The Time of Our Lifes escrita por BlindBandit


Capítulo 2
Quebradores de regras




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– Como você se atreve! - foram as primeiras palavras de Lily para James, quando eles se encontram na sala comunal da Grifinória, na noite de segunda-feira.

– Bom ver você também Evans – disse James.

– Não venha com essa Potter - ela disse o nome dele como se cuspisse – Eu sei muito bem o que você fez!

– Então refresque minha memoria, não me lembro de ter feito nada que causasse toda essa raiva.

– Ah, pois não – Lily exclamou. Ela estava louca de raiva, o rosto quase tão vermelho como os cabelos. – Por acaso você se lembra de ter amarrado Sev no tronco de um salgueiro, sem a varinha?

Alguns dos estudantes riram, mas se calaram assim que Lily lançou a eles um olhar fulminante.

– Ahhh, isso – ele disse – Não um dos meus melhores trabalhos, mas deu pro gasto. Foi o suficiente para manter o Ranhoso longe do nosso encontro – ele passou as costas da mão pelo rosto de Lily, e a garota afastou a mão dele com um tapa.

– Não encoste em mim – Lily exclamou. A sala estava em mais completo silêncio.

– Lily... – James enfim tinha deixado a arrogância de lado, quando notou o quanto Lily estava furiosa.

– Cale a boca – ela disse rispidamente. – Eu não quero ouvir sua voz. Eu so quero que você fique o mais longe de mim que puder.

– Mas Lily, eu pensei....

– Mais uma vez, pensou errado Potter. – Ela disse, e com isso, virou as costas e subiu as escadas.

A sala comunal lentamente despertou de seu transe e voltou a suas conversas. James afundou no sofá.

– Parece que o bom humor de alguém foi para o saco – disse Peter, sorrindo.

– Cale a boca Rabicho – James disse ríspido.

– Não fique assim – disse Remus, com um sorriso debochado no rosto – Nós todos sabíamos que isso aconteceria cedo ou tarde.

– Ela é boa demais para você James – disse Sirius.

– O que você quer dizer com boa demais – James disse olhando feio para Black.

– Encare os fatos. Lily é como... como uma joia rara. – ele disse, orgulhoso da metáfora – Não há ninguém como ela em toda Hogwarts. Ela defende alguém como Ranhoso, e te defenderia caso o mesmo acontecesse com você. – ele sorriu – O problema, é que você não é o injustiçado. Você, James Potter, É o malfeitor.

– Ela não é boa demais – ele disse fechando a cara. – Ela é só uma garota metida. – Ele se colocou de pé. – Tanto faz. Temos coisas a fazer.

– Como o que?

– Como terminar aquele maldito mapa – James sussurrou. – Vou pegar a capa e encontro vocês aqui embaixo. Sejam discretos.

– Agora? Mas nós temos poção amanha cedo! Você sabe como o professor Slughorn odeia quando nos atrasamos.

– Eu não tenho aulas com Slughorn – Sirius deu de ombros.

– Isso foi porque você tirou notas tão ruins ano passado que ele não o aceitou em poções avançadas – disse Remus.

– Bom, Peter, você não precisa ir – disse James descendo as escadas. Vá para cama e nos encubra se preciso. Aluado, Almofadinhas, temos um mapa para terminar – ele disse jogando a capa por cima das cabeças.

*

– Eu disse para não ficarem na biblioteca até tarde – disse Peter, se vangloriando.

– Nós sabemos Peter – disse James. Ele estava com a cabeça entre os braços, dormindo na mesa da aula de poções. – Agora por favor, me deixe dormir.

Nesse momento professor Slughorn entrou na sala, com uma pilha de livros nos braços. Ele colocou os exemplares em sua mesa e olhou pela sala. – Bom dia alunos do sexto ano. Hoje, faremos as poções em duplas. Por favor, cada um ache seu par e vamos começar.

James estendeu o braço, sem mover a cabeça, e bateu nas costas de Remus. Ele revirou os olhos e pegou um caldeirão para a mesa deles. Slughorn passou examinando as duplas, quando se aproximava de Remus e James, Lupin deu um chute na canela de James, bem a tempo do rapaz levantar o rosto, com um sorriso forçado.

– Ah, James e Remus – ele disse. – receio que essa dupla terá de se desfazer – ele riu. Lily, pode vir aqui por favor? Sim, você faça par com James, sim. Isso. – ele disse tirando Lupin pelo braço. James o olhou desesperado, quando Lily sentou-se, emburrada, ao lado de Potter.

Em outra ocasião, James teria ficado radiante por fazer par com Lily, mas não naquele dia. James estava mal humorado porque eles tinham brigado e porque não dormira nada na noite anterior. Eles já tinham tido outras brigas, claro, mas não ajudava nada a superar com ela sentada ao seu lado, o nariz empinado enquanto preparava os ingredientes.

– Se você pensa que eu vou fazer todo o trabalho, pode ir tirando seu hipogrifo da chuva Potter.

Ele resmungou e levantou o tronco. Olhando para os ingredientes no livro.

*

– Ugh! Eu não acredito nele! – Lily exclamou. Ela estava sentada na cama de seu domitorio. Tinha matado uma aula de herbologia, juntamente com Alice e Nina.

– Ela ainda não superou a aula de poção essa manha? – Nina perguntou.

– Não, eu não superei – ela disse puxando os cabelos e lançando o tronco para frente. – Aquele idiota do Potter estragou tudo!

– Você se refere a aula de poções ou a discussão de ontem a noite? – Alice perguntou, mas quando Lily lançou a ela um olhar fulminante, ela se encolheu – descupa. Calei a boca.

– Estou falando sério – disse Lily – ele colocou o dobro de sangue de salamandra, e não lembrou de triturar o bezoar! Como ele queria que aquilo desse certo?

– Vocês precisavam ver a cara de decepção do Slughorn – disse Alice.

– Não é engraçado Alice – Lily disse enfezada. – Eu pretendia fechar a matéria dele com 10 esse ano.

– Ah Evans, todo mundo sabe que Slughorn não vai considerar essa sua poção – disse Nina – todo mundo sabe que foi culpa de James. Você é a aluna preferida dele.

– Deixe ela Nina – comentou Alice – ela está procurando motivo para falar de Potter.

– Ugh – Lily se levantou – Vocês são mesmo insuportáveis. Eu vou dar uma volta.

– E a aula de defesa contra as artes das trevas? – exclamou Nina quando Lily descia as escadas.

– É bom vocês aprenderem alguma coisa, porque se voltarem a tocar nesse assunto, terão mesmo que se defender – Lily gritou de volta.

*

Ok, vamos ver se funcionou – disse James, ele abriu o pergaminho vazio, e os quatro Marotos colocaram suas varinhas, pronunciando ao mesmo tempo – Juro solenemente não fazer nada de bom.

O pergaminho começou a ganhar desenhos até se tornar um mapa. Cada par de pés tinha um nome em cima. Muitos deles se aglomeravam nos dormitórios e salas comunais. Já era tarde da noite, e a regra sobre alunos fora da cama era bem rígida.

– Funcionou! – eles exclamaram.

– Bom, todo esse trabalho me cansou. Boa noite para vocês – disse Lupin, se jogando em sua cama.

– É, vocês bebes vão dormir, eu vou ficar aqui admirando nosso trabalho – disse James se encostando nos travesseiros.

– Só não se esqueça de apagar o mapa – disse Sirius.

James resmungou em resposta. As luzes se apagaram e James pegou a varinha. – Lumos – ele murmurou, e uma fraca luz saiu da ponta de sua varinha, iluminando o mapa.

A grande maioria dos alunos estavam em seus dormitórios. James viu Professor Dumbledore andando em círculos em sua sala. E Flich andando pelos corredores. Ele estava quase fechando o mapa quando viu um pontinho saindo da sala comunal, descendo as escadas do castelo. Lily Evans.

Malfeito feito – disse James, colocando o mapa sobre a cama. Ele pegou a casaco e desceu as escadas em silêncio. Se fosse rápido o bastante, alcançaria Lily, e talvez descobrisse o motivo para que alguém tão certinha como ela estivesse fora da cama a uma hora dessas.

*

Lily olhou para os lados. Ela tinha a estranha sensação de estar sendo seguida. Ela apertou a cesta contra o corpo e correu pelos corredores vazios. Seus paços ecoavam no silêncio e a cada curva ela temia encontrar com o rosto de Argus.

Ela finalmente saiu do espaço do castelo. Os Jardins estavam iluminados pela luz da lua crescente. Ela sentia o coração bater forte enquanto corria em direção a floresta proibida. Um segundo antes ela parou e respirou fundo.

– Não acredito que estou fazendo isso – ela murmurou para si mesma, e entrou na floresta escura.

Depois de alguns minutos, ela chegou a uma clareira. Muito sombria, mas com menos arvores do que no resto da floresta. Havia uma pequena gruta, com uma porta muito antiga. Provavelmente usada para guardar coisas muito tempo atrás, agora continha o caldeirão de Lily, que ocupara quase todo o espaço.

Lily enfiou os braços la dentro, puxando para fora o caldeirão, que batia em seus joelhos. Ela respirou fundo e misturou os ingredientes.

James a espreitava ao longe. Ele tinha usado o mapa para encontra-la. Uma vez que ela sumiu de vista assim que adentrou a floresta. Já estava ali a quase uma hora quando Lily terminou de mexer a poção e suspirou. Ela empurrou o caldeirão de volta para a pequena gruta e fechou a porta, depois murmurou - Colloportus.

“ Espertinha “ James pensou, sorrindo.

Lily estava prestes a se virar e voltar para o castelo quando ouviu um barulho atrás de si. Ela se virou rapidamente e deu de cara com uma grande aranha, provavelmente do tamanho de uma moto. Ela já tinha ouvido rumores a respeito de aranhas gigantes na floresta, mas nunca tinha levado isso a sério. Até então.

Lily engoliu seco e brandiu a varinha.

Alarte Ascendare! – ela exclamou. Um feitiço prateado saiu de sua varinha e atingiu a aranha, que subiu alguns metros no ar, e depois despencou com um estrondo.

O feitiço não pareceu surtir efeito na besta, além de deixa-la mais irritada. Ela beteu as presas e correu em direção a Lily. Chegando cara vez mais perto.

Bombarda! – ela exclamou mais uma vez, mas não pareceu surtir efeito.

Vamos Lily, pense em um feitiço! – Uma voz gritava em sua mente.

A aranha estava perto demais, ela se encolheu quando sentiu as patas peludas nela, quando seu corpo foi empurrado para trás e ela bateu a cabeça em uma raiz, foi quando ouviu um grito atrás dela.

Arainia Exumai! – exclamou a voz. A aranha foi lançada vários metros para trás e caiu virada para cima. Depois de conseguir se por de pé, o inseto gigantesco virou as costas e correu de volta para dentro da floresta.

James correu até ela, se esquecendo de todos os motivos que tinha o deixado irritado com ela. Ele esperava que ela se livrasse da aranha sozinha, assim ela não saberia que ele estivera ali. Mas ele mudou de ideia quando viu que se ele não ajudasse, Lily não teria a menor chance.

– Lily! Você está bem? – ela estava agachada, com a cabeça entre os joelhos, tremendo um pouco. James colocou o braço envolta dela, de forma protetora.

– Potter? – ela disse com um sussurro, enquanto seus olhos se focalizavam no lindo rosto de James. Seus olhos castanhos a examinavam cheios de preocupação. – O que você está fazendo aqui?

– Você consegue ficar de pé? – ele disse ignorando a pergunta dela – Precisamos sair daqui o mais rápido possível. Não queremos mais uma daquelas aranhas atrás de nós, não é mesmo.

Ele passou o braço de Lily por seu pescoço, e a conduziu para fora da floresta. A bruxa estava um pouco zonza, mas consciente.

– Melhor não voltarmos para o castelo agora – ela disse – Argus vai nos encontrar com certeza.

– Então o que você sugere?

– A cabana de Hagrid – ela disse – só até minha cabeça parar de girar, então voltamos.

James concordou com um movimento de cabeça e eles foram cambaleando até a cabana.


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Notas finais do capítulo

reviews por favor gente! se nao vou parar de postar aqui "/