POV Cake

Acordei toda quebrada por causa da festa-have louca de ontem, quando bati o olho no relógio e me desesperei: Estou atrasada, muito atrasada! Fionna vai me matar!

– Marshall! – Gritei – Marcy!

– Acordou, bela adormecida? – Ele riu arrumando o smoking, impecável – Pensei que tinha entrado em coma.

– Porque não me acordou, infeliz? – Dei um tapa em seu ombro – Cadê a Marceline, sua mãe, todo mundo?

– Já foram na frente – Ele respondeu indiferente – Não vai se arrumar não?

– Já era pra eu estar á caminho da formatura, levando Finn, Flame, Jake e a Fi de carro – Prendi o cabelo pra trás – Me dá licença, vai, preciso me arrumar rápido – Disse já o empurrando pra fora do quarto – E tire esse All Star, coloque um sapato formal!

Me despi na velocidade da luz e coloquei o único vestido que eu tinha, e que comprei só pra usar hoje. Espartilho preto e saia balonê, cor champanhe. Coloquei o mesmo salto alto preto de ontem á noite e peguei minha bolsa de mão. Soltei o cabelo.

Como não curto muito maquiagem, só fiz um delineador de gatinho e já era. Hora de achar de meu carro, não deve estar muito longe da boate em que eu perdi a memória (e a sanidade, amor próprio, senso do ridículo...)

POV Fionna

Bati na porta do B18, Bonnie abriu sorridente.

– Olá, coelhinha! – E me estendeu a mão.

– Pffff, o que aconteceu com você, garota? – Perguntei prendendo o riso, como se já não soubesse – Você tá... laranja?

– É uma longa história, sua cunhada pirada não te contou não? – Ela recolheu a mão – Entra aí.

Meio receosa, adentrei covil á dentro, com a vadia logo atrás de mim. Ela trancou a porta (mas que mania!) e mandou eu sentar no sofá. Me ofereceu um chá gelado, mas eu recusei por educação. Na verdade, tive medo de que ele estivesse envenenado, vai saber, além de me detestar, essa garota faria qualquer coisa pra traçar o Marshall. Comigo fora do caminho, tudo seria mais fácil.

Eu sei que soa como paranoia, mas não confio nela de jeito nenhum.

– Então... Jake me passou o número deste cabeleireiro, mas acontece que eu não conheço muito bem essa parte da cidade, me mudei a pouco tempo – Ela me entregou o cartão – Aí eu resolvi que seria melhor eu fazer o cabelo com alguém que eu conheça, não é mesmo?

– E porque você acha que deve confiar em mim? – Peguei o cartão – Afinal, quem fez esse rombo na sua cabeça fui eu.

– Eu sei, mas quero fazer as pazes – Ela estendeu a mão de novo – Vamos começar do começo: Oi, eu sou a Bonnie e não quero pegar seu namorado – E sorriu, gentil.

– Você é estranha – Fiz cara de nojo, me levantando – Vamos começar logo com isso.

– Você sabe cortar cabelos, não é? – Ela se virou pra mim

– Pff, claro que sei – Revirei os olhos – Se tem alguém nesse mundo que sabe cortar cabelos, essa pessoa sou eu.

Ela deu de ombros, arrumou uma cadeira e eu peguei tudo o que ia precisar na mochila.

– É um sidecut que você quer? – Perguntei cortando as pontas cor-de-rosa, sem ter ideia do que estava fazendo.

– Isso, deixa bem baixo a parte que você arrancou – Ela respondeu.

– O.k.

Peguei uma madeixa e passei a tesoura, peguei outra e picotei tudo, mais outra e mais outra... Isso aqui vai ficar lindo. Peguei a maquininha e passei a máquina dos dois lados, tentando fazer um corte masculino que não deu muito certo. Ficou só um pouquinho torto.

– Acabei amiga, tá linda – Disse guardando minhas coisas – Agora é só varrer esse chão e usar esse shampoo aqui, ó – Disse entregando um frasco pra ela.

– Valeu Fi, você é mega – Ela me deu um abraço, mas logo me desvencilhei. E que merda de expressão é “mega”?

– Não sei nem como te agradecer – E me entregou uma nota de 50 dólares.

– 50 pilas é pouco pra esse trabalho de gênio que eu fiz, mas... Não vou poder aceitar – A devolvi – É por conta da casa.

– Você é um amor mesmo

– Sou né... um amor – Ri.

– E esse shampoo é bom? – Ela indagou fitando o frasco.

– Claaro – Afirmei – É ótimo...

– O.k, obrigada – Ela disse já indo em direção á porta - Mal vejo a hora de ver como ficou.

– Eu também – Disse já me retirando – Até mais.

– Até!

Saí do B18 e bati no B19, Finn abriu e eu entrei, me esparramando no sofá de canto.

– É aí? Cortou o cabelo dela? – Ele disse enquanto arrumava a gravata.

– Sim, ficou ó... uma bosta – Tranquei a porta – Se prepara para os gritos, quando ela ver no espelho como ficou ridícula. A propósito: Rosa com verde resulta em que cor?

– Sei lá, acho que uma cor de merda... por que? – Ele indagou confuso.

– Porque eu peguei um pouco do seu corante cor de grama e misturei no shampoo da Bonnie. Vai ficar lindo.

– Você é má... – Ele franziu o cenho e riu.

Ela já deve ter lavado o cabelo, agora é só esperar os gritos. 1, 2, 3 e...

– AHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – Seus berros foram ouvidos do outro lado da cidade. Eu e Finn rimos até a barriga doer – FIONNA, EU VOU TE MATAR!

– Você não tem limites – Ele enxugou uma lágrima do canto do olho – Maluca

– The zoeira never ends, baby – Me levantei do sofá e fui me arrumar, ainda rindo.

Nem me preocupei com a Bonnie, aquela cadela só late e nunca faz nada. Além do mais, foi mais que merecido pra ela, se a Flame pode ter uma vingança, porque eu não? Bem feito, tem que se foder mesmo.

Ótimo, meu novo quarto já está arrumado, meu maravilhoso vestido azul está impecável e Finn está quase pronto. Daqui a pouco Cake chega com Jake e Flame e iremos de carro até a formatura. O relógio de parede marca 18h20, espero que nada dê errado hoje.

...

Já são 19h e a infeliz ainda não apareceu, não importa quantas vezes eu ligue pro celular dela, ela não me atende! Só rezo pra que ela esteja aqui em meia hora, se não eu vou andando.

...

19h30, Finn já está dormindo sentado no sofá, nós estamos arrumados á séculos e nada dessa garota aparecer. Estou dando adeus á hipótese de chegar diva e perfeita naquela formatura. Vou ter que ir á pé, de ônibus ou metrô.

– Acorda, cassete – Balancei Finn, o acordando

– Uhn? A Cake chegou? – Ele indagou

– Não, vamos pegar o metrô – Bufei – Ela furou com a gente, só pra variar.

De repente, pra minha surpresa, ouvi um barulho insistente e estridente de carro. Era Cake, mais atrasada do que nunca, buzinando sem parar. É claro que eu esbravejei, xinguei ela pra caramba, fiz cara de emburrada e reclamei até chegarmos lá.

Nem tudo saiu perfeitamente como eu planejei, mas no fim acabou dando tudo certo. Passamos na casa da Flame, no bar do Jake e acreditem se quiserem, chegamos na hora e achamos vaga no estacionamento! Será que a sorte está ao meu favor hoje? Isso é raro, a vida adora me ferrar.

POV Marshall

A escola estava toda decorada, na entrada havia uma faixa enorme escrita “Bem Vindos, Formandos!”, o enorme pátio estava repleto de gente procurando seus lugares e a diretora Ice Queen estava em cima do palco, conversando com alguma autoridade que não me importa.

Sentei-me entre minha mãe e Marcy. Fileira 27 – Acento B.

Sabe aquelas becas de formatura que os alunos são obrigados a usar? Pois é, eu não fui exceção, tive que vestir aquela porcaria que pinica e aquele chapeuzinho ridículo que bagunça o cabelo, enquanto Marcy chorava de rir da minha cara.

Não vi Fionna, nem Cake, nem ninguém do meu pessoal da sala, porque a gênia da diretora não pensou em organizar as fileiras por turma, mas sim aleatoriamente. Quem chegar primeiro, fica com o lugar.

Beleza, ela fez um discurso enorme sobre a importância daquele dia em nossas vidas e mimimi’s. Marceline dormiu enquanto eu só desejava que a Ice parasse de falar e entregasse os diplomas, pra eu tirar essa beca idiota e ficar com meu terno que me deixa mais gato do que eu já sou (e também pra nós podermos pular pra parte da festa, porque né)

Como se não bastasse o discurso dela, ainda tivemos que ouvir o discurso do representante do vice-prefeito (Já que o prefeito e seu vice estão foragidos). E quando eu penso que acabou, as autoridades acadêmicas inventam de querer falar também.

Depois de exaustivas duas horas e trinta minutos de falação e vídeos das turmas de 87, 88, 89... (haja saco) a diretora finalmente começou a entregar os diplomas. As mães choravam, os formandos não conseguiam segurar no sorriso, e eu só queria pegar o meu logo pra poder vazar dali.

Após entregar o diploma de 11 salas, finalmente chegou a vez da minha. Ela começou por ordem alfabética e fez questão de descrever alguns alunos antes de os chamarem pelo nome.

– Um aluno exemplar que eu tenho o prazer de entregar o diploma... – Ela começou a falar e eu já tinha certeza que ela estava falando do Christian. Vou poupar vocês da falação e vou pular pra parte em que ela chama - ... Christian Parker! – Aí o Chris levantou sorridente e foi até o palco, agradeceu, falou umas baboseiras e voltou pro seu lugar.

– Uma aluna ilustre, que apesar de eventualmente estar um tanto mal acompanhada e fora das normas... – Quando ela disse “mal acompanhada” e olhou pra mim, eu já sabia que era da Coelhinha que ela estava falando - ... Fionna Mertens!

Fionna estava linda com aquela beca de formanda, por incrível que pareça. Ela era a única pessoa da face da terra que consegue ficar legal com aquela roupa que foi feita propositalmente para que os alunos ficassem parecendo uns bocós. Na verdade, ela fica linda de qualquer jeito, é uma das pessoas mais incríveis que eu conheço. Meu Deus, olha só o que eu perdi, eu sou um bosta mesmo.

Chegou minha hora, a diretora vai me chamar... Mas é claro que desgraçadinha tinha que me esculachar antes:

– Um desajustado e delinquente, na maior parte das vezes. Usava sua criatividade maldosa pra fazer todo o tipo de “zoeira” de mal gosto e me deixar realmente irritada. Quase expulso, não vejo a hora de me ver livre de Marshall Lee Abadeer. Vem aqui pegar seu diploma.

Subi ao palco, e como todo mundo, tive que agradecer e dizer alguma coisa.

– Então tá, não é só a senhora que está louca pra se ver livre de mim... eu também estou louco pra me ver livre disso aqui, portanto... – Olhei pra “plateia”, consegui achar Fionna na multidão ao lado de Christian, Cake mais ao fundo com Jake, Finn e Flame – Obrigado por tudo galera, vou sentir falta disso aqui. Mas na boa, vamos acabar logo com isso, porque essa beca tá um horror e eu tô doido pra ir pra festa, encher a cara e dançar até morrer. Valeu, falou!

– Que discurso emocionante, Sr Abadeer – Ela pegou o microfone de volta, me entregou o diploma e me deu um abraço. É isso mesmo produção? – Boa sorte, garoto. Nossas desavenças terminam aqui.

– Valeu, anciã – Dei um tapinha em suas costas – Vou sentir saudade da sala da diretoria.

– Mesmo? – Ela arqueou a sobrancelha

– Não – Eu ri e dei as costas.

Quando ela finalmente terminou de entregar os diplomas para as 7 salas restantes, a cerimônia chata acabou, dando início a festa de verdade. Jogamos os capelos pro alto. Agora sim, isso aqui vai ficar interessante.

Entramos eu, Marcy e a dona Harvey no carro da Cake e fomos em direção ao salão de festa. Meu, aquele lugar era enorme! Não faço ideia de onde brotou tanta gente, mas aquilo ali estava lotado.

A picape do Chris chegou logo atrás, com Fionna, Jake, Finn e Flame (Porque não basta roubar minha namorada, esse cara têm que roubar meus amigos também).

O céu estava limpo e estrelado, a noite estava perfeita. Todo mundo ria, bebia e se divertia, trajando suas roupas formais e vivendo a última noite com o pessoal do colégio. Eu estaria no meio da farra também, mas além de estar um tanto acabado com porre de ontem, Fionna não está comigo. Eu lá tenho motivos pra festejar?

Ela estava linda como sempre, aquele vestido azul comprido caiu muito bem nas curvas suaves de seu corpo. Seus cabelos loiros estavam soltos, caindo sobre seus ombros e costas despidos (o que eu achava a coisa mais sexy do mundo). Estava ao lado de Chris, que me olhou com um sorriso desafiador e passou o braço por seu ombro, sussurrando algo em seu ouvido e me fitando novamente. Eles estão juntos, é isso? Não pode ser. Na verdade, todos estavam impecáveis. Mas naquele momento, tudo o que me importava era Fionna.

(Nota da Vamp: Eu sei que vocês estão doidos para ver como eles estão, então resolvi fazer um compilado)

Enquanto eu me fazia milhões de perguntas e praguejava a existência do Christian, reparei que Fionna havia sumido, a perdi de vista novamente. Foi aí que eu senti duas mãos macias taparem meus olhos.

– Eu sei que é você, Marceline – Mesmo esgotado, eu ainda conseguia sorrir – Cake? – Não obtive respostas – Éer.. Flame?

– Mais uma chance – Aquela voz inconfundível sussurrou em meu ouvido.

– Fi-fi-fi... – Glob, é sério isso? Porque eu estou gaguejando?

– Fi-fi-fi? – Ela riu

– Fionna! – Sorri e me virei, ela me abraçou.

– Parabéns, formando – Ela sorriu, me soltando – Hoje é nossa formatura, cadê aquele seu sorriso debochado de sempre? Não parece feliz.

– Eu não tenho nenhum motivo pra estar feliz – Respondi – Perdi a única coisa na qual valia a pena lutar.

– Sei como é, também perdi minha razão de viver – Ela suspirou cabisbaixa

– Então parece que nós somos dois sozinhos no mundo – Tentei sorrir, mas não consegui – Eu mereço isso. Sou um cretino, não é mesmo?

– Talvez você não seja tão cretino quanto eu pensei... te julguei mal – Ela se aproximou – É isso que você merece – Então me deu um selinho tímido, rápido.

– O que foi isso? – Levei á mão á boca – Não estou entendendo mais nada.

– Esse caderno é seu? – Ela estendeu minha caderneta – Eu vi um outro Marshall escrito aqui. Um Marshall fofo, apaixonado, arrependido.

– Você leu isso? – Peguei-o em minhas mãos e senti meu rosto corar – Eu escrevi tanta merda aqui, que vergonha...

– Você escreveu tudo isso de coração, não foi? Eu pude sentir sua dor em cada palavra.

– Você sabe que sim – Virei a cara – Mas você não se importa, não é? Você me odeia – Entreguei de novo o caderno pra ela – Volta pro Christian, seu namorado deve estar sentindo sua falta.

– Não estamos namorando, seu bobão – Ela riu – Você acreditou mesmo?

– Não estão? – Franzi o cenho, confuso – Mas, vocês estavam juntos, e...

– Awn, ficou com ciúmes – Ela riu

– Que? Lógico que não – Revirei os olhos – Eu já sabia.

– Aham, claro – Ela consentiu, irônica – Chris, vem cá!

Então ele se aproximou junto com uma garota de cabelos castanhos, sorrindo.

– Marshall, essa é minha namorada – Ele a apresentou – Babi, Marshall. Marshall, Babi.

– Eai – Ela sorriu, fofa.

– O-oi – A cumprimentei.

– Quebrou a cara né? – Fionna riu – Esse tempo todo morrendo de ciúmes de um garoto que têm namorada.

– Você é um tonto mesmo – Ele debochou da minha cara.

– Como você achou esse caderno? Como eu nunca vi a namorada dele antes? – Eu tinha bilhões de perguntas á fazer. Minha cabeça deu uma embaralhada legal agora.

– Se lembra do trabalho do Sr. Petricov? Aquele que você me deixou fazendo sozinho? – Ele cruzou os braços – Você saiu da sala tão avoado que esqueceu o caderno embaixo da mesa. Eu li e me senti na obrigação de mostrar pra Fionna.

– Eu, por minha vez, me senti uma monstra por pisotear seu coração e quase ter feito você se jogar no mar, de novo – Fionna completou – Finn e Jake também ajudaram a me convencer á repensar sobre tudo e resolver começar tudo outra vez.

– Bárbara mora em outra cidade, por isso você nunca a viu – Ele apoiou-se no ombro da mesma – Não é, Babi?

– Isso aí – Ela consentiu com um selinho.

– Acho que você deve um pedido de desculpas á alguém, Sr. Lee – Fionna cruzou os braços.

– Tá bom – Bufei, arrastando a voz – Desculpa Christian, eu te julguei mal. Você não é um fura-olho traiçoeiro como eu pensei, e apesar das nossas brigas você me ajudou mesmo assim. Obrigado por mostrar pra Fi que eu não sou um cachorro.

– Ok, cara – Ele sorriu – Tá tudo bem.

– Desculpa Fi – Me virei pra ela – Eu não agi certo com você, eu devia estar contigo naquela noite no cinema, a culpa foi minha. Eu juro que vou parar de fazer merda feito um moleque e começar a agir como um homem, se você me der outra chance.

– Nah, vem aqui, seu... – Então ela me deu um beijo de verdade... E que saudades eu tinha daquilo! – Tu sabe que eu sou uma boba por você, não é? Eu te amo.

– Eu também te amo – A abracei e fechei os olhos, sentindo o cheiro de seu cabelo – Não vou te deixar nunca mais.

– Vamos deixar o casal sozinho? – Babi sussurrou pra Chris

– Sim, já fiz meu trabalho aqui – Ele segurou em sua mão, e os dois foram em direção á Jake e todo o pessoal, que nos observava de longe, eufóricos.

Chegou a hora da música lenta. Fionna olhou pra mim, eu olhei pra ela e nós sorrimos.

– Me dá a horna de uma última dança, coelha? – Estendi minha mão

– Só se for agora, vampiro – Ela consentiu.

Segurei em sua mão e a guiei até a pista de dança, junto com os outros casais do ano, casais assumidos, não-assumidos, casais enrolados... até quem nem era casal.

Cake e Marcy estavam lá, Finn e Flame, Chris e Babi, Jake e Íris... Todo mundo. Agora sim, eu estou completo, nada nunca deu tão certo pra mim. Tenho a impressão que tudo que eu passei valeu a pena, finalmente posso descansar em paz. Será este um final feliz ou eu estou sonhando? Se estiver, por favor, não me acordem.