos eu havia escolhido justo aquela peça? Peça que, a propósito, era inconfundível. Era branco com diversos apliques cheios de purpurina. Ninguém jamais usaria uma peça como aquela, somente eu.

Burra! Burra! Burra!

Por que é que eu não podia ser um pouco mais normal como o restante das mulheres e usar roupas íntimas mais discretas?

Burra!

Burra!

Burra!

Rezei para que aquele detalhe não desencadeasse uma torrente de outras recordações, fazendo-o lembrar-se de tudo que acontecera entre nós dois. Apelei para o humor numa tentativa desesperada de tirar o foco do meu sutiã.

Eu não sei, talvez em seus sonhos? disse, enquanto tateava o chão em busca de minha blusa. A essa altura, Edward já estava de pé, ao lado do sofá, me observando. Me encarava com um olhar de suspeita, certamente não havia acreditado em minha história.

Em contra-partida, não dera nenhum sinal de que havia recordado de algo mais. Meu segredo ainda estava a salvo. Eu queimaria aquela maldita peça de lingerie assim que chegasse em casa.

Continuei olhando para Edward e senti-me fraquejar. Eu não conseguiria permanecer naquele ambiente por muito mais tempo sem desmoronar, eu acabaria contando que toda a minha história com Jacob era uma mentira e a última coisa que eu queria era arruinar a vida de Edward.

Jacob! Ele era a minha saída para toda aquela situação.

Oh, Edward, como isso foi acontecer entre nós? Eu sinto muito. Meus hormônios andam insanos nesses últimos dias, coisas da gravidez. Desculpe-me por tê-lo beijado desse jeito. Nós somos bons amigos e eu detestaria ver tudo isso arruinado por causa de um descontrole. disse, enquanto colocava rapidamente minha blusa no lugar e caminhava em direção a porta.

Bella, espere... Nós precisamos conversar e...

Está tarde e eu preciso descansar e... por favor tente esquecer o que aconteceu esta noite. Isso não é justo com Jacob, o homem que eu amo de verdade.

Dito isso, abri a porta e saí correndo cortando caminho pelo jardim. Eu apenas corri, em nenhum momento olhei para trás. Ao chegar em casa, entrei e fechei a porta de supetão. Não tive forças para correr até o meu quarto ou até o sofá, simplesmente me joguei contra a parede e coloquei para fora, em formato de lágrimas, todos os que eu havia guardado para mim nos últimos meses.

(Continua...)

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Notas finais do capítulo

N/A: Prevejo muitos reviews xingando a Bella depois dessa... Haha mas verdade seja dita, ela foi mesmo burra de ter fugido do Edward.
Assim que der, vocês ganham um novo capítulo ;)
Beijinhos