The Time of Our Lifes escrita por BlindBandit


Capítulo 3
Encrenca em Dobro.




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Hagrid estava cochilando na poltrona quando ouviu uma batida na porta. Ele acordou, olhando desconfiado ao seu arredor. Ele já tinha quase se convencido que a batida tinha sido um sonho quando o som se repetiu.

Ele se levantou e caminhou até a porta, para encontrar com a figura de James Potter e Lily Evans. A garota estava apoiada em James e com vários cortes. Ele estava com as roupas um pouco rasgadas, mas não parecia machucado.

– Pelas barbas de Merlin! O que aconteceu aqui? – Hagrid perguntou.

– Viemos para uma xicara de chá – disse Lily com um toque sarcástico e um sorriso no rosto.

– Ah céus, entrem, entrem – ele disse, quando eles passaram, Hagrid fechou a porta. – O que aconteceu com vocês? – ele disse enquanto pegava ingredientes para um chá.

– Fomos atacados por uma aranha gigante – disse James

– Aranha gigante? – Hagrid arregalou os olhos.

– Sim, você já viu esse bicho por aqui? – James perguntou, desconfiado.

– Não, não, nunca vi - Hagrid disse nervosamente. Alguns minutos depois, ele voltou com duas xicaras de chá. - E o que vocês dois estavam fazendo na floresta uma hora dessas?

– Ahhh... Bem... – ele disseram, se olhando. Nenhum dos dois tinha pensado nessa parte.

– Tudo bem, não importa – disse Hagrid com um movimento de mão. – Mas me responda, você está machucada Lily?

– Não – ela disse olhando em volta do corpo – Alguns arranhões, e acho que torci meu tornozelo. Amanha posso passar na enfermaria e dizer que cai quando saia da cama.

– Bom Hagrid, obigada pelo chá – disse James se levantando – Melhor eu ajudar Lily a voltar para o dormitório antes que fiquemos ainda mais encrencados.

– Concordo, concordo – ele sorriu. – Passem para visitar.

– Claro – disse Lily abraçando-o – Obrigada pela ajuda.

Hagrid corou e deu uma risadinha. James deu o braço para Lily. Ela olhou para ele, relutante, mas James sorriu, sabendo que ela não iria longe sem a ajuda dele. Então ela segurou o braço dele e eles caminharam de volta para o castelo.

*

– Espere um pouco – James disse antes de entrarem no castelo – Preciso ver uma coisa. Você jura que nunca vai falar disso pra ninguém?

– disso o que?

– Jure Lily Evans, estou falando sério. – Ele a encarou.

– Eu juro! – ela exclamou.

Ele suspirou e tirou o mapa do bolso do agasalho – Juro solenemente não fazer nada de bom – ele disse e o mapa do Maroto começou a se abrir.

– Mas que droga é essa James – Lily disse, espiando por cima do ombro dele.

– Nada demais – ele sorriu. – A barra está limpa, podemos ir. Malfeito feito – ele disse para o mapa.

James deu o braço para Lily, e dessa vez ela apoiou sem relutar.

– Então, senhorita Evans, posso saber com que poção a senhora está envolvida, para ter que prepara-la no meio da floresta proibida a essa hora da madrugada?

– Só se você me disser o que estava fazendo lá - ela respondeu ríspida.

– Eu vi você no mapa – ele disse dando de ombros – Fiquei curioso para saber o que uma aluna tão exemplar fazia fora da cama. Sua vez Lily, e é melhor falar a verdade, já que... - James foi interrompido por um miado agudo. No final do corredor, havia uma gata de olhos laranja os examinando acusadoramente.

– Essa gata maldita! – James exclamou – Esse maldito Flich arruma um desses atrás do outro!

– Eu pensei que você tivesse dito que a barra estava limpa! – Lily exclamou.

– O mapa não detecta gatos! – ele disse nervoso – Vamos, temos que correr!

– Eu não consigo – exclamou dando passos desajeitados – Meu pé está doendo.

– Ah mais que droga Lily – ele disse passando os braços por baixo do joelho dela, a carregando no colo, enquanto eles tentavam fugir de volta para o dormitório.

Eles viraram o corredor e deram de cara com alguém muito pio que Argur Flich. Professora McGonagall estava parada na frente deles com um olhar severo sob os óculos meia lua. – Me acompanhem – foi tudo que ela disse antes de virar as costas.

Lily e James se entreolharam, tentando medir o quão encrencados estavam.

– Então – disse Minerva, ela fechou a porta de sua sala com um movimento de varinha. James e Lily estava parados na frente dela. – Podem me dizer o que estavam fazendo fora da cama uma hora dessas?

– Bem.... – eles disseram em uníssono.

– Francamente, eu já esperava isso de alguém como Potter – James levantou as sobrancelhas e sorriu – Mas você Evans? E onde você conseguiu todos esses machucados. E pelo visto, está com o tornozelo torcido.

– Eu cai – disse Lily.

– E como explica as folhas no cabelo? – Minerva perguntou.

James e Lily se entreolharam, nervosos.

– Não é culpa de Lily professora – James disse – eu a convenci a me encontrar.

– Oh! – Minerva exclamou. Lily fechou os olhos e praguejou, sabendo exatamente o que estava se passando na cabeça de Minerva. James sorriu maliciosamente para Lily.

– Bom, por quebrarem as regras, menos trinta pontos para a Grifinoria – Minerva disse severamente. – E quero vocês dois na detenção, no sábado.

– Mas professora! Eu tenho treino de quadribol no sábado! – James exclamou, indignado.

– Pensasse isso antes de desobedecer as regras, Potter – ela disse. – Agora, Potter, vá para o dormitório. Eu acompanharei a senhorita Evans para a enfermaria.

– Na verdade, professora- ele disse – Eu também preciso passar na enfermaria – ele disse levantando a blusa e mostrando um grande corte embaixo da costela. Eu posso acompanhar Lily.

Minerva os olhou desconfiada, mas depois balançou a cabeça em afirmação. – Tudo bem. Mas passem a noite por lá. Não quero mais vocês zanzando pelos corredores.

– Sim professora – disse Lily.

*

– Não acredito que você disse aquilo! – Lily esbravejou enquanto eles caminhavam pelos corredores. James ainda dava o braço para suporte.

– Disse o que?

– Que você me convenceu a encontra-lo! Agora ela acha que estamos saindo!

– Bem que você gostaria que isso fosse verdade, não é mesmo Evans? – ele piscou um olho para ela, sorrindo maliciosamente. Lily revirou os olhos. – Eu te tirei de uma encrenca, você deveria estar me agradecendo. Ou você prefere que eu volte lá e diga a professora Minerva que na verdade você estava preparando algum tipo de poção no meio da noite na Floresta proibida.

– Shiiiiu – Lily olhou para os lados, um pouco histérica.

– Ah, então vamos manter a historia dos namorado - ele sorriu. - Ma afinal, que poção era aquela que você estava preparando? Deve ser alguma coisa proibida, afinal, se não fosse, tenho certeza que Slighorn teria prazer em emprestar a sala para a aluna favorita dele.

– Você tem que jurar não contar para ninguém – ela disse olhando-o nos olhos.

– Temos um acordo. Eu não conto a ninguém seu segredo, e você não conta a ninguém do meu – ele tirou o pergaminho do bolso, sorrindo.

– Fechado – ela disse, apertando a mão dele com um sorriso infantil – Era poção Polissuco.

– Polissuco?! – ele exclamou. E Lily tapou sua boca, ficando na ponta dos pés. Ele tirou as mãos dela, ainda com os olhos arregalados, mas dessa vez sussurrando. – Pelas barbas de Merlin Lily! O que você pretende fazer com isso?

– Silencio agora – ela disse, parado em frente a porta da enfermaria. – eu te conto tudo mais tarde. Afinal, passaremos a noite toda aqui.

Ela olhou para ele com um sorriso travesso e as sobrancelhas arqueadas. Depois empurrou a porta e se apoiou em James com bem mais força do que antes, fazendo careta de dor. James sorriu ao ver a representação de Lily e também torceu o nariz enquanto andava desajeitadamente para dentro da enfermaria.

*

– Prontinho – disse Madame Helen. Uma velha senhora que atendia na enfermaria. – Uma noite de repouso será mais do que o suficiente para torna-los novinhos em folha.

– Obrigada – disse James com doçura.

– Tenho o pressentimento que te verei logo Potter – ela disse sorrindo.

– E eu aguento ficar muito tempo sem visita-la, Madame Helen? – ele disse, a senhora corou e riu, saindo do recinto.

Lily arqueou as sobrancelhas para James, que deu de ombros, sorrindo.

– Pode-se dizer que eu venho muito aqui. – ele se levantou e sentou-se na beira da cama de Lily. – Agora. Você vai ou não me contar para que a senhorita estava preparando poção Polissuco?

– Você ficou sabendo das famílias que vem sendo assassinadas, certo? – ela disse, e James assentiu. – Bem, eu estava achando essa historia muito suspeita, como se alguma coisa muito ruim estivesse acontecendo.... como se... não estivessem nos contando todos os fatos.

– Tive a mesma sensação quando li as noticias – James admitiu.

– Bem, eu estava indo a torre de astronomia, e ouvi Lucius Malfoy conversando sobre isso. Ele disse: “ Aqueles estúpidos tiveram o que mereciam. Logo, todos eles vão estar na linha e vão aprender a não se meterem onde não deviam”

– Você acha que ele sabe de alguma coisa? – James perguntou.

– Obviamente. Por isso eu estou preparando a poção. Pretendia roubar um fio de Narcisa e ver se ele abre o jogo para ela.

– É um bom plano – James concordou – Estou dentro.

– O que?!

– Ah, francamente Lily, você acha mesmo que conseguiria fazer tudo sozinha? Já parou pra pensar o que você faria se Malfoy estivesse mais interessado em beijar Narcisa do que em conversar?

Lily corou. Ela não tinha pensado nisso.

– Eu vou pegar um fio de cabelo de algum daqueles amigos odiosos dele. Assim, você não correra riscos. Na verdade, acho que tem poção o suficiente para Sirius também.

– Não vai colocar Black no meio disso – ela disse rabugenta.

– Sirius é de confiança – ele disse sério. – Remis não se meteria em uma encrenca dessas e não acho que posso contar com Peter – ele franziu o cenho – mas Sirius pode nos ajudar.

– Tudo bem – Lily revirou os olhos. – Agora, eu preciso descansar, tenho aula amanha cedo – ela bateu nele com o travesseiro, com seu modo arrogante de sempre. James se levantou e foi para a cama ao lado.

Lily virou de costas para ele, mas assim que adormeceu, se moveu em seu sono e ficou de frente para a cama dele. James ficou observando-a. Ele quase não dormiu aquela noite. E quando dormiu, sonhou com o rosto de Lily.


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Notas finais do capítulo

gente, reviews por favor! *-*



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