Half-Blood Love escrita por BlindBandit


Capítulo 12
Eu Encontro Minha Professora de Iniciação em Algebra




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A paisagem corria pela janela do trem o sol estava alto no ceu. Annabeth estava ao meu lado, ela descansava a cabeça em meu ombro. Daniele e Lucas estavam no banco de frente para o nosso, eles discutiam algo sobre quem veio primeiro. Eu olhava por fora da janela, meus olhos pesaram, e eu adormeci.

Eu estava em um lugar escuro, frio e completamente sem vida. Eu sentia frio. Estava gelado até os ossos. O ar tinha um cheiro enjoativo de eucalipto. Algo me disse que eu estava em alguma parte sobre-humana da Califórnia. Meu coração batia mais rápido, eu engoli seco. Eu tinha vontade de sair correndo dali, mas eu não via para onde, e algo me manteve no lugar.

Um som conhecido, um balbuciar de bebe.

De repente, no centro da escuridão, um berço se ergueu da terra. Feito de folhas e ramos. Eu me aproximei, e dentro dele, Sam estava com seu mordedor na boca, rindo. Ela tinha um corte no lugar de sua covinha, isso fez meu sangue ferver.

Um vento frio tomou conta do lugar, dez graus caíram em segundos. Sam parou de rir, seus olhinhos verdes se arregalaram de puro medo. Ela tremeu o lábio.

– Não chore criança – disse uma voz na escuridão. A voz tinha um som áspero, como um eco, grosso e poderoso. – Se você o fizer, vou ter que fazer outra cicatriz em você.

Eu olhei em volta, procurando o dono da voz, mas não havia ninguém ali. Ninguém a vista.

Uma mão negra do tamanho do berço surgiu, ela parecia se agarrar a escuridão que rodeava o lugar. Ela tinha uma faca entre os dedos, e se aproximava de Samanta. Ela começou a chorar, meu coração se apertou. Antes que eu pudesse ( tentar ) fazer alguma coisa, um lampejo de luz apareceu.

– Aaah – disse a voz – Maldita criatura.

A luz ganhou forma. Um potro, da altura do berço, apareceu. O animal era totalmente branco, e tinha olhos azuis cor do mar, cheios de inteligência. E asas. O cavalo tinha asas, grandes e brancas.

Tsunami.

Ela bateu com os cascos no chão, irritada.

– Você não vai conseguir me repelir por muito tempo – disse a voz. - eu ficarei forte como nunca no solstício. Até lá, todas as crianças da noite devem cuidar para que os filhos do relâmpago fiquem afastados, que morram no meio do caminho. O filho de Poseidon e a Filha de Atena. Eles já viveram demais e realizaram atos de bravura demais. Já está na hora de morrerem. Mas morreram aqui, onde a escuridão possa se absorver de seu sangue.

O sonho se tornou embaçado, e ultima coisa que vi foi Tsunami relinchando contra a escuridão, e se pondo na frente do berço de videiras. De duas coisas eu sabia. Tsunami era a única coisa que mantinha Samanta viva e ilesa. E os gêmeos corriam perigo.

Eu acordei com um sobressalto, Annabeth me olhava preocupada. Daniele lia uma revista e Lucas estava em seu videogame.

“ tive um sonho importante” – eu disse com os lábios sem som.

Annabeth levantou as sobrancelhas e balançou a cabeça, como se dissesse “ nós não vamos contar nada aos gêmeos, não quero assusta-los”

“ Annabeth, pelo amor dos Deuses! Com doze anos, nós estávamos lutando em uma guerra. Essa missão é deles também, eles tem que saber. “ – eu disse sem som

Ela assentiu, concordando relutante.

– Daniele, Lucas- eu disse. – Precisamos conversar.

Quando eu terminei de contar, pude sentir aquele sopro gelado outra vez. Annabeth parecia estar a milhão, sua mente pensava em inúmeras possibilidades de quem poderia ser nosso vilão. Daniele tinha os olhos arregalados, e segurava o punho de sua faca com força, o nó de seus dedos estavam brancos, lucas não parecia menos nervoso do que ela.

– Vocês sabem alguma coisa sobre isso? – eu perguntei.

Eles se entreolhavam, cheios de terror. Pela primeira vez, eles pareciam crianças assustadas. Eu sabia como eles se sentiam, e senti um enorme impulso de ajuda-los.

– Vocês podem confiar em nós – Annabeth disse- Estamos todos no mesmo barco, acredite.

– Quando éramos pequenos – Lucas começou, mas Daniele tapou os ouvidos.

– Lucas, não, fique quieto. Prometemos nunca mais falar disso.

– Daniele – Annabeth disse, pegando a mão dela. – Todos nós temos historias difíceis aqui. Eu fugi de casa com sete anos, e passei anos vivendo nas ruas, com dois outros semi-deuses. Estamos aqui para ajudar.

Daniele pareceu ganhar coragem confiança. Ela assentiu para Lucas, e ele continuou a historia.

– Quando éramos pequenos – ele disse. – Talvez seis anos, bem, nossa mãe nunca passou muito tempo conosco. Ela não era o tipo de pessoa que se pode chamar de afetiva. Ela sempre nos culpou por nosso pai ter nos abandonado.

– Ela nos deixava em casa e ia viajar, ou trabalhava até tarde – Daniele continuou. – E uma mulher ficava conosco. Ela era boa, eu posso jurar que seus olhos eram como lareiras aconchegantes. Mamãe sempre negava quando citávamos ela. Ela dizia que nunca gastaria dinheiro para que alguém olhasse dois monstrinhos, mas a mulher sempre voltava a aparecer.

– Héstia... – eu disse.

– O que? – Luca perguntou.

– Nada, eu explico depois, continue.

– Bom, Algumas das vezes, tudo ia bem, mas em outras, quando o homem de terno preto aparecia, bem, as coisas iam mal. Ela e a moça discutiam, eu lembro de sentir frio, e medo. Ele dizia coisas a ela, a respeito de nós...

– Ele dizia :

“Mate-as agora! Antes que elas se tornem perigosas. O futuro deles é repleto de turbulências, mas se sobreviverem, terão grande participação no futuro da humanidade. Tanto pro bem, quanto pro mal. Resolva o problema agora.

“ Nunca “- ela respondia “ eles estão sob minha benção. Meu irmão pediu para que os cuidasse. E além do mais, o que você entende de bem? Um ser que é feito de escuridão”

“ Cuidado Olimpiana. Você é nova, só viveu em sua era. Sou muito mais antigo que isso, eu sei o que é melhor. “

“ eu também sei o que é melhor. É melhor você sair daqui, antes que eu queime esse seu traseiro de escuridão. “

E então ele ria, ria alto. Ai ele se voltou para nós e disse.

“ eu esperarei por vocês, filhos do relâmpago. “

Quando Daniele terminou de dar ser relato, ela de desmanchou em lágrimas. Lucas a abraçou, reconfortando-a.

Eu e Annabeth tivemos uma conversa silenciosa, daquelas que se conversa por olhares. A situação era mais amedrontadora do que eu imaginada, e pensar que Sam....

– Quem é Hestia? – Daniele perguntou limpando as lágrimas.

Eu expliquei tudo sobre Héstia, e como ela devia ter cuidado deles na infância.

– Quer dizer que nossa baba era uma Deusa? – Lucas arregalou os olhos.

– É muito comum, na verdade. – Annabeth disse.

– Você ainda se surpreende Lucas? – Daniele revirou os olhos. – Depois de quase um ano naquele acampamento, alguma coisa ainda te surpreende?

– Bom, sim – ele disse.

Uma das atendes passou, e pediu para anotar nossos pedidos. Tinha algo na sua voz que me era muito familiar. Ela usava um uniforme vermelho e branco, os cabelos loiro apagados presos, mas os olhos, aqueles olhos não me enganavam.

– Não vamos querer nada – eu disse.

– Muito bem, Perceu, eu volto mais tarde. – ela se virou.

Annabeth me encarou.

– Ela te chamou de ....

– Precisamos sair daqui – eu disse.

– Porque? – Lucas perguntou.

Nesse momento, o trem feriou. Uma voz falou no auto- falante.

“ Senhores passageiros, desculpem pela parada, temos alguns semideuses para liquidar.... é, quero dizer, coisas para consertar.

– Estamos ferrados? – Daniele perguntou.

– Muito – eu respondi.

Todos saíram do trem, para esperar a manutenção, quando chegou nossa vez, fomos impedidos.

Da porta, saíram três atendentes, eras eram muito parecidas, as mesmas roupas, os mesmos cabelos, e os olhos olhos demoníacos.

– Vocês não devia estar dando aula Senhora Dodds? – eu perguntei tocando a caneta no meu bolso.

– Ah querido – Alecto disse repulsiva. –ainda insolente, que tal um castigo?

– Porque estão aqui? Vocês trabalham para Hades... – disse Annabeth.

– Ah, nas horas vagas, estamos a disposição de outra divindade, mais antiga, mais poderosa, nossa matrona. E ela quer que matemos vocês. Claro, Hades não se opõe a isso também.

Eu saquei contra corrente, Annabeth pegou sua faca, os gêmeos nos imitaram, pegando as armas. As atendentes de transformaram, ganhando um corpo escamoso, asas e chifres.

– Fúrias – Lucas sussurrou.

– Nada amigáveis – eu disse.

– Eu vou reprovar você, Percy Jackson – disse Alecto, e ela investiu contra mim.

Eu me abaixei, ela passou reto, sua irmã, Megera, investiu contra Daniele, ela acertou o braço da fúria com a espada, e uma areia escorreu, ela grunhiu e se distanciou. Annabeth foi ajudar Daniele, Lucas travava sua batalha com Tisífone, o ceu la fora começava a ficar negro.

Tudo aconteceu em uma fração de segundos. Megera arranhou a coxa de Daniele, ela deu um grito, e eu vi o sangue sair. Lucas viu o que a fúria fez com sua irmã, e seus olhos se encheram de ódio, um raio, isso mesmo, um raio, - entrou pela janela do trem, e acertou a fúria, que se transformou em cinzas.

– Nunca, machuque minha irmãzinha – ele rosnou.

Enquanto as outras fúrias estavam surpresas, eu e Annabeth trocamos olhares e entramos em ação, ela enfiou a faca na barriga da fúria, e eu cortei Senhorita Dodds no meio com contracorrente.

– Parece que não vai poder me reprovar - eu disse para o monte de poeira que já sumia no vento.

– Está sentindo um cheiro de.. fumaça? – Annabeth perguntou.

– Vamos sair daqui! – eu gritei – isso aqui vai explodir.

Lucas tentava carregar Daniele, que andava com dificuldade.

– Pode deixar comigo – eu disse pegando a menina nos braços, ela não pesava nada. Lucas assentiu e correu.

Foi o tempo certo de nos afastarmos do trem antes que ele rompesse em chamas.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado! por favor comentem o que acharam, significa muito para mim! o proximo capitulo sai dia 07