Show Me Love escrita por noOne


Capítulo 49
Party Hard


Notas iniciais do capítulo

Eu voltei, agora é pra ficar... Porque aqui, aqui é meu lugaar o/♪
Mil desculpas, eu sei que eu demorei séculos pra atualizar. A Teralua é testemunha que eu tentei escrever, mas não deu. Quem estuda de manhã e faz curso á tarde sabe como é. #SddsFérias
Aviso rápido: Minhas aulas voltaram, então só vai dar pra postar quinta.
Espero que compreendam, boa leitura! Beijos da Vamp, não me odeiem.



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POV Marshall

Enfim, sexta! Chega de escola, chega de diretora Ice Queen, chega de piranhas mal-amadas... Só faltou uma coisa pra essa noite ficar perfeita: Fionna aqui do meu lado. Cara, daria tudo para estar com ela agora.

Mas como não estou, o jeito é tentar aproveitar as coisas do meu jeito, afinal, ficar em casa chorando não vai resolver nada. Além do mais, tenho a melhor (ou pior) companhia que alguém pode ter: minha irmã louca e sua namorada pirada. O que poderia dar errado?

Aquelas malucas me arrastaram para uma balada de música eletrônica do outro lado da cidade, a fila daquele lugar estava enorme e Cake não parava de reclamar do quanto o salto alto dela estava a matando, como a música estava alta e como as coisas são caras por aqui. Alguém, por favor, dá uma Mary Jane pra essa garota parar de reclamar?

Conseguimos entrar lá pra meia noite e quarenta, ancorei no bar enquanto as duas se pegavam do meu lado. Tem coisa pior do que servir de vela? Tem, servir de psicólogo pra um bêbado chorão do meu lado. Pelo menos eu fiz amizade com o barman, que me serviu uma tequila por conta da casa.

Uma e meia, Marceline (que já estava chapada) me arrastou pra pista de dança e começou a sensualizar em cima da mesa, o que atraiu plateia, deixando Cake nervosinha. Eu até me importaria, mas depois da 3° dose de absinto puro você não se preocupa mais com nada.

Ou seja, toquei o foda-se e comecei a dançar também.

Duas horas Marceline estava vomitando na privada enquanto Cake segurava seus cabelos pra trás. Nesse meio tempo, uma gatinha platinada que eu nem perguntei o nome estava ajoelhada na minha frente no WC ao lado, fazendo vocês sabem o quê. Nem tive culpa, ela só veio pra cima. Estou solteiro, não é?

Três da manhã, a gatinha-platinada-que-eu-não-sei-o-nome apagou de cansaço. Não banquei o cavalheiro, saí andando como se nada tivesse acontecido. Marceline dormia largada numa poltrona e Cake incorporava o exu na pista (acho que ela estava tentando dançar). Isso que dá misturar tudo quanto é bebida como se não houvesse amanhã.

Três e meia da manhã, eu já estava com os pés doendo e a cabeça latejando, aí o Martin, o barman, perguntou:

– Aí bro, quer experimentar um barato louco?

– Só se for agora – Topei na hora, mesmo não fazendo ideia do que seria o “barato louco”. Estava bêbado demais pra discernir o certo do errado.

O cara me entregou umas “balinhas” e eu engoli junto com uma golada de energético. Não tenho certeza se era ecstasy ou LSD, só sei que minha energia foi á milhão na hora e eu comecei a dançar feito um louco junto com a Cake e os noiados que estavam ali.

Fiquei meio alucinado até, minhas pupilas dilataram e tudo começou a se mexer e ficar colorido, enquanto eu ria pro nada. No calor do momento, pedi pra um doidão motoqueiro amigo do Martin tatuar uma caveira e duas rosas, com a legenda “Fuck The Police” na minha costela. E ele fez.

Mal dei dois passos em direção á Cake e outra maluca já se atirou em cima de mim, agarrando meus cabelos e me beijando loucamente. Aquela descarada não estava bêbada, nem com hálito de cachaça, nem sob efeito de balinhas, ou seja, era pura falta de vergonha na cara mesmo.

Aquela festa estava uma putaria só. Não é que eu não gostasse, mas já estava na hora de voltar pra casa. Segurei os braços da atirada e a afastei pra longe de mim, indo em direção á Cake.

Resumo da história: Cake perdeu a linha e esqueceu onde estacionou o carro, Marcy apagou e eu já estava tão tonto que mal conseguia me manter em pé. Mesmo assim, carreguei minha irmã desmaiada nas costas e me apoiei na gata até chegar em casa. Derrubamos tudo, rimos feito dois dementes e apanhamos (mentira, só eu), mas valeu a pena.

5 horas da manhã. Minha mãe não estava tão alegre quanto nós dois, falou um monte, como se alguém estivesse sóbrio o suficiente pra prestar atenção e nos mandou pra ducha gelada em seguida. Dormimos no chão da sala, não por opção, mas porque eu tinha perdido a chave do quarto e a dona Harvey estava puta da vida com a gente.

Marceline perdeu o salto. Cake perdeu o carro. Eu perdi a linha, a memória e as chaves.

É, Esse dia foi louco.

...

Acordei na manhã seguinte todo quebrado, sem muitas lembranças do que aconteceu. Me levantei cambaleando e fui em direção ao banheiro. Tirei a camisa pra tomar um banho e me deparei com uma tatuagem enorme de caveira, rosas e insulto á policia na minha costela direita. Oh my Glob, o que eu fiz ontem?

Estou rezando pra que essa tatoo seja de henna, porque se não eu estou fodido.

POV Fionna

Chegou o dia, é hoje! Finalmente posso me ver livre do colégio. Até ontem, eu não estava com essa pilha toda, mas agora caiu a ficha. Hoje é o dia da formatura! Oh my... não acredito!

– Finn, acorda – Derrubei o preguiçoso da cama.

– O que é, praga? – Ele me saudou carinhosamente

– Bom dia pra você também – Disse, jogando o terno dele em cima do mesmo – Você viu a Cake? Hoje é o dia da formatura, nada pode dar errado, cadê ela?

– Eu sei lá – Ele disse ainda jogado no chão – São 8 horas da manhã, a festa é só á noite. Dá pra, por favor, me deixar dormir?

– Hunf, preguiçoso – Bufei – Quero ver você, a Flame e o Jake aqui, lindos e arrumados quando eu voltar á tarde.

– Vai pra onde? – Ele tentou se levantar – Ainda temos muito tempo.

– Resolver uns assuntos – Respondi – Primeiro, vou passar lá em casa pra pegar minhas coisas e dar o fora daquele bairro de nojentos do nariz-em-pé. Hoje eu completo 18 anos, tá? Só pra avisar...

– Parabéns, maninha – Ele fingiu estar interessado – Agora você pode entrar nessas festas malucas, beber, ser presa...

– Ótimos conselhos – Sorri, sarcástica – Depois vou na casa do Chris, pra ele me ajudar a trazer minhas coisas pra cá. E, por fim, vou fazer o cabelo da Bonnie.

– Oi? Eu ouvi direito? – Agora ele se levantou – Da Bonnie? Mas você odeia ela!

– Ela deixou eu cortar o cabelo dela, como um gesto de amizade e pedido de desculpas, eu acho – Respondi – Acho que ela finalmente sossegou o facho.

– E você sabe fazer isso, por acaso? – Ele questionou – Sua coordenação motora é uma bosta.

– Exatamente – Ri, maldosa – Só a Flame pode se vingar?

– Sádica – Ele se jogou pra trás de novo – Vocês duas são más.

– Ela merece.

– Boa sorte.

– Ela é quem vai precisar – Fechei a porta – Esteja pronto até ás 4 da tarde!

Tranquei o apartamento e desci as escadas, pedindo á Glob que ilumine a alma desse infeliz pra que ele cumpra pelo menos uma vez na vida um compromisso, e não se atrase.

Como o esperado minha mãe não estava em casa, mas havia deixado um bilhete:

“Hello, Honey!

Saí para fazer as unhas e passarei o dia todo fora.

Se você ainda está com essa ideia de sair de casa, vá em frente, não me importo. Talvez eu apareça na sua formatura mais tarde. Feliz aniversário, delinquente.

Ahh, seu irmão mais novo, Beemo vai voltar do internato em Liverpool este fim de semana. (Já que você e sua irmã, Cake, são adultas e donas do próprio nariz, fiquem com a criança).

Beijos”

Já tinha até esquecido do coitado do meu irmãozinho mais novo. Ele passou tanto tempo longe que eu até me desacostumei á ter um caçula.

Imagino o susto que o pobrezinho vai levar: Ele deixa a família perfeita e quando volta descobre que o pai está na cadeia, a mãe tá mais perua que nunca e ainda ganha, de quebra, três cunhados e um irmão que ele nem sabia que existia. Tudo isso em apenas um ano.

(Nota da Vamp: Caso vocês tenham esquecido, Beemo aparece no capítulo 2 – The New Guy) http://fanfiction.com.br/historia/475772/Show_Me_Love/capitulo/2/

Apesar de tudo, acho que ele se adaptará bem no apartamento-pensão da Cake. Melhor do que ficar aqui, com a mamãe desprezando o moleque.

Entrei, tomei um banho, arrumei minhas malas e liguei pro Chris.

– Já colocou tudo nas caixas? – Ele me atendeu já perguntando

– Quase tudo – Respondi – Preciso de ajuda pra desmontar a cama, o guarda-roupa...

– Legal, já estou quase aí – Ele me interrompeu – Ansiosa pra formatura?

– Sim ou claro? – Disse eufórica

– Também estou me roendo aqui – Ele riu – E como fica o lance com o Marshall?

– Vou fazer uma surpresinha pra ele – Banquei a misteriosa – Já tem um par pra festa?

– Olha, a Caroço tá enchendo o saco desde o começo do bimestre, mas não tô muito afim de ir com ela.

– Ta brincando? Vamos comigo! – Falei animada

– Mas você não ia reatar com seu vampirinho? – Ele indagou confuso

– É parte da surpresa. Vai ou não?

– Não estou entendendo mais nada, mas o.k.

– Valeu, te amo! – Dei um pulinho

– Eu sei né, todo mundo me ama... – Ele disse convencido – Sou um amor de pessoa.

– Falou, amor de pessoa, dá pra você vir logo?

– Já estou aqui na frente – Vi ele pela janela, estacionando a velha picape do pai dele – Abre aí.

Em um piscar de olhos, nós já havíamos desmontado e empacotado tudo. Logo já estávamos de volta ao apartamento da Cake, arrumando meu novo quarto. Finn reclamou mais do que ajudou, mas tudo bem , o que vale é a intenção.

Eram 3h30min quando Chris voltou pra casa, enquanto Finn se arrumava e ligava de 2 em 2 minutos pra Flame e eu ia em direção ao flat da jumenta Jujuba. Agora, meus amores, vocês vão aprender como se corta um cabelo. Malvadeza mode on.

POV Mertens

Eu reclamava da comida do hospital porque não sabia o quão horrível era a comida da cadeia. Sinceramente...

Meu advogado é um incompetente, o delegado uma anta e o carcereiro um boçal. Desejo que todos morram e vão para o inferno. Como se não bastasse eu ter que aguentar essa lavagem que eles chamam de comida e os funcionários imbecis, ainda sou obrigado a suportar esse cheiro de carniça vindo dos meus companheiros de cela.

Nojentos, sujos, fedidos e arrogantes, isso é o que esses presos são. Eu claramente não me encaixo aqui, preciso ir embora o quanto antes... quero ter a chance de estragar a formatura do meu genro suburbano, frustrar os planos da minha filha-burra de sair de casa e arruinar o aniversário dela ainda hoje. Além do mais, Beemo, meu único filho que não me deu desgosto nessa vida vai voltar pra casa este fim de semana. Meu garotão, está de férias do internato em Liverpool. Coloquei ele lá porque não suporto crianças, mas até que ele não é tão ruim assim.

– Gumball, você está livre – Um dos carcereiros falou, destrancando o cadeado.

O tal de Gumball se levantou, despediu-se dos companheiros de cela e sumiu corredor adiante, escoltado pelo cara. Eu é que devia estar no lugar dele.

– Imbecil – Resmunguei baixo

– Ihh, ó lá o coroa! – Um dos presos disse

– Tá revoltado, velhinho? – O outro debochou

– Escrotos – Bufei e revirei os olhos, virando a cara.

– O que foi que você disse? – O primeiro chegou mais perto

– Calma aí, meu irmão – O segundo o segurou - Não vamos arrebentar o velho ainda, ele pode ter algo de valioso.

– Tá aqui porque, tiozão? – Um outro questionou – Tu parece grã-fino.

– Não é da conta de vocês – Respondi de cabeça erguida, sem abaixar o olhar.

– Tô vendo que vai ter que ser do jeito mais difícil – O primeiro socou a palma da própria mão – Não é assim que as coisas funcionam aqui, velhote.

– Quando eu faço uma pergunta, você responde direito – O outro se levantou.

– Fica na sua que tu sai vivo, morou? – O segundo apontou seu dedo gordo pra mim.

Bufei e cruzei os braços.

Então, quando eu me dei conta, já havia se formado uma rodinha de brutamontes ao meu redor. Eles não estavam com as caras muito boas. A única coisa que veio á minha mente foi:

– Corre.

POV Gumball

Finalmente, liberdade! Há quanto tempo eu não sinto em meu rosto (agora bem mais maduro, surrado e com cicatriz) a brisa do mar... Os ventos de mudança... o cheiro de vingança.

Não pensem vocês que eu esqueci quem foi que me enfiou nesse presídio podre e imundo, quem foi que me fez passar os piores meses da minha vida aqui dentro. Marshall e Fionna, o casalzinho suburbano.

Finn, Jake e Chaz, os traidores da gangue.

Marceline, a vadia sanguinária que me torturou e marcou um “M” em meu peito.

Todos eles mal perdem por esperar. Eu voltei, estou livre. O conto de fadas acabou e se depender de mim, ele não terá um final feliz.


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Notas finais do capítulo

Putaqueopariu, agora a poha ficou séria!
E aí amores, o que acharam do capítulo? Deixa um review aí ;)
Ps: Rezando pra que aquela tatuagem seja temporária. #SóFazMerdaMarshall



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